Com cerca de 1.400km de costa e uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas da UE, Portugal deveria ter áreas como a pesca, a investigação e as energias como sectores prósperos. Mas por que não o são? O que nos falta para aproveitarmos tanto mar?
A erosão da costa poderá provocar danos irreversíveis. Destruição de casas, estradas e habitats naturais são as consequências mais imediatas. Por outro lado, a Comissão Europeia vem confirmar, ao proibir a pesca de certas espécies, a deterioração das nossas reservas piscícolas. A investigação e o aproveitamento energético são alternativas. Mas o que está a ser feito?
Convidados:
Mário Ruivo, Presidente do Fórum Permanente dos Assuntos do Mar
Almirante Nuno Vieira Matias, Ex-Chefe do Estado-Maior da Armada
Emanuel Gonçalves, Professor Associado no ISPA e Coordenador do Programa M@rBIS – Marine Biodiversity Information System
Francisco Andrade, Membro da Ordem dos Biólogos e Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
18 comentários:
Se calhar o grande problema é que muito se projecta e pouco se faz. Temos uma costa vasta e se não aproveitamos o que dela provém sem a saturar é porque talvez sejamos ricos q.b., o que não me parece...
CC
Maria Mendes
Um hino ao mar:
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
CC
Maria Mendes
Reinvento abaixo os 2 primeiros versos:
Ó mar salgado, quanto do teu caudal
São eco-recursos de Portugal!
CC
Maria Mendes
Pergunto que opinião têm sobre a possibilidade de subida do nível médio das águas do mar, talvez em 6 metros, e as consequências para Portugal. Vejam as previsões da NASA para a actividade solar
http://solarscience.msfc.nasa.gov/predict.shtml
para 2012 e os degelos do nosso planeta...
Precisamos de muitas iniciativas assim!
"700 Kg de lixo retirados das águas de Sesimbra
O objectivo era alcançar a tonelada, mas ainda assim Tiago Antunes, presidente do Núcleo de Actividades Subaquáticas da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (NASAEIST), que organizou a iniciativa juntamente com a autarquia de Sesimbra, considera que “724 Kg de lixo em três horas é uma boa média”. E é este o resultado do XI Encontro de Limpeza Subaquática em Sesimbra, realizado sábado de manhã na Praia do Ouro. (...)"
Publicado em: http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=7654
O nosso mar é fantástico é procurado por muita gente, durante todo o ano. Deveríamos encontrar uma solução harmoniosa, de equilibro entre humano / mar. Vejamos a iniciativa na Costa de Caparica em criar um espaço de passeio de restauração, com espaço para tudo e todos de forma organizada e LIMPA! O espaço da praia do Guincho entre outras!
Patrícia I. M. Santos
Não participei sou de Lisboa, mas adorei a ideia!
Boa tarde,
Gostaria de saber em que medida o "nosso" mar é afectado por intermédio das correntes marítimas por substâncias provenientes de outros países e que podem ser prejudiciais às águas sobre a nossa soberania. Li à pouco tempo um relátório que considerei preocupante que indicava que PFOS (Perfluorooctanesulfonic acid) substância que foi usanda com fins industriais, foi encontrada em mamíferos marinhos no Ártico.
Pedro
Lisboa
Caros,
Gostava de saber quantas empresas nacionais (construção naval, investigação, pescas, etc) têm a sua fonte de investimento o mar. E aproveito para perguntar quais as universidades e outros polos de formação é que existem em Portugal? Será que há saídas profissionais para quem queira apostar nesta área profissional? Ou nem vale a pena investir num curso nesta área?
Participei em vários eventos alusivos ao mar.
Estive por 3 dias na Expo 98, visitei uma exposição no Tereiro do Paço, visitei a exposição sobre o trabalho de Jacques Cousteau e fiz parte da maior onda humana junto do Oceanário.
Foram acontecimentos interessantes, espero que repitam iniciativas destas.
CC
Maria Mendes
Uma forma de aproveitar o que vem do mar, começa logo no aproveitar de todo o pescado.
A Fernanda lembra-se de eu aqui ter sugerido formas de não desperdiçar o que se pesca?
Podem encontrar esses conselhos no post de 10 de Agosto de 2007 no blog euronios
Também neste blog encontrarão a 12 de Agosto de 2007 a prova da minha participação na maior onda do mundo.
CC
Maria Mendes
Olá a todos e Parabéns ao programa do qual sou espectadora assídua.
Infelizmente vou ter de discordar com o meu colega de profissão Dr Andrade.
A falta de interesse pela Biologia Marinha deve-se de facto à falta de emprego.
Sou Mestre em Ciências do Mar e tenho trabalhado noutras áreas, visto que a oferta escasseia.
Só procuram a Biologia Marinha os apaixonados, como eu!
Um bem haja a todos.
Carla Lopes
Olá a todos e Parabéns ao programa do qual sou espectadora assídua.
Infelizmente vou ter de discordar com o meu colega de profissão Dr Andrade.
A falta de interesse pela Biologia Marinha deve-se de facto à falta de emprego.
Sou Mestre em Ciências do Mar e tenho trabalhado noutras áreas, visto que a oferta escasseia.
Só procuram a Biologia Marinha os apaixonados, como eu!
Um bem haja a todos.
Carla Lopes
Olá a todos e Parabéns ao programa do qual sou espectadora assídua.
Infelizmente vou ter de discordar com o meu colega de profissão Dr Andrade.
A falta de interesse pela Biologia Marinha deve-se de facto à falta de emprego.
Sou Mestre em Ciências do Mar e tenho trabalhado noutras áreas, visto que a oferta escasseia.
Só procuram a Biologia Marinha os apaixonados, como eu!
Um bem haja a todos.
Carla Lopes
Olá boa tarde,
penso que o mar portugues deveria ser melhor aproveitado no que diz respeito as energias renovaveis, da qual a "wind Power" faz parte.
CC
Boa tarde,
Uma das áreas que penso sêr de extrema importância na ligação de Portugal com o mar será a do legado patrimonial que este nos deixou... Será de grande interesse e sempre necessário o estudo científico realizado no campo da Biologia e Geologia marítima, porém uma continuação no investimento em áreas como a Arqueologia Subaquática e o Património Portugûes subaquático, por vezes tão esquecido, irá contribuir largamente para o conhecimento de algo que ja faz parte do nosso patrimonio, o mar.
André Manique
Boa tarde,
A visão sustentável dos mares tem de ser adoptada antes que seja tarde demais. Tem de se acabar com a visão dos oceanos como o "diluidor" da poluição que lhe mandamos.
O aquecimento global é preocupante mas não é o único. A poluição humana está a ser extremamente prejudicial, veja-se o caso do Pacífico com milhões de plásticos no oceano.
A protecção tem de ser a nível global. O que fazem as Nações Unidas neste âmbito? Iremos ver a atenção voltada para os oceanos apenas pela exploração de recursos?
Boa Tarde!
Muitos países travaram guerras para terem acesso ao mar. Nós temos mar e uma situação estratégica de luxo, portos naturais excelentes e não o aproveitamos a não ser para irmos à praia. O PIB de Portugal poderia ser pelo menos 10% superior se aproveitássemos o mar: comércio, pescas, aquacultura, turismo náutico, construção naval, biotecnologia, energia e mais um mundo de oportunidades.
O problema é que o povo português ignora estas oportunidades e por contágio o Estado não faz nem deixa fazer. Para se abrir um restaurante na praia é preciso pedir autorização a 18 entidades oficiais, incluindo 7 ministérios. Demora anos.
Os nossos portos não funcionam: um navio que vá de Lisboa para Leixões tem a mesma (e enorme, demorada) burocracia que se fosse para o Canadá. O IVA tem de ser pago à cabeça, como não acontece em mais nenhum país da Europa. Resultado: o porto que serve o Norte de Portugal não é Leixões nem Viana do Castelo, mas sim Vigo. A nossa marinha mercante vive acomodada a subsídios e não investe em qualidade e preço. Andamos a exportar os nossos produtos para o centro da Europa de camião, quando chegariam lá muito mais baratos de navio.
Este é daqueles assuntos em que se conclui que Portugal só é pobre porque quer.
Cumprimentos,
JQ
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