O Ministério da Educação e Ciência lançou uma série de metas
curriculares para disciplinas do ensino básico, um modelo que terá sido baseado
num outro anglo-saxónico.
Este ano letivo as medidas são “fortemente recomendadas”,
mas no próximo ano terão mesmo de ser cumpridas. O ministro Nuno Crato diz que
o estabelecimento de metas vai clarificar o que é prioritário nos programas.
Mas como veem os professores estas mudanças? Há quem diga que o ensino da
matemática regride ao tempo do Estado Novo. Que mudanças são estas para uma
disciplina associada ao insucesso? O que têm os alunos de aprender? Como se vai
compreender a matemática com estas novas metas de aprendizagem?
1 comentário:
Caros senhores
Sou professor de Português há 23 anos e eis que ao fim destes anos me deparo com o seguinte:
- A Nomenclatura Gramatical Portuguesa (NGP) foi publicada em 1967 foi revogada em 2004 com a publicação da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS). Esta tem como uma das suas bases um dicionário terminológico, uma lista de termos a utilizar em contextos de ensino, na qual surgem novos conceitos de que nunca ouvi falar na faculdade e para a qual nunca tive formação (houve apenas formação de caráter muito geral para o novo programa).
Assim sendo, pergunto:
- serei responsável pelos resultados dos exames realizados pelos meus alunos, quando estes tiverem que responder a matérias que não lecionei porque também eu não as compreendo, uma vez que nunca tive formação para tal?
- a Associação de Professores de Português, tendo conhecimento do descontentamento dos professores, perante uma nova terminologia tão disparatada e tão difícil para os alunos (e para professores), pretende ficar em silêncio?
Grato pela Vossa atenção
João Matos
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