terça-feira, maio 26

Disfunções sexuais

O tema tabu entrou de rompante na actualidade quando o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, revelou que sofria de ejaculação precoce e teve de fazer terapia aos músculos da pélvis para recuperar.
Por cá, um em cada cinco portugueses sofre de alguma Disfunção Sexual (DE). O último estudo da Sociedade Portuguesa de Andrologia revela que só os problemas relacionados com a ejaculação afectam cerca de 11% dos portugueses.
80% a 90% dos casos de DE estão relacionados com situações clínicas como hipertensão, diabetes, hiperlipidémia, tabagismo, fármacos (anti-hipertensivos e anti-depressivos). Os restantes 10 a 20% estão associados a factores psicossociais (depressão, stress). O que são DE e que terapias existem? As respostas no SC.

Convidados:
António Santinho Martins
, Médico Endocrinologista
Nuno Monteiro, Médico Urologista e Prof. de Sexologia
Maria do Rosário Gomes, Terapeuta de casal e Terapeuta sexual
Pedro Ferreira, Farmacêutico

21 comentários:

Unknown disse...

a pratica da masturbação na adolescencia está associada á ejaculação precoce?

Unknown disse...

Viva!

o que me parece é que a abertura sexual dos últimos anos é uma abertura de fachada...falamos muito sobre a sexualidade mas não muito facilmente com objectivos especificos...ou seja falamos das nossas aventuras, das aventuras dos outros e da facilidade e naturalidade do tema, quando muitas vezes não é facil, nem natural, afinal somos animais sociais e por isso não basta estar na época do cio (brincadeirinha). Recordo que ainda há pouco tempo falei com a minha ginecologista porque queria iniciar a minha vida sexual activa, depois de 5 anos de namoro mas que estava com algumas dificuldades por sentir muitas dores, ao que me responderam "pois isso é ir tentando que as técnicas já voces sabem todas", depois disto não tive lata de dizer que de facto não sabia as técnicas todas e que gostaria de algumas dicas, para além da tipica "relaxar". Este apenas um exemplo de uma fase por que todas passamos, nem quero imaginar se fosse uma coisa mais séria. Falta-nos abertura, sem qualquer dúvida...mas a questão está na qualidade e não na quantidade...Já agora Sugestões para o meu problema?

Sara

Unknown disse...

Achei interessante um comentário dizendo que a mulher consegue obter orgasmos mentais apenas com as suas fantasias! Pergunto, não é também o homem perfeitamente capaz de se masturbar?
Sobre o programa, penso que se está a focalizar em demasia no acto, na carnalidade, no grosseiro ou na natureza animalesca do ser humano. Todo o cão e gato e até animais ditos selvagens também ambicionam os seus "orgasmos", até os porcos deliram com os mesmo.. A virtude do casal não está no sexo mas na relação que o envolve! O prazer não está no corpo mas na forma como ele é usado.. Adoro ouvir os "experts" da área com todos os seus significados para as questões fundamentais da funcão do orgasmo, a esses aconselhava a leitura detida de Wilhelm Reich no livro escrito com o mesmo nome..

Tiago disse...

Boa tarde. Chamo-me Tiago, tenho 26 anos e vivo com a minha mulher.

O desejo sexual num casal tem que existir para ambos. Surge naturalmente e quando não há, deverá ser estimulado. Uma relação depende de variados factores para ser saudável mas não invalida que o desejo sexual possa ficar de parte. Se não for por causa de problema de saúde, o chamado "apetite sexual" deverá partir tanto dos homens como das mulheres e o prazer tem obrigatóriamente que acontecer para ambos. Homens ou mulheres com DE deverão procurar ajuda num médico, porque na minha opinião sexo sem prazer é um factor para se perder o desejo ou começar a olhar para outras ou outros.

Unknown disse...

sem tabus, a minha questão é simples.tenho 23 anos e uma relacçao fantastica com o meu namorado, com um imenso respeito pelo corpo um do outro, respeito pelo prazer e pelo tempo de cada um.nunca consegui ter um orgasmo vaginal e no entanto tenho sempre, facilmente, orgasmos clitorianos.È verdade que há mulheres que nao podem ter orgasmos vaginais?sinto-me mal com isto...

Victor Manuel de Sampaio e Melo disse...

Retiraram-me a próstata em Fevereiro de 2005.
Fiquei incontinente. Gasto 4 pensos «Tena for men» diários se não andar muito a pé.
Também fiquei com disfunção eréctil. Tenho muito desejo e prazer sexual mas sem erecção.
As drogas, como o Viagra, não têm tido muito efeito e até uma injecção de Carverject muitas vezes não resulta.
Em 2007 tive de fazer radioterapia 2 meses. Desde aí, o PSA desceu de 0,30 para 0,5 em Janeiro p. p.
Gostaria de ter uma opinião dos especialistas presentes.
Cumprimentos.
Victor Manuel / 66 anos

PVG disse...

A falta de comentários é por si só reveladora de que o tema das disfunções sexuais é ainda um tabu!

Todos conhecem alguém que já sofreu do problema, todos são muito open-minded quando o discutem publicamente, mas a verdade é que se ninguém tem problemas em admitir que uma valente gripe lhes afecta o desempenho sexual, todos temos dificuldades em admitir que sofremos de uma qualquer disfunção sexual, possivelmente de tão fácil resolução como uma gripe!!

Porquê?

Talvez quando os homens deixarem de ser encarados..e de se encarar como sex-machines, sempre disponíveis e prontos para a acção a situação mude de figura...

É-nos incutido que sofrer de uma disfunção sexual é ser-se menos homem, toda a discussão que possa surgir em torno desta temática tem como base este problema de fundo!

kanina disse...

Eu nao sei se entro numa disfunçao sexual, mas sou masoquista, e vivo optimamente com isso, acho que em Portugal o sexo é muito mal tratado... muita falta de informaçao...

Imaginem agora se eu fosse dizer que era masoquista por ai? internavam-me..

E nao, nao tive nenhuma experiencia traumatica...

Tiago disse...

Boa tarde. Gostaria de saber se o prolongamento do acto sexual por longo periodo de tempo (2-3 horas), com a manutenção normal da eracção mas com a dificuldade em chegar ao orgasmo também se identifica com um caso de disfunção sexual. obrigado

Inês disse...

Boa tarde

Identifico-me bastante com o problema da sara. Iniciei a minha vida sexual há mais de um ano e meio e continuo a sentir dor e desconforto em certas posições sexuais, o que me leva a utilizar sempre a mesma... o que posso fazer para evitar esta dor? Porque é que isto acontece?

Outra questão: acontece-me que, após atingir o orgasmo, perco a vontade de continuar a actividade sexual até o meu namorado o ter... qual o motivo disto acontecer?

Unknown disse...

Boa tarde,

tenho sofrido de ejaculação precoce durante toda a minha vida sexual que dura há coisa de 3,5 anos. Quando o tento evitar, acabo por não me excitar convenientemente por pensar demasiado no assunto e antecipar o que irá acontecer. Gostaria de ouvir os convidados sobre este problema.

Cumprimentos

Nuno Jordão disse...

O efeito placebo
Todos o reconhecem (a comunidade científica), existe, não há dúvidas e resulta mas todos o desvalorizam (a comunidade cientifica) e varrem para um canto do sótão, não o sei explicar, não se enquadra no paradigma, portanto não existe também.
Não será o “efeito placebo”, que sugere a uma visão holística do homem, uma importantíssima área de investigação?

analuisa disse...

e normal com 28 anos ja dar desculpas para nao ter relaçoes?axo ke sao os filhos o dia dia.

Anónimo disse...

ola a todos.
depois de ter padecido um grave acidente de viação, fiquei algaliado quase 3 meses, fui operado a uma serie de coisas e permaneci em coma induzido quase um mês. Claro que a sexualidade era a ultima coisa que me preocupava, apesar de essa informação pareceu ter importancia para o psiquiatra dos huc, pois pergunta-me sobre a minha sexualidade, julguei estranho, mas mesmo assim respondi-lhe, à custa disso tive a minha privacidade devassada, pois imaginem que uma trabalhadora daquela instituição, que conhece familiares meus, teve o descaramento de comentar com esse familiar. No meu caso isso não me causou problemas, mas conheço imensos casos em que isso causa. E claro apenas acaba por reforçar a renitencia das pessoas em se dirigir aos medicos para verificarem questões do foro sexual.
Fiquei admirado de alguns casos que conheci de pessoas que padeciam de disfunção erectil e recusavam-se de expor a sua situação medico de familia. Como os compreendo!! Embora na altura ficasse abismado, pois eu nessa altura, se tivesse esse problema não teria qq problema em expo-lo com a minha médica, apesar de a minha relação com ela nem sequer ser das melhores.
Ainda há pouco tempo, julguei necessario ser observado por um(a) urologista/sexologista devido a um hipotetico problema fisiológico e os transtornos que isso colocava-me, esta era uma situação que se verificava antes do acidente.
Apesar de ter sido submetido a muitas cirurgias e ter estado em coma induzido e de ter padecido de alguma disfunção erectil, venho-a aos poucos a recuperar. A questão que se coloca agora são as posições. Como parti a anca, a dor que isso me provoca não me permite "executar o kamasutra", todavia axo que desenrasco-me no básico.
Cumprimentos a todos. E vou me entreter a falar com outros "civilianos". SC ignora as letras que enviei.

analuisa disse...

axo ke e mesmo isso para mim o sexo nao e uma prioridade ...

analuisa disse...

eu tenho prazer...ta tudo a trabalhar bem mas 1 vez por semana axo ke xega!!!

Luis Miguel Dantas disse...

Acerca do Tantra, só mesmo, quem não sabe (ou seja, não estuda) do que fala é que diz o que disse! É fácil falar sem ter a responsabilidade de explicar o porquê das coisas. A erecção é uma doença???? Há pessoas que vivem sem sexualidade??? Onde???

Anónimo disse...

Ola Samuel;
Como a especialista que está no programa referiu não é realmente preocupante a masturbação, aliás até é de salutar. A masturbação é a m,elhor forma de te conhecers a ti mesmo, a própria ejaculação, atingida pela masturbação, pode ser que treines, ou que comeces a treinar o teu organismo a não ejacular tão cedo e a retardá-la o mais possivel.
Há uns anos o unico problema que se via na masturbação, ou que os especialistas, psiquiatras e sexologos (alguns) referiam, estava relacionado com as questões enter-relacionais, isto é, havia uem dissesse, que a masturbação poderia não insentivar o relacionamento inter-pessoal. O que depois se veio alterar, pois nem todos têm essa necessidade de relacionamento e, como foi dito quase no final do programa, neste tipo de questões, grande parte das questões, só se tornam patológicas a partir do momento que o utente assim as verificar.
Saudações do heber

Anónimo disse...

ola marie:
De alguem que por infelizes motivos já percorreu alguns hospitais e lidou com imensos médicos, sugiro-te o seguinte, em algumas circunstancias, é conveniente que engulas um pouco o orgulho pessoal e não hesites em assumir o que desconheces, mesmo que tenhas que ouvir da parte do médico m atestado de ignorancia, como se passou comigo.
Imagina tu estar numa consulta de ortopedia a discutir com o médico uma solução para um dos meus casos. E ele refere a artrodese, como algo a se ponderar, apesar de logo de imediato a recusar para o meu caso. Eu perguntei-lhe o que era a artrodese. E repara que andava e ando a ler uma enciclopedia de medicina. E mais, já tinha passado por aquele termo, ainda por cima, mas naquela altura não me recordei, axo que deves entender pk.
Ele explicou, mas não sem me esfregar na cara o seguinte "então você sabe tanto e não sabe o que isto?!". Eu tentando engolir o que ele me estava a dizer e ainda digerir as propostas que acabava de ouvir, humildemente lhe disse não, não sei.
Cumprimentos

Anónimo disse...

ola hugo:
Axei interessantissimo a tua sugestão de leitura. Como provenho da area das biologias, considero que tudo é Natureza, inclusivé o Homem e todas as vicissitudes. A propósito do que referes a unica diferença que distingue o homo sapiens sapiens de outros animais, mais ou menos complexos que a nossa especie, são alguns aspectos relacionas com a capacidade de abstracção.
Cumprimentos

Unknown disse...

Caro Heber:
Como é evidente não posso concordar com o teu comentário, pelo simples facto de que o Natural é na forma e na essência totalmente indiferente ao "ser humano".. Essa capacidade de abstracção de que falas apenas seria possível na condição do "não-ser" de que fala o Sartre, ou a absoluta inteireza. E nesse caso já nem de "Naturae" falamos mas de algo que nos transcende, esse sim o verdadeiro abstracto, ou abstraído, ou ainda, utilizando palavras tuas "em abstracção" mas apenas em comparação connosco que dependemos dessa mesma Natureza de que somos apenas e só elementos!