quinta-feira, fevereiro 19

O que fazer com a sua casa

Para este Sociedade Civil pensámos em dar-lhe os melhores conselhos sobre o que fazer com a sua casa, num momento em que a crise financeira veio para ficar.
Vender? Alugar? Comprar mais pequena? Mudar de bairro? Ir para o interior? Quais as melhores opções num mercado que parece estar estagnado? Quando os bancos não emprestam dinheiro a particulares e quando a procura é fraca?
Queremos ainda apresentar-lhe um autêntico glossário imobiliário: financiamento, simulações e contratos bancários, no caso de estar a vender qual a melhor opção vender sozinho ou angariadores de imobiliário? Como fazer uma avaliação correta do imóvel? Para que serve um plano de ação de venda?
As respostas a estas e outras perguntas no próximo SC.

Convidados:
Joaquim Montezuma de Carvalho,
Professor de Finanças Imobiliárias no Instituto Superior de Economia e Gestão
João Fernandes, Economista da Deco
Luís Leitão, Jornalista da Carteira.pt
Diogo Pitta Livério, Diretor comercial de mediadora imobiliária

17 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde,

eu casei no final do ano passado e a opção que nós tomamos foi, precisamente, o aluguer. Se, por um lado, os bancos não fazem créditos como há dez anos atrás, pois os empregos são precários e o tempo de trabalho na mesma empresa, actualmente, é reduzido para as camadas mais jovens, por outro lado, tão depressa se está empregado como desempregado, pelo que um empréstimo deixa a pessoa muito mais presa e muito mais comprometida. Bem sabemos que o facto de ter uma casa alugada também compromete, mas de qualquer modo é muito mais simples mudar e deixar de pagar aquela renda, enquanto que com um crédito não é assim, por muitas negociações que possa haver.

Por outro lado, uma vez que somos ambos menores de trinta anos, tentaremos, dentro em breve, usufruir do arrendamento jovem.

Deste modo, penso que o melhor neste momento, sobretudo para quem ainda é considerado jovem, é o arrendamento em vez da compra de imóvel.

Votos de um bom programa e parabéns pelo programa de ontem - que foi excelente.

Os meus cumprimentos,

Rosa Branca


(Cidade do Porto)

maria lourenco disse...

Arrendar é uma solução para quem quer vender mas não é solução para quem quer comprar, e não consegue vender por uma única razão, está fora de valor, não se vende. Os imóveis que estão hoje para arrendar são exactamente porque os proprietários têm de arranjar forma de os pagar ao banco e mudam-se para casa de familiares. O arrendamento já está mais caro do que uma prestação ao banco.
Neste momento os juros estão a baixar, vão-se fazer grandes negócios de compra, haja avaliação.
Os bancos já têm seguros que protegem o incumprimento por doença ou desemprego enquanto que no arrendamento, os contratos não contemplam essas situações.

Pedro de Castro disse...

Esta crise económica, a par com a entrada em vigor com a certificação energética dos edifícios vem mostrar o quão débil é a qualidade da construção e o quão inflacionada está.
Todo o processo construtivo é baseado em preços tabelados, onde os trabalhos a executar e os vários intervenientes são pagos. O sector apresenta grandes variações na qualificação dos vários intervenientes, em que numa fase inical se encontra uma elevada formação (engenheiros e arquitectos) passando depois para uma mão de obra, na grande maioria das vezes, não qualificada, tendo reflexos na qualidade do produto final.
Sou arquitecto de formação, e posso dizer que considero escandaloso os valores que se pedem por casas que na realidade são de má qualidade, por terem péssimo desempenho energético, mas porque estão localizadas em zonas mais centrais e porque têm uma série de acessórios (como banheira de hidormassagem, video-porteiro, e toda uma panóplia de domótica) vê-se o seu preço inflacionado.

Quando nos dirigimos a uma loja para comprar um bem, não ouvimos falar na especulação. Quando é que acabaremos com a especulação na construção e apostaremos na qualidade real do parque construído?

maria lourenco disse...

e foi este sr que preferiram? mas ele nem a comissão dele sabe justificar...
e um professor do ISEG q apresenta os quadros vergonhosos que acabei de presenciar.
afinal esses senhores apenas conhecem o mercado virtual o mercado real, aquele que está a acontecer agora, só nós "mediadores no terreno" conhecemos, e a crise está na cabeça das pessoas ou não terá sido em tempo de crise que o bill gates criou a microsoft.
pelo q vejo o programa vai basear-se nos desgraçados q já perderam as casas por incumprimento mas esse incumprimento é de 2% contra os 10% a q chegou a america.
estou a ver o programa mas desiludida. a crise rebentou em 2001, qual 2007, ó meu deus

Xiii-Coração© disse...

Boa tarde,

na verdade, não sei qual a melhor opção, mas sei de uma coisa, está tão mal para comprar como para alugar. Somos uma família de 2 adultos e 2 crianças ainda muito pequeninas e só um de nós está empregado. pagamos de renda metade do nosso ordenado e claro que não podemos partir para uma compra. O arrendamento jovem foi-nos retirado, por termos uma taxa de esforço demasiado elevada! Ora se fosse baixa, talvez eu não precisasse de recorrer a esta ajuda. Tentamos o rendimento de inserção social, mas dizem q o nosso ordenado é demasiado alto para podermos beneficiar! Então, anda tudo louco!! Nós não conseguimos pagar as contas e já nem alimentação conseguímos comprar para um mês... Tentamos à alguns anos mudar de casa, mas sem sucesso, pois as rendas são demasiado elevadas.

Neste momento está mais de "meio mundo" a tentar aproveitar-se dos outros, sejam ricos ou sejam pobres!!!

E pensar que tenho apenas 26 e o meu marido 28 anos, e não conseguímos sair desta "miséria"!

sonharamar disse...

Quero só avisar o perigo que são algumas imobiliárias. Muitas vezes quando alguém procura uma casa os ditos agentes imobiliários levam os interessados a fazerem uma visita a uma casa. Acontece que no fim dessas entrevistas pedem a quem foi para assinar uns "papeis" que dizem ser apenas para "confirmarem que lá estiveram". Pois bem esses papeis são contractos que obrigam as pessoas que foram visitar o imóvel a comprar através daquela imobiliária.
E assim muitas das pessoas são enganadas e por medo de uma acção judicial deixam-se levar por esses burlões.
Fica o aviso.

ASS: Pedro Silva

Pedro de Castro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
David disse...

Estou a gostar bastante do programa, que é de elevado interesse para os telespectadores.
Gostaria de colocar uma pergunta ao painel de convidados: não é verdade que o Governo, através de incentivos, em particular fiscais, promove o mercado de compra e venda em detrimento do arrendamento? Refiro-me ao reinvestimento das mais-valias imobiliárias, isenção de IMI e abatimento dos juros do crédito, por exemplo.

Pedro de Castro disse...

Quando alguém quer comprar uma casa, devia antes de mais requerer uma peritagem.
Já existem empresas vocaccionadas para esse mercado, que permitem que seja feito um relatório sobre o estado da habitação e do edifício.
Todas estas informações são vitais para que o consumidor saiba em que estado está o bem que vai adquirir.
As operações cosméticas, de pintar as paredes e esconder as manchas de humidade, a par de muitas outras estratégias, vão aparecer todas no primeiro inverno.

Os consumidores vão investir uma quantidade substancial de dinheiro e do seu tempo de vida num espaço que tem de se adequar às suas necessidade. Por isso devem recorrer a aconselhamento profissional antes de se colocarem com encargos com os bancos, e mesmo após mudarem para a sua nova habitação tenham surpresas e gastos inesperados.

maria lourenco disse...

vai ser um excelente ano para o sector, quem compra vai fazer excelentes negocios

maria lourenco disse...

As fichas de visita que se assinam no final de uma visita a um determinado imóvel, são uma segurança para a mediadora e não uma fraude como dá a entender, porque infelizmente, nós trabalhamos quase 24 horas por dia 7 dias por semana, e depois existem uns espertinhos que vão por trás falar com os proprietários e fazer o negócio. Juridicamente essas fichas protegem quem trabalha. Lamento se lhe aconteceu algo anormal, mas tambem temos conhecimento de médicos cujos doentes lhes faleceram nas mãos mas mesmo assim continuamos a ir ao medico.

sonharamar disse...

tenho duvidas em relação ás garantias dos empréstimos à habitação. Posso por exemplo fazer um seguro de protecção ao crédito?

Vitor Carvalho disse...

Não só as familias médias. Temos que ver pelos outros, pelos que não podem suportar 500€ de renda. Familias com 2 crianças, em que um lado está desempregado, têm que ter uma casa de pelo menos um quarto de casal e outro para as crianças. Rendas neste momento estão pelo mínimo em 500€ mensais! É aqui que reside o problema!

Vitor Carvalho disse...

O Oceanário de Lisboa tem desconto para as famílias que não podem suportar esses preços nos ateliers?

Os filhos dos ricos têm lugar em todo o lado. Os outros ficam na rua, à mercê de perigos, sem nada de educativo para fazer.

maria lourenco disse...

Os spreads estão a subir claro, mas em zonas de risco, pessoas que não apresentam risco os spreads mantêm-se
tal como os imóveis em leilão são tb quase todos em zonas de risco.
Quanto a si "Anocas" infelizmente o nosso governo só dá soluções a quem não precisa e a quem não merece, exemplo disso os que se pavoneiam pelo Mundo em viagens ditas de negócios e os realojados em casas quase de luxo que e destroem com requinte de malvadez.

MegaChip disse...

Boa tarde,

O que fazer daqui a mais 40 ou 50 anos com casas pagas e a cairem de velhas?
Sim, porque daqui a esses tempos muitas das casas estarão com perto de 80 a 90 e mais anos. Os meus pais vivem numa casa actualmente com 35 anos e está cheia de problemas recentes entre eles infiltrações.
Que herdeiros quererão casas a precisarem de grandes obras? Fora os conflitos de condominos.

Helder

maria lourenco disse...

Os bancos, hoje, já têm esse seguro sim, veja a campanha do BES por ex