sexta-feira, maio 22

O progresso mata a biodiversidade?

O Algarve aguarda os primeiros linces ibéricos no Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro, em Silves, vindos de um centro idêntico, em Espanha. Esta iniciativa custará tanto quanto a construção de um bairro social ou o apoio a um par de centros de acolhimento de crianças em risco, e é a face visível da “pegada humana” na península ibérica. Praticamente exterminámos o lince, e estamos a faze-lo com outros animais: burros, grifos e muitos mais.
Neste Dia Internacional da Biodiversidade dos vários parceiros do SC unem-se com o objectivo de alertar a comunidade para o impacto que os estilos de vida podem ter na perda global de diversidade biológica. E contribuir para a mudança, enquanto é tempo.

Convidados:
Alexandra Cunha, Presidente da Liga para a Protecção da Natureza
Jorge Palmeirim, Investigador e Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
João Falcato, Administrador Delegado do Oceanário de Lisboa
Margarida Fernandes, Bióloga e Técnica do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade

10 comentários:

Unknown disse...

O progresso nao mata a biodiversidade , apenas a sua mal utilização .
Se houver uma mao dura do governo, em vez de reduzir as multas dos criminosos ambientais , se houver ética, e um avanço mental e cultural o progresso pode nos ajudar atraves da genetica , e aí o unico entrava será a religião.

Lando disse...

Olá, boa tarde.Uma questão para os participantes de um leigo.
Para a preservação da Biodiversidade não seria imperativo o controlo de natalidade a nivel mundial desta espécie que é o ser humano?

manucha disse...

Boa Tarde
Gostava de partilhar uma história, que demonstra a importância da atitude de cada um...

"Conta-se que, certo dia, houve um incêndio na floresta e que todos os animais se puseram em fuga.
Todos, excepto o beija-flor. Ia e voltava, ia e voltava, trazendo uma gota de água no bico, que deixava cair sobre as labaredas e a terra calcinada. E, quando um dos animais em fuga o interpelou, dizendo ser impossível extinguir o fogo daquele modo, o beija-flor respondeu:
"Eu sei que não são estas gotas que vão apagar o fogo, mas eu faço a minha parte..."

Obrigado

Unknown disse...

Neste momento existe a criaçao de politicas sustentaveis. Essas politicas têm o objectivo de combinar tres pilares : o ambiente, a economia a sociedade. A biodiversidade esta incluida no ambiente. Nao se pode ver a biodiversidade e os recursos biologicos como recurso para as necessidades humanas. Ha que ve-la como parte indispensavel ao equilibrio do nosso planeta, da maravilha, pois o homem n criou o biodiversidade,faz parte dela.
O progresso desregulado mata a biodiversidade, mas com a sensibilizaçao e politicas sustentaveis, isso n tem necessariamente de acontecer, pois o Homem ja possui toda atecnologia necessaria e conhecimento cientifico para que isso n ao aconteça...o grande passo a dar é a concretizaçao e a mudança de mentalidade.


Micaela Marcos

Unknown disse...

Estao a falar do aquecimento global e da poluição mas nao falam do maior responsável pelo efeito estufa e o qual nao podemos fazer nada : O SOL .

Unknown disse...

ja agora por favor visitem

www.futurelandscape.blogs.sapo.pt

CME disse...

Viva,

Fará realmente sentido preocuparmo-nos diariamente com escolhas que ajudem a preservar da biodiversidade quando o Governo propõe reduções das coimas a aplicar a empresas poluidoras, cuja capacidade para destruir essa mesma biodiversidade é verdadeiramente assustadora?

E uma outra questão: os estudos de impacte ambiental servem para mais alguma coisa, para além de proporcionarem rendimentos às empresas que os elaboram?

Estamos perante uma questão que é acima de tudo cultural: um povo que associa progresso a betão dificilmente aceitará outros modelos de desenvolvimento.

Cumprimentos,
Carla Maria

CME disse...

Para quem estiver interessado em observar aves em Portugal:
www.avesdeportugal.info

Unknown disse...

Para mudar e preservar as espécies há que mudar mentalidades;aí reside , o difícil da questão .

Cinda

Unknown disse...

Boa tarde,
Acho curioso o tema de hoje, pelo menos do meu ponto de vista, pois não consigo dissociar progresso da sustentabilidade e biodiversidade. Entendendo o progresso como o movimento civilizacional com vista à melhoria das condições de vida dos seus membros não comprometendo para tal a riqueza e complexidade da biodiversidade que integra o nosso território. Em muitas áreas do nosso país, penso que ao invés de se falar em progresso quando se referem certas obras, se deveriam referir como mudanças ou mesmo retrocessos, pois a qualidade do que é proposto para os habitantes/utentes não eleva significantemente a qualidade de vida das populações e compromete irremediavelmente a fauna e flora locais e com possíveis implicações a regiões mais alargadas pois a biodiversidade apresenta-se como um contínuo que interage.
Da mesma maneira que se levou décadas até perceber que era necessário efectuar mudanças radicais na qualidade a construção, podendo-se agora falar em progresso a partir do momento em que conceitos como arquitectura bioclimática e eficiência energética entram no vocabulário diário e se concretizam nas construções correntes, também noutras áreas é necessário dar o salto para metodologias de intervenção que se coadunem com a sustentabilidade dos ecosistemas.
Mas a preocupação deve estender-se também a sectores como a indústria química, e dou como o exemplo os PoP - Persistant Organic Poluents, que se acumulam nos animais podendo originar doenças neurológicas, cancro entre outras e aos quais não estamos imunes. Estão já registados, através de estudos realizados em populações humanas e animais de diferentes zonas do mundo, a presença de químicos como o Perfluoro octano Sulfonato (PFOS) no seu serum e plasma. Também temos de considerar as implicações da utilização de certos compostos a um nível global pois eles dessiminam-se pela cadeia alimentar e acabam por ter um efeito ao nível planetário. Somos possívelmente a época da história humana com mais conhecimento, tecnologia e acesso à informação e ainda assim iremos para a história como aquela que mais contribuiu para a degradação do planeta. Espero que ainda não seja tarde para um abrir das consciências a este grande problema.

Pedro C. (29 anos)
Lisboa