segunda-feira, outubro 13

Segurança rodoviária

Apesar dos esforços, Portugal ainda não saiu da cauda da Europa no número de vítimas e de acidentes nas estradas. E ainda nem começaram a ser contabilizadas as vítimas que falecem no hospital na sequência de um sinistro.
O Dia Europeu da Segurança Rodoviária é o mote para reavivar este tema, fazer o ponto da situação, lançar alertas. A culpa é dos traçados das vias? Da sinalização? Da imutável falta de civismo dos condutores portugueses? Causas e consequências, aqui, no Sociedade Civil.


Convidados:
Duarte Caldeira, Pres. da Liga dos Bombeiros Portugueses
Rogério Lopes Soares, Direcção Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados
Carlos Lopes, Director de Serviços da Unidade de Prevenção Rodoviária da Autoridade Nacional Segurança Rodoviária
Ana Rita Fonseca, GARE – Associação para a Promoção de uma Cultura de Segurança Rodoviária

17 comentários:

João Pedro Fernandes disse...

Ao ver a reportagem dos pontos negros para o Peão em Lisboa, e ao verificar o pouco tempo disponível para passar uma passadeira pergunto: a) se as entidades responsáveis pela construção de infraestruturas rodoviárias verificam se o tempo é suficiente para um peão atravessar?
b) se existe por parte destas autoridades acções de manutenção que permitam posterior modificação dos tempos dos semáforos?

Já agora aproveito para enviar os meus cumprimentos à Dra Ana Rita Fonseca que foi minha professora.

O Homem dos Leões disse...

Partindo do principio que a DGV foi substituida pela ANSR, solicito a informação da existencia da IMTT, quais afinal as suas competências.

- Tenho 2 automóveis antigos que embora em condições de circulação não precisando deles, não fiz a inspecção nos últimos 5 anos; se pretender agora circular com eles, como fazer, se pela lei "retroactiva", a matricula foi automáticamente anulada.

- Ecovias, são ou não obrigatórias por parte das autarquias ou JAE agora Estradas de Portugal.

Ass:
Um tele-espectador

tt

Orlando Pinheiro disse...

Em Dezembro de 2005 eu e mais 3 condutores fomos vítimas de um despiste na A3 provocado por (está escrito no relatório da GNR-BT) "um lençol de água com 15cm de altura e 50 metros de comprimento por falta de limpeza da via".
É claro que a Brisa não foi condenada a pagar nada, pelo contrário, os visados tiveram de pagar os arranjos dos raids...
Apesar de achar que é com formação que a segurança rodoviária poderá melhorar, porque será que a BRISA ou o Instituto de Estradas de Portugal NUNCA são condenados?

O Homem dos Leões disse...

-As companhias de seguro sem balcão, são condicionadoras da responsabilidade civil? As autoridades não tem nada a dizer? Esperam por uma crise mundial para fazerem algo, ou alguém de familia ser prejudicado.

-É um absurdo ser obrigado a circular a 50 Km/h, num dia de sol e simultaneamente a mesma velocidade num dia de chuva ou neve. Aliás são pragas e vírus que quem por "mérito-cracia", atingue cargos....

tt

Orlando Pinheiro disse...

Quando entro numa auto-estrada e encontro nesse percurso mais de 50% dos Kms em "obras" com circulação limitada aos 80Km/h, sem ter sido avisado antes de entrar, tenho de pagar a portagem?

Jose Rosa Sampaio disse...

A senhor deveria abordar o caso das escolas de condução, onde os professores, ditos instrutores, não têm, na maior parte dos casos, mais do que a 4.ª classe. Estas escolas, são bastante culpadas da má formação dos condutores.
Já agora lembro que trabalhei em tempos na Suiça, com alguém que tinha perdido a carta à vida, quando pela segunda vez foi apanhado com alcool no sangue.
Parabens pelo seu programa.
Jose Sampaio

Sandra Bastos disse...

É pena que se discuta um tema como este e não consigamos ter a honestidade de afirmar que todos nós (condutores) conduzimos de uma forma inconsciente e sem pensarmos nos outros condutores e nem sequer percebemos se parámos ou não às entradas das passadeiras para permitir a passagem dos peões. Digam lá como se pode evitar este tipo de condução, dado que na maioria dos acidentes a culpa é humana e somente do homem.

António José M. N. Calinas disse...

Antes de mais muito boa tarde á Fernanda Freitas e seus convidados.

Como Director da Área Metropolitana de Lisboa da Associação Portuguesa dos Técnicos de Segurança e Protecção Civil, não poderia deixar de referir a falta de cultura de risco existente na nossa sociedade.
Tal como está explanado na lei de bases da protecção civil, a protecção civil somos todos nós enquanto cidadãos de pleno direito.
No entanto os cidadãos também tem deveres, assim a formação cívica na vertente de Protecção Civil poderá levar a uma mudança de comportamentos, quer ao nível da segurança rodoviária, quer no cuidado primário de socorro, quer outras.
Para isto a escola tem um papel fundamental, e para tal deverá contar com o apoio de todos os Agentes de Protecção Civil presentes na sua área de implantação, quer ao nível de materiais didácticos, quer através de formadores que irão transmitir ideais e comportamentos seguros e eficazes, que a longo prazo irão mudar a cultura de risco actual.

António José Marques das Neves Calinas

Orlando Pinheiro disse...

Vivo num país onde não se ensina a conduzir, não tem boas estradas nem boa manutenção das mesmas, tem sinalização má e contraditória, e a culpa é sempre dos cidadãos condutores.

Orlando Pinheiro disse...

Nuno Costa... não são todos, felizmente.

Podia começar por si. Podia passar a NÃO conduzir de uma forma inconsciente e sem pensar nos outros condutores e nem sequer perceber se parou ou não às entradas das passadeiras para permitir a passagem dos peões. MUDE.

O Homem dos Leões disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Orlando Pinheiro disse...

Como prevenir acidentes rodoviários?
Com mais formação para peões e condutores E Com melhores estradas e sinalização.

Desculpe-me Fernanda não poso concordar com este tipo de inquérito em que as duas opções são obrigatórias para uma melhor prevenção rodoviária.

Charles disse...

Boa tarde,

Focam-se demasiado os pontos urbanos esquecendo-se das vias-secundárias e da INEXISTENTE fiscalização policial. Denote-se que os acidentes nessas vias são devidos ao excesso de confiança de utilizadores regulares dessas mesmas, que sabendo que não existe controlo se excedem.

Cumprimentos
Charles Carvalho

O Homem dos Leões disse...

Como mais uma vez não obtive respostas às questões apresentadas, sinto a minha participação desnecessária.

tt

M disse...

Ola.
Há um aspecto que me tem incomodado e que está directamente relacionado com o assunto em questão:
Sempre que ocorre um acidente, aponta-se o dedo ao excesso de velocidade, como causa do mesmo.
Contudo, paradigmaticamente, o Estado que aposta numa política altamente repressiva desta componente - a velocidade -, é o mesmo Estado que:
- permite que se vendam carros que excedem, largamente, os limites máximos de velocidade impostos;
- permite que se comprem esses mesmos carros;
- cobra uma imensidão de impostos na venda desse carro;
- e depois deixa sempre nas mãos do condutor toda a responsabilidade pela violação desses limites.
Isto étão mais importante porquanto, actuamente, não existe um veiculo no nosso mercado, que não ultrapasse largamente os limites de velocidade impostos.
Assim, das duas uma:
- ou se passa a impor limitadores electrónicos de velocidade em todos os carros;
- ou então se passa a encarar o fenómeno velocidade de forma distinta: impor limites diferentes, dependendo não só da via, mas também das condições climatéricas,etc.

"energia" disse...

“SEGURANÇA RODOVIÁRIA”
A exclusiva causa de acidentes e de todos os males é a falta de civismo.
O ser humano foi alienado e esmagado perdendo toda a capacidade de aprendizagem para a cidadania.
É URGENTE A MUDANÇA DE SISTEMA.
A MUDANÇA É INEVITÁVEL.
A MUDANÇA ESTÁ A ACONTECER.
jose gomes
equilibriosg@hotmail.com

lady_blogger disse...

Não pude ver o SC de hoje, e estou sem tempo pra ler todos os posts...
Contudo, queria aqui opinar que a segurança rodoviária é posta em causa muito por culpa do stress diário, da vida feita a correr contra o tempo, e porque quando se vai a conduzir há quem vá sem cinto, a falar ao telemóvel e a ouvir música, enquanto as crianças atrás pulam e gritam sem cinto de segurança, etc, etc. E se aparece um condutor embriagado, um outro condutor não consegue evitar o embate por ir tão distraído.
Que cenários...!
E para terminar, a culpa é também da falta de civismo dos condutores, e dos maus traçados e condições do asfalto e da sinalização escondida ou inexistente.
Afinal de quem é a culpa? De todos, desde quem projectou as estradas até quem anda nelas quer seja a pé ou não.

CC

Maria Mendes