Com a diminuição do rendimento médio disponível das famílias o vestuário deixa de ser um bem de primeira necessidade. Aumenta o número de lojas de roupa em segunda mão, regressam as costureiras e as modistas, os sapateiros e as meias solas. Como reaproveitar roupa usada e antiga? Sai mais barato comprar roupa nova em saldos ou mandar arranjar numa costureira? Como incentivar a troca de roupa de crianças entre familiares e amigos? Que material é mais duradouro? O que fazer à roupa que já não vestimos? Que instituições a recolhem? Neste Sociedade Civil vamos “arrumar” os armários e dar-lhe dicas úteis sobre o que fazer com a roupa que temos.
Convidados:
Raquel Loureiro, Atriz e Relações Públicas
Filipa Paiva Couceiro, Mãe
Rubim Fonseca, Modelo e Empresário
Vera Deus, Portugal Fashion e consultora de imagem)
2 comentários:
Aqui em Montalegre, onde estou a fazer pesquisa etnográfica, usam as expressões "roupa do cotio" e "roupa domingueira". São expressões que se referem a práticas do passado. A roupa domingueira não era apenas usada nos domingos mas também nos chamados "dias nomeados", isto é, nos dias de festa. No domingo lavavam a roupa do cotio para, depois, poder ser usada mais uma semana. Dizem-me, as mulheres mais velhas, que com tão pouca roupa as casas estavam sempre arrumadas.
Boa tarde a todos!
Tenho 28 anos e cresci com um vestuário constituído essencialmente por roupas em segunda mão. Isso ensinou-me o valor do dinheiro e como poupar. Hoje em dia, pelo menos 50% do meu guarda-roupa ainda é constituído por peças em 2ª mão (incluindo um vestido vintage da minha mãe que adoro!). Tento comprar roupa só mesmo quando preciso, e não tanto por impulso - e se deixo de gostar duma peça comprada por impulso costumo oferecê-la a uma amiga ou uma prima que tenha elogiado a peça porque sei que vai usá-la com gosto. Cada vez mais tento investir em peças de qualidade e intemporais que possa usar durante vários anos.
Há tempos descobri um blog (Kendi Everyday) onde a autora lança o desafio de escolher 30 peças de indumentária (incluindo calçado) para misturar e usar durante 30 dias; isso demonstra que um guarda roupa reduzido não é desculpa para não andar deslumbrante, basta ter alguma criatividade!
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