quarta-feira, maio 24

Para onde foi a privacidade?

Hoje já é possível traçar quase todos os passos de um cidadão. O direito à privacidade converteu-se no dever de não privacidade. O cenário não é (ainda) próprio de George Orwell, mas as cedências voluntárias de direitos individuais estão a tornar-se norma numa lógica que preza a segurança colectiva em desprezo da liberdade individual. Serão estas melhores sociedades?

2 comentários:

Anónimo disse...

Até agora ficou provado que a videovigilância não impediu nenhum atentado terrorista. Não acredito que alguma vez o venha a fazer, nem mesmo um crime pode ser impedido por uma camara. A febre da videovigilância tem apenas a ver com o poder, o poder de controlar, o poder de intimidar. Se você tiver que ser assassinado sê-lo-á sob o olhar atento de uma camara, que não garante a identificação do criminoso (já ouviram falar em bonés?). E mesmo que apanhem o criminoso, o que é que isso lhe interessa, você já está morto!
Mas pior do que isto é a vitima ser confundida com o criminoso, ainda se lembram do brasileiro morto pela policia inglesa?
Não hajam ilusões, a nossa segurança depende essencialmente de nós próprios, da nossa prevenção, não podemos abdicar da nossa privacidade em prol de alguns mirones que estão a quilometros de distancia e que ficam a ver como é que vai aquilo acabar ou então têm o monitor sintonizado na sportTV.

Anónimo disse...

Foi um bom programa. A video-vigilância previne no Reino Unido o furto e muitos crimes, as estatísticas provam-no. Mas não é só a video-vigilância... cartões de crédito, Via verde, telemóvel, telefone, internet... tudo o que for electrónico, pode ser usado para o vigiar... até os famosos monitores de bébe (dão para ouvir o bébe a chorar e mais de metade da casa a falar). Pensem nisto... e se acham que a privacidade é algo de que podem prescindir, pensem duas vezes talvez não tenham nada a esconder, mas alguém pode escolhê-los para uma vitima de uma burla, etc. quanto mais souberem de vocês mas facil é cairem no engodo.