terça-feira, maio 12

Reabilitação urbana: o que muda com a nova lei?

A aposta na construção civil pode ser uma das saídas para a crise, dado que a reabilitação urbana representa 30 a 40% do sector.
Portugal não tem um instrumento legal que agilize a requalificação urbana. A prova disso é o número de prédios degradados que se avistam nas ruas das cidades.
Mas este panorama poderá ser radicalmente alterado com a nova de proposta de lei aprovada no início de Abril, que aprova o regime jurídico da reabilitação urbana e das obras em prédios arrendados. Uma medida polémica que, em último caso, pode forçar os proprietários a venderem os seus imóveis ou ainda a fazerem obras coercivas. Como reagirá o mercado a esta medida? Ganhará o património?

Convidados:
João Cabral
, Colégio da Especialidade de Urbanismo na Ordem dos Arquitectos
Vitor Cóias, Presidente Gecorpa
Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
António de Campos Rosado, Presidente da Associação de Moradores da Baixa Pombalina e Programador Cultural

6 comentários:

Tomaz disse...

Deixo-vos uma pergunta sem descurar os requisitos minimos de habitabilidade, fossem os muitos edificios de lisboa habitados, não seria uma forma também mais economica de preservação e reabilitazação dos mesmos?

bruno figueiredo disse...

a reabilitação urbana é a unica forma de devolver vida permanente às cidades. a nova construção está saturada e a requalificação de espaços surge agora como oportunidade de valorizar as cidades do país.
não esquecer que nos dias de hoje é imperativo que se dê também atenção ao espaço público e ao enquadramento paisagistico sob a pena de virmos a incorrer nos erros que se cometeram no passado.

bruno figueiredo

bruno figueiredo disse...

portugal tem um patrimonio urbanistico riquissimo que não podemos descurar. quer seja com intervenção subsidiária por parte do estado ou privada, a reabilitação urbana é a resposta ao dinamismo citadino tão necessário às economias locais.
vamos trazer as populações para aos centros das cidades.

Alexandre Marques da Cruz disse...

Aproveito o facto de estar presente o Sr. Vereador Manuel Salgado para lhe perguntar porque ele tem pactuado, juntamente com os seus colegas da CML, com a destruição constante de prédios com valor estético per si, ou com valor para a rua ou bairro onde estão implantados.
Posso referir o caso da Av. Duque de Loulé onde recentemente um palacete foi demolido para dar lugar a um edifício de 8 andares da responsabilidade do BES e ainda nessa avenida os casos dos vários edifícios que estão, ou abandonados ou com projectos de demolição de interiores. E o caso das avenidas novas? e o no 176-184 do Campo Grande - um crime!
Pensa o Sr. Vereador que demolir os interiores é recuperar? Como arquitecto quando estuda um edifício e só lhe encontra original a fachada pensa que este está recuperado? Porque continuam a permitir tamanha destruição? Como é possível que tenham como uma desculpa convincente o facto de serem obras da responsabilidade de gestões anteriores. Não é o Vosso papel corrigir as más decisões, tenham elas as consequências que tiverem. Não estou, certamente, sozinho nestas minhas observações e não sou, com certeza, o único céptico à gestão de V. Ex.ª e de todos os que se preparam para candidatar à CML.

bruno alves disse...

Para além de urgente e necessária uma intervenção urbana na cidade, deve-se criar mecanismos de inibição face há forte especulação imobiliária. Actualmente, investir numa casa, para além do exessivo valor de compra, existem as obras a efectuar. Uma casa reabilitada é abusivamente cara face há qualidade dos materiais, se optarmos por efectuarmos pessoalmente a reabilitação do apartamento, quando não necessário no edifício, vemos-nos automáticamente hipotecados. Como consequência, um jovem em começo de vida, tem forçosamente que optar pela periferia, deminuindo a sua qualidade de vida, depois tem que investir em transportes, se quiser sair há noite para ver um bom filme ou uma peça de teatro. Gera-se uma corrente estática e opta-se perante os aumentos de custo de vida por definhar em casa.

Sylvie disse...

Boa tarde!
Tendo em conta a problemática zona em que Lisboa está (a nível sísmico) deveriam era reabilitar toda a baixa pombalina de forma a criar estruturas que resistam a sismos.
Sylvie.