A Quercus vai apresentar queixa à Comissão Europeia devido à decisão de avançar com a Terceira Travessia sobre o Tejo. Em causa estão regras comunitárias que dizem respeito à qualidade do ar e ao ruído, para além das emissões de gases poluentes que aumentarão devido ao intensificar do tráfego rodoviário. A alternativa passará por avançar prioritariamente e apenas com a via férrea de forma a não trazer mais veículos para dentro da capital, estimulando o uso do transporte coletivo em detrimento do transporte individual. Esta travessia poderá vir a promover ainda o abandono das cidades e a criação de mais dormitórios na periferia da capital. Que consequência terá então esta nova ponte, se tiver a vertente rodoviária? Maior fluxo automóvel, mais ruído, mais poluição? No próximo SC, os especialistas analisam a matéria.
Convidados:
Duarte Silva, RAVE – Rede Ferroviária de Alta Velocidade
Manuel João Ramos, Membro da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados
Fernando Branco, Ordem dos Engenheiros e Professor do Departamento de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico
Susana Fonseca, Vice-Presidente da Quercus
36 comentários:
Boa tarde,
Sobre esta matéria apenas queria realçar agumas notas:
1. Como o gasóleo é mais poluente, porque não o é também o mais caro?
2. Deveriam fechar algumas artérias das cidades, exclusivamente a transportes públicos.
3. Os politicos deveriam dar exemplo de poupança, mas o que se vê? Só Grandes “Bombas” logo grandes gastos tanto a nível financeiro como energético.
Se falamos em termos ambientais, porque é que os impostos sobre “veículos amigos do ambiente” são brutais? Incentivo seria retirar ou mesmo reduzir o IA e o IVA.
Parece-me que não há vontade política em resolver esta questão.....
Saudações
NPereira
Boa tarde, uma vez mais, um nome interessante para esta ponte seria:
lisbon speed bridge.
Este nome em inglês faz todo o sentido, pois já está pensado nos turistas que nos visitam.
Saudações
NPereira
Porque é que eu e todos os portugueses vamos ter de pagar esta obra se a maioria não vai beneficiar dela?
Boa tarde. E se a Quercus, em vez de entrar com processos contra o Estado português, coisa que não vai impedir a continuação do projecto, não apresenta propostas concretas e viáveis sobre a melhoria dos transportes públicos; porque não promove acções de reflorestação com o intuito de conseguir uma maior captura de carbono; porque não apresenta queixa contra o Estado português, pela excessiva tributação sobre os automóveis mais ecológicos; porque não promove acções massivas de sensibilização da população, com o objectivo de promover a utilização dos transportes públicos.
Como em qualquer tema, se quisermos ver só os aspectos negativos, só iremos valorizar esses assim como se quisermos defender o projecto só vamos valorizar os aspectos positivos.
O Porto está frequentemente a dizer que Lisboa é que tem o investimento. Neste caso gostava de saber o que dizem, pois nol Porto existem 5 pontes a permitir a ligação. Lisboa tem 2 pontes que servem mal. Uma porque está ultrapassada e outra porque foi colocada no local que menos serve o interesse da cidade.
A rede de circulação tem de permitir que veículos públicos e privados possam fazer as sua travessia em tempo útil. Não é admissivel demorar 2 e mais horas, diariamente em deslocações. Isso não é dar qualidade de vida aos cidadãos.
Concordo que se faça a nova travessia, mas que se acabe com a demagogia. Esta é a oportunidade para implementar de facto as medidas que vão melhorar as condições de circulação dos transportes públicos. Horas de circulação exclusivas para transportes públicos, corredores bus, etc.
Não nos esqueçamos que se não utilizarmos o próiximo pacote de apoios europeus, a ponte a ser feita terá de ser financiada na totalidade por Portugal.
Sejamos mais realistas e menos fundamentalistas.
Gostaria de lembrar o famoso caso do túnel do Marquês de Pombal, que teve a providência cautelar por parte do sr. Sá Fernandes, e que bem cara saíu à autarquia que assumiu a despesa em vez de ter sido o irresponsável que a intrepos e ao qual não lhe deram razão. Isto para referir que também se dizia que iria aumentar o tráfego e que o trânsito iria piorar, sendo a verdade que se melhorou a circulação e o ambiente me superficie.
Os velhos do Restelo já não são de hoje, e por isso é que em vez de fazermos mais e falarmos menos estamos sempre na mesma como a lesma.
A questão dos transportes em Lisboa não passa apenas pelas infraestruturas. Passa também por garantir a segurança nos ditos. A minha instituição de ensino superior é em chelas, o que me leva a usar bastante os transportes CP/Metro, mas quando tenho que ficar ate mais tarde (23-00hrs) sinto-me na necessidade de levar o meu veiculo, já que os ditos transportes não me oferecem as condições de segurança necessárias. A minha abordagem visa levar mais pessoas a usar os transportes já existentes e, que não o fazem apenas por comodidade mas porque não se sentem seguras.
Fabio 20 anos.
Boa Tarde,
porque não utilizar essa nova ponte (não descurando a parte rodoviária) mas que tivesse as seguintes características:
- uma pista para peões e todos os outros meios de transporte não motorizados
- uma via para transportes motorizados mas não poluentes (movidos a energias renováveis)
- limitação da velocidade a 30km/h
Saudações
José
se estivermos a contar com as propostas da Quercus ainda temos de atravessar o Tejo de piroga.
Há problemas estruturais na área dos transportes e como tal sejamos realistas.
Se não temos uma oferta integrada dentro da cidade de Lisboa, como é que querem que teremos a nível da área metropolitana?
Eu vivo em Lisboa, tenho a oferta do Metro, da Carris e da Cp. Em muitos casos servia-me muito bem usar a rede de metro e parte em rede da CP, tudo isto dentro de Lisboa. Mas como não tenho disponibilidade para pagar um passe combinado faço quase mais 30 minutos em metro num percurso que na CP me demora 5 minutos.
A rede de transportes precisa de uma remodelação profinda até se poder achar que a ponte é dispensável.
Esta ponte pode ser importante se for acompanhada de decisões políticas no que se refere à descentralização de Serviços Públicos, da capital para a Região da Margem Sul.
A ideia não é levar carros para lisboa. É o contrário.
A ideia é levar carros para o Barreiro, e levar também serviços, empresas, pessoas, desenvolvimento económico, para uma região que está economicamente deprimida.
No barreiro acabaram-se os gases.
E quando se acabaram os gases, acabou-se o TRABALHO !!!
A TTT é a aposta num novo fôlego de desenvolvimento económico e social na Região Sul.
Eu acho muita piada a algumas posições. Srº Manuel Ramos, e Srª Susana Fonseca: concordamos ou não que se deve fazer poupança de recursos financeiros? Não será melhor, já que se vai fazer algo de novo, que a ponte contemple as duas componentes, rodo e ferrovária, mesmo que para já a rodovária não seja utilizada, ao invés de fazer como se fez no caso da Ponte 25 de Aril, em que para passar a ter a ferrovia, se gastou muito mais do que aquilo que se teria gasto, aquando da construção da ponte nos anos 60. Uma só última nota Srº Manuel Ramos; a Base do Montijo, nunca foi parte importante dos planos da OTAN, dentro de uma perspectiva de defesa contra o Bloco de Leste. A sua criação foi para servir de base ao Centro de Aviação Naval, que até então estava baseado na Doca do Bom Sucesso em Lisboa. Isto ainda antes da 2ª Grande Guerra. Deviam-se informar melhor antes de falar.
Boa Tarde.
Na minha opinião, uma ponte simplesmente ferroviária resolveria os problemas de uma Lisboa já cansada e poluída por automóveis que entram às centenas de milhar todos os dias. Portanto, introduzir mais uma via rodoviária no Tejo, para além de todos os inconvenientes os e ambientais, seria uma maneira de despromover o uso do transporte ferroviário. Por que não aplicar o dinheiro que iria ser supostamente ser gasto na travessia rodoviária em melhorias nas linhas já existentes, e na criação de novas facilidades amigas do ambiente e, principalmente, de Lisboa?
Portugal=Lisboa claramente,
e a questao do impacto ambiental da 3travessia do tejo é mais q suficiente para nao avançar com a via rodoviaria, portanto nao indes mais longe
Boa tarde
Como moradora na margem sul mais propriamente na costa penso que o grande problema não será resolvido pela construção da ponte, pois como tal foi referido existe a cada vez que surge uma nova ponte um aumento da construção. Penso que a politica da habitação devia ser repensada pois morar em lisboa é carissimo logo a maioria das pessoas vão morar para a margem sul que tem preços mais baratos. Lisboa qualquer dia é uma cidade fantasma onde só vamos p trabalhar. Outra coisa que quero referir é o facto de por exemplo o concelho de almada não ter investido na captação de empresas para o concelho, investimento que apenas agora está a ser pensado... infelizmente. A margem sul é e continuará a ser um dormitório e lisboa cada vez será mais caótica... com graves impactos para o ambiente. Outro ponto que quero referir é o facto de algumas zonas da margem sul estarem muito mal servidas de transportes publicos, logo mesmo para apanhar o comboio é necessário pegar no carro até à estação.
Cumprimentos
Sendo eu pouco entendido na matéria não seria mais viável um túnel com saída num local de Lisboa com menos impacto do que uma saída em Chelas?
O plano actual prevê a criação de lugares de estacionamento correspondentes ao acréscimo de automóveis que a nova ponte irá trazer?
Pedro Silva
A Terceira Travessia sobre o Tejo deverá possuir um nome de uma personagem marcante na história do nosso país. Tendo falando já sobre este assunto com amigos e conhecidos, e sendo, do Barreiro, muitas pessoas consideram que dois nomes bem adequados seriam ou o de Ponte Aristides de Sousa Mendes ou Ponte Fernão de Magalhães.
Saudações e obrigado pela excelência do programa e da informação transmitida,
Diogo Quirino
a vantagem dutilizar os transportes públicos é que a cada vez é uma experiencia social, guiar um carro é um input de decibéis,
sao só vantagens,,
boas tardes,
moro no Barreiro e gostaria de deixar aqui
uma correcção ao que foi dito pelo Sr. Fernando Branco: a maior parte das pessoas do Barreiro que vão de carro para Lisboa usam a ponte 25 de Abril e não a Vasco da Gama.
Vão-me desculpar mas acho curioso ver as as pessoas a falar na televisão sobre o uso dos transportes públicos, gostava de perguntar quantos dos convidados aí presentes se deslocaram de transportes públicos para chegar ao estúdio?
cumps
Confesso que concordo com a utilizadora cláudia neste ponto.
A nova travessia não é apenas justificável pelo projecto de alta velocidade associado ao novo aeroporto de Lisboa?!
Sendo assim, e sendo um investimento nacional (orçamento nacional), qual é a vantagem do resto dos portugueses, ou passageiros internacionais, que usem a alta velocidade, em ter uma ponte que os deixa exactamente no meio da confusão de Lisboa?! Qual é a distância, entre o aeroporto/TGV e o acesso à ponte, e quantas paragens irão ter esses utentes?!
Com o preço de uma nova travessoa de 10 kilometros, mais acesso a essa mesma travessia, não será possível fazer a mesma pelo norte, subterrando a passagem pela zona protegida causando um impacto nulo ao ambiente?!
Pelos argumentos descritos no programa, penso que se estará a confundir o interesse nacional, com o interesse da metrópole. Acredito que seja necessária um nova travessia sobre o Tejo, mas essa travessia terá de ser um encargo dos municipios interessados, e não terão de ser os restantes 8 milhões de portugueses que vivem fora da Capital a pagar.
Só queria fazer umas quantas perguntas que gostaria que podessem colocar aos nossos convidados:
1 - Aeroporto no Montijo não significaria o mesmo que um aeroporto em Lisboa, i.e., dentro dum centro densamente populacional?
2 - Os comboios de alta velocidade vão partir do Barreiro, passar a "nova" ponte e vão parar aonde? Isto é, vão virar à esquerda para o centro (baixa) de Lisboa, ou vão para a direita, na direcção da Gare do Oriente?
3 - Sei que o km de tunel é muito caro, mas não seria a melhor solução e oportunidade para o metro e os comboios virem para a margem sul?
4 - Não haverá oportunidade de aproveitar a Ponte Vasco da Gama para expandir de forma a comportar a ligação ferroviária?
5 - Qual a solução que o representante da ordem dos Engenheiros tem para este problema?
Pedro Guerreiro
gostaria de falar sobre a minha experiencia em termos das ligações Setúbal-Lisboa, durante o tempo da faculdade.
Percurso - centro de Setúbal para Belem
Mais barato
comboio+barco+autocarro urbano ou eletrico - 3 horas para ir, 3 horas para voltar= 6 horas diárias
Mais caro
autocarro interurbano + autocaror urbano= 2 horaspara ir, duas para voltar= 4 horas diárias
veiculo particular
40 minutos para ir e outros tantos para voltar= 1h20 diária
Uma vez que tinha de ter passe para setubal entre esta e Lisboa e ainda dentro de Lisboa, levar o carro era EXACTAMENTE o mesmo preco dos passes,incluindo gasolina se exceptuarmos a manutenção do veiculo.
No entanto, seis horas por dia são manifestamente incomportáveis.
Acabemos com as hipocrisias:
É por não haver transportes publicos de qualidade, seguros e limpos, com bonn horários e não demasiados caros que as pessoas levam o carro para Lisboa.
Obrigada
De que modo a não construção da ponte não iria também prejudicar o desenvolvimento da cidade de Lisboa e do país a médio e a longo prazo? Principalmente se considerarmos os benefícios trazidos pelo TGV e pelo novo aeroporto, os quais requerem uma organização da malha urbana e maior e melhor planeamento urbano. Aqui é preciso perspectivar algo diferente, Portugal pode ser um país verde mas também pode ser um país mais desenvolvido que retira proveito da sua posição geográfica e da reorganização da sua capital como fonte de rendimentos para o seu PIB nacional.
Saudações,
Diogo Quirino
Nome para a Ponte:
- Ponte do deserto ou ponte intercontinental. Do outro lado é Marrocos.
Mais uma ponte trará:
+ valor acrescentado à zona de Barreiro e Chelas/Oriente;
- mais poluição, mais gente na Area Metropolitana em Lisboa (já somos 35% de Portugal)
Não seria melhor investir em melhorias de qualidade de vida?
- Investimento em Ciclovias e no apoio em automóveis a GPL e Gas Natural são soluções já a curto prazo.
Seria importante que neste debate estivesse alguém do Barreiro, por exº o Presidente da Câmara do Barreirom Carlos Humberto
Por aquilo que oiço de Fernando Branco e de Susana da Quercus, não me parece que conheçam a realidade do Barreiro.
A grande maioria dos barreirenses vai à ponte 25 de Abril para entrar em Lisboa.
Dra. Susana não conhece a realidade económico social do Barreiro, porque se conhecêsse não subestimava a importância do projecto TTT, desse ponto de vista.
Todas as pontes têm impacto ambiental.
Já agora:
se a ponte fosse construída para algés não tinha impactos ambientais ?
por favor ...
Talvez a nova ponte se devesse chamar de "25 de Novembro de 1975" para fazer justiça à reposição da democracia e por se ter evitado uma ditadura de esquerda sob o jugo comunista. Ou já que Salazar foi escolhido como a figura portuguesa pelo programa da RTP, talvez devesse ter de novo o seu nome numa travessia do Tejo.
Mas em homenagem ao Estuário e à sua beleza propunha mesmo o nome de Ponte Estuário
muito boa tarde sou o paulo leonardo tenho 25 anos sou do barreiro e trabalho em almada. para minha opiniao a 3ªtravessia do tejo é desnecessária pois para lisboa podesse ir por barco ou então pelas pontes. eu para ir para lisboa vou de carro pois por transportes publicos demoro 1h.30m em horas de ponta porque se for nas outras horas chego a demorar 2h axo que era muito mais importante uma travessia barreiro seixal.
ha pouco falaram que se uma pessoa do barreiro quisesse ir para o norte iam pela ponte 25 de abril e pela vasco da gama. pois bem os meus pais moram no norte e eu quando vou ter com eles vou por alcochete e porto alto. pois as portagens sao caras e nao vale a pena
mais uma situação. á uns meses saiu no telejornal que iriamos começar a pagar mais nas portagens se um veiculo entrasse em lisboa com uma pessoa pagava um preço e se fosse cheio pagava outro valor.
ainda em relação ao descrito no ponto anterior, sobre as ligações Setúbal Lisboa, os tempos apresentados são sem contabilizar ENGARRAFAMENTOS pois, conseguia contornar os horarios mais bicudos.
e se fosse com uma amiga, ficava mais barato irmos as duas no memso veiculo particular do que qualquer meio publico, sem contar com o conforto e segurança e comodidade. o comboio da 25 da abril É CARO!
Boa Tarde,
Proponho o nome de "Ponte Verde-Mar" por se poder tornar na primeira ponte ecologica :)
porque não utilizar essa nova ponte (não descurando a parte rodoviária) mas que tivesse as seguintes características:
- uma pista para peões e todos os outros meios de transporte não motorizados
- uma via para transportes motorizados mas não poluentes (movidos a energias renováveis)
- limitação da velocidade a 30km/h
Saudações
José
Baixem o preço especulativo das casas em Lisboa e vão ver se as pessoas não se mudam para Lisboa e deixam de usar transporte individual!
O que falta neste país é coragem para combater os poderes instalados. É mais fácil impor restrições a uma cidadão de classe média e sem poder reinvindicativo do que pressionar um empreiteiro e os seus lucros.
mas ha mais exemplos actuais: neste momento moro em Beja e não consigo chegar a Lisboa em transportes publicos por um preço razoável! sem falar no tempo.
Continuaa ser a mesma relação: é igual ao veiculo particular, execpetuando a manutençao do mesmo e consegue ficar mais barato se forem duas pessoas no mesmo veiculo a dividir despesas (o que inclui portagens).
Ponte Alvaro Velho
boa tarde se o problema está na qualidade do ar e na reduçao do CO2 entao tenho a soluçao para todos os motores de combustao interna-REFORMULADOR DE COMBUSTIVEL 2 WAYS QUE REDUZ A EMISSAO DE CO2 ATÉ 35% E NAO É UM ADITIVO PROVENIENTE DO PETROLEO.para um melhor esclarecimento publico deixo-vos o site da empresa portuguesa que o está a fabricar:www.2ways.pt obrigado
O nome para a nova ponte, deveria ser Ponte Alfredo da Silva, um dos maiores industriais portugueses, a quem se deve muito do que a margem sul hoje é. Um homem de grandes visões à sua época.
Enviar um comentário