quinta-feira, abril 3

Certificação de alimentos saudáveis

A partir de agora não basta os produtos serem saudáveis: é preciso terem um selo que ateste a sua qualidade.
Esta é a mais recente medida anunciada pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) para a prevenção da obesidade. Os últimos dados indicam que 87,6% dos obesos não têm acompanhamento profissional no tratamento da doença – e muitos consideram que ser obeso não é sinónimo de ser doente.
Portanto, agora qualquer empresa pública ou privada do sector alimentar pode preencher a candidatura e obter o selo que atesta o produto como “selecção positiva”.
Conheça estas e outras medidas previstas pela Plataforma contra a Obesidade da DGS.

20 comentários:

lady_blogger disse...

Com esta medida a ASAE descentralizará a sua atenção de outras áreas de actividade?

Esse selo de qualidade será facilmente visível e inteligível?

Atestar uns produtos com um selo, estaremos embora que indirectamente a conotar os demais como sendo sem qualidade? Isso não poderá gerar alguns conflitos?

E na minha opinião muitos dos obesos, mesmo após a implementação do uso desse selo, continuarão a comer sem se importarem tanto com a qualidade, mas sim com a saciedade.

CC

Maria Mendes

Unknown disse...

Que entidade irá ficar responsável por este certificado e que experiencia terá no assunto?

Gostaria de saber que género de alimentos serão considerados saudáveis?

Isto é muito importante saber, pois tenho muitas dúvidas que quem terá essa responsabilidade, saiba reconhecer certos ditos "alimentos", que de saudável podem ter pouco.

Unknown disse...

Que alimentos são os mais saudáveis?

São aqueles alimentos que são o mais natural possivel, ou seja:

- aqueles que não são transformados, sendo sempre um alimento de "origem" (sem ser processado e misturado com outros produtos e quimicos).

- os que não contêm químicos, sendo alimentos somente de origem biológica, pois todos os outros que não sejam biológicos contêm quimicos sintéticos que fazem mal à saúde, como pesticidas, herbicidas, etc.

- os que são EXCLUSIVAMENTE de origem vegetal, pois carnes (incluindo é claro o peixe), lacticinios, ovos (etc), está comprovado cientificamente que fazem mal à saúde estando na origem de muitas das doenças "modernas".

- não conterem açucar, em especial branco/refinado.

- não conterem qualquer produto transgénico (a maioria dos óleos para fritar são transgénicos).

etc...



Infelizmente a grande maioria dos produtos "alimentares" nos supermercados, em especial os que são processados, são pouco ou nada saudáveis e não visam satisfazer as necessidades nutricionais das pessoas, mas sim apelar somente à sua gula através do açucar, da aparência, entre outras superficialidades. Isso torna-se surpreendemente óbvio no caso da publicidade alimentar para as crianças.


O que me parece que vai acontecer, é que muitos dos "alimentos" ditos saudáveis, não respeitam as regras que referi acima, e ao invez de serem alimentos naturais e saudáveis, serão sim o oposto, e porque? Por ignorância e especialmente por interesses económicos.

Este selo será mais uma forma de enganar o consumidor?
Se certificarem como saudáveis alimentos não-biológicos, o que é falso, de certeza que assim será.

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Unknown disse...

A melhor forma para se deixar de ser obeso, é deixar de comer alimentos de origem animal, desde carnes (incluindo o peixe) até os lacticinios e ovos. Estes ditos "alimentos" contêm quantidades astronómicas de gordura saturada.

Não é preciso comer carne, as plantas providenciam TODOS os nutrientes que o ser humano precisa, e de muito melhor qualidade.

Ou seja, a melhor forma de melhorar a saúde e ter um peso recomendável, é ser vegetariano.


SAIBA MAIS:
http://www.centrovegetariano.org/Cat-12-Sa%25FAde.html

Sociedade Civil disse...

http://www.alternet.org/healthwellness/80868/?page=entire

sugerido por JON

Unknown disse...

Cara Fernanda,

Primeiro parabéns pelo excelente programa.

Queriaa avisar que já existem máquinas de venda de comida para o público, que se não me engano vendem somente alimentos biológicos ou pelo menos de muito melhor qualidade nutricional, sem terem doces, refrigerantes e outros "alimentos" que fazem mal.

ISto foi apresentado neste fim de semana passado na Feira alternativa de Lisboa. Infelizmente só me lembro que o nome das máquinas começa por BIO-qualquer coisa.

Poderia-se utilizar essas máquinas para todas as escolas/faculdades, etc.

Manuel Ribeiro disse...

Obviamente que essa medida é positiva... mas deve ser complementada com sensibilização, nomeadamente nas cantinas das escolas e nos empregos onde haja refeitórios.

ana chagas disse...

Boa tarde,
Quando se contabilizam as horas que as crianças passam nas escolas, torna-se inevitável que estas tenham também um grande papel na formação alimentar dos mais novos.
É essencial que tanto nas cantinas como nos bares se sirvam alimentos saudáveis. Quando eu era aluna as opções eram tudo menos saudáveis, pois a oferta ia desde os bolos açucarados, aos snacks de pacote, às bebidas com gás. Tudo que deveria ser banido das escolas por ser nada saudável.
Por outro lado, os pais têm que se obrigar a essa responsabilidade, incutindo os princípios de uma vida saudável através, também da alimentação. Nesse caso, sempre tive grande sorte, pois os meus pais sempre insistiram no consumo de sopas, frutas, legumes.

Um abraço. Ana Chagas

ana chagas disse...

Focando a questão dos rótulos e de toda a informação sobre a aquisição e consumo de produtos saudáveis e, visto que é sobejamente conhecida a importância da internet como meio, porque não fazer um site onde se ensine a leitura de rótulos, onde se coloquem as informações sobre cada alimento e forma de os confeccionar, (receitas)?
E, visto que nem todos têm acesso a um computador, porque não criar um programa de televisão, onde diariamente se apresente receitas para uma refeição saudável?
Informar é essencial e, para tal, os meios de comunicação são excepcionais nesse papel. Há então que fazer uso dos mesmos.

Ana Chagas

Unknown disse...

olá eu sou a Elsa e sou Enfermeira.
parabéns pelo vosso programa e pela actualidade dos vossos assuntos.
eis o meu comoentário e opiniao

A obesidade traz riscos de doenças cardíacas, diabetes e outros problemas de saúde graves, todos nós ja o sabemos.
Os números atuais indicam que a obesidade vai continuar a crescer e afetar crianças cada vez mais novas.

O rápido crescimento da obesidade, especialmente entre crianças, reduz a expectativa de vida, segundo estudo publicado pela revista especializada "New England Journal of Medicine".Os cientistas dizem que o problema da obesidade já reduz actualmente essa expectativa em 4 a 9 meses. Nas próximas décadas, a expectativa de vida, poderá cair de 2 a 5 anos .
(A pesquisa foi feita com base nos dados de obesidade do relatório de saúde nacional e nutrição nos Estados Unidos e em números já publicados sobre os anos de vida perdidos por causa do problema.)

Demora anos para que o problema se desenvolva, mas se isso é constatado em crianças as conseqüências para a saúde pública são potencialmente desastrosas. pois teremos ataques cardiacos ou problemas renais na adolescência, derivados da OBESIDADE.

Para se poder combater a obesidade, precisaremos que líderes políticos mostrem que a saúde pública precisa vir antes do que o lucro.Pois debate-se o problema mas nao existe a actuação directa no problema, só nas consequencias.

Isso significa uma mudança no ambiente social para apoiar uma alimentação saudável e um estilo de vida ativo. Apesar de a campanha precisar ser liderada pelo governo, haverá uma necessidade de participação ativa de médicos, nutricionistas, escolas e pais.(que já se começa lentamente a existir)

Unknown disse...

Atenção

Parece que a plataforma incorre num erro muito granve quando diz que o selo será colocado em produtos que não aumentem a gordura de uma pessoa, fazendo como que nesse caso fosse considerado como um alimento saudável, quando a questão da gordura é apenas UMA entre muitos outros pontos que dirá ou não, se um certo alimento é ou não saudável.

Só porque um produto não engorda, não quer dizer de forma alguma que seja minimamente saudável.

Parece que a plataforma está já antes de começar, a fazer as coisas de forma errada.

Além do mais, estar a colocar um selo que diga que o alimento É SAUDÁVEL, sem que o seja verdadeiramente em muitos aspecto, faz com que haja uma clara PUBLICIDADE ENGANADORA.

Tenham cuidado com a forma como fazem as coisas e como usam as palavras.

MegaChip disse...

Uma forma que descobri de combater a obesidade é por uma ementa mensal na porta do frigorifico e cingir-nos a ela.
Fazer uma ementa é mais dificil do que estão a pensar, porque descobrem que até agora andavam a confecionar sempre os mesmos pratos.

Também descobri que a ementa nos faz poupar algum dinheiro porque só é preciso comprar os ingredientes necessários para as receitas que lá estão, como por exemplo ervilhas com ovos escalfados.

Todos os meses refazemos a ementa e guardamos a anterior para evitar muitas repetições.
Isto não é nenhuma dieta mas o que é certo é que eu já perdi +-10kg em quatro ou cinco meses, sem dramas, sem stress.

Isto para dizer que nós próprios é que temos que nos auto educar e reaprender a alimentarmo-nos, e não é um selo que vai garantir que tenhamos uma alimentação saudável, além disso os alimentos certificados, em geral, são mais caros do que os que não têm selos.
As couves que a minha vizinha, às vezes, me dá não têm selo nenhum e são muito saudáveis, posso garanti-lo.

Unknown disse...

A ideia do selo TEORICAMENTE parece ser uma boa ideia, mas parece-me que já começaram a cometer erros de critérios sobre o que definem como alimentos VERDADEIRAMENTE saudáveis.

Parece que só se focam nas coisas mais "simples", como a gordura, o sal e açucar, e pouco ou nada mais. Para ser mesmo saudável é muito mais do que foi referido.


Será que esses senhores podem dizer de uma vez, QUAIS OS CRITÉRIOS PARA SE PODER OBTER O SELO? O que consideram como ser alimento saudável??

Ricardo Amado disse...

Epá... acho que estão a ver o problema pelo lado mais complicado.
O que deviam fazer era criar um selo de Cidadão Positivo, onde por exemplo o cidadão é certificado como esclarecido em materia nutricional em que consegue discernir o que é importante para uma alimentação saudavel. Talvez como motivação, poder-se-á conferir "descontos" no serviço nacional de saude.

Ricardo Amado, Parede.

Mario Clipper disse...

É uma excelente ideia mas...
Um sêlo é apenas um link a + um lobby.

O que é que aconteceu aos selo europeu de agricultura biologica?

A obesidade infantil é facilmente controlável em casa através do envolvimento dos pais, aumento do exercício físico, dieta mais saudável atraves de alimentos o mais naturais possivel, de preferencia preparados em casa.

Os produtos sem selo serão desprotegidos por muito bons que sejam.

Porque para conseguir obter este selo no futuro, o numero de regras e critérios passará a ser de tal forma complexo que será provavelmente impossivel obte-lo se não se tiver uma determinada dimensão.

Mario Almeida

Mario Clipper disse...

Muito bem Ricardo ;) Excelente ponto de vista...

Ricardo Amado disse...

Epá, acho que estam a ver o problema pelo lado mais complicado. O que devia existir era um selo de Cidadão Positivo. Onde o cidadão é certificado como esclarecido em noções nutricionais, onde consegue discernir o que é importante para a sua alimentação. Talvez como motivação para os cidadões se candidatarem a este selo poder-se-á conceder "descontos" nos serviços nacionais de saude para estes cidadões, já que teoricamente pessoas com alimentações mais equilibradas e saudaveis tem teoricamente menos problemas de saude, logo usam menos os serviços de saude.

Abraços, Ricardo Amado, Parede.

Célia disse...

Boa Tarde
Acho óptimo todas as medidas que se tomam para tentar controlar a obesidade, principamente a infantil. No entanto, não vejo rajão para a aplicação desse selo em hortofrutícolas, pois o seu consumo, acho, é sempre uma escolha acertada. Acharia melhor a implementação de um selo negativo, em produtos cuja concentração em sal, açucar, e/ou gordura fosse muito alta. Ou que se retirassem do mercado os produtos cujas as concentrações desses ingredientes fossem excessivas.

Obrigada.
Célia

Ricardo Amado disse...

O que é chato é que uma ideia capaz de realmente criar uma diferença nos habitos das pessoas, só mereçe uma risada por parte dos comentadores... enfim... só tenho a dizer que sou esclarecido sei o que é mau, sei o que é bom... sei o que o meu corpo precisa conforme as actividades fisicas e intelectuais ou ausência delas.
Não preciso de selos para nada... preocupem-se menos com os produtos e mais com as pessoas. Porque um produto por mais selos de qualidade que tenha se eu souber que não é bom para mim tambem não o vou comprar!

Beijos, Ricardo Amado, Parede.