segunda-feira, março 5

CASTIGOS E PALMADAS

Em 2006, o Supremo Tribunal de Justiça considerou palmadas e estaladas dadas por uma educadora a crianças como um instrumento de disciplina lícito e aceitável. Em 2007, com as alterações previstas ao Código Penal apenas os maus-tratos físicos ou psíquicos de modo intenso ou reiterado serão punidos com pena de prisão. As palmadas não continuadas são apenas correctivas? Existem outras soluções pedagógicas?

13 comentários:

Anónimo disse...

Sou contra qualquer tipo de violência física ou verbal. Não é assim que se educa as crianças e/ou se comunica com as pessoas.

Há que ter mais responsabilidade e sensibilidade de como se educa, de como iniciar uma relação positiva e construtiva com as crianças e qualquer outra pessoa, certamente isso não acontecerá com violência mas com amor.

Paulo

Daniela disse...

Sim, há outros tipos de educação!E, educação é mais do que aprendizagem escolar e boa-educação: é crescer em harmonia e com felicidade.Há projectos de educação Neo-Humanista,uma forma holística de educar.Vejam em: http://anandamarga.pt/neo-humanismo
As crianças que sao bem educadas pelos seus pais e sociedade nem sequer precisam da tal "palmadinha".Se explicarmos as coisas com amor e compreensão às crianças e nao as tratarmos como ignorantes e coitadinhas (que nao sao!), mas com respeito, é possível o diálogo construtivo.

Pascoal disse...

Mais que castigar á que comunicar, mais que punir á que ter regras.
Uma das nossas funções enquanto pais e educadores é mostrar e explicar as janelas da vida e esperar que mais tarde ele saiba escolher as portas por onde quer passar.
A maior experiencia da vida é ser pai a mais doce é ser filho.

Luis

Anónimo disse...

Eu ainda sou do tempo em que os pais davam uma palmada na hora certa.
Posso dizer que levei 1 ou 2 e merecidas (ie, soube o porquê).
Mas o mais importante para mim, era saber que os meus pais jamais me castigariam em "praça pública" ou na presença de outras pessoas.
E hoje com 32 anos, os meus pais falam de mim, com orgulho, de que nunca fiz uma birra na rua.

Anónimo disse...

Fui criada e educada da mesma forma que o meu irmão mais novo, apesar de uma relação sempre próxima com os nossos pais sempre houve determinadas regras: com lincença, obrigada, por favor, eram expressões obrigatórias em casa, que sempre usei. O meu irmão por outro lado, preferia adormecer À mesa de jantar para não pedir licença para se levantar, não bebia água ou sumos para não pedir por favor e outras coisas deste género em casa. Na escola sempre foi do contra, sempre criou conflitos com os professores, apesar de ter sido uma criança extremamente inteligente e ter tido sempre óptimas notas. Foi uma criança difícil, e continua a ser um adulto complicado, invejo a paciência da minha mãe, e tenho receio de se um dia tiver um filho assim, não saber lidar com ele. Como lidar com ele? Os castigos nunca resultaram, os olhares zangados, tristes ou magoados também não, conversas a dois muito menos... Como se lida com uma criança assim?

Anónimo disse...

É curioso observar como o afecto facilmente fica despojado para coisas como a televisão, o computador ou o telemovel.. Castigar é, no senso comum actual, privar alguém de ver televisao ou de jogar jogos no computador.

"Hoje portaste-te mal vais brincar para a rua ou para os elevadores do condomínio."

Anónimo disse...

Sou a favor de uma educação equilibrada. E também acho que uma palmada na hora certa nunca fez mal a niguém. (E eu falo por mim.) Nalgumas situações (tudo é relativo), não se consegue chegar a lado algum com conversas, principalmente quando as crianças são pequenas. Agora, é preciso deixar bem assente que uma coisa é uma ou outra palmada, outra é violência. São coisas diferentes que se deve ter o cuidado para não se porem "no mesmo saco". E, como a psicóloga Gonçalves na reportagem referiu, autoridade não implica autoritarismo. As crianças devem saber quem é que manda.
Deve-se também aplicar castigos não corporais, mas não como forma única de educação.
Há que arranjar soluções eficazes a cada situação (porque nem todas as crianças são iguais).
Por vezes, em certas e determinadas situações (e estou a pensar em casos que vemos que a criança está prestes a fazer algo de errado), podemos avisá-la, (mas muitas vezes sabemos que, mais tarde ou mais cedo, ela leva a sua avante), não há grande problema em deixá-la fazer tal (dependendo daquilo que é!!!) de modo a deixá-la também aprender com os seus erros.
Concluindo, como já disse, a educação deve ser equilibrada e devem haver respostas/soluções adequadas a cada situação.
Um bem-haja.
Joana

Anónimo disse...

Sou contra qualquer tipo de violência, mas há situações incontroláveis. Por exemplo: passei meses a fio a explicar ao meu filho de 5 anos que não devia brincar com fogo (fósforos. Usei sempre métodos pedagógicos, de cada vez que o via a fazer ás escondidas. Um belo dia o meu filho, que tamto trabalho me tinha dado em acções perfeitamente pedagógicas a tentar evitar que acontecesse o pior, pegou fogo ao jardim, tendo-se o fogo propagado de forma perigosa. Era verão. É claro que perdi as estribeiras, dei-lhe umas boas palmadas, muitas mesmo e, em boa verdade, até hoje,o menino tem 7 anos, nunca tal voltou a acontecer. Nunca mais pegou em fósforos, esqueiros ou afins.
Agora pergunto: fui uma criminosa? ou uma educadora eficaz?
Orísia

Anónimo disse...

Desculpem os erros, foi da pressa:
isqueiros, à, tanto. Penso que não existem mais.
Orísia

Anónimo disse...

oops!!! às

Anónimo disse...

Estava a ficar preocupado pela longa ausência do vosso comentador permanente Ponces de Carvalho... temi que algo o tivesse feito desaparecer.
Contudo penso que existirão outros que tão bem ou melhor emitirão opinião nos temas de educação infantil (pese o facto de ser descendente do grande João de Deus!)
Era bom ouvir outras opiniões de outras filosofias educacionais!
ps: acerca das “palmadas” do programa de hoje: fiquei a pesar nas que ele deu ao irmão João!!!

Tânia Gouveia disse...

Gostei imenso do programa de hoje.
É uma pena nem todos os pais/encarregados de educação não saberem como educar os seus filhos/educandos, e não perceberem que a forma como os tratam na sua infância vai ter uma grande responsabilidade no seu futuro.
E mais que castigar, à que saber educar.

Tânia

Anónimo disse...

Sou contra qualquer tipo de violência, mas o que é certo é que as crianças, adolescentes e até jovens de hoje não têm respeito nenhum por ninguém (nem mesmo pelos mais velhos). Enquanto antigamente a educação era muito rigida, hoje em dia é facilitada de mais, pois os pais de hoje em dia fazem as vontades todas às crianças (muitas vezes apenas para evitar que façam birra).
Devia haver um meio termo...