sexta-feira, outubro 4

Abandono escolar

Entre os países da UE foi em Portugal que o abandono escolar mais caiu, mas, paradoxalmente, continuamos a ter das mais elevadas taxas de abandono escolar precoce a nível europeu. Pior só em Espanha e em Malta. Além da escolaridade obrigatória, também no Ensino Superior a taxa de conclusão está abaixo da média europeia. Estudar não compensa? E por isso desistimos? É caro fazer um curso? Que incentivos existem para se regressar à escola? Quais as consequências para a vida profissional para quem abandona os estudos precocemente?

1 comentário:

Soraia disse...

Esses bons resultados na taxa de abandono escolar que pelos vistos obtivemos nos últimos tempos, serão "sol de pouca dura" pois os nossos governantes estão a conseguir desbaratar esses avanços muito rapidamente.

O Governo avançou com uma meta que deseja atingir brevemente e que aumenta a preponderância dos cursos profissionais em relação aos restantes.

Parece uma medida aceitável já que dessa forma até pode contribuir para responder positivamente a muitas das perguntas que aqui levantam no programa:
- Pode-se combater o facto de estarmos abaixo da média europeia em termos de taxas de conclusão pois o ensino é mais prático e acompanhado.
- Pode dar a ideia ao aluno de ser mais compensador pois é mais qualificante.
- Penso que as estatísticas do profissional também indicam menos desistências.
- Nalguma medida é um ensino subsidiado os alunos recebem apoios como subsídio de alimentação e a documentação escolar.

O problema é que se o executivo formulou este propósito, a sua prática afasta-se radicalmente deste desígnio. Senão, atente-se nos variados casos de escolas profissionais que dizem ter menos alunos este ano porque os cursos foram reduzidos, e outros casos em que os alunos ficaram numa situação de desespero pois matricularam-se em cursos profissionais que iriam arrancar como em anos anteriores, mas não obtiveram autorização para abrirem.

A juntar a este empenho no sucesso escolar e na preparação para a vida profissional dos portugueses, ainda o facto de terem acabado as Novas Oportunidades, e ao contrário do que foi anunciado agora para Setembro, os centros que substituem as Novas Oportunidades ainda não terem aberto, estando parados os cursos de Educação e Formação de Adultos.