segunda-feira, janeiro 14

Vida low cost




Os saldos não esperaram pelo final de Janeiro e já há lojas com promoções desde Novembro. Para os preços baixos, há sempre clientes. Em 2007, passaram pelo aeroporto da Portela mais de três milhões de passageiros, 60% dos quais escolheram uma companhia aérea low cost. E até ao final do ano deve aparecer em Lisboa o primeiro hotel low cost, com diárias a partir de 10€. A filosofia low cost não se fica pelo turismo e tende a uniformizar a sociedade: electrónica de marca branca que torna possível que a empregada doméstica tenha em casa um plasma e um portátil, tal como tem o seu empregador; os supermercados de onde se vem com carrinhos cheios de compras; as lojas de móveis que permitem redecorar a casa quando se deseja; o comércio da china. Mas quais os riscos de se comprar a baixo preço? É o que vamos saber no SC de hoje.

31 comentários:

Unknown disse...

Tenham a atenção de referir no programa algumas das consequencias de comprar certos produtos a preços baixos, tanto em termos da falta de qualidade do produto, o que acontece bastante, como na questão ética e ambiental em que foi produzido.

São muitos os produtos vendidos que por detrás, foram feitos através da exploração de trabalhadores ou mesmo escravatura, incluindo de crianças, e com pouco ou nenhum respeito pelo ambiente. Regra geral é assim que os preços são reduzidos ao mínimo. Pelo contrário, o comércio justo paga realmente aquilo que é justo, respeitando as pessoas e o ambiente.

Estes produtos devem ser evitados a todo o custo, pois estar a os comprar financia directamente esse tipo de comércio sujo/ilegal. Um produto que tenha sido feito à custa de outros, de nada vale.

Os consumidores têm a responsabilidade de comprar de forma ética e ecológica, é assim que é demonstrado o verdadeiro poder do "cidadão comum", através do poder de compra... ou de não compra.


CD

Unknown disse...

True Cost of Food

ANIMAÇÃO - Um exemplo com humor do quanto realmente custa o preço da comida de uma forma geral:

http://video.google.com/videoplay?docid=7929268648728632575&q=true+cost+of+food&total=169&start=0&num=10&so=0&type=search&plindex=1


mais ver o site:
www.truecostoffood.org

lady_blogger disse...

Os produtos de baixo custo parecem à partida vantajosos para os consumidores, mas se algum desses consumidores for um dos trabalhadores que criou esse produto não verá tantas vantagens nisso, porque sabe que para aquele produto ser tão barato ele teve de ser mal remunerado.
Com uma vida repleta de marcas brancas todos terão mais facilmente acesso a quase tudo, haverá tendência para se comprar o que nem se precisa e volta-se a gastar tanto quanto antes só que disperso por mais parcelas.
Haverá atropelos a códigos de conduta de trabalhadores e assistir-se-á à despreocupação com questões ambientais.
Contentar-me-ia se os preços pudessem ser pelo menos justos.
E sou da opinião de que nas escolas fosse criada uma disciplina que ensinasse formas legais de gerar e gerir dinheiro, educando os desde cedo os consumidores a refrearem as suas tendências despesistas e a bem gerenciar o orçamento familiar.

CC

Maria Mendes

martagaspar disse...

Eu quando era nova, dizia que para usar um MARCA, teriam que pagar-me pela publicidade. Hoje, com 2 netas adolescentes que só querem marcas, já lhes meti na cabeça que nós é que fazemos publicidade às mesmas, por isso que nos paguem...Nunca fui consumista e tenho-me dado bem até aos quase 71 ANOS DE IDADE.

martagaspar disse...

A feira de Valença está sempre cheia de espanhóis...que querem « marcas ».
Há coisas tão bonitas sem etiqueta! E boas! As MARCAS só servem para exibir aos Amigos.É o saber ter, quando o que devia vigorar é o SABER SER. Beijinhos

martagaspar disse...

Fernanda, diga ao seu convidado das marcas, p.f. que tenho o meu carro à disposição duma marca qualquer, para ser pintado todinho, como um rebuçado, e eu ando com ele desde a Galiza até ao Porto. Propaganda ambulante...mais barata do que os placards na estrada! Ajudava muito na minha reformazinha...Juro que resultaria.

Unknown disse...

Meus caros, segundo um estudo muito aprofundado do Boston Consulting Group esta adesão ao low cost tem também por base poupar em artigos ou serviços de menor envolvimento emocional para podermos ter maior rendimento disponivel para um pequeno luxo ou extrabagância, como uma saída à noite ou uma boa experiência gastronómica ou um grande espetáculo. Experiências, como referia o Carlos Coelho...

Low cost não é sacrificar as marcas, até porque o low cost também vive de marcas... Uma marca é essencialmente uma promessa de valor, seja ela a TAP ou a EasyJet...

Temos hoje uma sociedade que nos permite mais escolhas de forma mais transparente e directa. As marcas são por isso essenciais a uma economia moderna.

nuno goxalves disse...

Sou Nuno Gonçalves, tenho 36 anos e sou, felizmente ou infelizmente Publicitário. ;)

Acho que os seus convidados se estão a esqueçer que acima de tudo as marcas surgem, ou porque inventaram algo ou porque são os especialistas de alguma coisa.
Pensem só na Coca-Cola e na Lipton.
No primeiro caso até fazem questão de criar histórias à volta do segredo no segundo dizem-se ser os especialistas do chá! Tudo o resto aparece por uma disputa de cotas de mercado e como é óbvio de um charme que a marca pode criar como a própria Nike que foi referida pelo vosso convidado. Boa tarde a todos e obrigado.

gonssalo disse...

A nossa sociedade tem obrigatoriamente de readquirir hábitos de POUPANÇA, isto é, menor consumo PRINCIPALMENTE de recursos IMPORTADOS e/ou escassos. Não nos esqueçamos que as economias emergentes da Ásia vão continuar a aumentar a procura destes recursos. Isto já se tem traduzido, por exemplo, no preço do petróleo que (ninguém se iluda) vai continuar a aumentar.
O “GASTAR MENOS” vai ser mais decisivo nos anos vindouros que o “GANHAR MAIS”!

Anónimo disse...

Sugiro dar ao seu convidado sr.Carlos Coelho uma marca que seja vitima de contrafacção para lhe fazer bem à alma,e mal com toda a certeza aos bolsos,e à saude da empresa.

Atentamente,
A.Duro

Unknown disse...

Low Cost, Normal Cost ou High Cost isso é irrelevante. O importante é informação total para os consumidores, para que estes possam fazer todas as continhas e avaliarem o produto correctamente, porque dizer que é barato não basta só por si, muitas vezes o barato sai caro e o que é caro muitas vezes sai depois muito barato.

Acho interressante o que foi dito sobre cada pessoa poder ter a sua própria avaliação das coisas, o seu nível de exigência ao seu próprio livre arbítrio.

Deve-se pois, cada vez, exigir que quem comercializa os produtos seja obrigado a informar o consumidor.

Anónimo disse...

Como afirmou o vice-presidente da Toyota Motor Corporation,Yoshio Ishizaka:"Ouça o mercado,ouça a voz do cliente...porque fixação de marca,imagem,ou lovemarks são determinadas pelo cliente,não por nós.Não podemos determinar nada.O cliente faz isso.Essa é a essência."
Oproblema é que muitas vezes as empresas ouvem mais os «vendedores» do "faz bem à alma"do que os clientes,e depois admiram-se que as vendas caiam a pique...

Atentamente,
AlexD

Unknown disse...

Gonssalo a sua afirmação:

"O “GASTAR MENOS” vai ser mais decisivo nos anos vindouros que o “GANHAR MAIS”!"


acho que não deve ser para os portugueses concerteza. Deve estar a avaliar a economia alemã, francesa, britânica ou do norte da europa. Por cá, caso não saiba, o salário minimo são 426 euros e não 1000 ou 1300.
Haja bom senso, pois parece que ultimamente apareceram por aí uns iluminados que querem que os portugueses façam poupanças quando sequer têm dinheiro para pagar as contas dos serviços básicos.

A. SILVA disse...

BT

Helder Conceição disse...

Muitas vezes esquecida mas não menos importante e frequentemente crítica, é a assistência pós venda associada ao produto, como sejam a garantia (todos têm 2 anos mas só alguns reparam em tempo aceitável), possibilidade de troca, instalação, formação. Aqui como em todas outras características há por vezes surpresas relativamente às marcas.

Nelson, Paço de Arcos

pedro oliveira disse...

Não estou a ver o programa, mas estou a seguir os comentários.
Em relação aos "low cost" a minha opinião é a seguinte:
Todos nós temos gostos e prioridades diferentes consoante a idade, profissão e experiências de vida.
Se necessito de ir Paris para um fim de semana só para passear e passar uma noite, para quê gastar uma pipa de dinheiro num voo normal ou num hotel 5 estrelas?
Se necessito de um utensilio que sei que vou só usar 1 ou 2 vezes para quê comprar daquela marca "xpto" se posso ter outra que me satisfaz e que não necessito de "investir" tanto dinheiro?
Agora é fundamental que as regras da concorrência sejam cumpridas explo: pagamento de impostos, produtos de qualidade minima(garantidas por entidade credível) e não exploração de mão de obra. O que temo é que com a massificação dos low cost, em vez dos chineses trabalharem com as regras ocidentais, sejam os Europeus a trabalhar com as regras chinesas, ou seja, cada vez com menos qualidade de vida para a esmagadora maioria da classse média europeia.

melhores cumprimentos
pedro Rosa
http://vilaforte.blog.com

Helena disse...

Em relação às companhias aéreas, gostaria que fossem mais claros os direitos dos clientes. Acabo de chegar da Sicília, e devido às condições dúbias em que alguns aeroportos secundários funcionam, nomeadamente o de Trapani, e à facilidade com que se alienam os poucos direitos dos clientes low cost, foi-nos negado o embarque.

Gostaria de fazer uma reclamação, nesta situação julgo que é mesmo um dever cívico, mas nem sequer sei aonde me dirigir.

JM Silva disse...

De facto, estamos em tempo de olhar cada vez mais para as reservas que estarão no bolso para que a partir daí possamos decidir no que gastar o pouco que nos sobra.Por isso precisamos sem dúvida estar mais esclarecidos em termos do que nos está a convidar para levarmos,em termos de saldos é a mesma coisa,precisamos inclusivé de nos educarmos se quisermos ser mais criteriosos no momento da escolha em função da necessidade.

Miguel Almeida disse...

De: MIGUEL ALMEIDA

Há uma ideia generalizada que a ostentação de produtos caros é um sinal de riqueza. Ora, qualquer pessoa que compreenda os meandros da indústria perceberá que essa ostentação é um sinal de POBREZA, porque estão a comprar a "aura" da marca ou do produto, ou ainda a distinção social que a este é atribuído. Por exemplo, compram-se os telemóveis pelos jogos que trazem ou as cores do ecrã, e nunca pelo software ou pela velocidade do processador. As pessoas deviam comprar pelas características intrínsecas ao produto e não pelo "embrulho". Penso que a melhor forma de enriquecer é saber consumir.

Anónimo disse...

Segundo um estudo da Daemon Quest,publicado no verão de 2007,um dos principais motivos que leva os consumidores a mudarem de marcas e produtos tem a ver com a qualidade do pós-venda.
No entanto 57% dos directores de topo de um elevado número de empresas,afirmaram esperarem perderem até 20% dos seus actuais clientes nos próximos doze meses,devido aos preços praticados.

Talvez fosse uma boa idéia,sairem dos gabinetes mais vezes,e contactarem com o mercado real.

Atentamente,

AlexD

pedro oliveira disse...

Helena,

Reclame ao Dr. Vera Jardim, Provedor do Turista. Já o fiz e obtive resposta.
pedro rosa
vilaforte.blog.com

JM Silva disse...

A propósito de saldos queria colocar uma questão ao representante da DECO que se encontra em estúdio, é permitido proceder a liquidação total para obras na época de saldos?
Segundo o meu entendimento da lei penso que não é legal esse procedimento, todavia isso acontece.

Por outro lado os saldos acabam por ser um sufisma encapotado, porque se as marcas começam com promoções, descontos e etc. logo após a introdução das coleções, não entendo a razão de ser dos saldos neste sentido.

No entanto de facto é uma oportunidade para quem quer possuir um objecto duma determinada marca a preço mais acesível.

A. SILVA disse...

NO FUNDO É UMA REGRA SIMPLES DE PERCEBER, MAIS BAIXO É O PREÇO SE PRESCINDIRMOS DO ACESSÓRIO.

JM Silva disse...

De facto vivemos numa sociedade consumista, apesar do poder de compra, mas se calhar é terapia de grupo em tempo em que cada um de nós vive isoladamente no meio da sociedade.Só o adjectivo de "SALDOS" é como que um laxante para a alma e induz ao consumo.

Anónimo disse...

É uma pena o seu útil programa estar a ser utilizado pelo seu convidado sr.Carlos Coelho para como é hábito passear o seu desmedido EGO, em vez de transmitir informção que acrescente valor ao seu programa.

É o exemplo de uma «marca» que quer aumentar o número de clientes da sua empresa Ivity,e que tem estado em promoção desde 2007.

Atentamente,

AlexD

Unknown disse...

Fernanda, lembrei-me agora da seguinte questão, que queria que coloca-se aos seus convidados se tiver tempo.

Para quando uma lei anti-publicidade tipo lei do tabaco, é que não somos obrigados a levar com ela todos os dias, quando não queremos.

Anónimo disse...

Está a ver como tenho razão.Também trabalhou o mercado dos telemóveis "muito tempo"... .

Atentamente,
AlexD

pedro oliveira disse...

Caro J,
há excelente publicidade, mas tem razão.o autocolante na caixa de correio funciona! na TV mudo de canal, na rádio ouço as várias antenas 1,2,3! é uma forma de selacção como outra qualquer!
pedro rosa
http://vilaforte.blog.com

lady_blogger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lady_blogger disse...

Sou adepta dos preços baixos, costumo até fazer um stock de produtos não facilmente perecíveis quando as promoções me convêm. Mas não compro nada que saiba que nunca irei precisar.

Defendo que para se conseguirem preços tão atractivos não se recorra a exploração dos trabalhadores nem à baixa da qualidade dos produtos.

Relativamente às viagens e aos hotéis low cost estes podem ser bastante úteis, mas também deverão respeitar as leis gerais da concorrência.
No caso específico dos hotéis, tomei há pouco tempo conhecimento da existência de hotéis que em vez de quartos utilizam umas cápsulas-dormitórios, e sendo assim há muita poupança de espaço o que pode explicar o como se consegue ter preços de dormidas muito mais baratos que os demais hotéis. Mas pergunto eu: um hotel não se diferencia dos restantes tipos de albergues por ter uma qualidade superior? Podemos chamar esse conjunto de cápsulas um hotel? Ou será uma pensão, um motel, ou uma residencial?
Eu dar-lhe-ia o nome de colmeia humana, porque um grupo elevado desse tipo de cápsulas lembra os favos das colmeias. Práticos até devem ser, mas pouco confortáveis também.

Os produtos que são acompanhados por frases tipo "o mais barato de todos", deveriam especificar que baixaram o preço desses artigos não porque aumentaram o preço dos outros, não porque exploraram a mão-de-obra, não porque desempregaram funcionários e não porque baixaram a qualidade dos mesmos. E deveriam por vezes ser investigados se essas informações seriam verdadeiras, e caso não fossem a maior penalização seria divulgar essas supostas mentiras, isto com o intuito de desacreditar as marcas em questão. Fica mais esta sugestão...

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Se querem ter um pouco mais de low cost podem adoptar a ideologia do site www.painatal.org que defende a troca de bens, a dádiva do que já não se precisa e ou até mesmo pedir uma ajudinha.

CC

Maria Mendes