quinta-feira, janeiro 31

Como desenvolver talentos



“Todos temos talentos diferentes, mas todos gostaríamos de ter iguais oportunidades para desenvolver os nossos talentos” disse J.F. Kennedy. Nunca se falou tanto em talento como nos dias de hoje. Muitos líderes empresariais são obcecados pelo talento, como se isso fosse a resposta para todos os problemas. Mas se o talento é suficiente, porque será que alguns talentosos não têm sucesso? É curioso verificar que mais de 50% dos empresários americanos milionários não concluíram a faculdade. No fundo, todos temos talento, mas não o mesmo talento. "Há de passar mais de um século até que se desperte um talento igual". Disse Joseph Haydn quando encontrou Mozart pela primeira vez, em 1781.
Neste SC, queremos perceber como descobrir, desenvolver e aplicar o nosso talento.

16 comentários:

lady_blogger disse...

Eu devo ser um desses casos. Reconheço que me assola uma enchente de ideias, mas conseguir pô-las em acção é o meu calcanhar de Aquiles. A maioria necessita do dinheiro de que não disponho.
Tenho pena de hoje não poder assistir ao SC. A Fernanda talvez saiba onde irei estar esta tarde...

CC

Maria Mendes

Ludovico M. Alves disse...

Boa tarde Fernanda.

Há pouco foi referida a situação dos pais, o que me suscitou grande interesse. Muitas vezes, por ilusões, expectativas ou pura e simplesmente falta de tempo e desconhecimento, pais enganam-se em relação aos talentos e capacidades dos filhos. Gostaria de saber se algum dos convidados possui dicas de actividades, comportamentos, gestos que os pais possam realizar com os seus filhos de modo a detectar e descobrir o seu lado mais talentoso.

Cumprimentos.

rui disse...

Ser talentoso não é sinonimo de ser rico, ou melhor ser muito rico. Ninguem enriquecer a trabalha para os outros, dai que as pessoas ditas fenomenais ou extraordinárias não vivem para serem ricos, vivem pelo conhecimento e entregam a vida á ciência ou a outra área qualquer.

As pessoas fenomenais são bem pagas e vivem na sombra, não vivem para a ribalta, nem para o "show off".


Já agora voltando um bocado ao que que é o tema do programa o nosso país não dá condições a quem tem talento que o desenvolva, ficando as pessoas numa fase precoce da sua vida entregues á sua sorte

rui disse...

senhora lady blogger é só ver essa centena de blogs que a senhora possui para ver que ideias são o que não lhe faltam :)

Euros disse...

A definição de talento é muito subjectiva. É certo que temos aptências para, o que permite que nos desenvolvamos numa determinada área com mais ou menos esforço.

Eurico

Pedro de Castro disse...

Boa tarde.
Li à pouco tempo um artigo que achei curioso e no qual era referido que os canhotos, enquanto grupo, se destacavam por marcar os extremos ao nível do talento/inteligência. Abordo esta questão da lateralidade pois a questão do talento deve ser abordada em todas as suas vertentes, desde o ponto de vista fisiológico até ao ponto de vista psicológico. Chegaremos algum dia a conseguir realizar exames genéticos para a determinação do talento e orientação vocacional das pessoas??

Pedro de Castro disse...

Além do talento, é necessário possuir inteligência emocional. Ser talentosos não é sinónimo de bem sucedido, nem ser uma pessoa com trato social fácil sinónimo de sucesso. O sucesso resultante do talento é atingido pelo correcto equilibrio de ambos

Ana disse...

Tenho uma dúvida, que acho que resolve grande parte do sucesso de todos: para que serve o talento, se não há interdisciplinaridade? É preciso cultura para se ser bom...

diana.goulão disse...

O meu nome é diana marques, e penso que realmente não adianta muito a pessoa evitar o seu talento. Apesar de ter formaçao base na area de design e de ter tirado um master em web design e trabalhado durante 4 anos na area de web design, vi-me 'forçada' a a ter a coragem de assumir a paixao pela fotografia nao so como um hobbie, mas a nível profissional. Em casa os meus pais sempre me diziam k fotografia nao era profissao mas sim hobbie, mas na realidade é akilo em k sou melhor e a unica coisa k me dá um prazer completo... Mais k tudo sou fotógrafa... é algo k sinto dentro de mim mais do que tudo e pelo que irei lutar durante toda a minha vida. Se soubesse o que sei hoje nunca teria tirado um curso superior. sempre me 'venderam' a ideia de curso superior como uma coisa essencial, qd não é. O essencial é cada um ter a coragem de seguir o seu talento.

Diana Marques.

Mónica disse...

Boa tarde a todos.
A minha filha frequenta o 5.º ano onde lhe é facultada, como actividade extra curricular, a patinagem artistica. Só que ela não frequenta pois tem aulas de violino no conservatório, com as componentes de formação musical e de canto coral. É algo que ela adora e a faz sentir bem. Ela gosta de musica desde a minha barriga (musica classica). Já frequentou canto coral infantil em Loulé, desde os 5 anos, e teve 1 ano experimental de piano. Mas o violino é na realidade a sua paixão - e penso que a sua vocação.
A minha questão é:
Porque é que os professores, em particular a de educação fisica da minha filha, quer, quase exige, que eles frequentem a patinagem artistica? inclusivé escrevendo no registo de final do periodo que as actividades extra curriculares disponibilizadas pela escola devem ser frequentadas pelos alunos.
A minha filha não frequenta por não se identificar com a actividade em questão, mas também porque esta iria ocupar a unica tarde que ela acaba por ter livre para poder ser criança.
Cumprimentos a todos.

.lado errado do coração disse...

Boa tarde a todos!

A pergunta "O quero para a vida?" proposta à pouco no programa penso que é o crucial para descobrir o talento em nós escondidos e como desenvolvê-lo e ser feliz.
Estou agora a finalizar o 12º e vivo num estado de quase frustação.
Sinto desde de que me lembro que a minha vocação é a medicina, é operar, é o bisturi. Mas por poucas décimas para entrar na Universidade vejo o meu futuro de talento e vocação comprometido por outra profissão que até possa gostar mas que não foi para isso que nasci.

É muito triste pensar que os talentos por vezes, mesmo com trabalho e paixão não possam ser concretizados por motivos terceiros.

Excelente tema e programa
Cumprimentos,
Andreia

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carina B. disse...

Olá, chamo-me Carina e sou um exemplo de um talento nato muito desvalorizado pelos pais. Os meus pais nunca levaram a sério eu desenhar desde sempre e só me lembro de, aos 4 anos, o meu pai ter ficado impressionado com os meus desenhos e ter dito q os ia enviar para o jornal (claro q nunca enviou). Esta foi a única vez q o vi interessado. De resto era só exibir o talento da filha quando vinha alguém lá a casa: "ah a minha filha desenha muito bem! Carina, faz aí um desenho". Os meus pais são separados, vivi cerca de metade da minha vida com o meu pai e depois com a minha mãe. Nenhum deles alguma vez se lembrou d me oferecer uma caixa de tintas ou um sketchbook para eu utilizar na quantidade de horas q passava a desenhar, nem sequer um livro sobre o tema me ofereceram. Mas, apesar de tudo, sempre soube o que queria e consegui entrar na carreira q sempre quis, mesmo quando todos me diziam q era impossível cá no país: fazer desenhos animados. A oportunidade surgiu por sorte e eu agarrei-a logo com todas as forças, abandonando o 11º ano a meio. Quando entrei neste mundo de trabalho apercebi-me q não sabia nada e que não estava tão desenvolvida quanto pensava, porque sempre tinha vivido isolada no meu mundo e nunca tive estímulos de outros artistas ou conhecimento do que se passava nesta área. Senti um peso muito grande quando percebi q tinha muito q correr até chegar onde queria, mas como não sou uma pessoa disciplinada, hoje não cheguei ao patamar onde aos 17 anos sonhava estar. É preciso ter muita disciplina para se chegar a algum lado como auto-didacta e é isso que me falta. Mas sei que ainda posso lá chegar com disciplina, e é muito importante não ter medo de falhar. Há uns anos entrei numa fase em q tudo o q fazia tinha q sair perfeito, porque de repente deixei d desenhar por paixão mas sim porque tinha q provar às pessoas q era capaz. Mas assim nunca desenhava nada, pois obviamente nunca nada sai perfeito à primeira. É mesmo uma questão de preseverança e humildade. Mas parece q finalmente estou a conseguir romper esta camada de preguiça e de receio, tornei-me mais humilde e aceito o facto de hoje não ser a artista que gostaria. Cada um tem o seu precurso de vida; o meu apesar d não ter sido muito bom, também não foi mau. Tive a oportunidade de ir sempre atrás do que queria, enquanto muita gente não o faz. Agora depende de mim! E neste momento tenho uma mais: o meu companheiro! Ele é a pessoa q, até hoje, mais me apoiou no meu talento. Ele dá muito valor ao talento nato das pessoas e dá-me imensa força, pois sabe que nunca vou ser verdadeiramente feliz enquanto não me sentir realizada nos desenhos. Foi a primeira pessoa a oferecer-me uma caixa de tintas. :)

Cumprimentos! Gostei imenso do vosso programa! Até vou comprar o livro do Tony Buzan. Quero ter a certeza que os meus filhos, quando os tiver, vão receber todo o apoio dos pais em relação àquilo que mais gostam de fazer.

Carina B. disse...

Aquilo q a Andreia (lado errado do coração) falou, é uma coisa muito triste cá no nosso país... já está mais q provado q um talento não requer um curso superior. Se a pessoa tiver talento e paixão nessa área, creio q tem tudo para ser realmente boa! Isso aplica-se também a um médico, q todos associam à obrigação de ter notas altas na Universidade. O q é certo é q há por aí imensos médicos que não são assim tão bons... provavelmente foram obrigados pelos pais a serem médicos ou qualquer coisa do género.
Andreia, desejo-te muita sorte e acho q deves lutar pelo teu sonho d seres cirurgiã; aposto q serias boa nessa área, e serás muito necessária. Se não der para entrares na Universidade cá em Portugal, procura outras possibilidades. Ouvi dizer q em Espanha é mais fácil entrares na universidade de medicina...

lady_blogger disse...

Para colocar alguns talentos em acção por vezes é necessário algo mais, tipo boas influências no meio para o qual se tem dotes, e dinheiro para investir em formação ou colocar os planos em prática. Tudo isto e os já esperados esforços e persistência.
A mim faltam-me talvez as coisas que referi no 1.º parágrafo, porque o resto tenho.

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Olha Andreia, não fiques assim, pois sempre podes tentar melhorar as notas e entrar noutra fase ou ano. Além disso as universidades privadas (que eu não apoio por razões pessoais) são mais acessíveis em termos de acesso. Tive este ano o caso de uma prima que entrou em Medicina Dentária numa privada com média acho que de 14 e tal, e teve a sorte de ficar isenta de propinas. Tenta tu também e não esqueças que a Espanha poderá também ser uma alternativa válida.
O que se quer é médicos por vocação em tratar a saúde dos seus pacientes e não médicos com vocação para Tios Patinhas.
Andreia depois de te candidatares à Universidade, diz-nos se conseguiste entrar em Medicina. Torcerei para que consigas.

CC

Maria Mendes