quinta-feira, abril 19

PERIGO NOS ESTÁDIOS

A violência regressou aos estádios portugueses num dos jogos maiores do campeonato português. Cinco feridos foi o resultado do último Benfica-Porto. Este facto acontece dois meses depois da morte de um polícia na sequência de confrontos entre adeptos em Itália e da reacção do novo presidente da UEFA, Michele Platini, que aplaudiu, na altura, a suspensão dos jogos do campeonato italiano e referiu que é preciso erradicar a violência do futebol. Neste SC queremos dar soluções para alcançar este objectivo.

29 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde.

Acho que neste assunto temos de distinguir realidades diferentes: a nossa, a dos países sul-europeus e norte-europeus.

A nossa situação, desde que me lembro de ver futebol (tenho 29 anos) nunca foi ou nunca atingiu resultados tão graves como os que assistimos em Itália ou Grécia; as 2 excepções foram a morte do adepto do Sporting atingido por um very-light disparado por um adepto do benfica, na final da Taça de Portugal em 96 e a morte, salvo erro, de 2 adeptos do Sporting, no final de um Porto-Sporting, também nos anos 90.

Falando do nosso panorama de segurança nos estádios, acho inconcebível 2 aspectos que ocorrem sistematicamente nos jogos chamados "grandes":

- a chegada dos adeptos visitantes quase sempre em cima da hora do jogo, devidamente escoltados e "segurados" pelas forças de segurança; tem de haver uma hora estipulada de entrada para os adeptos das chamadas "claques". Tipo 2, 3 horas antes. Se chegarem depois... Não entram!

- Isto porquê: Porque como os adeptos visitantes, invariavelmente, chegam ao estádio cerca de 1h, 1/2h antes do jogo, astutamente os chamados "bisontes" são enviados para a frente da coluna dos adeptos e começam a empurrar, forçar a entrada abrupta nos portões do estádio e que, com o olhar impávido das forças de segurança, origina que a entrada no estádio seja caótica, onde é impossível verificar bilhetes, quanto mais fazer uma revista a cada um dos adeptos em busca de petardos, armas brancas, etc.


Isto sem falar nas brilhantes mentes dos nossos dirigentes que têm a sensatez de pôr os adeptos visitantes nos topos superiores dos estádios.



Cumprimentos, Rodrigo Maddix.

Anónimo disse...

As claques tem de acabar, e só não acabam porque os clubes não querem. A maior parte dos elementos das claques não tem dinheiro para comprar bilhetes por isso os bilhetes são arranjados pelos clubes que assim continuam a pactuar com estes estraga-espetaculo. Cenas como aconteceram no estádio da luz, gritos contra clubes que não fazem do jogo... isto é estragar o espectáculo e acontece com todos os clubes não e com o Porto Benfica ou Sporting... eu sou sócio do salgueiros e via nos jogos contra o Boavista que aquilo dava sempre pancada... temos de acabar com as claques...

Anónimo disse...

Vou à bola há muito anos. Anda tudo muito esquecido... Lembro-me que entre 1978 e 1983 - ia todas as semanas - vi as maiores cenas de violência da minha vida. Até para entrar havia cena de murro. Hoje há uma organização totalmente diferente, principalmente porque os preços são altos e só uma elite é que vai ao futebol

Anónimo disse...

Isto sem falar na vergonha que são estes horários dos jogos de futebol impostos por quem verdadeiramente manda no futebol português: A SPORTTV.


Como querem que os estádios portugueses recebam famílias, crianças, se todos os jogos mais importantes das jornadas são todos à noite????

A noite convida ao anonimato, logo maior probabilidade de violência.

Anónimo disse...

Tenho 32 anos, sou cidadão e adepto do Porto, e fiquei chocado, à cerca de 3 anos com a forma como os adeptos do FC Porto foram recebidos no estádio de Alvalade. Antes do início do jogo, o "speaker" de serviço, que deveria animar o público, lançou uma série de insultos aos adeptos e ao clube visitante.
Apesar de ser suspeito para dizer isto, a verdade é que nunca vi no Dragão os adeptos adversários serem recebidos como acontece em Lisboa. Em 2004 mais de 3000 adeptos do Porto (onde se incluiam crianças) foram recebidos na Luz de forma extremamente violenta pela polícia, correndo mesmo o risco de serem esmagados, ao serem colocados num espaço onde cabiam pouco mais de 1000 pessoas! Tiveram que ser evacuados para o relvado! Ninguém falou disto na altura...

Pedro Marinho disse...

Mas, que dizer do futebol em si? Que rumo está a ter? Haverá um retorno ao futebol limpo e atraente para o público? Ou será que cada vez mais os estádios ficarão vazios? Será que a paixão pelo futebol diminuirá ou florescerá? Quais as soluções a curto prazo? E quando acabará apenas falar só no que de mau acontece!

Pedro Marinho

Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...

Desporto ou Guerra?

Psicólogos, sociólogos e jornalistas concordam que, num mundo tão intensamente violento, o desporto não é excepção. Há uma subversão implacável dos valores morais básicos. Como tentativa de amainar as violentas realidades do desporto moderno, não produz resultado o uso de frases tais como “o desporto é uma competição honesta”, “o espírito de amizade” ou de “fraternidade”.

Quais as soluções para acabar com a violência?

Pedro Marinho

Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...

Tenho 30 anos e nunca vi um jogo de futebol por causa da insegurança que me incomoda desde pequenino, o futebol é um desporto em que é mais perigoso o futebol de bancada do que o jogo no relvado, sendo assim recuso qualquer convite, mas entendo que a sociedade tem dificuldades de se comportar: “O futebol não é, em si mesmo, a causa da violência, mas é um palco perfeito para ela.

Pedro Marinho

Arcos de Valdevez

Anónimo disse...

Gostava de perguntar ao sr Herminio Loureiro se não acha ridiculas as multas que a liga passa comparada com as receitas que os clubes geram nos jogos grandes... pois multar o porto e o benfica em cerca de 3000 euros quando um benfica-porto gera pelo menos 1,5 milhoes de euros de receita de bilheteira... se calhar era um passo para os clubes porem um travão nas claques

Anónimo disse...

Boa Tarde,

Hoje em dia os estádios se tornaram mais confortáveis, deveria ter um sistema de videovigilância das bancadas e a polícia actuar de imediato(ou segurança interna, vulgo stewarts). Este exemplo ocorre nos estádios alemães. Assim, as pessoas que tentem ir com outras intenções, acabam por ser dissuadidos a não praticarem actos ignóbeis de violência.
Outro aspecto, altamente importante é o tipo de linguagem que os dirigentes dos clubes e deportivos em geral têm sobre os acontecimentos desportivos. As pessoas depois acham-se no direito de poderem estragar o espectáculo.
Não adiante mudar leis e criar outras porque se as que estão em vigor, não são fiscalizadas na verdadeira acepção da palavra, acaba que redunda num fracasso total, de toda a estrutura federativa ou da liga.

Saudações deportivas,
Francisco José Rodrigues

Anónimo disse...

E se se experimentasse separar por todo o estádio, os membros das claques visitante? É que muito só são valentes e conflituosos em grupo.

Anónimo disse...

tenho 18 anos e sou sócio e adepto do belenenses desde que nasci.pertenço à claque do meu clube, Fúria Azul, e discordo totalmente da opinião do senhor mário, pois uma claque nao tem como objectivo estragar o espetáculo, mas sim dar-lhe ânimo e alegria. Uma claque é importante numa equipa pois os seus elementos são aqueles que estão sempre a "puxar" pela equipa e estão sempre presentes nos bons e nos maus momentos. eu vou a todos os jogos no restelo e costumo tambem ir fora e nunca existe pancadaria. o que existe é sim um grande convívio e amizade entre os elementos da claque. mas os aspectos positivos a comunicação social nunca mostra. apenas as cenas tristes é que gostam de comunicar à população, pois isso é que dá audiencias...

sou do belenenses e isso enche-me de orgulho.

Anónimo disse...

Nunca fui a um estádio de futebol e apesar de gostar de assistir a jogos de futebol, não tenho muita vontade de ir, porque não considero que seja um sitio assim tão seguro quanto isso.
Se o comportamento das pessoas fosse de desportivismo e festa (sem abusos), até dava prazer, mas assim corremos sempre o risco de alguém lhe "dar na cabeça" e começar a ser violento sem qualquer justificação.

Penso que isto parte da educação de cada um e há por ai muita gente sem educação, respeito ou civismo para com os outros. Se toda a gente fosse civilizada, nem eram necessárias forças policiais no local (ou pelo menos tantas).


Outra coisa, que não tem nada a ver com o caso, mas que aproveito para dizer é que devia haver mais apoio e assistência aos outros desportos e não só ao futebol, bem como também deviam ser apoiados os desportos femininos e não só os masculinos.
Se não continuássemos a viver num país tão machista, muito provavelmente eu e muitas colegas que tive na escola (onde formávamos as nossas equipas) teríamos sido jogadoras de futebol, mas assim não chegámos longe…

Anónimo disse...

Se o futebol se jogasse no feminino, provavelmente também não haveria tanta violência...uma vez que esta também é protagonizada pelos jogadores, que dão desde logo um péssimo exemplo!

Anónimo disse...

Boa tarde! Eu tenho 29 anos e sou sócia do Vitória Sport Clube há 26 anos. Sempre que vou ao futebol ( em casa ou fora) é uma festa e nada justifica a violência (física ou psicológica). Está-se a falar da violência gerada pelas claques/ adeptos. E a violência provocada pelas atitudes/ palavras dos dirigentes desportivos? Não cumprir um acordo acerca do preço dos bilhetes feito no início da época não pode ser considerado uma provocação? Colocar bilhetes a 20/25 euros para um jogo da 2.ª liga num estádio sem condições, ainda por cima para uma bancada amovível e depois dizer que havia bilhetes a 10 euros mas que já estavam esgotados não pode ser considerado uma afronta? Isto não pode promover a violência? Que de ou pode fazer a Liga em relação a estas situações! Querem os estádios cheios mas fazem tudo para nós não comparecermos.
Vitória Sempre! Vitória até morrer!

Elsa Teixeira

Anónimo disse...

Gostava de perguntar ao sr Herminio Loureiro se não acha ridiculas as multas que a liga passa por disturbios como aconteceu no benfica porto, quando comparada com as receitas que os clubes geram nos jogos grandes... multar o porto e o benfica em cerca de 3000 euros quando um benfica-porto gera pelo menos 1,5 milhoes de euros de receita de bilheteira... se calhar era um passo para os clubes porem um travão nas claques

Anónimo disse...

Sr Tomás
muitos clubes ingleses nao tem claques e não por isso que todo o estádio deixa de apoiar o seu clube...

Anónimo disse...

tenho pena que a maior parte das pessoas tenha medo de ir aos estadios. só têm medo porque nunca foram a um estadio... dizem que o futebol é muito inseguro porque a comunicação social só mostra os aspectos negativos...
experimentem em ir ao restelo e aperceber-se-ão que isso nao passa de um fantasma... eu anseio sempre pelo fim de semana para puder ir ao estadio e libertar-me do stresse da vida...

Anónimo disse...

Olá Susana Fonseca!

Escrevo só para dizer que esse projecto de que falou dá realmente resultado, porque eu tenho uma horta, mas em casa nunca temos muito tempo para cuidar dela, mas temos um visinho que nos cuida dela (por estar reformado) e como tal, também leva para sua casa os legumes que a terra dá.

Obrigado pelas sugestões semanais.
Continuação de bom trabalho.

Anónimo disse...

stress com 18 anos?? as pessoas nao vao aos estadios por causa do preço e nao por medo

Anónimo disse...

A maior parte dos comentários que defendem que o seu estádio é bom e seguro, mas fala-se sobretudo dos grandes estádios, ou melhor dos jogos dos "3 grandes" que acabam sempre por ser os mais "violentos" até porque são os que têm mais adeptos.

Anónimo disse...

concordo com o que foi dito em relação ao preço:

"as pessoas nao vao aos estadios por causa do preço"

Anónimo disse...

eu nao tenho stresse pois ainda sou novo, mas sei que muita gente comparece aos jogos para se libertar. não há que ter medo de ir assistir a um jogo... se forem do benfica do sporting ou do porto talvez haja algum receio, mas apenas em jogos entre estes clubes, nada mais.
eu ja fui a tanto lado acompanhar o meu clube e nunca me senti nem com medo e além disso os bilhetes para se ir assistir a um jogo no restelo para socio sao 5€. =) e as transfertas feitas nao sao muito caras ( varia entre 10€ e 15€ a viagem e o bilhete)

Anónimo disse...

Boa tarde!

Também eu pertenço à claque do Belenenses, Fúria Azul, também faço várias deslocações por época e acho lamentável que se tenha/crie esta imagem face à generalidade das claques!

É como tudo na vida, por exemplo, 2 cães mataram uma senhora, passaremos todos a ter medo de cães?? Por favor... não peguem nos maus exemplos para criticar tudo e todos, para dizerem que não vão ao futebol porque não se sentem seguros!
Eu tenho 27 anos, 21 dos quais como adepto e jamais entrei ou pactuei com qualquer tipo de violência... chamar nomes é uma coisa pois rivalidades existem em todo o mundo desportivo e não só... agora violência? agressão? Mas o futebol não é um espectáculo?

Experimentem acabar com as claques e, depois sim, iram ver o que é violência, pois, esses mesmos grupos deixam de ser conduzidos para determinada bancada e transformam-se em mini-grupos espalhados por todo o estádio e impossíveis de controlar!

Saudações desportivas

Anónimo disse...

As claque stêm de todo o tipod e gente, tal como em todo o lado. Há advogados, há artistas, há estudantes.. há também pessoas sem educação.
Sou de uma claque è 7anos e nunca fiz asneiras e por isso penso ser injusto o rotulo que nos colocam pois temos o aspecto positivo.
Os Diabos Vermelhos á cerca de 3anos levantaram o hóquei do Benfica e só assim continuamos com a modalidade.

Anónimo disse...

Sempre as claques as claques...
e adeptos normais não? Lembro-me bem de um jogo do V.Guimaraes em que "voaram" cadeiras do sector dos socios do vitoria.
E já agora porque não falam por vezes das más actuacoes da policia?? ultimo exemplo espanhol vs benfica a psp não permitiu uma das claques do benfica de fazer uma simples coreografia isto tudo porque a psp esta em pé de guerra com a direccão do Benfica que nada tem a haver com a claque falem também destes casos e não se escondam com as desculpas do são as claques!

http://fanaticos_benfica.nireblog.com/

Anónimo disse...

Acima de tudo acho que os próprios atletas deviam dar o exemplo e incentivar à festa e não à violência e destruição.

Anónimo disse...

Boa tarde!

Paixões e amores futebolísticos, entendo-os; ódios e violência, num quadro de princípios e valores desportivos, não fazem para mim o menor sentido.
Obsessões clubísticas patológicas são apenas mais um reflexo de uma sociedade que prefere promover «teoricamente» a tolerância a praticar o respeito.
Torna-se, assim, fácil ser pretensamente tolerante, quando não há nada que se deva respeitar.

Tudo me prende ao desporto; nada me liga ao futebol...

J. Ricardo M. - Lisboa

Anónimo disse...

Mas acreditam mesmo que violência nos estádios é um inconciente acto?

O é no ponto da sua pratica mas não de seus iniciados intuitos , que são bem estudados , e de diversa ordem como politica, económica,...

Basta referir os movimentos extremistas , ou mesmo por fomento dos próprios clubes que alimentam tal facto com polémicas a preceito...

Depois devemos analisar as claques , como são organizadas , como são financiadas e seus elos com os clubes e decerto que se acha os porquês das suas atitudes..

Para além que a violência em certa forma não nasce pelo o clubismo , quando é mero reflexo social , que se transpôem para este desporto de grandes massas , onde é propicio geração de tribos , que se invocam em nome de um clubismos , mas que escondem traumas sociais e que alegremente se olham e ditam como casos isolados...até um dia...Mas até lá os clubes estão bem contentes porque o lucro é fomentando pela a polémica