quarta-feira, janeiro 17

A CONDIÇÃO MILITAR

Neste SC queremos fazer um retrato da condição militar no país. Ainda é olhada como uma carreira de futuro ou, depois da não obrigatoriedade do serviço militar, os jovens deixaram de ser seduzidos pela figura do “oficial”? E que sentimento ainda move homens e mulheres na defesa da nação pela via militar?

8 comentários:

Anónimo disse...

Sou um objector de consciência e um defensor de direitos humanos, por isso não sou a favor de exércitos, de armas, de guerras e de mortes.

Nunca seria capaz de disparar contra alguém, não acredito em nenhuma forma de violência.

Violência só gera violência...


A realidade é que os militares, sob a desculpa da defesa do próprio país, ou do ataque a outras nações para defender os seus interesses, são treinados especificamente para matar pessoas e destruir cidades ou países. Dentro do aparelho militar, a mentalidade é de uma forte disciplina, em que o recruta deverá deixar de pensar e abandonar ideais moralistas para obedecer somente a ordens, por mais terríveis e imorais que estas possam ser. O recruta é pressionado psicologicamente a fazer aquilo para o que os militares foram feitos: combater / destruir / matar.

Estes deveriam sim unicamente fazer coisas em favor da comunidade, como proteger as florestas, ajudar os bombeiros, fazer voluntariado, etc etc.


Para que os militares consigam ter mais recrutas/voluntários nas suas fileiras, muitas vezes utilizam truques sujos para incentivar a adesão das jovens, como por exemplo o acesso mais fácil aos estudos, a cursos de formação, etc. Nos EUA por exemplo, os militares contactam directamente jovens de de baixos recursos económicos, de cerca de 12 a 18 anos, quando saiem de escolas ou em zonas de recreio, tentando fazer-lhes uma lavagem cerebral para os convencer a mais tarde alistarem-se de forma a aumentar o número de soldados disponíveis para guerras infames como a do Iraque, onde estatísticas independentes mostram que os EUA em 3 anos já mataram mais de 500 mil civis. Existem dezenas de casos registrados em que soldados americanos dispararam de propósito contra civis (crianças, mulheres, etc) porque a sua personalidade foi tão alterada pelo serviço militar, que perderam qualquer sensibilidade e noção moral do que fazem.


Há também muitos interesses escondidos, por parte dos militares e especialmente de empresas e governos, que através do uso da guerra, conseguem por várias formas acumular imensas fortunas à custa dos contribuintes (Ex: venda de material militar, controlo de petróleo e outras energias, etc).

Recomendo vivamente que se veja o documentário "Why we fight", da BBC, que explica toda a corrupção e interesses dentro do sistema militar:
http://video.google.com/videoplay?docid=-4924034461280278026&q=why+we+fight



A realidade é que a guerra é um negócio muito lucrativo e há sempre fortes interesses que levam a que novas guerras sejam concretizadas, em nome dos interesses, em nome do poder, em nome do dinheiro, raramente em nome da paz se alguma vez.


A realidade é que a guerra nada constroi, só destroi e aumenta o ódio, a vingança, o terrorismo. Esta nao deve ser usada nem em último recurso.

Mahatma Ghandi conseguiu vencer uma super potência, o Reino Unido, de forma pacífica sem disparar um tiro que fosse, unicamente através da paz. Por isso este exemplo demonstra que pela paz é possivel fazer aquilo que se tenta fazer pela guerra, sem todas as implicações terríveis que uma guerra pode trazer a todos os níveis.

"seja a mudança que quer ver no mundo"
Mahatma Ghandi

Paulo

Anónimo disse...

Eu gostava de saber quando é que se realiza o dia da defesa nacional, penso que a maioria dos jovens que este ano vão-se apresentar não sabem quando nem onde se realiza.

Obrigado,
Micael Silva

Anónimo disse...

Documentary: WHY DO WE FIGHT WARS?

Do we americans fight wars to spread democracy and help people around the world, or wars are fabricated by the US government essentially to favor people and enterprises with selfish interests, like making money at the costs of the american people andthe suffering and blood of millions of inocent people around the world?

Is American foreign policy dominated by the idea of military supremacy? Has the military become too important in American life? Jarecki's shrewd and intelligent polemic would seem to give an affirmative answer to each of these questions

What are the forces that shape and propel American militarism? This award-winning film provides an inside look at the anatomy of the American war machine.


"WHY WE FIGHT" - WATCH DOCUMENTARY:
http://video.google.com/videoplay?docid=-4924034461280278026&q=why+we+fight




The American Documentary Grand Jury Prize was given to WHY WE FIGHT, written and directed by Eugene Jarecki. http://festival.sundance.org/2005/docs/05Awards.pdf

He may have been the ultimate icon of 1950s conformity and postwar complacency, but Dwight D. Eisenhower was an iconoclast, visionary, and the Cassandra of the New World Order. Upon departing his presidency, Eisenhower issued a stern, cogent warning about the burgeoning "military industrial complex," foretelling with ominous clarity the state of the world in 2004 with its incestuous entanglement of political, corporate, and Defense Department interests.

Deploying the general's farewell address as his strategic ground zero, Eugene Jarecki launches a full-frontal autopsy of how the will of a people has become an accessory to the Pentagon. Surveying the scorched landscape of a half-century's military misadventures and misguided missions, Jarecki asks how--and tells why--a nation ostensibly of, by, and for the people has become the savings-and-loan of a system whose survival depends on a state of constant war.

Jarecki, whose previous film, The Trials of Henry Kissinger, took such an unblinking look at our ex-secretary of state, might have delivered his film in time for the last presidential election, but its timing is also its point: It does not matter who is in charge as long as the system remains immune from the checks and balances of a peace-seeking electorate. Brisk, intelligent, and often very, very human, Why We Fight is one of the more powerful films in this year's Festival, and certainly among the most shattering.— Diane Weyermann

http://www.whywefightmovie.com/

Anónimo disse...

UM TEXTO MUITO IMPORTANTE E COMOVENTE:


A speech of an American citizen about the politics of the United States.



From: The War against the Third World
http://www.addictedtowar.com/dorrel.html



S. Brian Willson:


“Five per cent of the people of the world live in the United States but we consume 40 percent of the resources of the world. We have become used to thinking that we have a right to all that we have no matter what damage we do to the Earth or to other people. We have become detached and disconnected from reality. We have become detached from the Earth. We have become detached from the feelings and lives of people elsewhere if it interferes with our right to maintain our lifestyle and standard of living. I would submit to you that we’re on a course leading to inevitable annihilation.



Martin Luther King said the issue is not between violence and non-violence; it’s between non-violence and non-existence. The course we’re on in the “First World” is a course of ultimate destruction. Do we want to be part of this course of ultimate destruction or do we want to be part of hope and affirmation and justice for all people of the Earth and for the Earth itself without which we cannot live? Yes, I’m talking about a non-violent revolution of consciousness. A consciousness that is able to understand how we’re all inextricably connected to each other on this Earth and to the Earth itself and that if we violate those fundamental principles, we do so at our own peril.



Yes, we can continue to live in this delusion and the denials of reality because it’s painful, it’s frightening. Sometimes, it’s terrifying just as Vietnam vets have understood it’s terrifying to face the truth, especially when you don’t have anybody to talk to.”



How can we continue as a civilization of We The People, if we have to do it at the expense of maiming and murder of people all over the world whether it’s in Angola, or El Salvador, or Guatemala, or Nicaragua or Kampuchea or Vietnam? Or South Africa? Are we going to watch this happen again? Do we just go about our business as usual and know that another 5,000 people will be killed in our name?



Or do we have to think about a paradigm shift that somehow is able to experience the anguish of the Earth and the anguish of the Nicaraguans and the anguish of the El Salvadorans, whose lives are being threatened by our guns and our money because we have to protect our National Security. Well, I hope, and I challenge all of you to think, but more importantly, to feel, in your heart, how you might be able to act in such a way so that the world can live in peace and justice. And I’m liberated, I’m free to stand anywhere, anyplace, and tell them they cannot continue to kill mothers and fathers and children in my name as a citizen of the United States.



So I ask each of you to search your hearts, as to what your truth is, for being a citizen of the earth, promoting justice as a foundation for peace. It’s not going to happen magically, and I think it’s not going to happen by relying on these political structures and institutions in Washington. I think we’re going to have to wage peace in the most extraordinary ways whether our government wants it or not.



And so I simply say that you will know in your heart, I believe, what to do. But I know that without a non-violent revolution of consciousness, we will not survive as a civilization or as a planet. We are at an extraordinary point in history where we can choose to have peace if we want to pay the price. And what more glorious goal and value do we want than peace for all people?



And so I look forward to working together with you all, with we the people, to build a new society, a society that understands that we are not worth more, and they are not worth less and that we will be willing to pay the price and take the risks to wage peace with all fellow and sister human beings.



… I feel ever more empowered to wage unconditional peace.”

Anónimo disse...

A minha passagem pelo Exercito foi curta e forçada pelo próprio sistema, sinceramente não me diz nada o tal "Amor á patria" que tantos veneram se orgulham, tanto bisavô,avô,pai(todos oficiais)estiveram e combateram por uma pátria esquecida e podre como aquela em que vivo, sinceramente tentaram me "obrigar" a entrar num conjunto de farsa como o próprio exercito deve ser aclamado.
Que pátria esta,que nos obriga a acreditar e fazer parte de grupos que não se acredita, não tenho nenhuma obrigação para com o meu país,não é ir á tropa que faz de mim mais homem, como mtos ainda pensam.
Graças a deus que agora á escolha.
Viva a Liberdade de Escolha!

Anónimo disse...

Devemos gastar dinheiro dos nossos IMPOSTOS em missões de paz?
Estas missões não passam de férias de turistas como os MILITARES que por lá se passeiem,no entanto vale a pena não fazer nenhum e integrar uma força com uma grande farsa de pano de fundo para se ter um lugar ao "SOL" nas forças armadas.
Há mtos quarteis em PORTUGAL práticamente vazios, hoje em dia grande parte do armamento está obsuleto já para não falar da velha mania da "CONTINÊNCIA"...
Quando é que se muda o pensar ou inovar das Forças Armadas?

Anónimo disse...

Liga dos combatentes?
O que é isso?
A Liga, que se esquece de quem combateu no ultramar?

Anónimo disse...

So posso dizer que depois de ler alguns dos commets aqui publicados tenho vergonha de ser português pois só em Portugal se diz determinadas coisas como "não tenho nenhuma obrigação para com o meu país".