terça-feira, fevereiro 13

FUTURO DO MUNDO RURAL

Temos assistido em Portugal a uma transferência da população do interior para o litoral. Concomitantemente, o investimento na agricultura é cada vez menos prioritário, em boa medida devido à perda de fundos da União Europeia. Mas também se regista o inverso: a redescoberta do campo por quem vive na cidade. É sobre esta imensa área do país que queremos falar no SC.

11 comentários:

Anónimo disse...

sou Jovem Agricultor. Tenho 37 anos e estou para iniciar um projecto agrícola em Modo de Produção Biológico, logo que estejam disponíveis as regras finais de candidatura do FEADER.
Terminei o curso de Jovem Empresário Agrícola a 30 de Dezembro de 2005. Mas o programa AGRO fechou em 28 de Dezembro desse mesmo ano, pelo que estou há mais de um ano à espera de dinheiro para poder começar um projecto agrícola, visto que não disponho de ferramentas. Estou desempregado e inscrito no Centro de Emprego de Torres Novas (Ribatejo), há mais de dois anos e não consigo alugar nem comprar terrenos a preços decentes.

Estou desempregado. E não consigo começar a trabalhar. Nem no centro de emprego me dão solução porque não posso fazer uma criação de próprio emprego na agricultura, porque não há apoio para esta área.

Gostava de saber quando (em que mês deste ano) posso finalmente fazer uma candidatura para iniciar um projecto de Jovem Agricultor.

Há em Portugal uma bolsa de terrenos para jovens agricultores.

Anónimo disse...

Olá o meu nome é Miguel Peres tenho 19 anos e sou estudante do curso superior de gestão turistica e hoteleira.
Em relação a este tema penso que é essencial o devolvimento do turismo rural, infelizmente não vejo grande investimento neste tipo de turismo. Este desenvolvimento proporcionaria a criação de novos postos de trabalho e riqueza para estas zonas.A promoção dos produtos agricolas portugueses continua a ser ridicula desorganizada e por vezes dirigida mais ao estrangeiro que ao publico português. Se não consumimos os nossos produtos vamos querer exportá-los?

Anónimo disse...

Há pouco falaram que o interior não pode ser uma reserva de índios e agora mostram uma pequena reportagem sobre as tradições que estão a desaparecer. Parece-me um pouco uma contradição. Acho que um dos problemas é que não existe uma recriação da cultura rural. Ou existe um saudosismo e uma preservação de tempos antigos ou a importação da cultura urbana. Até a forma como se vêm é importada da cultura urbana.

Anónimo disse...

O meu nome é Tiago Matos, sou um espectador ocasional mas que considera muito importantes e bem conseguidas as abordagens que a “Sociedade Civil” transmite.


Quanto ao tema de hoje queria apenas colocar duas questões:

1 – foi dito pelo convidado representante da LPN que as áreas agrícolas terão de ser aumentadas e consequentemente diminuído o número de pessoas a elas afectadas, mas que as actividades associadas à agrícola como as de turismo rural não devem ser “mega - instalações” – que no fundo têm a mesma consequência! Pergunto se em Portugal não terão que existir dois tipos de economias, para ambos os casos, uma de mais reduzida dimensão (menor rendimento mas mais pessoas afectadas) e outra virada para o exterior, de maior dimensão (grande rendimento e menos pessoas);

2 – foi dito pela representante de CONFRAGI que não que é uma icógnita se existirá a perpetuação dos apoios! Será que a mentalidade portuguesa não deverá alterar-se uma pouco e perceber que os apoios são tem um função transitória e de adaptação a novos mercados?

Muito obrigado pela atenção

Continuação de bom trabalho

Anónimo disse...

perdão no comentário anterior, no ponto 2, onde se lê :"foi dito pela representante de CONFRAGI que NAO que é uma icógnita se existirá a perpetuação dos apoios", não era suposto estar o NÃO antes de "que é uma icógnita"

obrigado

Anónimo disse...

Sou engenheira agrónoma, técnica em Agricultura Biológica. Pretendo iniciar uma exploração agrícola mas, novamente, embato na falta de terrenos disponíveis. Concordo que é necessário aumentar o rendimento dos agricultores, mas será eficaz fazê-lo através de subsídios calculados com base num histórico de produção? O que acontece actualmente é que os agricultores têm esse rendimento certo, não cultivam porque lhes dá muito trabalho e (a cultura)dá pouco rendimento e os terrenos não estão disponíveis para serem alugados ou vendidos a preços razoáveis. No que me diz respeito, o problema reside exactamente no facto de existirem subsídios à produção. Concordo com subsídios, sim, mas ao investimento. O que pensam os intervenientes no debate?

Anónimo disse...

Sou um cidadão urbano, 43 anos e daqueles que não se importaria de mandar a mundana vida urbana às malvas e dedicar-me a um projecto agrícola ou pecuário, ou seja ligar-me à terra.
Ao que vejo, e nomeadamente com situações a que assisti com amigos que largaram tudo para se dedicarem a projectos agro-ambientais e que hoje estão à míngua, pergunto-me se valerá a pena.

Na zona abrangida pela área do Tejo Internacional, todo o esforço de educação ambiental que foi promovido pelos então jovens ambientalistas ao longo de mais de 15 anos, quer no domínio da agricultura e agropecuária autóctones e auto-sustentável caíu por terra. Nada foi aproveitado.
Apenas os subsídios... por alguns!

Este país tem que ser repensado.
Os nossos filhos exigem-no.

Anónimo disse...

O eugénio sequeira está a tocar no ponto dos rpu's. No jornal Ocasião desta semana aparecem dois anúncios de venda de rpu's. Será isto apoio à agricultura??? Ajudem os agricultores, não os especuladores.

Anónimo disse...

Quando é que vai ser possível perceber-se que tanto a agricultura como o capitalismo estão na base da tragédia civilizacional que foi capaz de produzir alterações climáticas e bombas atómicas, para além do genocídio da contracepção? Quando será possível começar a discutir estes assuntos com a seriedade necessária para evitar os jogos de lucro e poder antropocentristas, e para evitar os falsos ambientalistas como os da LPN? O problema resume-se ao colapso generalizado do ecossistema terrestre, e há uma só causa: a boçal corrupção da civilização humana, que se tornou eco-genocida. Querem soluções? Procurem-nas no anarco-primitivismo: http://primitivism.com

Anónimo disse...

Aquilo a que uns chamam de "Mundo Rural", como se fosse uma fábrica qualquer, é afinal a base essencial da vida, é o ecossistema do planeta Terra. E não há respeito pela ecodiversidade planetária enquanto existirem os alienados jogos de lucro e de poder do capitalismo. A humanidade não tem o direito de piratear a natureza, saqueando-a como se fosse um espólio de guerra. Era suposto a humanidade estar integrada no ecossistema, mas acontece que ela se marginalizou como se fosse uma espécie de extraterrestres, alienados num mundo de ficção científica.

Anónimo disse...

O mundo rural é como os dinossauros, já era.