sexta-feira, maio 23

Do Poney Express ao Messenger

Há 150 anos o Poney Express, um sistema de transporte de correio, revolucionou o envio de mensagens nos Estados Unidos. Afinal, era a forma de comunicação mais rápida entre este e oeste.
Mas a ideia do mensageiro a cavalo já lá vai. Hoje, a troca de mensagens é instantânea, feita em tempo real e sem quaisquer custos adicionais.
Um estudo de 2007, da Universidade do Algarve, revelou que 80% dos jovens entre os 12 e os 18 anos utilizam um serviço de comunicação, que alia escrita, voz e imagem.
Apesar de os principais adeptos desta tecnologia se concentrarem nas faixas etárias mais jovens, este tipo de conversação é, muitas vezes, uma ferramenta de trabalho.
Queremos neste Sociedade Civil analisar de que forma as relações laborais, pessoais se alteraram graças à sensação de que estamos todos perto.

Convidados:

Alberto Pimenta, Direcção - Estratégia e Desenvolvimento dos CTT
José Luís Almeida Mota, Presidente Fundação Portuguesa das Comunicações
Vasco Mato Trigo, Jornalista

15 comentários:

Strawberryzinha disse...

História dos Correios em Portugal em Datas e Ilustrada de Eurico Carlos Esteves Lage Cardoso

Exclente livro para nos fazer recordar e conhecer! Obrigado CTT pela excelente recepção!


Patrícia I. M. Santos

Paulo disse...

Sou funcionário dos CTT, já passei por várias fases da vida dos correios. Neste momento assiste-se ao declínio da importância dos CTT acima de tudo devido à má gestão, ou seja, o cenário actual é termos giros (rondas de distribuição) que são feitas dia sim dia não para poupar dinheiro. Ou seja, numa estação onde seriam necessárias 40 pessoas, estão por vezes 20 ou 20 e poucas a trabalhar e a situação resolve-se, fazendo hoje a distribuição na rua X, Y ou Z, e amanhã na A, B ou C e se não houver tempo de fazer a D E e F nesses 2 dias, fica para o dia seguinte.

A nível do atendimento, em vez de melhorarmos os serviços oferecidos (a nível de correio) estamos a tentar impingir às pessoas tudo e mais alguma coisa. Hoje em dia as pessoas demoram tempos esquecidos à espera nas filas de correio porque as ordens são, vender, vender, vender e um serviço que demorava 1 minuto, arrasta-se por 4, 5m e muitas vezes mais, para permitir conversar com o cliente e vender qq coisinha.

A ideia romântica do carteiro já era, hoje em dia muitos dos carteiros são imigrantes semi-legais, pessoal sem qualificações, mão de obra mais barata e com os quais os CTT não gastam dinheiro em benefícios extra.

Exteriormente a exmpresa quer preservar a imagem antiga, mas a verdade é que são os próprios CTT que estão a matar a sua boa imagem.

Silvia Biscaia disse...

Acho que toda esta tecnologia, embora útil, nos tem dificultado a vida, no sentido de que já não sabemos comunicar. Sabemos enviar sms, ter bons relacionamentos à distância, estando longe corre sempre tudo bem. Mas já não sabemos estar mais de 48h, ou até mesmo 24h, com a mesma pessoa, já não sabemos ouvir os outros. Fechamo-nos no nosso quarto em frente a um écran, no nosso mundo, julgando sabermos o que são relacionamentos e que conhecemos as pessoas por meias palavras abreviadas e escritas de maneira esquisita. Não estará na hora de revermos como devemos utilizar esta tecnologia que cada vez nos domina mais, em vez de ser ao contrário? Que tal passar mais tempo a falar em vez de se ter o nariz colado a um écran?
Silvia Biscaia

Unknown disse...

Boa tarde,
Felizmente a dependência dos serviços dos CTT decesceu, e digo isto porque quando já me aconteceu por várias vezes não ter cartas registadas com entra em mão serem realizadas a horas em que estava em casa porque o senhor carteiro não quis subir ao 4º andar, acho que está tudo dito sobre o serviço.
Quanto à possibilidade de comunicação pela internet, posso dizer pela minha experiência que é algo que nos torma cidadãos do mundo. Eu tenho amigos cibernéticos e chego a estar ao mesmo tempo a conactar com amigos australianos e dos Estados Unidos. Isto é algo que era completamente impensável a alguns anos atrás. A possibilidade de falar de assuntos globais com pessoas com outros contextos culturais é altamente estimulante e interrogo-me até onde a tecnologia nos vai levar...

Unknown disse...

A preversidade da internet é que é interpretada por muita gente como "terra de ninguém" que pode levar à ocorrência de abusos. É necessário entender que a internet é um veículo poderossisimo que pode ser usado tanto para o bem como para o mal e como tal é necessário formar nas pessoas a capacidade de criarem filtros para a informação que lhes é transmitida. As gerações mais novas usam muitas vezes a interntet como algo hermético, onde colocam a informação para partilhar com os amigos, mas esqueçem que existe um mundo com acesso a essa informação. A regulação deste espaço tem de começar essencialmente por utilizadores conscientes do poder do "meio"

Strawberryzinha disse...

Nos dias de hoje temos inclusivamente o e-Learning, em que se pretende que a formação dos trabalhadores seja contínua e uma vez mais atravéz da internet!

Até que ponto isto será saúdavel?

Unknown disse...

outra faceta desta tecnologia é o que se tem verifica com a contratação de serviços por parte de empresas de países desenvolvidos a pessoas de países desfavorecidos ou com salários inferiores. É algo com o qual já contactei em que empresas americanas contratam serviços de apresentação e visualização de imagens a técnicos de outros países porque lhes sai mais barato e o envio do trabalho final é efectuado por email ou mesmo pelo messenger

Anónimo disse...

Estou agora a assistir ao programa na RTP2 e está a ser um grande programa, muito cativante e com matérias de discussão bastante interessantes. Os meus parabéns!

Inês disse...

Estou deleitada com o programa :) Convidados sábios, positivos, amorosos passam a ponte que une as margens do passado e do futuro

Unknown disse...

AS ESTATISTICAS QUE ESTÃO A PASSAR NO PROGRAMA, QUE REFEREM A FAIXA ÉTARIA DOS 18 AOS 40 ANOS COMO SENDO OS MAIS UTILIZADORES DAS TECNOLOGIAS, SÓ DEMONSTRA UMA VEZ MAIS QUE SÃO ESTES OS CAPAZES PARA REVOLUCIONAR A SOCIEDADE E PARA FAZER A ECONOMIA CRESCER, MAS PELO CONTRÁRIO ESTE PAÍS PARECE CADA VEZ MAIS ESTAR A EMPURRAR ESTES PARA FORA DO PAÍS.

ESTES SÃO OS PORTUGUESES QUE SÃO OS VERDADEIROS EUROPEUS QUE NÃO SE IMPORTAM DE ATRAVESSAR A FRONTEIRA PARA O OUTRO LADO, EU PRÓPRIO ESTOU PRÓXIMO DE O FAZER.

RENOVAÇÕES NÃO SE FAZEM COM PESSOAS DE 67 ANOS, SÓ PARA DAR UM EXEMPLO.

Unknown disse...

OS PORTUGUESES SÃO MUITO ROMÂNTICOS, POIS VÃO CONTINUAR A SER ROMÂNTICOS, TRISTES E SÓS...

Anjos disse...

Boa tarde.
Bendita internet,que permite envio rápido de informação,documentos,fotografias etc etc.Que permite que casais separados fisicamente devido ao trabalho comuniquem de forma mais eficiente.Que permite que doentes internados ou em casa isolados possam comunicar,trocar experiências,obter informações tão variadas.
Que permite uma ligação ao mundo quando de outra forma tal seria impossível.
Que permite estarmos aqui a trocar opiniões,etc,etc...

Lila disse...

Pessoalmente, embora nada tenha contra as novas tecnologias da comunicação, não dispenso a fantástica sensação de receber uma carta de um velho amigo ou de um familiar que não vejo à muito.
O papel dá um toque especial à mensagem e pode durar para sempre.
Para além do mais, na minha opinião, a língua portuguesa fica a perder com as abreviaturas forças pela necessidade de poupar caracteres.
Penso que a prática de enviar cartas devia ser estimulada...Porque não enviar uma carta a um amigo que está longe e ficar na deliciosa expectativa da resposta? Fica o desafio!!

lady_blogger disse...

Qual aldeia global...! Estamos tão perto uns dos dos outros, que a única coisa que nos separa é o espaço físico, e as culturas claro. Os media vão até onde nós num dado espaço ou momento não podemos ir, e com a ajuda destes é quase como se tivessemos ido...

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Os CTT são uma forma de veícular mensagens que continua a perder terreno para a internet e telemóveis de última geração.
Recorrendo aos CTT pode estabelecer-se a mais romântica e personalizada forma de se comunicar, estes traduzem um certo saudosismo que as novas tecnologias não conseguem expressar por si só.
Porém permitem também uma forma de comunicação mais morosa, e limitada.

Tenho reparado que os CTT têm apostado na comercialização de livros, jogos, roupas, talvez para compensar os tempos de crise...

CC

Maria Mendes