quinta-feira, fevereiro 12

Produtos tradicionais: que futuro?

A partir de agora os pequenos produtores podem vender directamente ao consumidor: restaurantes e supermercados. E a supervisão da qualidade dos produtos? Quem a leva a cabo? Quem fiscaliza? Deve o consumidor ficar preocupado?
Os agricultores portugueses há muito que desejavam uma legislação que simplificasse as condições de higiene, dispensasse as instalações artesanais de licenciamento e autorizasse as matanças de animais a nível familiar – uma realidade neste momento.
Numa época em que a fiscalização da ASAE é tão rígida, o que justifica tamanha abertura para estes pequenos produtores.

Convidados:
Ana Soeiro, Engenheira Agrónoma
Catarina Portas, Empresária
José Empis, Ordem dos Engenheiros
Penélope Clarinha, Membro da Gerência dos Pasteis de Belém

19 comentários:

Unknown disse...
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Anónimo disse...

Os produtos tradicionais são aqueles que dão identidade a uma determinada região. Devem ser supervisionados, e a ASAE tem esse papel, contudo sem perderem as suas caracteristicas.
Agora uma questão, será que os queijos franceses muito conhecidos, alguns por terem bolor, poderiam sofrer se fossem fiscalizados pela ASAE?

Unknown disse...
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MyShoes disse...

Boa tarde
Penso que efectivamente Portugal deve apostar nos produtos tradicionais. Comparando com países como espanha, itália ou frança o nº de produtos protugueses certificados são muito menos. Penso que só recentemente os portugueses se começaram a aperceber que a qualidade é uma mais valia e da necessidade de dar a conhecer o que de bom e diferente fazemos. A Engª Ana Soeiro tem feito um papel fundamental para a dinamização do sector.
Penso que deve existir um espirito aberto à inovação ao empreendedoriamo no sector.
Deve-se sim manter o tradicional mas adaptado às necessidades e exigências actuais, nomeadamente as regras de higiene e segurança alimentar, para as quais também a legislação prevê alguma flexibilidade, desde que não prejudique a segurança. O tradicional deve garantir a segurança pois ninguém quer que se apanhe uma intoxicação a comer por exemplo um pastel de belém...
Penso que se deve apostar na formação dos produtores tradicionais.

jgoncal disse...

Boa tarde.
Parabéns em 1º lugar pelo programa que é sem dúvida um dos marcos da RTP2. A isso ajuda e muito a jornalista que tem sabido explorar temas que de outra forma, não seriam discutidos e debatidos em televisão (a qualidade do programa merecia, a meu ver, inclusivemente, a sua "promoção" ao canal 1|")
Gostaria de perguntar: qual o motivo da calibragem das frutas e vegetais? Trata-se de uma medida da União Europeia, mas fará sentido desperdiçar toneladas e toneladas de comida quando existem muita falta de distribuição de alimento para os pobres ou novos pobres? Não é vergonhoso que se deite comida fora, apenas por não terem a dimensão e a cor certa\padronizada? É ridículo. Até a fruta saudável tem de cumprir um "protocolo de imagem".
Porque não colocála no mercado mas a preços mais baixos? Ou distribuir esses alimentos pelas IPSS, ou arranjar outro fim além de os colocar no lixo (como já se faz ex. produção de compotas...).
Continuação bom programa.

A_noNim_A disse...

eu penso que como em tudo deve haver cuidados na confecçao, principalmente de produtos alimentares, mas entidades como a asae apesar de ter autoriadade para o fazer abusam. Antigamente para se cozinhar ia se a horta dava se uma lavadela as couves ou matava se um coelho ou uma galinha e andavam todos rijos, eu vou muitas vezes a Coimbra porque é la que a minha mae tem familia e eu adorava aquelas barraquinhas de fruta ou hortaliça que era produzida na terra tudo natural e at com isso a asae ja acabou. Por isso hoje em dia ninguem sabe como era o antigamente e o que se anda a fazer é aos poucos acabar com a nossa tradiçao nao só gastronómica mas tambem cultural. E cada vez existem mais produtos estrangeiros. por isso axo que sim deva haver cuidados mas sem interferir com a sua confecçao natural que muitas das vezes têm ja centenas de anos. COMIDA BOA É DAS NOSSAS AVOS E QUE VENHA A ASAE TENTAR ACABAR COM ISSO. É UMA ESTUPIDES

Partido de Todos os Portugueses disse...

Parabéns pelo Programa, e a todos os participantes.

Conhecimento Tradição e Futuro...

Ter gosto e orgulho no que se faz...

O que falta para que seja uma realidade?

H. Borges disse...

Boa tarde ao SC!

Resumindo, confirma-se que nós, portugueses, não valorizamos, protegemos e divulgamos os produtos da nossa cultura e identidade como povo.

É uma nova forma de provincianismo, o provincianismo resultante da globalização!

O que não é "nosso" é que é bom!!!

HB

Unknown disse...
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Unknown disse...
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Unknown disse...

Muito boa tarde.
Estou atentamente a ver o vosso programa e devo proclamar que concordo com o que dizem.
Temos belíssimos doces regionais e a nossa gastronomia é deveras requintada e por demais bela!
É através destas categorias que a gastronomia portuguesa é conhecida por todo o mundo. Não só a gastronomia, mas também os vinhos. Principalmente o vinho do Porto.

Devo pedir-vos desculpa pelos comentários que os meus tios paranóicos enviaram, no entanto vocês foram maus em apagar os comentários, pois a minha tia está a tentar atirar-se para a panela de pressão a dizer que quer ser uma batata. o meu tio está à espera que ela se atire para ele depois se atirar e gritar 'sou uma cenoura'! Deviam sentir-se responsáveis por isto!

MyShoes disse...

Em resposta à questão dos bolores dos queijos franceses gostaria de salientar que existem bolores patogénicos e não patogénicos. Obviamente desde que não existam patogénicos o produto é seguro.
É de salientar que na produção de todos os queijos entram os chamados bolores quer visiveis ou não visiveis...

Sideline Scorer disse...

Eu quando vou viajar vejo legumes de aspecto magnífico e tamanhos acíma da média, no prato tudo é espectacular só tem um problema... não sabe a nada. Agora este tipo de legumes é o que a legislação protege. As pessoas têm de ter em mente que à muitas leis que existem mesmo para nos defender, mas... também existem muitas leis para defender os grandes produtores sejam eles empresas ou países (no caso Europeu). Só espero que Portugal perceba a pérola que tem ao nível do seu pequeno produtor, porque só não vê quem não quer.

P.S. Ás vezes pergunto-me como é que nós alguma vez chegamos aqui, sem uma ASAE ou outra entidade super-proteccionista, como foi possível

Cumprimentos e obrigado pelo excelente programa

Luis Cunha

"Saberes do Sabor" disse...

Acho o tema de hoje muito interessante pois é essencial manter as nossas tradições numa sociedade tao globalizada.
O que eu gostaria de saber é porque numa altura de crise em que se ve todos os dias fabricas a fechar em Portugal, não se faz mais publicidade aos produtos feitos no nosso pais e ter mais produtos feitos em portugal nas lojas.
Como querem competir com paises como a china, com todas as regras que há neste pais?
Outra questão que acho importante abordar é sabendo que o nosso pais tem produtos de alta qualidade porque não ha mais organizaçoes que ajudem os pequenos produtores e agricultores para que possam organizar-se e exportar dirigindo-se para produtos de qualidade.

Unknown disse...

Parabens. Estou deleitada a ouvir a eng Ana Soeiro.Pena que o bom senso e o pragmatismo desta sra nao se alastre aos srs legisladores.
Julgo que daqui a 30 anos teremos um Portugal desvirtuado das sua tradiçoes e as futuras geraçoes apenas conhecerão os HAPPY MEAl e as Chinese Stores.
obgd

Jorge Moreira disse...

Boa tarde, em relação aos produtos tradicionais, penso que, para além de terem um incomparável valor de identidade regional, são uma boa aposta na economia regional, desde que se aposte na qualidade. Obviamente que deve haver fiscalização, mas não uma perseguição desenfreada, que levam, mesmo que involuntariamente a uma redução drástica da sua produção.

Catherina Sanders disse...

Boa tarde,
Coisas tradicionais são a nossa herança e devemos preservar e manter.
Claro que as tradições de nível alimentar, requerem alguma higiene.
Mas não será que a ASAE está a "matar" o nosso legado, com tantos pormenores? O que fazer para combater isso?

Estamos a criar novos hábitos, que são dos outros povos. E o que são realmente nossos costumes, para onde vão?
Será que vão para o esquecimento como a nossa alma de navegadores/conquistadores?
Abraços,

Catherina

Markcs disse...

Gostava de dar os meus parabéns à loja da Catarina Portas.
É uma delícia percorrer todas aquelas memórias.

Parabéns!

Partido de Todos os Portugueses disse...

Existem em Portugal Quintas Biológicas, em que a tradição e o Conhecimento se conjugam.

A formação de novos engenheiros, veterinários pode facilitar esse caminho, com o trabalho necessário para a formação, entre formadores e estudantes.

Se é apenas uma questão legislativa... o caminho para a solução é muito simples...