segunda-feira, julho 7

Universidades sem dinheiro?

Segundo a Comissão Europeia, as universidades portuguesas vão ver o seu financiamento público diminuir. A Universidade de Aveiro vai usar dinheiro destinado à investigação para o pagamento dos subsídios de férias. E para o reitor da Universidade do Porto “a partir de agora vão aparecer problemas sérios, que podem mesmo pôr em causa o pagamento de salários na parte final do ano”.
Por sua vez, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirma que as universidades têm de se readaptar à realidade orçamental. Estamos a falar de má gestão das instituições de ensino ou as universidades estarão a passar por um momento de sub-orçamentação gritante? As explicações no próximo SC.

Convidados:
Frederico Saraiva, Presidente da Associação Académica de Lisboa
João Redondo, Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado
Arlindo Donário, Professor de Finanças e Economia da Universidade Autónoma de Lisboa

52 comentários:

João Dias Amaro disse...

Na minha faculdade - Instituto Superior Técnico no TagusPark já há muito que se houve falar de diminuição de fundos para pagar algumas despesas como salários ou manutenção de alguns serviços. Ainda para mais quando existe um pólo para acabar de construir como o que actualmente frequento. De qualquer das formas não se notou ainda essa suposta falta de verbas por parte de nós, alunos.

Anónimo disse...

Penso que o problema das universidades é mesmo a má gestão de dinheiro e gastos extraordinários. Para onde vão as propinas que os nossos pais humildemente pagam? Esta é a minha pergunta, porque sinceramente não consigo compreender a falta controlo!

Joana

Pedro Marinho disse...

Voltei ao melhor programa da Televisão Portuguesa o SC...

Olá senhora Dra. Fernanda Freitas

Diz: Teixeira dos Santos, afirma que as universidades têm de se readaptar à realidade orçamental.

Será que o Governo não tem que racionalizar melhor o seu orçamento? Inspeccionar? Fiscalizar? Revendo em profundidade este assunto?

Penso que não faz sentido uma faculdade obter fundos para a investigação e ter que gastar esse dinheiro no pagamento de salários , como é possível isto acontecer?

A gestão das universidades poderá cair por terra se continuarmos com esta política inqualificável em termos financeiros.

Será que este sub-gritante orçamento não vai obliterar o nosso futuro como jovens estudantes, quando uma universidade funciona como se de uma gestão de mercearia se tratasse, o fim do ensino superior não estará próximo?

Na minha opinião deveria existir mais probidade nesta área, não é muito correcto sabermos que o ensino superior continua ao sabor do vento, será que isto acontece em outros países...Sinto que o meu país está a perder a identidade nos sectores mais importantes de uma nação como as Universidades...

Pedro Marinho de Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...

"Universidades sem dinheiro?

Se não entrarem 100 milhões de euros nas universidades portuguesas poderá estar em risco o pagamento de salários aos seus funcionários. O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) denunciou a grave situação financeira das universidades. Uma reunião com “carácter de urgência” já foi solicitada pelo CRUP a José Sócrates.

Pergunto:

Porque razão temos que chegar a esta situação limite de ter que se pedir ao primeiro ministro reuniões de carácter urgente? Será que não se detectou as coisas a tempo ou existe uma certa "Moda" no país em se chegar até aqui?

Pedro Marinho de Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...

Num país onde existe um medo latente de se acabar um curso e o mais certo é não ter emprego no final do curso, o que vão pensar os jovens universitários sabendo desta grave crise universitária em que estamos mergulhados porque já não há dinheiro para fazer face aos vencimentos dos funcionários.

Com ficámos? Que medidas vão ser tomadas?

Pedro Marinho Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...

Num país onde existe um medo latente de se acabar um curso e o mais certo é não ter emprego no final do curso, o que vão pensar os jovens universitários sabendo desta grave crise universitária em que estamos mergulhados porque já não há dinheiro para fazer face aos vencimentos dos funcionários.

Com ficámos? Que medidas vão ser tomadas?

Pedro Marinho Arcos de Valdevez

Anónimo disse...

Sou estudante da Escola Superior da Tecnologia da Saúde do Porto, que é o perfeito exemplo prático da falta de dinheiro nas universidades. è uma escola com cerca de 1200 alunos de diversos cursos, alguns dos quais necessitam de boas condições de laboratório e de equipamentos. No entanto, hà 25 anos que temos instalações provisórias e sem grandes condições. Agora quanto à pergunta de quem é a culpa? Penso que dos dois. Do estado que passou anos a prometer-nos novas instalações, e ao que parece para o ano finalmente que as vamos ter, e também de uma má gestão. Nesta escola pagamos a propina máxima do intituto politécnico do Porto, 900 euros, que multiplicando por todos os alunos é fazer as contas. No entanto, aplicação do dinheiro é que nem ve-la.
O que vale é o esforço dos alunos para se tornarem bons profissionais apesar de todas as contrariedades.

Carlota disse...

Sou aluna do primeiro ano da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ainda bem que chegou uma oportunidade para eu transmitir que é uma vergonha a situação financeira da faculdade.
Esta situação já é um dado adquirido pelos que frequentam e trabalham na faculdade. Não há motivação, não há dinheiro para quaisquer projectos. Não há margem para nada.
Muitos locais têm condições que deixam a desejar.
É o desleixo total.
Sim, este facto desmotiva-me e desmotiva os meus colegas. Parece que frequentamos uma faculdade esquecida do mundo.
Não sei o que está por detrás de isto tudo mas a verdade é que a faculdade, os professores e os alunos vão "sobrevivendo".
Este ano a faculdade anunciou fundir-se com outras..etc..até o próprio director da faculdade admitiu perante os alunos que não há dinheiro para nada.
É sufocante sentirmo-nos pouco estimulados. Quase inuteis. Querem ou não que façamos algo pelo país, pelo mundo no futuro? Somos ou não o futuro?



Obrigado, Maria Pereira

Ana Ferreira disse...

A melhor forma de culmatar a carência do ensino superior passa, no meu ver, por promover uma boa gestão democrática, ou seja, que todos participem numa lógica de contenção de custos. Evidentemente, que com uma política de carência, ao invés de uma política de boa gestão e aplicação de conhecimentos eficientes em matéria de contenção de custos, certo é que esta situação poderá acarretar consequências injustas e injustificáveis: as universidades não terão capacidade financeira para responder a uma procura crescente de alunos, muitos postos de trabalho poderão ser postos em risco e a investigação tornar-se-á mais débil... De todo o modo, relembro que com a implementação do processo do Bolonha, muitos alunos vêem-se quase que obrigados a ingressar no mestrado, dado que não não se sentem preparados para ingressar no mercado do trabalho com 2 ou 3 anos de ensino. Logo, os custos de um aluno, neste seguimento, é muito grande, dado que o preço das propinas, da investigação, entre outros, em mestrado exigem mais financiamento a um preço mais elevado. Falam de carência económica?! Eu falo de falta de boa gestão democrática seja do Estado, seja das próprias universidades...

Ana Ferreira disse...

Errata:
Onde se lê: "Logo, os custos de um aluno, neste seguimento, é muito grande,(...)",leia-se: "Logo, os custos de um aluno, neste seguimento, são muito grandes,(...)"

2improvemyenglish disse...

Um exemplo de desperdício:

A Universidade de Coimbra tem gasto milhões a construir edifícios no Pólo 2 que são um autentico atentado visual e à nossa carteira!

São autenticas Construções Megalómanas e não apropriadas ao local...
Por exemplo: não se compreende porque é que o último edifício a ser construído (com sensivelmente 3 anos) tem salas de aula sem luz natural!!!

Uns edifícios mais simples ficariam tanto mais baratos como permitiriam uma melhor organização do espaço.

Teima-se em fazer as mesmas asneiras que se fizeram na zona mais antiga da Universidade...

Alvaro disse...

A menor taxa de empregabilidade dos licenciados pelo ensino público não se deverá também a um possível maior número de profissionais liberais que daí provêm?

Anónimo disse...

Gostava de saber se o doutor João Redondo só pensa no custo social a quando da formação ou se pensa nele pós formação e se também acha que só os ricos é que tem direito a estudar e se só eles tem rendimento?

Cumprimentos
Luís Marques

Divagações disse...

Exma Drª Fernanda Freitas, deixe-me em primeiro lugar congratular a RTP2 por mais uma iniciativa de combate à ignorância social e autismo governamental.
Encontro-me a concluir a licenciatura de Direito na Universidade Lusófona em Lisboa (Instituição Privada)e creio que é necessário combater determinados mitos e preconceitos no seio universitário.O Dr.Arlindo Donário tem (e muitíssimo bem) focado determinados aspectos essenciais!Nas Universidades privadas não se "compram" cursos, antes se paga a qualidade de ensino, numa regra simples de "utilizador-pagador".Somos alvo de elevadas mesnsalidades,suportamos impostos,e cumprimos as nossas obrigações tal como qualquer estudante de uma Fculdade pública.É necessário colocar um ponto final no preconceito de que (ainda para mais) somos alvo em variadas situações. Julgo que os orgãos de gestão das Universodades Públicas poderiam/deverias aprender algo de positivo com as Instituições Privadas, que formam seus alunos de uma forma exemplar e vocacionada para o mundo laboral.

Atentamente,
Catarina

Unknown disse...

Boa tarde,
O ensino é um direito mas como tudo neste país, só para alguns!
As universidades públicas deviam exercer o seu dever de serviço público gerindo os seus orçamentos da melhor forma, dotando as faculdades de pessoal docente e meios operacionais que permitam as melhores condições possíveis para a aprendizagem.
As universidades privadas, como qualquer empresa, visam o lucro. Em várias áreas, a massificação do ensino superior privado a a abertura desregrada de vagas apenas ocasionou que hoje exista excesso de licenciados em várias áreas. Não querendo tirar o mérito aos alunos das instituições privadas, acho castrador para todos os alunos que sempre foram empenhados na sua formação desde o secundário, deparem com um mercado de trabalho saturado, resultado de acessos aos cursos com base no pagamento da pré-inscrição e da média de 10 valores.
Não reconheço no ensino privado português o valor que se encontra no ensino privado do Reino Unido ou dos EUA pois estes pautam-se pela excelência e pela procura dos melhores. O pagamento é encarado como a compensação pela excelência do ensino. Estamos ainda muito longe desse facto! Que aluno é que vai deixar de optar por uma vaga numa universidade pública para ir para uma privada, mesmo que tenha poder económico para tal? Nenhum!

Manel Bonifácio disse...

Boa tarde,
O ensino é um direito mas como tudo neste país, só para alguns!
As universidades públicas deviam exercer o seu dever de serviço público gerindo os seus orçamentos da melhor forma, dotando as faculdades de pessoal docente e meios operacionais que permitam as melhores condições possíveis para a aprendizagem.
As universidades privadas, como qualquer empresa, visam o lucro. Em várias áreas, a massificação do ensino superior privado a a abertura desregrada de vagas apenas ocasionou que hoje exista excesso de licenciados em várias áreas. Não querendo tirar o mérito aos alunos das instituições privadas, acho castrador para todos os alunos que sempre foram empenhados na sua formação desde o secundário, deparem com um mercado de trabalho saturado, resultado de acessos aos cursos com base no pagamento da pré-inscrição e da média de 10 valores.
Não reconheço no ensino privado português o valor que se encontra no ensino privado do Reino Unido ou dos EUA pois estes pautam-se pela excelência e pela procura dos melhores. O pagamento é encarado como a compensação pela excelência do ensino. Estamos ainda muito longe desse facto! Que aluno é que vai deixar de optar por uma vaga numa universidade pública para ir para uma privada, mesmo que tenha poder económico para tal? Nenhum!

Divagações disse...

Exma Drª Fernanda Freitas, deixe-me em primeiro lugar congratular a RTP2 por mais uma iniciativa de combate à ignorância social e autismo governamental.
Encontro-me a concluir a licenciatura de Direito na Universidade Lusófona em Lisboa (Instituição Privada)e creio que é necessário combater determinados mitos e preconceitos no seio universitário.O Dr.Arlindo Donário tem (e muitíssimo bem) focado determinados aspectos essenciais!Nas Universidades privadas não se "compram" cursos, antes se paga a qualidade de ensino, numa regra simples de "utilizador-pagador".Somos alvo de elevadas mensalidades,suportamos impostos,e cumprimos as nossas obrigações tal como qualquer estudante de uma Fculdade pública.É necessário colocar um ponto final no preconceito de que (ainda para mais) somos alvo em variadas situações. Julgo que os orgãos de gestão das Universidades Públicas poderiam/deveriam aprender algo de positivo com as Instituições Privadas, que formam seus alunos de uma forma exemplar e vocacionada para o mundo laboral.

Atentamente,
Catarina

Manel Bonifácio disse...

Será que o Governo não tem que racionalizar melhor o seu orçamento? Inspeccionar? Fiscalizar? Revendo em profundidade este assunto?

Joana Ruas disse...

Parece-me que a estrita comparação entre o custo médio por aluno no público e no privado não pode ser feita assim pois, no geral, as universidades privadas não ministram os cursos mais dispendiosos, que envolvem grandes gastos com equipamentos, como por exemplo Medicina e os cursos de ciências experimentais, que exigem laboratórios - fazendo disparar a tal média. Por isso, as universidades privadas evitam esses cursos. Mas o país não pode fazê-lo, o que necessariamente aumenta os custos nos cursos do público.
Ao comparar custos por aluno, creio que deveriam fazê-lo dentro do mesmo curso; caso contrário as conclusões não são fiáveis.
Joana Ruas

Manel Bonifácio disse...

Se não entrarem 100 milhões de euros nas universidades portuguesas poderá estar em risco o pagamento de salários aos seus funcionários. O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) denunciou a grave situação financeira das universidades. Uma reunião com “carácter de urgência” já foi solicitada pelo CRUP a José Sócrates.

Unknown disse...

Ainda não se colocou a questão do peso das remunerações dos docentes nas contas das faculdades. Não podemos esquecer que devido ao actual estatuto dos docentes, estes são obrigados a qualificarem-se, o que faz com que as faculdades acabam por ter um peso elevado de professores qualificados. Só para termos de referência um Docente em topo de carreira ganha cerca de 4mil euros/mês. 11% de CGA sobre este valor pode levar um corte nas finanças das faculdades em cerca de 2milhões de euros num ano. É neste campo que diferencia o custo de aluno num ensino público e no ensino privado.

Manel Bonifácio disse...

O Ministério das Finanças acusa os politécnicos e as universidades de não saberem gerir orçamentos e esclarece que as instituições têm de ser "financeiramente responsáveis". Afirmações que chegam depois de alguns reitores terem pedido um reforço de 130 milhões de euros de financiamento - e que já foram contestadas pelos próprios.

Mas será mesmo esse o problema?
Resp.

ProfGaspar disse...

Liguei agora a tv e ouvi um comentador dizer que a eficiência das universidades privadas era de tal ordem que os alunos, segundo números que dispunha, e que eu acredito plenamente, entravam com notas mais baixas e que conseguiam sair com notas em média equivalentes aos que saíam das publicas. Isto de ler números é muito engraçado! Eles até conseguem sair com notas mais altas! O que é preciso é dinheiro para pagar as propinas! E eu sei do que estou a falar. As notas compram-se!

Manel Bonifácio disse...

O Ministério das Finanças acusa os politécnicos e as universidades de não saberem gerir orçamentos e esclarece que as instituições têm de ser "financeiramente responsáveis". Afirmações que chegam depois de alguns reitores terem pedido um reforço de 130 milhões de euros de financiamento - e que já foram contestadas pelos próprios.

Mas será mesmo esse o problema?
Resp.

Unknown disse...

Pelo que percebo estão dois professores do ensino superior privado a discutir o (sub)financiamento do ensino superior público.
Falaram alegremente em investigação e doutoramentos em universidades privadas que, com a excepção da católica, é quase nulo, já para mão mencionar os cursos maioritariamente de papel e lápis e a falta de qualificações académicas (doutoramento) da maior parte dos professores dessass intituições.

Penso que falta o contraditório ao programa, pois o painel escolhido (?) é manifestamente desadequado!!

rui disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

No dia em que existirem provas nacionais para a aferição dos conhecimentos dos alunos de cursos equivalentes das universidades públicas e privadas, passo a acreditar que os alunos das privadas conseguem obter os mesmos resultados. Por experiência sei pois ocnheço variadas pessoas da minha área que tiraram cursos em universidades privadas, sei que terminam com notas altas mas em comparação com os alunos das públicas, com menos conhecimentos

disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
rui disse...

Estava a estudar para os exames e vim ver qual o tema do seu programa e relativamente ao assunto gostava de chamar à atenção relativamente a alguns pontos:

i)As bolsas de mérito relativas aos melhores alunos de 2006/2007 ainda não foram pagas. Eu pelo menos, estou no edital dos vendedores, mas ainda não recebi a minha.

ii)Há escolas a começar a actividade lectiva sem o corpo docente estar completo. Pelo menos na minha isto aconteceu, o que vale é que a boa vontade dos professores (antigos) deram as aulas enquanto os novos não chegavam

iii)Quanto à qualidade do ensino privado, deve ser no minímo para rir, toda a gente sabe o que aconteceu na Moderna e na Independente.

Anónimo disse...
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ProfGaspar disse...

O meu comentário anterior não deve ter chegado mas discordo completamente da leitura que foi feita dos números referentes ao ensino público e privado. Foi dito que a eficácia do ensino privado era tal que conseguia que os alunos entrassem com notas inferiores ao ensino público e saísse com notas iguais. Eu digo superiores! Isto de ler números é muito engraçado. As notas no ensino privado compram-se! Eu sei do que estou a falar. Conheço vários exemplos.

Anónimo disse...

E os alunos que tem direito a bolsa e estacionam o seu BMW ao lado do servido de acção social? Será que o orçamento não tem aí um buraco?

Cumprimentos
Luís Marques

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
disse...

Aproveito a oportunidade de estarem presentes no programa representantes de universidades privadas para por a questão:
de que forma e em que medida o estudo financia as universidades privadas?e vice-versa?
vi aqui um comentario de uma aluna de uma escola de saude que se queixava das condições dos laboratorios da sua universidade. em contraponto, um dos convidados falou das boas condições existentes em algumas universidades privadas! não se estará a cair no abismo de proporcionar, devido a questões de verbas, melhores condições no privado? não se estará a tornar o ensino superior num luxo de alguem em revés do direito de todos?

quanto há maior taxa de empregabilidade dos privados, acho curioso dado que normalmente este tipo de ensino é feito em 2º escolha! o meu irmo esteve numa privada(catolica) e mudou-se para uma publica (Nova de Gestão) e diz que não se compara a exigencia, sendo a Nova claramente mais exigente! dado isto de onde virá a grande respota do mercado de trabalho a alunos provenientes do ensino privado?e vice-versa?

EviL disse...

Há algum incentivo/ajuda por parte do estado para quem é desempregado e quer ingressar num universidade privada ?
Pergunto, pois não há nenhuma pública com o mesmo curso (curso com o mesmo nome sim, mas não com o mesmo conteúdo, que é melhor na privada).

Unknown disse...

Gostaria de perguntar ao convidado da Lusíada, porque motivo a Faculdade de Arquitectura do IST tem 120 vagas anuais e o oa Licenciatura em Arquitectura da Lusiada tem 6 vezes mais vagas?
Como se explica esta descrepância de números? Estamos a seguir a politica de que quem quer é arquitecto? Ou será que os lucros de ter muitas vagas preenchidas tem alguma coisa a ver com o facto? Este tipo de situações torna o ambiente em volta das privadas muito turvo... e não é a excelência certamente que procuram!

Bruno Azevedo disse...

Boa Tarde, penso que será igualmente uma política de má Gestão uma das seguintes situações a nível do ensino das artes em Portugal em geral, mas referindo me de forma particular ao ensino do Design em Portugal, como é possível este curso estar homologado pelo o Estado Português e ao mesmo tempo não existir um conjunto de Leis, de protecção da profissão (direitos, deveres e ética) face ao mercado de trabalho que ilegalmente se encontra lotado por não profissionais... não existindo um critério de classificação e distinção entre um licenciado e um técnico... os problemas são bastante extensos nesta área, contudo ficam apenas breves apontamentos

jlf disse...

A apreciação feita por Arlindo Donário ao comparar o gasto por aluno em instituições públicas vs privadas é falaciosa, pois não tem em conta a grande diferença de investimento a fazer pelas universidades públicas para cursos como, por exemplo, Medicina ou Biologia (com laboratórios, equipamento e material para aulas práticas), cursos estes que, com investimento semelhante, não são oferecidos pelo sector privado.
J. L. Ferreira

Unknown disse...

Boa tarde

Chamo-me Ramiro Marques e sou aluno de Mestrado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações (MEET) no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). Ao acompanhar o programa, achei curioso analisar o custo de um aluno quer para o ensino público quer para o ensino privado, sem se enquadrar a área de formação, visto que áreas como a engenharia ou medicina tem encargos financeiros muito maiores que por exemplo direito. Não nego que seja necessário uma nova forma de gerir o ensino superior público, contudo tem que se analisar as áreas de formação pela sua espeficidade e necessidade no mercado de trabalho.

Os melhores cumprimentos

Ramiro Marques

Divagações disse...

Sabendo que esgotei já a minha capacidade de intervenção, gostaria de lançar a contra-resposta relativamente à alegada "inexistência de preconceito" que os alunos das Universodades Privadas enfrentam, tal como foi alegado no programa. E fá-lo-ei com recurso a um simples exemplo escandaloso.Os recém licenciados de Direito em Universidades Privadas encontram o inicio das suas carreiras profissionais extremamente condicionada face aos alunos provenintes de faculdades públicas.Isto porque,desde sempre,é dada exclusividade dos "bons estágios" aos alunos provenientes das faculdades públicas!Para comprovar o exposto bastará tomar atenção a anúncios de recrutamento de estagiários, que em tantas situações barram a nossa entrada e só aceitam alunos da (e cito) "Católica, Clássica ou Universidade de Coimbra".

Atentamente,
catarina

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Unknown disse...

Só para que conste: de acordo com o
Lista de Pessoal Docente ao abrigo do Decreto-Lei n.º 15/96, de 6 de Março
Informação relativa a 31/12/2006
ENSINO SUPERIOR PARTICULAR E COOPERATIVO UNIVERSITÁRIO
Ambos os professores presentes no programa são apenas licenciados, sendo que um é professor auxiliar e outro professor associado.

Se entretanto concluiram o mestrado ou doutoramento, os meus parabéns!!

druncen disse...

Boa tarde.

Em relação à questão do Blog, gostaria de dizer que é demasiado limitativa, pois apesar de ter respondido que é devido à má gestão, não acredito que essa seja a única razão para a situação actual das Universidades, principalmente das públicas.

Em relação à afirmação que ouvi de um dos convidados sobre a maior empregabilidade dos alunos do privado e as melhores notas que estes acabam por ter na Universidade comparativamente às notas no Secundário.
Acho que além das percentagens de empregabilidade e médias de curso, deviam analisar os outros factores, entre os quais:
1º - Exigência na avaliação dos alunos nas privadas Vs públicas.
2º - Nível financeiro dos alunos do privado Vs público.
3º - Percentagem de auto-empregabilidade dos finalistas do privado Vs público.
4º - Percentagem de finalistas a trabalharem para "Paitrões" do privado Vs público.

Só para mencionar alguns dados auxiliares para utilizar na leitura simplista que foi feita dos números...

disse...

obrigado por terem exposto o meu comentario o meu comentario de forma a obter uma resposta.

Dado que o estado não financia as privadas (o que obviamente é mais que justo), não deverão as privadas pagar algo ao estado na medida que estão a entrar num dominio que devia ser exclusivamente publico(o ensino)?

disse...

subscrevo completamente o teu comentario Carlos

José Filipe Baptista disse...

Caro Joaquim,

lamento contradizer o que aqui escreveu mas o Professor Doutor Arlindo Donário é Doutorado pela Universidade da Extremadura, Universidade Pública, tendo para tal realizado uma tese denominada "Análise da Regulação Económica e Social". Está disponivel nas livrarias, poderá consultá-la. Eu já a li.

Cumprimentos.

José Baptista

EviL disse...

Joaquim, e ainda noutra página:
Lista de Pessoal Docente ao abrigo do Decreto-Lei n.º 15/96, de 6 de Março
Informação relativa a 31/12/2004
Arlindo Alegre Donário grau: Doutoramento

De qualquer das formas que interessa se são doutores ou não com o CV brutalíssimo que ambos tem ?
Abaixo de zero...

cbas disse...

Se não há alunos, então não há dinheiro. Se não há dinheiro, pelo menos as instituições que abriram tem que voltar a fechar.

A não ser que recebam (mais) alunos estrangeiros. Mas quem quer vir para cá?

Carlos Sebastião

lady_blogger disse...

Perante a conjuntura actual do mercado de trabalho nacional, qualquer dia só quem tiver as melhores notas ou as melhores cunhas conseguirá entrar para a faculdade, isto à semelhança da selecção que se faz para se obter emprego. O ideal talvez fosse fechar alguns cursos, subir algumas notas de entrada, generalizar o ensino superior sendo ou tudo público ou tudo privado, mas fundamentalmente tudo ditado por regras internas comuns.
Não ponho em causa que até quem nunca gostou muito da escola até seja capaz de se licenciar. Mas como as coisas estão, pergunto para quê? Deveria poder ser-se autodidacta e depois poder prestar provas de conhecimentos e atestarem oficialmente os mesmos.
Nos nossos dias nem todos os cursos garantem um trabalho na área para a qual estudámos, e isso pode frustrar qualquer um e fazê-lo considerar que de certa forma andou a perder tempo e dinheiro.
Ter um filho a estudar no ensino superior estatal é uma conta e tê-lo numa particular é uma superconta.
Pais que vedes este programa: será que vale a pena investir nos estudos universitários dos vossos filhos sabendo a priori da grande improbabilidade de no final arranjarem um trabalho na área das suas competências académicas?
E se as universidades pedem cada vez mais dinheiro de propinas, onde investem este bolo? Como não lhes chega o dinheiro? Não lhes cabe um quinhão q.b. do orçamento de Estado?
Parece-me que há aqui algo mal esclarecido...
Quem anda a enganar quem?
Pelo menos quem abre cursos sem saída profissional, andam a enganar-se e a enganar os outros, de certeza.

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Como em muitas outras profissões actuais, qualquer dia teremos os professores a pagar para trabalhar... aliás eu até sei de um caso ou outro, mas o receio é que tal se multiplique.

CC

Maria Mendes