segunda-feira, janeiro 19

Viver com o ordenado mínimo

450€ mensais dão para pagar casa, comida e transporte? Ou apenas um quarto, alguns enlatados e vai-se a pé para o trabalho? E se for necessário ter despesas médicas, o que é que se corta?
A diferença entre os salários mínimos de Portugal e Espanha tem vindo a diminuir desde 1980, altura em que o ordenado português correspondia a 33% do valor mínimo do país vizinho. Apesar deste atenuar de disparidades, continuaremos com o salário mínimo nacional mais baixo da Zona Euro até 2011.
No Sociedade Civil queremos saber se é ou não possível (sobre)viver com o ordenado mínimo? E com uma pensão dita “de sobrevivência”? Sobrevive-se ou definha-se?

Convidados:
Susana Albuquerque, Secretária-Geral da ASFAC
Carlos Pereira da Silva, Professor Catedrático no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa
Hugo Franco, Jornalista Expresso
António Marques, Dirigente Nacional da FESETE - Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal

15 comentários:

Unknown disse...

Boa tarde,
O conceito de ordenado mínimo é algo que transcende ainda muita gente...
É este o valor calculado para que um trabalhador possa viver condignamente acima do limiar da pobreza?
Será apenas um valor proposto para que os trabalhadores tenham pelo menos um valor garantido, ainda que não seja o suficiente para garantir a sua subsistência?

Porque não calcular um ordenado mínimo com base nos valores médios de despesa com habitação, saúde, alimentação, educação e transporte para Portugal? Talvez se alguém se desse ao trabalho de fazer estes cálculos perceberia que uma pessoa não consegue viver com ordenados mínimos.
Se queremos uma sociedade de mínimos, então não poderiamos estar melhor. Agora, não é por existirem mínimos que as pessoas têm de se contentar com eles.

Este é precisamente o ano para demonstrar isso à classe política. Para que percebam que os eleitores não estão satisfeitos, independentemente do quadrante político que eles venham.
Por isso apelo ao voto, mas ao VOTO EM BRANCO!
Esse é o voto que demonstra aos politicos de Portugal que não estamos satisfeitos com os políticos que temos.

m* disse...

são 450€ que pagam quantas horas de trabalho? curioso pensar que as pessoas que mais trabalham no país, trabalho duro, são as que recebem menos, porém nem todas as pessoas podem ser "doutores", porque isso é o que faz o ordenado aumentar!
Não, não nos devemos sujeitar a um pagamento minímo, mas se uns não aceitam outros aceitam e nós, que recusamos, perdemos o emprego e o nosso sustento!

sinceramente, as nossas entidades patronais deviam passar dois ou tres meses com o rendimento minímo nacional, tal como o Hugo está a fazer!

Marta Loureiro

Mário Ramos disse...

Fui durante anos gestor de recursos humanos de grande empresa e nas minhas andanças pelos Tribunais do Trabalho do País, assisti às maiores vergonhas contra os empregados das empresas texteis do Norte; Ferraris estacionados no parque do Tribunal e os empresários a negar pagar os direitos dos seus trabalhaodores por falta de liquidez das empresas; o que havia e continua a haver é falta de vergonha.

Se as pequenas e médias empresas retirarem dos seus custos:

1- Carro de alta cilindrada do patrão e da esposa do patrão
2- Cartão de crédito
3- Despesas de fim de semana do patrão e familia
4- Férias do patrão e familia
os custos de laboração descem para metade e assim haverá ganhos de produtividade para pagar salários acima do smn.

O problema é que ninguém fiscaliza a sério as contabilidades das empresas; desde que dêem lucro e pagam nem que seja 1 euro de IRC está tudo bem.

Mário Ramos

Afonso Quelhas disse...

Boa tarde

Na minha opinião o ordenado mínimo, que é determinado pelo governo não se encontra ajustado ao custo real da vida neste País.
As empresas, cujos os objectivos são os lucros, tentam manter esses vencimentos o maximo de tempo possivel, usando contratações e despedimentos dum modo cíclico.
Deste modo as carreiras e vidas tem tendência a se estagnarem.
Eu tenho 31 anos, ganho pouco mais que o ordenado mínimo, trabalho durante a semana, em fins-de-semana, feriados, estudo nas novas oportunidades, e já sei que mal termine esse processo, terei de arranjar um segundo emprego para puder alugar um apartamento e suportar todas as despesas.
É triste que alguem tenha de trabalhar tantas horas por dia e por mês, para apenas ter uma vida minimamente digna.
Casar? Ter filhos? nem pensar! Estes serão luxos que apenas os bem renumerados poderão ter.


Melhores cumprimentos
Afonso Quelhas

Pedro de Castro disse...

Uma leitura que recomendo a todos os portugueses é o Diário da República. Talvez nessa altura percebam a quantidade de pessoal que é colocado nos gabinetes ministeriais. Os únicos funcionários que os políticos dizem pesar para a função pública são os que estão nas repartições públicas.
Acabem com os veículos, os computadores, os telemóveis à discrição e para uso familiar.

O valor do salário mínimo é reflexo do estado de uma sociedade.
Sociedades com valores pequenos são reflexo de grandes assimetrias e elevada pobreza. É essa a sociedade que queremos?

castro disse...

BOA Tarde,
500 euros de salario minimo para fazer face a todas as despesas de bens e serviços de uma familia de tres pessoas é impossivel, nao vivemos simplesmente sobrevivemos....
Mas sobrevivemos a muito custo com a juda de terceiros e com ajuda a instituiçoes que nos facilitam generos.
Acreditem ter os filhos a chorarem por falta de Alimento ou quando eles chegam a acasa e perguntam porque nao têm isto ou aquilo que os colegas têm a melhor resposta é a verdade. E nos enquantopais sentimo-nos frustados e revoltados por nao poder satisfazer um desejo de um filho

castro disse...

BOA Tarde,
500 euros de salario minimo para fazer face a todas as despesas de bens e serviços de uma familia de tres pessoas é impossivel, nao vivemos simplesmente sobrevivemos....
Mas sobrevivemos a muito custo com a juda de terceiros e com ajuda a instituiçoes que nos facilitam generos.
Acreditem ter os filhos a chorarem por falta de Alimento ou quando eles chegam a acasa e perguntam porque nao têm isto ou aquilo que os colegas têm a melhor resposta é a verdade. E nos enquantopais sentimo-nos frustados e revoltados por nao poder satisfazer um desejo de um filho

castro disse...

Essa ideia di jardim é optima mas afasta-nos a questao principal 500 euros de salario com as contas a bater á porta, com a necessidade de conforto, mas sem luxos, é escandaloso os 500 euros nao chega

Unknown disse...

O salário mínimo é apenas um valor de referência.
Em termos individuais (casos particulares) creio que as pessoas usufruidoras do miserável salário mínimo devem pensar em mudar de trabalho e não queixarem-se pelo aumento do salário mínimo - este, mesmo quando aumenta, nunca deixará de ser miserável.
Trabalhadores deste páis:
Procurem e especializem-se em trabalhos onde o equilibrio procura / oferta vos seja favorável...
...e esqueçam os sindicalistas que visam hipocritamente proteger-vos - eles só protegem o trabalho deles, o de sindicalistas.
Nunca acreditem em protectores que ganham 5 ou mais vezes que vocês!

castro disse...

Por favor deixem-se de nos comparar com os outros a nossa realidade é diferente dos outros, e se na França ou na Suecia se pode fazer da maneira que estao a afirmar o que nos nao temos é essa disponibilidade inicial para acerder a esse tipo de actividade, nao existe poupança nao dá.
As hortas sao optimas mas a sua manutençao e os gastos para a aquisiçao desses bens ficam mais caros que no supermercado

m* disse...

caro castro, garanto lhe k n fica mais caro!ter uma laranjeira na varanda n fica caro, e dá fruta k depois n vai comprar!

castro disse...

Quem depende de si e tendo familia a cargo é preciso ginastica orçamental familiar, muita mas muita mesmo,senao facilmente se entra um descontrolo enquanto que dificilmente se recupera.
E eu enquanto Portugueses fico revoltado com todos os dirigentes politicos, partidarios ou outros vêm a publico falar da situaçao do pais e afirmam que é preciso apertar o cinto mas eles falam de barriga cheia e no conforeto das suas casas ou escritorios LUXUOSOS.
A TODOS ELES FALAR DE COR É MUITO FACIL GOSTAVA DE OS VER NA PELE DE 300 MIL PORTUGUESES QUE VIVEM ABAIXO DO LIMIAR DA POBREZA

Unknown disse...

seria facil aumentar o ordenado minimo, basta baixar a segurança social para os trabalhadores e empresas, diminuir os juros via CGD, anda toda a nação anda a pagar a sua casa 3 vezes a banca, e agora quem da o aval a banca somos todos nos, baixar o IVA na alimentação principlamente
JA AGORA OS PARTIDOS QUE DEEM O EXEMPLO , PASSEM PARA METADE QUE SEJAM 150 DEPUTADOS ( ESSES SIM TEM 2 E MAIS EMPREGOS MUITO BEM PAGOS)
JSANTOS

Pedro de Castro disse...

para quem quer cultura e informação grátis tem de se louvar o acesso a museus aos domingos, a CCB, o jornal Público gratis na de 3ª a 5ª nas lojas Continente e Worten. Outras lojas como a Fnac conseguem que proporcionar bons discontos em CD's e livros.
Os outlet também têm permitido que em altura de saldos se consigam boas pechinchas.
Temos de estar sempre atentos, pois os hábitos de poupança servem mesmo quando se tem mais rendimentos.

Cláudia disse...

Querem uma dica para poupar dinheiro na cozinha e no médico? Substituam, pelo menos parte das proteínas da carne por proteínas vegetais (as leguminosas e os cereais são muito ricos). Não é preciso ser-se vegetariano. Mas é verdade que sê-lo (de forma equilibrada!) pode ser uma medida bem eficaz para poupar dinheiro e manter uma boa saúde...