terça-feira, setembro 18

O QUE VAI MUDAR NO TRABALHO?

A nórdica flexigurança no trabalho é aplicável com sucesso em Portugal?
O Banco de Portugal defende que a rigidez do mercado laboral é um dos principais entraves ao crescimento económico nacional. A flexigurança é apontada como uma das soluções pelo governo, mas é criticada pelos sindicatos e outros parceiros sociais. Afinal, o que é a flexigurança? Significa melhores ordenados e maior facilidade no despedimento? Vai ser feita tábua rasa dos direitos adquiridos? Vamos saber o que muda, para melhor e para pior, se esta política for introduzida em Portugal.

39 comentários:

Anónimo disse...

Muito boa tarde Fernanda Freitas e uma tarde igualmente agradavelzinha para todas as pessoas aí presentes. Gostaria de dar a minha dissidente opinião sobre a flexisegurança. Eu, por mim, partilho a opinião dos nossos governantes, e estou desejoso que a flexisegurança chegue a Portugal, porque tudo o que é nórdico é bom, desde os belos espécimes do género feminino da raça humana, até ao mobiliário, que é bastante razoavelzinho e barato. E depois, não é verdade que os portugueses passam a vida insatisfeitos com o emprego que têm? Com a flexisegurança sempre têm a oportunidade de mudarem frequentemente de emprego, ou mesmo, se tiverem sorte, nunca mais trabalharem na vida. E depois qual é o problema se os trabalhadores portugueses trabalharem pela noite dentro, sem direito a acréscimos de ordenado? Assim como assim, muito portugueses passam a noite em sítios mal-frequentados, a gastar dinheiro e a beber desregradamente. Desta forma, as esposas (ou esposos) sempre ficam mais sossegadas (os), pois sabem que os queridos conjugues além de estarem seguros no seu local de trabalho, também não gastam dinheiro mal gasto. Com a flexisegurança muitos portugueses terão, finalmente, a oportunidade de conhecer o seu próprio país, ou quem sabe, outro país… fruto da crescente mobilidade profissional, o que só lhes faz bem, desde que deixem, claro, a sogra num lar bué da longe. Finalmente, e para terminar num clima positivo, gostaria de deixar uma nota animadora para todos aqueles que ainda estão de pé atrás em relação ao modelo de flexisegurança: Prevê-se que o modelo de flexisegurança só chegue a Portugal em 2008, porque ainda se encontra nos serviços alfandegários de Copenhaga, devidamente embalado em contentores mais ou menos seguros. Com a burocracia existente nos nossos serviços alfandegários, o modelo de flexisegurança não entrará em vigor tão cedo. Entretanto, quando isso acontecer, os portugueses que tiverem resistido e sobrevivido à actual crise económica e laboral, já devem estar emigrados num qualquer país realmente desenvolvido. Resumindo e concluindo: DON´T WORRY, BE HAPPY!

Dissi Silly

lady_blogger disse...

Se na Dinamarca a taxa de desemprego é a 2.ª menor da Europa, podemos testar a flexigurança. Quem sabe possa ser uma alternativa à actual crise que atravessamos em Portugal, onde a taxa de desemprego não pára de crescer.
Se não for um bom modelo a adoptar em breve se saberá e há sempre a alternativa de se voltar atrás.
Talvez não seja o mais indicado para o nosso país, mas à falta de melhor...

P.S. Faça-se mais um referendo ou na opinião de um familiar: vendamos isto à Espanha, eles de certeza que nos governariam/administrariam melhor!

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

mikas disse...

Acerca da Flexigurança, acredito que o maior problema é mesmo a falta de informação que existe de formação contínua na maioria das empresas. Enquanto este problema não se resolver, o sistema da flexigurança não conseguirá prevalecer no sistema português. As empresas deveriam adoptar esta medida porque creio que diminuirá o número de desempregados no nosso país.
Obrigada pelo bom trabalho que fazem.

Maria

Anónimo disse...

Parace-me que um dos problemas do nosso mercado laboral é que os empregadores não apostam na formação contínua dos trabalhadores.

Anónimo disse...

Os recibos verdes de que falava o prof. saldanha sanches há pouco é que são uma falsa flexigurança. Todos os patrões aplicam este sistema, e como não há fiscalização nas empresas, os direitos dos trabalhadores não são salvaguardados

Maria (ª_ª) disse...

É certo que é preciso mudar muita coisa no nosso país, mas será que é esta a solução?

Se na Dinamarca a taxa de desemprego é a 2.ª menor da Europa, então qual é o 1º?
E porque não estudar também os métodos utilizados por esse país?

Ouvindo todas as vantagens que foram ditas, até me parece bem, mas será que resulta em Portugal?
E as desvantagens, quais são?

Concordo que se devem aplicar medidas (até já há mais tempo), mas não sei se este resultará em Portugal…

Anónimo disse...

Gostaria de saber se com o sistema da flexigurança em Portugal, se a Segurança Social conseguirá sobreviver a pagar tanto subsídio de desemprego? Na Dinamarca resulta porque ficam desempregados pouco tempo, mas aqui as coisas não acontecem bem assim, não é?

Maria (ª_ª) disse...

Só existe a necessidade de fazer biscates ou de ter segundos empregos, porque os ordenados são muito baixos!

Anónimo disse...

Boa tarde a todos. Nesta questão da flexisegurança, gostaria de saber a opinião dos presentes sobre a situação "forçada" em que muitos trabalham como profissionais liberais (a recibos verdes) sem o serem de facto.

Por me encontrar nessa situação, sou particularmente sensível a ela, pois após trabalhar 2 anos para a mesma entidade (pública) nessas condições, irei terminar o meu contrato de prestação de serviços no final do ano e não terei direito a subsídio de desemprego.

O mesmo se passa com os bolseiros que em termos de regalias também são prejudicados após o término das bolsas.

Anónimo disse...

gostava q me esclarecessem 1 dúvida: quem já está efectivo, pode ser despedido sem justa causa? O contrato q assinou antes do regime de flexisegurança continua válido ou não?
é q toda a gente fala da flexisegurança, mas, ninguém esclare-se devidamente os portugueses, sejam eles patrões ou empregados...

Obrigada

Anónimo disse...

Há uma contradição de fundo nesta conversa: querem flexibilizar o trabalho e aumentar a natalidade em simultâneo? Como? Se os pais podem ficar sem trabalho no mês seguinte, arriscarão a ter um filho?

Anónimo disse...

E os pequenos comerciantes? Que protecção têm estes trabalhadores? O meu pai teve uma pequena loja comercial durante mais de 30 anos. Sempre descontou ininterruptamente durante esses anos. Deu emprego a alguns trabalhadores. Nunca beneficiou de baixa médica. Devido à concorrência no seu negócio, viu-se obrigado a fechar a porta do estabelecimento. E que apoios teve? Absolutamente nenhuns. Tem 52 anos. Novo demais para a reforma. Velho demais para trabalhar, é o que lhe dizem. Nem cursos de formação lhe dão. Os empregos só existem para quem ganha subsídio de desemprego. Gostava que me respondessem o que uma pessoa nesta situação pode fazer!

Orlando Pinheiro disse...

Recibos verdes (impressos a azul...)

Trabalhei 5 anos como Director de Marketing numa conhecida S.A....

Fui despedido. Claro que recebi 0

Enquanto trabalhava, não tinha direito a 'baixa', férias ou sub de férias e natal.

Agora não ganho mas não tenho direito a sub-de desemprego mas sim e apenas que continuar a pagar todos os meses ao seguro e á segurança social. Mais no fim do ano vou ser tributado sobre 65% do salário minimo em troca de NADA.

Anónimo disse...

Não sei se já laguém se debruçou sobre as ofertas de emprego que o IEFP manda publicar quinzenalmente no DN.
Numa análise meramente visual,verificamos que os salários oferecidos para licenciaturas, se situam entre os 600 e 800 euros; engenheiros de diversas especialidades, farmacêuticos, economistas.
Os Centros de Emprego, actuam como meros transmissores das ofertas, quando deveriam ter uma atitude pedagógica juntos dos empresários que colocam as ofertas de emprego, alertando-os para a dificuldade em recurtar profissionais experientes com aqueles salários; por outro lado os Centros de Emprego não questionam se os salários oferidos estão de acordo com os mínimos das convenções colectivas.
Qual o engenheiro ou farmacêutico com experiência que aceita aqueles salários? será que a flexisegurança é para validar estes baixos salários? Não esqueçamos que são profissões altamente qualificadas. O que tem o Sr. Ministro a dizer sobre isto?

Mário Ramos
Técnico Recursos Humanos
Desempregado

Anónimo disse...

Se o mercado está saturado, como é que a flexigurança vem arranjar emprego para todos?

Se uma pessoa apenas vai aumentando o ordenado após vários “anos de casa”, nunca receberá mais, pois está sempre a voltar ao início com a mudança de emprego.

Anónimo disse...

as formações são muito caras para um desempregado

Anónimo disse...

Sera que a flexisegurança vai-se aplicar aos politicos ?
Ainda se vai ver politicos a lixeiros ou electricistas ?

lami disse...

Qual a lógica de um recém-licenciado inscrito no Centro de Emprego que encontra trabalhos esporádicos de que passa recibos verdes no valor de 600 euros num ano é obrigado a pagar IRS como se tivesse ganho num ano 2700 euros?
Continua a viver à custa dos pais que não o podem anexar à sua declaração de IRS. Que garantias e direitos tem afinal?

Anónimo disse...

No caso de quem tem um curso superior como ficam as coisas se o seu curso não tem saídas? Apostar na formação, mas se não têm emprego não terá dinheiro para tal.

Quanto aos politécnicos da saúde quando é que passarão a ser vistos como cursos autónomos? Desde há muito que a ordem se encontra pendente mas não parece haver vontade de seguir em frente.

Anónimo disse...

A Flexisegurança não vai criar mais empregos, apenas vem permitir despedimentos mais facilitados, é claro como água.

A questão da mudança de mentalidades é apenas um rótulo que usam para quem está contra se sentir diminuído ou ficar com a etiqueta de atrasado.

Se vivêssemos num país onde a Santa Cunha não fosse a regra, era possível implementar a Flexisegurança com seriedade, infelizmente para tal era necessário uma mudança de mentalidades de Patrões, Empresários, Políticos etc. e isso não vai acontecer.

Rolls Royce disse...

boa tarde a todos.como prof.desempregado(1ª ciclo) pergunto ao sr.MTSS como posso mudar de área (técnica ou outra)e qual me aconselharia, visto que sou uma pessoa polivalente,isto para poder dar de comer à minha família e pagar as minhas contas. obrigado e boa tarde

A. SILVA disse...

O SEU PAINEL, DE CONVIDADOS NA SERÁ EXACTAMENTE O MELHOR PARA DISCUTIR ESTE TEMA, E VE-SE PELA CONCORDÂNCIA TOTAL ENTRE ELES. EU SE FOSSE UM PATRÃO (PORTUGUÊS) TAMBÉM QUERERIA FLEXIESCRAVATURA, FLEXISEGURANCA,FLEXIDESPEDIMENTOS, NESE NOSSO PORTUGAL NÓRDICO E LOIRO, GOSTAVA DE SABER O PORQUE DE ESTA FIXAÇÃO POR TUDO O QUE E NÓRDICO.

Anónimo disse...

A grande maioria dos empregadores pede candidatos com experiência. Assim sendo, os recém-licenciados nunca terão oportunidade de encontrar emprego, pois as pessoas que vão sendo despedidas, serão mais facilmente readmitidas por terem já experiência.

Maria (ª_ª) disse...

“Se vivêssemos num país onde a Santa Cunha não fosse a regra, era possível implementar a Flexisegurança com seriedade, infelizmente para tal era necessário uma mudança de mentalidades de Patrões, Empresários, Políticos etc. e isso não vai acontecer.”

Concordo plenamente consigo, Paulo Almeida.
É preciso mudar muita coisa e a primeira delas será mesmo isso, as mentalidades…

Anónimo disse...

Como é que é possível que uma jovem trabalhe 8 anos a Recibo verde na mesma entidade?

Xana Sá Pinto disse...

Para além da mentalidade da sociedade em geral uma das coisas que tem de mudar radicalmente é o funcionamento do centro de emprego. Sou Bióloga e estou neste momento a terminar o meu doutoramento. Como queria sair da precaridade das bolsas de investigação (creio que das piores situações de precaridade e exploração de mão de obra altamente qualificada)resolvi ir ao centro de emprego à procura de soluções. O que encontrei não foram soluções mas uma data de barreiras. Em primeiro lugar a obrigatoriedade de me apresentar no Centro de Emprego sempre que me chamarem (note-se que não estou a receber subsídio de desemprego ao qual o estatuto de ex-bolseira não dá acesso).Das vezes 3 vezes que fui chamada uma não fui (pelo que a minha inscrição foi anulada e tive de me voltar a inscrever) e outra fui assistir à apresentação de uma "proposta" que não se adequava à minha situação.
Resolvi então procurar soluções em empresas. Escrevi um projecto para ser desenvolvido por mim numa dada empresa. Quando me dirigi ao centro de emprego para saber de que forma a empresa poderia ser auxiliada a contratar-me nos primeiros tempos (até se demonstrar que projecto por mim elaborado era lucrativo)deparei-me novamente com uma data de empecilhos, desta vez devido à minha condição de ex-bolseira de investigação. Desde Maio que estou à espera de uma resposta do Centro de Emprego sobre a possibilidade de me candidatar a um determinado projecto...
É por isso que acho que para que a flexigurança funcione o centro de emprego tem de mudar...e muito. Tem de se tornar menos burocrático, mais celere e sobretudo apoiar pessoas que estejam interessadas em criar o seu posto de emprego. E não criar uma montanha de obstáculos fazendo com que planos de apoio que até parecem bastante bem elaborados tenham uma reduzida aplicabilidade. Ou seja, não só o centro de emprego deve procurar soluções de emprego para os desempregados, mas também (se calhar sobretudo) apoiar as pessoas que lhes facilitam a vida procurando elas próprias activamente criar o seu posto de trabalho.

Anónimo disse...

Discutem sómente a "flexisegurança???" dos trabalhadores, mas onde está a discussão da flexisegurança dos pequenos e micro empregadores que constituem 98% das empresas que existem no nosso país que criam a maior parte dos empregos e que mais contribuem para o PIB? Foi aí colocada uma questão sobre um pequeno empregador e fugiram dela como o diabo da cruz! É vergonhoso como manipulam as consciências dos portugueses contribuindo com isso(a não discussão e procura das soluções) para a instabilidade reinante! A vossa posição é a de redutor de crises mas esta não a podem resolver pois a solução está nas mãos dos pequenos e micros industriais e comerciantes!

Anónimo disse...

Antigamente o recibo verde, apesar de não existirem garantias, era uma forma de se ganhar mais um bocadinho, precisamente por tudo o resto ser por sua conta, isso hoje já nem se quer acontece.
Ou seja, o que existe são condições cada vez mais precárias e emprego inexistente.
O recibo verde é muito bom para advogados, arquitectos e afins pois nem tudo declaram e beneficiam de coisas que outros não conseguem, é como o patrão desconta pouco e quando começa a interessar passa a descontar mais.
Melhores Cumprimentos,
Elisabet

Anónimo disse...

Como pequeno industrial, criei uma empresa que chegou a ter 35 empregados SEM um único centimo do estado. Para a criar eu e a minha esposa e sócia, passamos muitas dificuldades pois por 2 vezes que apresentamos o projecto ao estado fomos liminarmente "corridos"! Um empreendedor para criar uma empresa, coloca "toda a carne no assador". Vai criar a instabilidade na sua família contrapondo um emprego mais ou menos seguro, com apoios na doença e desemprego e algum dinheiro no banco,por uma insegurança total de falta de apoio no desemprego, saúde, instabilidade numa situação de crise, etc...Se o estado não nos apoia, o que é que o estado espera de nós?

Anónimo disse...

Gostava de pedir esclarecimento num ponto que já foi referido: com o aumento da idadade da população em geral e com a diminuição de nascimentos a que se tem assistido - se bem que já algumas medidas foram tomadas nesse aspecto - quem irá suportar e em que medida a "segurança" dos desempregados?

Anónimo disse...

Sr José Costa, está a falar assim porque tem trabalhadores que não produzem o que queria???

Já pensou 1º que teve um período de experiência para avaliar o trabalhador, 2º a possibilidade de fazer contratos a prazo até conhecer melhor a pessoa e 3º se depois disso tudo escolheu a pessoa é porque ela tinha capacidades para lá estar, se entretanto deixou de ter, será que a culpa não será também sua??? Por exemplo, hostilidade contra o funcionário, exigir além do que é exigível, querer que a pessoa faça aquilo que você não faria se estivesse no lugar dela em vez do seu?

Se um trabalhador é bom e deixa de ser, algo se passa. Olhe primeiro para si antes de acusar os outros, ser patrão não é só mandar, é gerir, capacidades, emoções etc., etc.

Eu concordo que alguém que não esteja satisfeito com um trabalhador o possa despedir, mas não sem sofrer alguma penalização (monetária) que faça com que essa pessoa só despeça mesmo quem esteja a prejudicar a empresa. Porque o que acontece hoje em dia é, não trabalhas 10 horas, quando eu te pago só 8, vais para o olho da rua.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
lady_blogger disse...

Se não estou em erro, não é a 1.ª vez que o SC aborda este tema da flexigurança...

Neste momento é relativamente fácil desempregar quem quer que seja, e com a fexigurança isso será muito mais facilitado. Não concordo que tal seja legitimado.

Os portugueses vão preferir continuar desempregados, pois receberem 90% do seu salário como subsídio de desemprego, o não é nada mau.

A Segurança Social vai piorar a sua situação, pois se daqui a uns tempos julga não ter dinheiro para pagar as reformas, como poderá pagar estes elevados subsídios?

Contudo continuo a afirmar que é um modelo a testar... pois se ficarmos insatisfeitos, podemos sempre voltar atrás, mas também poderiamos adoptar o modelo não do 2.º país com a menor taxa de desemprego da Europa, mas sim do 1.º.

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Parabéns ao SC pelo prémio!

Maria Mendes

Maria (ª_ª) disse...

Muitos parabéns pelo prémio!
Realmente já mereciam. ;)

Anónimo disse...

Realmente já tinha pensado nisso e aí está a maneira mediterrânica de ver a situação...o tal contorno das regras, os "espertos" que vão preferir ficar no desemprego, pois é mais vantajoso...mas funcionará melhor se tal não ocorrer.

Foi a minha questão anterior. Se a população envelhece e os nascimentos são menores, quem irá suportar essas pessoas que preferem ficar no desemprego e a que preço?

Anónimo disse...

A flexigurança serve apenas para uma coisa:

Retirar direitos e regalias aos trabalhadores somente para favorecer as empresas. Trabalhadores nada têm a ganhar.

Estamos neste momento a retroceder na democracia, estamos a caminhar para a situação de se considerar um trabalhador como um número, uma coisa, que pode-se usar e descartar.

Políticos e empresários que trabalham nisto deviam ter vergonha na cara.

Anónimo disse...

Boa noite.
Escrevo a estas horas, porque é a esta q eu vejo o V7 programa.
Sou divorciada, sozinha, tenho 44 anos e traalhei numa empresa de distrubuição 14 anos. Durante todo esse tempo fiz de tudo um pouco, tendo sido mais "aproveitada" na área de marketing institucional, mas não tenho formação académica. Nesta empresa e neste departamento, dos 14 anos, em 7 anos fui o unico elemento, resposável por 5 cashs e 18 supermercados. Desgraçadamente, e fazendo pedidos repetidamente, pedia á minha entidade patronal para me possibilitar a fazer estágios e formações na área. Nada me foi permitido, alegando desperdício financeiro. Fui aproveitada a 120% nas minhas competencias, até que a empresa foi "engolida" por uma holding, cujas teorias levaram a que 20% do pessoal de facto capaz e competente, por ter ordenados acima da média foram simplesmente despaxados em "fornadas" de 20 ou mais pessoas de cada vez durante 2 anos. Fui despedida por extinção de posto de trabalho. ma ainda nem eu tinha saído ja estavam a pagar a uma empresa para por 5, 6 ou mais pessoas a fazerem o que eu fazia a nível nacional com mais 2 colegas. Estranho estas teorias de flexisegurança. A flexibilidade nunca foi para mim impedimento de ser capaz, competente, produtiva e util. A segurança é q me da so um subsídio, que peço encarecidamente para me o devolverem, porque paguei em antecipado descontando-o de meu ordenado... Nunca meti baixas nem os incomodei com lamurias. Mas quando peço que me ajudem a encontrar um emprego e que me paguem pelo meu trabalho, porque eu seu bem o que sou capaz e valho, apresentam-me um encolher de ombros, porque na minha zona de residencia não há insdustria nada se desenvolve á mais de 20 anos so ha comércio e serviços.No centro de emprego pedi para ser inscrita em todos os conselhos num raio de 30km. Estou á 18 meses á procura e á espera de conseguir algo. La não me dão cursos de formação (so existem do tipo mecanicos e electricistas e nestes, as vagas são para as empresas que os inscrevem para qualificação dos seus quadros) os que mais se enquadrariam nas minhas competencias porque tecnica e academicamente são mais avançados,são "destinados" a juventude que se recusa a estudar no ensino nacional, e vai para ali aprender um ofício e garantir um grau académico. Para mim não há!! Mais estou inscrita desde Abril/07 no Centro de novas oportunidades de santarém para poder fazer o Rvcc para o 12ª que me faz falta para fazer candidaturas a emprego.´Em Santarém ainda não começaram as aulas de formação (nem têm formadores) e na minha cidade só agora estão a receber as inscrissões e so la para o fim do ano, se houver formadores. Enfim. Nova demais para encostar, velha demais para trabalhar. Sinto-me uma inutil parasita sem prespectivas de futuro, e muito menos na minha velhice ou invalidez. Eu não quero um emprego: quero é trabalhar e ser paga á altura de minhas competencias.Flexisegurança... é tangas... até concorri para varrer a rua numa camara municipal a 40 km de minha casa.Façam este país ter empresas sem gestores de xaxa q olham para numeros, em vez de novos metodos administrativos e de gestão e para as pessoas e suas competencias capazes de porem qualquer projecto ou inovação a ter pernas para andar, pois o resultado está á vista:depois da ultima "fornada" de 20 pessoas q comigo vieram para a rua ( e foram centenas): a empresa não tem o mesmo rendimento, os lucros decairam e a carteira de clientes assegurados (pela dinamica inter-pessoal e profissional de seus funcionários) está a desaparecer para a concorrencia q, e muito bem, se aproveita disso e faz precisamente o inverso: investe nos valores e na formação, assim como aproveita todos os elementos dispensados de outras empresas, cuja mais valia é mão de obra especializada e experiencia a pulso; excepto eu... não sei até (e se) quando me axarão capaz.
Elsa Castelão
Tomar

Anónimo disse...

xiiii... Ecrevi com tanta raiva o meu comentário que nem revi o texto. As minhas mais sinceras desculpas pelas gralhas (inadmissíveis) que ali escrevi.

Elsa Castelão
Tomar