terça-feira, maio 16

Processo de Bolonha - Quanto vale uma licenciatura?


As mudanças ocorridas com o processo de Bolonha fazem pensar em quanto vale uma licenciatura para quem hoje entra na universidade. Será certo que um diploma já não fará a diferença, visto que muitos o terão, e as mudanças que o processo educativo terá darão origem a muitas dúvidas e incertezas.

11 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde. Sou aluno da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a minha duvida prende-se com a duração dos cursos e respectivo nivel academico. Actualmente a licenciatura é de 5 anos. Com Bolonha os 5 anos passarão a corresponder ao Mestrado. Confesso que tenho bastantes duvidas no que diz respeito ao actual bacharelato, licenciatura, mestrado e doutoramento e os respectivos graus academicos com o processo de bolonha instituido... Agradecia se o Bastonario da Ordem dos Engenheiros me pudesse elucidar sobre o assunto.

Anónimo disse...

Boa tarde.
Na minha opinião, o Processo de Bolonha é uma violação do artigo 76 nº2 da Constituição da República Portuguesa, ao desrespeitar a autonomia estatutária epedagógica das Universidades. Logo, a sua capacidade de auto-organização vê-se profundamente limitada.
André M.T.
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Anónimo disse...

Desde ja, parabens pela escolha do tema desta tarde. Sou estudante a terminar tese de Mestrado. É o final de 7 anos de formação superior (5 anos de Licenciatura + 2 de Mestrado). Inquieta-me a falsa equiparação que venha a ser feita entre os verdadeiros Mestres e os "Mestres" do ciclos 3+2. Porque é que não se adoptam terminologias diferentes para estes novos ciclos? Porque não implementar o s termos "Minor" e "Major" em vez de falsa e injustamente usar as palavras Licenciatura e Mestrado?
Muito obrigado. CarlosT

Anónimo disse...

Boa tarde!

Sou aluna na Universidade Católica Portuguesa pólo da Foz, e a minha universidade segundo dizem já aplica o processo de Bolonha à 3 anos. Que é que isto significa, uma vez que estão a dizer que ainda não foi aplicado?

Agradecia uma resposta à minha pergunta.
PARABENS PELO EXCELENTE PROGRAMA!!

Cátia Rego

Anónimo disse...

Boa tarde.
Eu sou estudante de engenharia civil na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Houve há uns tempos uma sessão de esclarecimento sobre a integração do Processo de Bolonha na FCTUC e, pelo que percebei, eu irei pagar exactamente a mesma propina no 1º e 2º ciclos, mas apenas caso siga pelo 2º ciclo que terá um carácter de seguimento com o 1º(uma vez que há mais que uma opção de escolha nos 2os ciclos).
Assim sendo, tenho a possibilidade de pagar o mesmo pelo mesmo curso antes e depois do enquadramento no Processo de Bolonha.
Esta situação não se passa a nivel nacional?

Anónimo disse...

Boa tarde a todos,
sou licenciada em História (4 anos de Licen), posteriormente fiz um estágio pedagógico com duração de um ano, que me forneceu qualificação profissional para leccionar. Mais tarde fiz uma Pós-Graduação (de 2 anos) na área das Bibliotecas, Arquivos e Documentação. Posto isto, e de acordo com os novos ciclos trazidos pela declaração de Bolonha, em que ciclo me enquadrarei?
Fiquei ou não prejudicada?

Anónimo disse...

Ora então muito boa tarde.
Em meu entender, com ou sem processo de Bolonha, o que aconteceu nos últimos anos, é que se deixou chegar o sistema educativo a este ponto sem fazer as devidas alterações adequados à evolução dos tempos. O que, deu origem uma proliferação de faculdades privadas com o intuito apenas do lucro, e nunca nos novos métodos de ensino praticados no países evoluídos, valendo-se da displicência governativa nas questões educacionais que não fez nada nos últimos anos… A educação de um povo nunca se faz de um dia para o outro, leva anos a conseguir-se obter resultados, e nós estamos quase na estaca zero.
E o resultado da baixo produtividade que este país atravessa está aí bem presente, porque descorou em tempo útil a formação profissional, agora está a pagar-se por isso. Veja-se o exemplo da Irlanda, fizeram as alterações no devido tempo e os resultados estão bem presentes agora. Mas terá de se começar por algum lado, doa a quem doer, assim como está é que não se vai a lado nenhum...

Abraços, bom tema de programa este

Anónimo disse...

olá!!

Antes de mais parabéns pelo excelente programa.

Sou aluna do 4º ano de Engenharia Química do Instituto Superior de Engenharia do Porto, onde vigora o regime 3+2, e no nosso caso aquilo que nos tem sido "vendido" é que a única coisa que vai mudar é a designação dos graus académicos, ou seja, bacharel passa a licenciatura e licenciatura passa a mestrado.

No entanto no meio de todo este processo muitas coisas continuam ainda mal definidas.
A questão do financiamento é uma delas. Quanto vão custar os novos mestrados? E se não vão ter o mesmo preço dos actuais nem tão pouco podem ser equiparados, não será isto injusto para quem tem neste momento um mestrado?
E a mobilidade de que tanto se fala? Alguém nos perguntou se nós nos queriamos mover?!!! E quem arca com esta mobilidade?

O objectivo deste processo é uniformizar todo o ensino na UE mas será isso possivel? Pelo menos da maneira como está a ser feito acho que não. Se hoje em dia quando nós chegamos do secundário ao ensino superior damos uma valente cambalhota daqui para a frente vai ser um triplo mortal!!

Por fim gostava de referir aquele que para mim é um erro grave deste processo. Mais do que uniformizar o ensino este processo também quer fazer com que o ensino na UE se chegue mais perto do dos estados unidos da américa mas falta uma coisa: a avaliação aos professores!! Uma avaliação em que os bons se tornem melhores e os maus possam ter a oportunidade de melhorar para o bem de todos!!

sónia santos

Anónimo disse...

Como iletrado tenho uma dúvida que necessita exclarecimento. Os licenciados portugueses irão continuar (abusivamente) a ser tratados por "doutores"? Continuará a existir o estigma que segrega os funcionarios das empresas (com excepção de muitas de origem americana) consoante possuam ou não formação "superior"?

Anónimo disse...

Com todo o respeito não consigo concordar com uma afirmação do Director do ISE-JD. Disse que o ensino superior deve sobretudo permitir aos jovens obter a capacidade para pensar e aprender. Fraco nível terá se não lhes desenvolver outras valências. Na verdade é ao ensino pré-universitário que deve competir o atingimento destes objectivos. Deve entrar-se no Superior com capacidade para pensar, analisar, e domínio de técnicas (e motivação!) para aprender. O Superior que tem sido visto (não declaradamente) sobretudo como capacitador de diplomas (e estatuto) deveria ser sobretudo palco de paixão pela sabedoria e pela descoberta.

Rui Marques disse...

Algum tempo atrás, eu já havia-me debruçado sobre este tema, inclusivamente coloquei um post no meu blog com o seguinte título: “Bolonha, agora é de vez, ou talvez não!”
Mas mais uma vez, não queria deixar de expressar a minha opinião, apesar de um pouco desenquadrada no tempo, com o vosso programa, porém ainda digna de registo, e se quiserem ver, este é o link directo: http://leunamiur.blogspot.com/2006/03/bolonha-agora-de-vez-ou-talvez-no.html