terça-feira, junho 9

Educação sexual: precisa-se?

Mais de 30 mil portugueses infetados com o vírus HIV, dos quais 15% com menos de 25 anos, a elevada taxa de gravidez adolescente e os comportamentos sociais discriminatórios em relação ao género e à orientação sexual, são os argumentos apresentados para justificar novas medidas que assegurem uma efectiva aplicação da educação sexual em meio escolar.
Um regime de aplicação da educação sexual nas escolas constituirá um passo determinante para uma saúde sexual e reprodutiva saudável dos jovens portugueses? Ou banalizará o sexo e favorecerá o início prematuro das relações sexuais?

Convidados:
Jesuína Ribeiro, Sub-directora Geral de inovação e desenvolvimento curricular do Ministério da Educação
António Manuel Marques, Sociólogo e Professor no Instituto Politécnico de Setúbal e membro da Associação para o Planeamento da Família
Albertina Pena, Dirigente Sindical e Professora do 1º ciclo
Hermínio Correia, Confederação Nacional das Associações de Pais

16 comentários:

Unknown disse...

A Educação Sexual deve ser dada em casa, seguindo os valores da família. Concordo com Gabinetes de Apoio e Informação como elemento fundamental de apoio às famílias. Não concordo que as famílias se demitam do seu papel de Pais e deleguem a formação moral e social dos seus filhos a alguém que não conhecem. É uma forma "terceiro-mundista" e perigosa (!!)de escamotear o falhanço das políticas sociais dos últimos Governos.

Gonçalo Garção

Can't buy me, Love disse...

A existência da Educação Sexual nas escolas, não vai incentivar os jovens a serem mais sexualmente activos. Hoje em dia os jovens fazem o que querem, sabendo, ou não, os riscos. Se, quer queiramos, quer não, a sexualidade na adolescencia existe, devemos tentar que aconteça com segurança. Para além disso entendo que Educação Sexual é muito mais vasto do que ensinar a por um preservativo! Na adolescencia temos tantas dúvidas sobre nós, o nosso corpo, e os outros, que é preciso haver um acompanhamento por especialistas.

Raquel Couto disse...

A algo que práticamente nunca ouvi falar, e poucos se preocupam realmente com isso. A Idade dita saudavél para a prática sexual. Será que um adolescente de 13 ou 14 anos está preparado para isso fisica e psicologicamente. Será que o excesso de parceiros não vulgarisado o acto sexual. É importante falar de uma sexualidade saudavel, e boa quando praticada com conciencia na idade.

Unknown disse...

O que já foi transmitido de uns para os outros,tem se agora a possibilidade de agendar esta informação para os mais novos.
Em principio a informação vai ser superior por humano se a Educação sexual for disciplina um dia,todos ficamos a ganhar agora na pratica nao sei a influencia que vai ter, mais cuidados podemos ter pois temos informação do mesmo embora isto varie de ser para ser.
Vai tar se a interferir na vida daqueles que não chegavam a ter conhecimento da informação,vendo pelo possitivo estes vão ter uma vida mais informada que pode ser de mais valia para eles.

Façam o que entenderem melhor pra todos nós.

luisa disse...

vi a reportagem feita sobre este tema da Educaçao Sexual!
é verdade de que por um lado nas escolas nao ha necessidade de haver uma disciplina sobre E. Sexual por ter pouca materia para ser tratada, mas em vez de existir uma disciplina nova, este tema poderia ser inserido num "cantinho" dos livros na area de Biologia!!!
ou entao na disciplina de ciências no 9ºano, visto que hoje em dia há cada vez mais jovens a iniciarem a vida sexual mais cedo!!!!

Raimundo Henriques disse...

Boa tarde. Sou finalista do secundário e fui, este ano, presidente da associação de estudantes da escola Secundária Henriques Nogueira em Torres Vedras sendo que a nossa associação é a delegada distrital de associações de estudantes do ensino secundário eleita no encontro nacional. Fomos sempre activistas pela educação social e outras lutas.
Os gabinetes de apoio fomentam a discriminação e não funcionam, nós, alunos, queremos uma DISCIPLINA como as outras, é NECESSÁRIO!!! O modelo aplicado até agora NÃO FUNCIONA os argumentos são mais que muitos porém não disponho aqui de muito espaço.
Oiçam-se as nossas lutas!!! Educação sexual para TODOS e não gabinetes.
Obirgado, Raimundo Henriques

Fátima Henriques disse...

fatporque nestes assuntos todos acham que não deve haver liberdade em ter a sua postura e educação sobre este assunto, e tornam estas sessões obrigatórias sem quererem ter a sensibilidade de verificarem que há pessoas diferentes.

Fátima Henriques disse...

porque não perguntam aos pais o que acham dos seus filhos ter este tipo de sessões á semelhança da disciplina de religião e moral?

Anónimo disse...

ola a todos:
Comecemos por perceber como se encontra o estado da educação sexual actual. Os conteudos sexuais ou de caracter sexual começam por ser dados, assim está estabelecido pelo ministerio da educação, actualmente, no 1º Ciclo, apesar desta materia não ser de primasia para o mesmo organismo, que não o coloca na avaliação nos testes gerais no final do ciclo, depois, retorna-se no 2ª ciclo em ciencias da natureza, para se voltar outra vez no 8º ano em ciencias naturais. O problema é que a temática está dependente da prioridade do grupo disciplinar. Recordo-me que quando estagiei em biologia e geologia, grupo 11º B, foi o grupo disciplinar que decidiu unanimemente, passar o capitulo da sexualidade para o inicio do ano, quando este, se encontravca na maioria dos manuais do 8º ano em ultimo, o que conduz a que muitos docentes deste grupo a nem sequer falar sobre esta tematática.
O que conduz a uma questão pedagógica, a partir de que idade se deverá começar a abordar estas temáticas? Segundo um casal de pedagogos Italianos, muito conhecidos no meio, com livros editados pela Caminho, sera a partir dos 4 anos de idade. Isto é, aquilo que é dado aos miudos com 8/9 anos, estes autores divulgam perante muidos de 4 anos, numa linguagem que eles entendam.
Recordo-me que no meu ensino a primeira vez que se falou de sexualidade foi no 5º ano de escolaridade.
Quanto à distribuição de preservativos em meios escolares, recordo que no meio médico estes já são distribuidos gratuitamente, recordo a que muita gente coloque a mão na sua consciencia e que se recorde de algo que ainda se passa em muitas escolas. As chamadas rapidinhas... já no meu tempo aconteciam e continuam a acontecer. Não se fecham a isso.
Não sejam hipocritas, loberalize-se a distribuição de contraceptivos, para bem da nossa saude!!!
Saudasções do Héber!

Alda disse...

REcebi este pensamento por email, realmente urge pensar nisto: 90 pessoas apanham a gripe Suina e toda a gente quer usar uma mascara.
Um milhão de pessoas tem SIDA e ninguém quer usar um preservativo.
Há que mudar as mentalidades

Fátima Henriques disse...

considero que a forma de abordar o assunto aos jovens devia ser mais privada e de acordo com as necessidades de cada um e não levar tudo no mesmo saco.

Joel Pádua disse...

Boa tarde,

A minha questão é a seguinte.

Na minha educação escolar abordei todos os temas de reprodução, higiene ou vírus. O que me parece que acontece hoje em dia é que o problema não está na falta de informação, mas sim nos comportamentos, ou seja, os miúdos crescem a ver os adultos. Não será prioritário uma cadeira ou disciplina de educação comportamental/social ao invés de educação sexual?

Mélita disse...

Embora todos estejamos de acordo quanto à necessidade de educação sexual, acontece que estamos a falar de educação e não de informação. A responsabilidade da educação pertence em primeiro lugar aos pais, cujas reclamações neste processo foram ignoradas, assim como o seu direito à objecção de consciência relativamente a conteúdos e valores que não queiram ver transmitidos aos seus filhos.

tatiana mendes disse...

Não queremos que os jovens tenham sexo seguro? Não será a Escola uma figura indispensável para a promoção de comportamentos sexuais saudáveis? Ou queremos também que ela se mantenha alheia à sexualidade dos jovens, sendo esta parte integrante do indivíduo?

Miguel Carola disse...

Parece-me que a velha expressão “só acontece aos outros”, ainda tem muito peso entre nós... Por mais campanhas o sensibilizações que vão acontecendo, vai ser muito difícil mudar a mentalidade de grande parte da população portuguesa.

Aqui fica mais provérbio que também se ajusta.... “Quem anda á chuva molha-se”....

Sylvie disse...

Boa tarde!
Acho que faz todo o sentido os alunos terem Educação Sexual como disciplina para de futuro serem jovens/adultos informados, esclarecidos e assim com menos hipóteses de, por exemplo, cometer os mesmos erros que mts de nós cometeram qd eram mais novos precisamente por falta de informação!
O saber é sempre importante!