segunda-feira, novembro 3

Avaliação da função pública

Com uma greve à vista, o Sindicato da Função Pública continua a pressionar o governo para um aumento salarial superior aos 2,9% anunciados. Isto porque a promessa de aumentos e prémios para os funcionários com melhor desempenho não foi cumprida, em parte devido a falha no sistema de avaliação, que o governo reconhece.
Em alguns organismos a percentagem de funcionários avaliados não chegou a 5%. E nem estes que se distinguiram e foram avaliados vão ter aumento.
Mas já em 2009 a avaliação de funcionários públicos vai ser alargada ao universo da Administração Pública. Que resultados se prevêem? Como será implementada a avaliação?

Convidados:
Pedro Pita Barros, Economista
Luis Valadares Tavares, Antigo Presidente Instituto Nacional de Administração
Ana Avoila, Coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública
Nuno Cavalheiro, Chefe de Divisão dos Serviços Administrativos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

13 comentários:

O amor da minha vida disse...
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O amor da minha vida disse...

Quem são funcionários públicos, os agora empregados “nacionalizados” do BPN, do Banco de Portugal, da Refer, da PT da Galp, das autarquias dos serviços de saúde dos tribunais. Em nome de muitas coisas, não se faz nada correctamente, os defensores da excelência e da “méritocracia”, é só para nos distrair, sabe-se bem que isso não é certamente o que importa. Muitas vezes, vale a progressão na horizontal entre outras.

A preocupação é …os depositantes e seus depósitos bancários. Então e os acionistas, aqueles milhares de pequenos acionistas, bem mais pequenos do que os gordos depositantes, esses são para a abater. Este tipo de comportamento é já recorrente à muito, tratam-se estes senhores como se fossem gentes menores. Mas são estes que mantêm os bancos capitalizados, para outros ganhar. Lembra-me e a propósito os defensores da economia nacionalizada, que há uns anos passaram uma mau bocado com a queda do muro de Berlim, ultimamente até Marx se deve rir à gargalhada solta esteja onde estiver, e daí talvez não, pois os responsáveis estão e estarão todos impunes, com chorudos salários e reformas obscenas. Nós, com damas de lata e vendedores de tin-tins, só nos resta ter alguém próximo de quem gostar e que nos amem. É uma questão de equilíbrio mental. Com tantos e tamanhos incompetentes e irresponsáveis a nível nacional e internacional, que conseguem dizer que a crise começou como crise financeira e alastrou para a economia, só demonstra exactamente o que disse antes, pois a crise é há muitos anos e é económica e social. Alguns perdidos mentais, perseguem quem recebe 100 Euros por mês de RSI, e que recebe milhares e milhões, esses devem merecer! e saem mais uma vez ainda mais ricos. E tem lugar para por os dinheiros “bem ganhos”, Off-shores. Tenham dó, mas a mim, não me enganam, já vi o filme várias vezes.

Murilovsky disse...
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maktub disse...

O problema da maioria dos funcionários públicos é que se classificam como isso mesmo, meros funcionarios publicos, não estao ao serviço do Estado por vocaçao ou gosto, mas sim pela carreira vitalícia.
Se todoas as pessoas que trabalham na administraçao do estado, o fizessem com a vontade de ajudar o país a resolver os seus problemas do dia a dia, a administraçao publica funcionava bem melhor que com o simplex que devia ser designado de complex, porque nao veio fazer mais do que chover no molhado. Bastava que o mérito fosse medido com a bitola real da vocaçao das pessoas que gostam do trabalho que fazem e nao com base nas "amizades" e "status" conseguido ao longo do tempo. Como utilizador dos serviços estatais, ao longo da vida tenho encontrado todo o tipo de funcionários publicos do outro lado do balcão, e mesmo com o simplex/complex em utilização.

José Rodrigues disse...

Apenas alguns pontos:

1. É sempre difícil seguir o programa e tentar questões uteis (e/ou não) em devido tempo e que não fujam da orientação da sra moderadora.

2. considero as avaliações com algo de útil mas extremamente difíceis de por em prática seja em que sector for.

3. Pode até nem interessar nada ao programa mas a mim, como cidadão, interessa-me de sobremaneira e apesar de poder ser considerada uma "picuinhisse" neste universo deixo esta questão: Onde vai para a objectividade das avaliações quando:

....Sou casado com a ex do mau avaliador...

.... o meu filho bateu no filho do meu avaliador...

.... sou manifestamente de um partido diferente do meu avaliador...

etc etc etc... que mecanismos foram encontrados para se poderem ultrapassar este tipo de situações?

Obrigado e para à Sra moderadora pela maioria dos programas.

José Rodrigues

O amor da minha vida disse...
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O amor da minha vida disse...

Ilusões, efeitos placebo, panaceias e os velhos do Restelo.
Também serve para o tema de hoje. E tanto para dizer e fazer. Não se pense que se resolve com uma pílula de açúcar, mas passa por pôr mais um pouco de açúcar nas coisas, mas hoje, se esperar por amanhã é só mais um dia que se perde, como eu perco, mas eu estou errado, mesmo que obrigado pela incompetência de outros. O País tem de esperar? Deixem-se de “aspartames”.

O Homem dos Leões disse...
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O Homem dos Leões disse...
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O Homem dos Leões disse...

Faltou acrescentar que se é tão mau ser funcionário publico, porquê todos querem esses lugares? Sei bem como se conseguem, (eu vi e ouvi), mesmo para os mais desprestigiantes.
Enquanto estudei, por pouco tempo, no Ensino Superior, eram quase todos funcionários públicos e semi-públicos, os estudantes trabalhadores, tipo Refer, Institutos, notários, etc. Ótimo para se conseguir ter o tempo necessário, a saída a tempo e a possibilidade de imprimir de borla os cadernos e livros de apoio. Há muita gente que nem imagina o que é o trabalho, e muitas e muitos que aparecem fanfarrões e petulantes na TV, podem um dia destes perceber, que terão de transpirar passar necessidades e mal de todo o género, só para sobreviver. É o que lhes desejo.

lady_blogger disse...
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lady_blogger disse...

Inúmeros funcionários públicos em Portugal conseguem colocação à custa do factor "C", mesmo que não tenham grandes qualificações, mas desde que cheguem à entrevista pessoal facilmente com a ajuda de um elemento de júri conhecido do papá conseguem um lugar cativo numa profissão que se calhar nem gostam mas que lhes dá alguma estabilidade. Por tudo isto vemos demasiados incompetentes, desinteressados e desumanos a ocuparem cargos na função pública, mas claro ainda há deles que dignificam as funções que exercem.

Sou apologista de uma avaliação justa e imprevisível, feita por entidades desconhecidas dos avaliados, e apoio eventuais sanções.

Tal como dizia outrora Cavaco Silva: "Deixem-nos trabalhar!"

Se uns não querem trabalhar na função pública, há quem queira, e até mais competentes, mas talvez sem o factor "C".

Abaixo o vergonhoso factor Cunha Valente.

CC

Maria Mendes

Martinha disse...

Bom dia

Subscrevo tudo o que disse a Maria Mendes.