quinta-feira, setembro 24

Praxes: tradição ou prepotência?

No ano lectivo 2009/2010 há vagas para mais de 50 mil novos alunos no Ensino Superior. A muitos esperam-lhe uma nova cidade, longe da família e dos amigos, num sistema de ensino bem diferente do que estavam habituados. A tudo isso junta-se a integração na vida académica. Um pouco por todo o país são preparadas recepções aos caloiros. Aposta-se na apresentação da “nova casa”, na divulgação das tradições da região, na promoção das Associações Académicas. Mas todos os anos esta tentativa de integração é notícia pelos piores motivos. A praxe é já sinónimo de humilhação e desrespeito, num ensino que se diz Superior.

Convidados:
Jorge Serrote, Presidente da Direção-Geral da Associação Académica da Universidade de Coimbra
Pedro Soares, Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho
Daniela Pereira, Membro do MATA - Movimento Anti "Tradição Académica"
Luís Menezes Leitão, Advogado

144 comentários:

Filipa Serra e Silva disse...

A praxe, ultimamente não tem sido tão violenta ou humilhante como há anos atrás e também não tem aparecido nas notícias por esses motivos.
Penso que cada vez tem havido mais consciência a praxar.
O que acabo por compreender, ao fim de já 4 anos na Universidade é que todos os que já foram praxados gostariam de o voltar a ser e mesmo quando em situação informal, se perguntarmos aos caloiros, eles dizem que gostam. um pai de um aluno até já disse que agora, que não há regime militar obrigatório é uma forma um pouco mais branda de eles se unirem e de "se fazerem homens". As praxes também não têm sido tão sujas, apelando-se mais às rivalidades saudáveis entre cursos e aos gritos académicos.

Luís Henriques disse...

Sou aluno numa universidade. Creio que as praxes estão se a tornar cada vez mais veículo para um crescente decréscimo nível intelectual no seio da Universidade.

Cristina Rocha disse...

Boa tarde!
Fui praxada em 1999 e se pudesse era praxada outra vez.
A praxe não quer dizer violência ou humilhação ou algo parecido. A praxe é união e conhecimento entre os caloiros.
Eu adoro o espírito académico.
Cumprimentos

Guilherme Monteiro disse...

1 - A praxe cria laços de amizade
Este é, segundo os praxistas, um dos principais objectivos da praxe. Contudo, acreditamos que a
verdadeira amizade se constrói mais facilmente num ambiente mais propício ao convívio, tendo para
isso de ser abolidas todas as práticas cujo objectivo é apenas a humilhação gratuita.
2 - A praxe é uma tradição
A praxe só surgiu no Porto na década de 80, década na qual quase tod@s nós nascemos, logo não se
pode afirmar como tradição secular. Mas, mesmo que o fosse, isso não seria motivo para a perpetuar
de forma acrítica, não olhando à evolução da sociedade. A preservação das tradições só faz sentido
quando somos capazes de as reinventar constantemente, não permitindo que se tornem num entrave
ao progresso.
3 - A praxe integra
Apesar de concordarmos com a importância da integração, defendemos que cada um/a deverá decidir
por si mesmo como se quer integrar e em quê. Pelo contrário, na praxe estas escolhas são prédeterminadas:
a única integração legítima é a integração pela praxe (através do rebaixamento dos
novos alunos) e no mundo da praxe.
4 - A praxe é uma escola de vida
Efectivamente, a praxe veicula um estilo de vida. Uma vida de excessos, limitados no tempo, mas
ordeira. Nos dias de catarse colectiva, @s estudantes transformam-se em “foliões”, apropriando-se do
espaço público e regredindo, através das músicas e das coreografias, à infantilidade. Para o resto da
vida, aprendem a ser submiss@s face aos poderes instituídos. Sobretudo, aprendem a ter medo de
dizer não.
@s estudantes ficam assim “empacotad@s”, formatad@s numa cultura retrógrada que se baseia no
rebaixamento da mulher “fácil” e do homem “maricas”, na não contestação da ordem estabelecida e
no corporativismo inerente à luta entre faculdades.
5 - Só vai à praxe quem quer
Se isto é verdade então porque é que os “guardiões da tradição” esperam @s nov@s alun@s à porta
das salas de aula? Para quê todo o jogo de intimidação colectiva e de exibição de poder inerente à
praxe?
Na realidade, existem mecanismos de coacção que, embora subtis, são suficientemente eficazes para
que @s alun@s do primeiro ano se sintam “obrigad@s” a participar nos rituais praxistas. Ao mesmo
tempo que @s praxistas afirmam que tod@s são livres de ir ou não à praxe, ameaçam quem quiser
optar por não ir com a ostracização e a segregação académica. A escolha coloca-se assim entre ir à
praxe e ser “da malta” ou não ir e ser “anti-praxe”, como se entre o preto e o branco não existisse uma
infinidade de cores.
A confusão afectiva d@s nov@s alun@s serve o mesmo objectivo, havendo uma oscilação constante
entre momentos de camaradagem (nomeadamente nas festas) e de humilhação. Por outro lado,
quando algum/a alun@ do primeiro ano mostra vontade de sair da praxe,
@s que outrora @ humilharam transformam-se subitamente em seus/suas amig@s, situação que se
reverterá num futuro próximo.

Guilherme Monteiro disse...

6 - Na praxe, todos são iguais e o traje académico é o símbolo dessa igualdade
As diferenças sociais, culturais e económicas que existem entre @s estudantes não podem ser
resolvidas por uma operação de mera cosmética. Sendo assim, não é por pormos toda a gente a vestirse
da mesma forma que anulamos essas diferenças. Para mais, o uso de insígnias variadas como
forma de sinalização da posição ocupada na hierarquia da praxe anula qualquer propósito de criação
de uma farda uniforme para os estudantes.
Por outro lado, o traje tem como finalidade principal a diferenciação d@s estudantes (@s
“doutores/as”) face ao resto da população (“@s futricas”), num acto de corporativismo elitista próprio
de uma sociedade onde o Ensino Superior é ainda encarado como um privilégio.
Digam-te o que disserem, tu podes dizer não à praxe, pois vives numa democracia. A melhor forma
de o fazeres, contudo, não é declarando-te anti-praxe perante os “Veteranos”. Quando o fazes,
reconheces a legitimidade dos organismos de praxe. O que estás a fazer é pedir autorização aos/às
praxistas para não seres praxad@, quando eles não devem ter qualquer tipo de autoridade sobre ti. Se
no teu dia-a-dia não deixas que ninguém te subjugue e pense pela tua cabeça, também não o deves
aceitar na praxe.
A recusa da praxe pode não parecer uma opção fácil, é certo. Mas também é certo que ninguém te
poderá impedir de fazer amig@s, frequentar festas ou participar em qualquer actividade que não
esteja ligada ao mundo da praxe.
Contra esta pseudo-tradição bolorenta e ultra-antiquada, na qual serás tratad@ como um número e
não como uma pessoa, defendemos uma recepção alternativa baseada no divertimento de igual para
igual. Não pretendendo apresentar uma “receita feita” para esta recepção, tal como acontece com a
praxe, defendemos antes que sejam @s própri@s alun@s a construí-la de acordo com as
especificidades da sua faculdade.
Como jovens, queremos ser agentes de mudança. Rejeitamos o conservadorismo de quem se submete
cegamente à tradição e queremos construir uma faculdade integradora, democrática e aberta ao
mundo.

Unknown disse...

Gostava de fazer apenas uma chamada de atenção. Não existem "praxes", mas sim "praxe" no singular.

No caso do ISCTE em Lisboa, acho que tem da praxe mais cívica do país.
APENAS É PRAXADO QUEM QUER! e não existe qualquer tipo de retaliações caso não queiram essa vertente académica.
E embora haja o palavreado rude durante confrontos entre cursos, este não tem como finalidade o insulto ou outro tipo de malícia. Aliás, isto une-nos ainda mais, pois partilhamos assim uma experiência comum.

Ricardo S. Coelho disse...

A verdadeira amizade não nasce de relações hierárquicas, em que a parte mais forte submete a parte mais fraca a situações humilhantes. Não é pelo rebaixamento que se integra uma pessoa num meio novo, isso parece-me claro.
A praxe ensina muito, mas nada de bom. Ensina a submissão face a ordens estabelecidas e hierarquias pré-determinadas, ensina a não dizer "não", ensina o machismo e a homofobia, ensina o corporativismo, ensina o conservadorismo.
O argumento de que ninguém é obrigado a ir é falso. Os novos alunos são perseguidos nos corredores e nas aulas pelos trajados, que usam técnicas próprias de gangues para os intimidar a aceitar tudo o que mandam. A quem ousar dizer não, ameaçam-no com a ostracização. Três décadas depois do 25 de Abril, a liberdade ainda não passou pelo ensino superior.
Por outro lado, há um desejo de distinção face ao resto da sociedade (os "futricas") que acho lamentável. Só numa sociedade terceiro-mundista se pode achar que entrar para a faculdade é um privilégio de uma elite, trajada a rigor para não se misturar com a plebe.
Até quando vamos permitir isto?

Ricardo Coelho
Activista anti-praxe

Inês Carvalho disse...

A praxe é algo fantástico! É uma forma de integrar os alunos, pois é tudo um mundo novo, com pessoas e costumes novos. A vida académica é das melhores experiências que uma pessoa pode ter, desde que se é caloiro, e que se é praxado, até veterano, onde se praxa.

A essencia está em aproveitar todos os momentos ;)

Não há nada melhor que o espirito académico ;)

Unknown disse...

Adorei a minha praxe em 97 mas nesse ano houve quem não tivesse a mesma sorte; a vida académica imita a vida civil, o grupo protege-se e um Doutor que tentou abusar de uma caloira ficou impune na nossa justiça tendo ido apenas a "tribunal" de praxe.
Passados dois anos voltou a praxar como Veterano e a caloira mudou de faculdade...
Tudo pode ser interessante e positivo e isto aplica-se também às praxes, com conta, peso e medida...

Francisco disse...

Eu como ex-aluno do ensino superior em portugal e actualmente a frequentar o ensino superior em espanha vivi as duas realidades e sou a favor das praxes. Não sou o típico jovem com o habitual espírito universitário mas não posso negar a importância que as praxes têm e tiveram em todos os colegas que participaram. Efeitos positivos como a integração e as ajudas acadêmicas são pontos fulcrais. Porém, como qualquer acto social deve estar acompanhado de regras e vigilância para que não sejam cometidos abusos. Aqui julgo que as associações de estudantes têm por norma uma extrema importância por poderem aliar os diversos aspectos. Os abusos são um risco em todos sectores mas procuramos o equilíbrio entre os riscos e as vantagens.

ﻣﺤﻤﺪ Rachid disse...

praxe sim! Mas tem que ter limites.
Há pessoas contra e outros à favor, como outro tema qualquer. Mas muita gente foram magoadas e até humilhadas, essas pessoas têem vergonha de falar sobre as suas experiências amargas. Em vez de ser um modo de integrar os caloiros, tornou-se uma vingança.

carla neves disse...

Sou aluna da escola superior de tecnologia da saude de lisboa...as praxes não devem ser proibidas pois constituem uma grande oportunidade de integração para todos os alunos mas principalmente para aqueles que se encontram numa nova cidade...
penso k os bons exemplos também devem ser partilhados...numa actividade mt praticada nas praxes(chamada de rally das tascas)são utilizadas coisas como ovos,tomate,farinha,entre outras coisas, nos caloiros...alguns destes produtos estando em contacto com a pele provocam-me alergias algo graves;esta situação foi reportada por mim à minha doutora de curso e dps respeitada por tds os outros veteranos k se encontravam a praxar...
as pessoas têm de entender k podem e devem dizer se tiverem algum problemas de saúde e também k não são obrigados a nd...declararem-se anti-praxe é sempre uma opção que nos é dada...
concluindo a minha opiniao deve dizer k dps de passar pelas praxes é um grande orgulho vestir o meu traje,é o simbolo de tds os anos k passei a estudar e de td o esforço feito para entrar na universidade!!!

Pedro disse...

Já que se analisa o Código de Praxe da Universidade do Algarve vale a pena ler as condições para se declarar Anti-Praxe. É necessário analisar um "documento" e está-se automaticamente excluído de usar o Traje Académico, participar em Tunas, conviver em jantares de curso, ect... (dependendo dos cursos o rigor na aplicação destas regras)

Não se trata apenas de recusar a Praxe não havendo consequências, como se vê no código da Ualg, há consequências que podem condicionar muitos alunos.

PS: Sou aluno da Universidade do Algarve

Unknown disse...

Antes de mais, boa tarde... Sinto-me no dever de dizer que a praxe é muito mais do que uma actividade académica. É sim, o meio mais eficiente de integração.

Foi graças à praxe que em menos de 3 dias consegui conhecer todos os meus colegas, já que, ao contrário do que se pode pensar, quando se sai da praxe os caloiros juntam-se, convivem e tratam de se conhecer... Unem-se e apoiam-se. Foi isto que aconteceu no meu curso, foi isto que aconteceu no meu ano e até ver, é isto que acontece sempre.

Os diversos códigos de praxe são escritos de maneira irónica, principalmente. Com bastante ironia, brincadeira e muito sarcasmo... Há que encarar as coisas dessa maneira, não sejamos tão ceguinhos. Pior do que um cego é aquele que não quer ver...

Jennifer disse...

No que se refere às consequências de recusar a praxe - o ser "anti-praxe" - julgo que haverá diferenças de Universidade para Universidade, pois há veteranos que reforçam a ideia da exclusão do caloiro que se recusa por parte dos colegas e veteranos...

Em que ficamos?

Dá para aceitar algumas actividades, mas outras não... não deveria então ser obrigatório ser tão exigente nesse aspecto...!

Se não quer realizar isto ou aquilo... poderá no entanto realizar outras, não querendoser "anti-praxe".

Andresa disse...

BOA TARDE !
Parabéns pelo tema . Nesta época em que milhares de alunos se deparam com este fenómeno das praxes, é fundamental esclarecer e informar toda a gente .
Eu não concordo com um ponto mencionado no programa . Eu também sou estudante universitária, e o facto é que, alunos que se declaram anti-praxes são 'excluidos' e olhados de lado por veteranos e caloiros.
O que é certo é que as praxes são fundamentais para a integração dos alunos , principalmente, no acolhimento a alunos que estudam longe de casa .

Unknown disse...

Adorei a minha praxe em 97 mas nesse ano houve quem não tivesse a mesma sorte; a vida académica imita a vida civil, o grupo protege-se e um Doutor que tentou abusar de uma caloira ficou impune na nossa justiça tendo ido apenas a "tribunal" de praxe.
Passados dois anos voltou a praxar como Veterano e a caloira mudou de faculdade...
Tudo pode ser interessante e positivo e isto aplica-se também às praxes, com conta, peso e medida...

Unknown disse...

Um grande LOL para o senhor kandimba, que faz prevaler as ideias mais absurdas existentes sobre praxados e praxantes... Não sei em que tipo de mundo vive, mas ninguém persegue ninguém dentro dos corredores (nem fora) e muito menos dentro das aulas!!... Já para não falar das técnicas dignas de um gangue...! Por favor....

b disse...

Boa tarde.

Tenho uma dúvida: as direcções das Associações Académicas não deveriam ser apraxísticas? O associativismo não deveria ser aparte da praxe?

Obrigada.

Cumprimentos a todos os participantes,

NuNo disse...

Boa Tarde
As praxes são um incentivo à bebedeira ao deboche e boa vida. Só os bons alunos é que deveriam poder realizar praxes ou fazer algumas partidas. Na minha escola a maioria dos alunos “praxantes” apenas os vejo na altura das praxes. Nunca vão às aulas e são a melhor representação do insucesso escolar.
A mim não me praxaram porque não deixei e defender-me-ia com o recurso à violência se fosse preciso; eles são muitos, mas cobardes e tal não foi necessário.
Perguntem a esses jovens quantas vezes já reprovaram?
Cumprimentos e parabéns pelo programa,
Nuno Martins

Josoa disse...

A praxe, e/ou a tradição académica, como tudo, evolui e poderá eventualmente perder algumas raízes com a origem. Agora o movimento anti tradição académica? É uma questão de liberdade poder optar por integrar ou não a praxe. A suposta humilhação é relativa, está associada na maior parte das vezes à baixa auto-estima. Agora é moderno ser sério, e, como estou a ver, levam demasiado a sério um código como o código da praxe que é carregado de humor alínea após alínea.
Obviamente como em qualquer situação em qualquer àrea existem extremos e abusos. Mas estas situações existem no mercado de trabalho, na sociedade civil, etc. Como tal, estas situações que possam o respectivo espirito devem ser devidamente denunciadas, mas são claramente excepções à regra.

Angelica disse...

Acho que no que respeita à praxe as pessoas são demasiado extremistas quando falam... Estaremos todos de acordo com praxes moderadas com o objectivo de integrar os novos alunos...
Já quanto a ser apanhado por uma trupe na noite de Coimbra, o único objectivo é manter os alunos que se apanham pela primeira vez fora da asa dos pais em casa, e não sempre nas noitadas! Posso dizer que não é acontecimento para traumatizar ninguém, é simplesmente mais uma história para contar!

Mónica disse...

Boa tarde!
fui caloira o ano passado, não compreendo como e que alguem em lisboa se declara anti-praxe, poir comparado com o interior ou mesmo com o norte a praxe lisboeta é super leve.
Os melhores dias da minha vida academica ate agora foram os meus dias de praxe, é verdade que à praxes e praxes, mas que foi bem praxado de certo irá saber praxar.
Entrei tambem na tuna da minha Faculdade, e lá sou tambem praxada. É uma forma de conhecer pessoas, nunca conheci tanta gente em tao pouco tempo.

tatiana mendes disse...

as praxes actuais são um desperdício de tempo e de energia. fossem esses canalizados para acções, movimentos, actividades, etc., bem mais produtivas e factores do desenvolvimento saudável dos cidadãos.
de facto, é uma tradição imbuída de outras tantas tradições sexistas, heterossexistas, homofóbicas, xenófobas, etc., onde a prepotência, disfarçada ou não, faz parte das suas géneses.
acreditam mesmo que esta possa ser justificada pela integração?!
ou seremos incapazes de socializar sem esta "instituição"?
a propósito, como pode ser esta uma "instituição", capaz de marginalizar de quem dela nada pretende?

Maria disse...

Fui praxada duas vezes, dois anos seguidos em duas faculdades diferentes. Não posso dizer que adorei, mas também não posso dizer que detestei.
Há pessoas, e pessoas. Há veteranos fantásticos, e que tentam mesmo seguir a praxe como forma de integração.. E isso tem de se louvar.

Mas infelizmente há outros que parecem estar em plena "vingança". E isso é triste..

Unknown disse...

Sou aluno do ISMAI no destrito Porto.
Acho que essa discução é inutil.Fui praxado e adorei e voltaria a ser praxado.
A praxe e algo optimo para os alunos ajuda-nos a estar integrados no ambiente académico.
E nunca ouvi no Porto que qualquer pessoa fosse obrigado a algo.
É praxado quem quer e só faz o que quiser na praxe ninguém nos obriga a nada duvido que alguém que se recuse a ser praxado seja obrigado a algo violento.

Jose disse...

Qual a dignidade e sentido da praxe quando um caloiro tem um acidente grave motivado pela praxe e depois os tais "digníssimos doutotes" o abandonam á porta do hospital.
José

Unknown disse...

Boa tarde,
relativamente a universidade do minho existe esse documento anti-praxe, sendo necessaria a sua assinatura para não integrar as praxes. O que é suposto ser integração (as praxes) acaba por ter o efeito contrário em muitos casos, pois sendo anti-praxe é-se posto de lado numa série de coisas e olhado de lado pelos colegas. A dizer também que certas actividades que são engraçadas e poderiam proporcionar essa integração, ao considerar-se anti-praxe ficasse automaticamente de fora de tudo isso.

LiLaS disse...

Boa tarde sou estudante ensino superior e residente em Coimbra.Sou a favor da praxe integrante, desde que com limites.Acho incorrecto não se abordar tambem o tema de praxes a nível de serviços policiais, muito mais condenáveis pois é um serviço do estado portugues e muito menos tolerável.Na minha faculdade não existem abusos e se existem serão devidamente tratados.Cumprimentos ao meu colega de Coimbra e saudações académicas a todas as instituições de ensino superior.

Daniel Andrade disse...

Como finalista de Eng. Informática em Tomar, só posso dizer que gostei do tempo em que pude praxar, mas foi o ano de caloiro que mais adorei em todo estes anos académicos.

Entrei na segunda fase e nesse período as praxes estavam um pouco calmas, e só após duas semanas é que voltaram a haver praxes dignas, com actividades entre todos os alunos do Politécnico.

Nessas duas semanas, não conhecia ninguém, fumava cerca de 2 maços de cigarros por dia e estava a entrar numa espécie de depressão por sentir-me um pouco excluído.

Só posso dizer que se não fosse as praxes, não teria conhecido o que considero agora como grandes amigos e ter experienciado situações únicas na vida académica.

Mas condeno sem dúvida toda a praxe que atenta à integridade física e psicológica (extrema), pois não é uns gritos e algum esforço físico que vão fazer mal a quem quer que seja.
(A mim fez-me bem..)

Eduardo J. P. Godinho disse...

Boa tarde. Durante dois anos fui Dux de uma academia lisboeta. Para mim, e para os meus veteranos, padrinhos e restantes membros da festa académica (praxe) esta foi sempre encarada como um momento solene e único de interacção social no seio da academia. Um momento fulcral de apresentação do caloiro à comunidade estudantil que o acolhe. Violencia nas praxes, não! Obrigatoriedade da experiência da praxe, também não! Tive várias vezes interacções com os membros do M.A.T.A. que apesar de se considerarem um movimento livre, já se comportaram como "fura casamentos" na festa (praxe) que não foram convidados. Mas lá está, a liberdade de uns acaba onde começa a liberdade dos outros.
Praxe é festa, é interacção social e quem a encara de espirito aberto só fica a ganhar.

menina-m disse...

A ignorância é de facto o mais perigoso aliado da praxe.

Quando entrei na universidade do Porto fui convidada a participar na praxe. Fui uma manhã e não voltei mais porque não tinha vontade. Na altura ninguém me perguntou nada, não tive nenhum tipo de sanções ou repreensões, muitas vezes pelo contrário.

Comprei e usei - na serenata e no cortejo - o meu traje académico que, de resto, usarei aquando da defesa da minha tese de doutoramento.

O que me assusta agora é que cada vez mais vejo na minha faculdade, onde a praxe existia de modo mais ou menos difuso e, acima de tudo, liberal, o crescimento de abusos e pressões sobre os novos alunos. Há 7 anos nunca tinha ouvido ninguém a chamar "abécula" ou "besta" a ninguém, como ouvi ontem.

Sem dúvida, o pior é o radicalismo que, creio, existe de parte a parte - da praxe e dos antípodas, mata's e movimentos assim. Não há debate mas sim insulto. Lamentavelmente, uma maioria silenciosa e equilibrada acaba por não ter grande voto na matéria.

CLAUDIO PEIXOTO disse...

fui aluno da universidade do minho m 2006, fui recebido por uma praxe violenta que tentou ultrapassar os meus valores morais. Foi uma praxe violenta que inves de me ajudar a integrarna universidade fez-me recear ainda mais o local deconhecio onde estava, pois tudo aquilo era novo para mim. Quando tentei abandonar as praxes fui ameaçado com um possivel desprezo por parte dos outros alunos, e que não poderia se quer trajar.
A violencia com que fui recebido, a submissão exigida fez me desistir do curso. Hoje não sou licenciado por caua da praxe academica, que tentou ultrapassar o meus valores morais.

CLAUDIO PEIXOTO disse...

fui aluno da universidade do minho m 2006, fui recebido por uma praxe violenta que tentou ultrapassar os meus valores morais. Foi uma praxe violenta que inves de me ajudar a integrarna universidade fez-me recear ainda mais o local deconhecio onde estava, pois tudo aquilo era novo para mim. Quando tentei abandonar as praxes fui ameaçado com um possivel desprezo por parte dos outros alunos, e que não poderia se quer trajar.
A violencia com que fui recebido, a submissão exigida fez me desistir do curso. Hoje não sou licenciado por caua da praxe academica, que tentou ultrapassar o meus valores morais.

Ana disse...

Boa tarde,
Estou a terminar o curso, fui praxada e praxei. E tenho orgulho em dizê-lo. Sou aluna do Instituto Politécnico de Leiria. Para mim a praxe é brincadeira e uma forma dos alunos se conhecerem e criarem um grupo coeso. Fala-se sobre a anti-praxe mas se formos a ver a maior parte dos alunos "alinham" na praxe.
Nas matriculas praxei caloiros (que sim, denominamos de "bestas" até ao dia do baptismo, e nunca me senti inferior por ser chamada de besta quando o era), e os caloiros foram praxados à frente dos próprios pais, que se riam com a praxe. Acham que se fosse violenta os próprios pais se iam rir? Penso que não. Os meus caloiros disseram-me terça feira que a comunicação social faz-lhes ver a praxe de uma forma medonha e no entanto estão a adorar a praxe. Muito sinceramente não concordo com a praxe na maioria das escola agrárias, mas isto é opinião pessoal, penso que são os sítios onde a praxe é excessiva.

Unknown disse...

Quanto custa um desses trajes académicos? Podem todos os alunos comprar? Tem alguma função real o traje, que não seja criar um certo classismo no seio do conjunto dos universitários? Não será a praxe uma consequência de um abuso realizado pelos finalistas ou veteranos que se acham com mais direito a isto ou aquilo do que os caloiros, que deveriam ser protegidos e até muito bem recebidos nas respectivas faculdades? Não chegam já as diferenças entre o professor universitário "intocável" e o "mero" aluno ou aluna, futuro da sociedade? O problema é só a praxe? Um professor universitário espanhol, ex-aluno, amante de Portugal

Work in progress... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...

Sou recém-licenciado e não fui praxado porque era trabalhador-estudante e não tinha tempo. Na minha opinião a praxe é um comportamento desviante e praticado por pessoas frustradas que descarregam a sua frustração noutras pessoas que estão altamente fragilizadas. Essas pessoas deviam preocupar-se em estudar e acabar o curso, talvez assim não necessitassem de praxar outros para se sentirem realizados. Considero grave e lamentável comparar a praxe à outro tipo de violência e por ai se vê a mentalidade desses dois indivíduos que ai estão.

André Forte disse...

Em Coimbra, a Direcção-Geral da AAC deveria ser, supostamente, desligada da praxe. No entanto, com a ingerência do Conselho de Veteranos, aqueles que deveriam defender os estudantes estão a favor/ exercem praxes abusivas. O que tem Jorge Serrote a dizer sobre isto?

Mais, na ESCS, em Lisboa, quem não é praxado, não pode usar traje...

DominGoD disse...

Boa tarde.
Apesar de não frequentar actualmente nenhuma universidade impede-me de falar com conhecimento de causa, contudo tenho imensos amigos que são caloiros e outros tantos que já são doutores, o que me levou a já assistir a imensas festas dentro da comunidade universitária.
De todas as vezes que assisti a uma praxe e visto que para quem não está directamente envolvido é mais fácil analisar, cheguei sempre a mesma conclusão, numa instituição onde a cultura e o conhecimento deveriam ser o ponto chave de todos e o objectivo principal, reparei que afinal são os mais "incompetentes" e os que apresentam maior défice de aprendizagem os que tem maior estatuto dentro da universidade e da comunidade estudantil. Em jeito de piada costumo dizer que "quanto mais estúpido maior é o estatuto". Em jeito de compensação agrada-me saber que muitos daqueles aclamados "doutores" apenas terão poder durante esta altura da vida e apenas nesta altura são detentores de subalternos, porque a forma como é aplicada a praxe e principalmente a forma como falam para o caloiro é conotativo de uma falta de respeito pelos demais.
A integração de um aluno pode ser feita de uma forma muito mais simples e não de uma forma que o ridiculariza e obriga a ser vexado.
Continuação de um bom programa

feija disse...

Praxe é hierarquia entre pessoas (estudantes) com os mesmos direitos.
Praxe é jogo de coacção e submissão.
Praxe é violência nas relações de sociabilização e invasão do espaço público.

É inconformismo, facilitismo, falta de pensamento crítico...

A Universidade é (ou deve ser) o oposto.

Ana Feijão

chavalier disse...

Eu sou maior de idade, vou para estudar. Sou livre de fazer e não fazer.

Adoro a praxe e sou o primeiro a dizer para não passar por isso se não quero.

E essa senhora que ai está que me explique porque fez algo que não queria? à que manter a calma e saber que se se der exagero pode pôr em tribunal.

Divirtam-se caloiros e levem na desportiva, não oiçam estes contras. É só uma vez na vida!!

Su disse...

Na verdade só vai a praxe quem quer ir, só participa nas acividades quem quer. Ja fui praxada e nao gostei apartir desse momento deixei de ir ás praxes convocadas na minha faculdade por discordar imenso do modo como eram feitas, no entanto nunca me declarei anti-praxe até porque nao sou contra (consegui contornar certos aspectos que não me agradavam e nunca fui "excluida" por isso). Na minha opinião só se deixa humilhar quem quer. Praxe sim mas com uma cara renovada e deixando alguma da sua perspectiva mais tradicionalista.(quem sabe substituir determinados abusos por palestras ou quem sabe debates acerca de assuntos com utilidade social)

Su disse...

Tenho 19 anos, e entrei agora para um curso superior em Coimbra. No dia da matricula já foi praxada e achei algo simples (talvez por lá estarem muitos pais dos alunos)... Vou começar as aulas para a próxima semana e receio um pouco que as praxes comecem realmente a ser bastante mais serias, mas não me vou importar de entrar na brincadeira, não quero ser anti-praxe mas não estou disposta a fazer tudo o que pedem... tenho muitos colegas mais velhos que me contam como foram praxados na sua altura, e algumas das histórias assustam-me um pouco, desde praxes muito humilhantes, violentas e ordinárias... não sou totalmente anti-praxe mas acho que não é preciso praxes violentas para entrar-mos no espírito académico ...

Joana disse...

São sempre interessantes os temas do Sociedade Civil e este não é excepção.
Gostava de partilhar convosco que estudei no Instituto Politécnico de Coimbra e, por não estar de acordo com as tradições impostas, vi-me obrigada a declarar-me anti-praxe (preenchendo um papel de validade discutível...)
A consequência foi ver o meu nome escrito a vermelho em várias vitrines da escola: "a aluna.... declara-se anti-praxe".
Ora, por experiência própria, considero a praxa/tradição académica algo primitiva, visivelmente discriminatória e completamente obsuleta num estado que se diz democrático.
Os meus cumprimentos à equipa!

Soraia disse...

Não sei como é a praxe nos tempos que correm. Quando entrei para a faculdade em 1997 não era muito simpática...
Na altura tinha uns quilinhos a mais e era conhecida como "a gorda", para os veteranos não tinha nome, era "a gorda". Foi muito humilhante...cheguei a ser leiloada juntamente com outros colegas e fomos chamados "O lote das aberrações", tudo porque havia colegas mais gordos, mais magros, com uma deficiência no rosto...não tenho boas recordações daquele tempo, e tenho pena disso.

feija disse...

Praxe é hierarquia entre pessoas (estudantes) com os mesmos direitos.
Praxe é jogo de coacção e submissão.
Praxe é violência nas relações de sociabilização e invasão do espaço público.

É inconformismo, facilitismo, falta de pensamento crítico...

A Universidade é (ou deve ser) o oposto.

Ana Feijão

Unknown disse...

A Praxe no ISEP
Os alunos caloiros que estão a ser submetidos à praxe têm que cantar a viva voz, em plena cantina, perante alunos, funcionários e professores, canções com letras cheias de palavrões do pior que há, sem qualquer vergonha e respeito por quem está à volta. Até hoje ainda não percebi como é que ninguém interveio no sentido de impedir estas situações, nomeadamente os próprios professores e os responsáveis da instituição.
Será que a falta de respeito é permitida sob a alçada da praxe.
E isto é o que está à vista.....sabe-se lá o que vai para além disto. Já para não dizer que os caloiros têm que chamar de doutores a alunos do 2º ano que tem cadeiras atrasadas do 1º e que fizeram maior parte das disciplinas com 10 valores e passaram o anos inteiro a jogar às cartas no bar da faculdade. Esta hierarquia é absurda.

Unknown disse...

Boa tarde,
fui aluno da universidade do minho. A praxe que é suposto funcionar como integração por vezes tem o efeito contrário, pois na universidade do minho é preciso assinar esse tal documento que falam para se declarar anti-praxe e ao faze-lo ficasse de fora de toda uma serie de actividades que até são engraçadas, mas sendo anti-praxe, tal participação não é possivel. A praxe por vezes tem interesses preversos por trás por parte de quem as faz.

Bárbara disse...

O problema está na exclusão que a praxe diz não impor aos anti-praxe. Essa exclusão acontece desde o primeiro dia, desde a impossibilidade de participar no cortejo, serenatas, recepção de caloiro etc.
Estudo na Universidade do Porto e a própria Federação Académica do Porto defende que se tratam de actividades meramente praxistas e sendo assim, encerram-se as hipóteses da tal "integração" ao terminarem as instituições a que se pode recorrer.
Há um "sistema " que forma um todo coerente, todos defensores dos mesmos ideais praxistas.
E saliento que em muitas faculdades a grande maioria dos alunos são anti-praxe.

Grimoire disse...

Rui
Universidade de Coimbra

Estupidez não é praxe.
Normalmente o que é criticado, e bem, é a estupidez e não a praxe. Confundir estas dois conceitos é não saber o que é a praxe.

Praxe todos fazemos entre amigos, todos brincamos, todos cantamos etc

Não nos esqueçamos que a grande maioria dos estudantes são adeptos da praxe, tanto quando entram na Universidade assim como quando já lá estão há alguns anos e, como tal, não deve ser algo assim tão mau quanto algumas pessoas a tentam pintar. Será que a grande parte dos estudantes não têm inteligência e apenas uma minoria de iluminados é que estão correctos?

O Dux Veteranorum, em Coimbra, é eleito pelos seus pares ao contrário do que a representante do M.A.T.A. referiu.

Rui
Universidade de Coimbra

chavalier disse...

Eu sou maior de idade, vou para estudar. Sou livre de fazer e não fazer.

Adoro a praxe e sou o primeiro a dizer para não passar por isso se não quero.

E essa senhora que ai está que me explique porque fez algo que não queria? à que manter a calma e saber que se se der exagero pode pôr em tribunal.

Divirtam-se caloiros e levem na desportiva, não oiçam estes contras. É só uma vez na vida!!

Tafetá disse...

Boa tarde!
Chamo-me Sara e Já acabei o curso há dois anos no Porto e posso dizer que entrei na faculdade a medo: Cidade nova, pessoas novas e ainda a praxe que ia muito reticente. O que é facto é que ainda não sabia bem do que isso se tratava, logo não poderia dizer se gostava mesmo ou não.

Decidi ir ver e experimentar o primeiro dia de praxe, o que é facto é que gostei tanto que acabei por estar inserida em todas as organizações e tradições académicas, até como comissão de praxe (membro organizador).
Reparei que simplesmente a praxe se torna uma brincadeira e que me ajudou imenso na integração com outros colegas e na própria faculdade. Posso dizer que gostei muito de ser praxada e que é bem melhor do que praxar. As aulas começaram depois da semana de recepção ao caloiro e fui para a faculdade feliz por não me sentir tão perdida e conhecer já algumas pessoas.

O código de praxe vem como normas de ajuda a quem organiza a praxe, é preciso ver que há praxe a doutores que não saibam praxar. Já assisti a várias proibições de praxar simplesmente porque não fizeram algo tão correcto. Alguma linguagem menos correcta ou um abuso.

é preciso também lembrar que tunas, cartolas, etc fazem parte de uma tradição académica.
Cartolar é mais uma das insignias que todos os que são praxados recebem a cada ano que passam... será justo os que sempre se mostraram contra tudo isso no ultimo ano quererem cartolar??

Outra coisa importante que ainda não foi referida é que uma pessoa apenas com duas matriculas não pode ainda praxar, o motivo disto é exactamente para que possam ver outros mais velhos e aprender como melhor praxar, terem ideias para fazerem com os caloiros etc

Acho saudável e essencial!

Nuno disse...

Enquanto aluno de Coimbra, constato que a praxe tem sido um elemento de integraçao, e raramente um elemento de exclusao e/ou discriminação. A maioria dos estudantes fá-lo, pois ja passaram por essa situaçao, e sabem que os laços que se criam entre caloiro/doutor irão perdurar para uma vida de camaradagem e companheirismo.
Alem do mais, devo alertar que a praxa só é aplicável àqueles que assim o entenderem, Nao é obrigatoria, e todos aqueles que nao concordarem, poderao livremente passar ao lado de tamanha "selvajaria", como é apelidado por alguns.
Cumprimentos.

Sílvia Alves disse...

Totalmente de acordo com Daniela Pereira.

Como é que a Universidade, instituição, recebe os estudantes?

Vale a pena reflectir sobre a opinião de Helena Matos, hoje no Público: "Quando as instituições não cumprem o seu papel, outros ocupam o seu lugar"

http://twitter.com/Bruxinhadepapel

joana disse...

Boa Tarde . Eu sou de Braga da Universidade do Minho e também não concluí a praxe, uma vez que nao fui bem acolhida.

Na minha opinião a praxe do meu curso (o qual não quero revelar para não me causa problemas) não é um acolhimento para os novos alunos, uma vez que nos humilham e nos esgotam psicologicamente. Não digo que sejam todas assim até porque tive colegas de outros cursos e universidades que adoraram, mas a verdade é para mim a praxe fez que tivesse problemas sérios a nível de saúde.

Já agora aproveito para perguntar ao presidente da associação académcia, o Pedro, se uma pessoa que não foi praxada se pode vir a vestir o traje..


Obrigada

Unknown disse...

Estão a falar de tradição das praxes. Em Barcelos o IPCA existe há 12 anos e "importou" a tradição da UM.
Sou jornalista e fiz o ano passado uma reportagem com fotografias com alunos cheios de ovos e farinha na cabeça, de joelhos, enfiados dentro de um chafariz. onde está a integração nestas práticas.
Depois de publicado o artigo, ainda recebi mails insultuosos pela critica ao abservado e provado pela fotos.
Pergunto como será o futuro deste ensino "superior" com gente com este tipo de mentalidade?

Isa Costa disse...

Boa tarde. Sou aluna da Escola Superior da Educação de Coimbra.

No que diz respeito às praxes acho que as praxes devem ser o andar a cantar as mesmas músicas sugestivas de há anos e anos (eu já estou aqui vai fazer 6 anos), os tradicionais "Caloiro! Tá de quatro!", enfim.... A praxe deve ser usada para a integração, a boa disposição, o convívio, a partilha de ideias, o tirar de dúvidas.

Falando de integração penso que é um absurdo vedar o que quer que seja de nível académico a quem não quer ser submetido à praxe tal como o Traje, à Tuna...

Na minha primeira praxe (FDUC) não aprendi nada.... Na ESEC (Teatro e Educação) conheci pessoas.... mas já sabia o que era a praxe, sendo caloira estrangeira....

Não sou contra a praxe mas noto que as praxes estão enjoativas. Espero que eu enquanto Doutora possa praxar com inteligencias.

Saudações

Isa Costa

Finalista de Teatro e Educação
ESEC

Unknown disse...

a dupla de defensores da praxe vai acabar na política, pela forma esquiva como tentam fugir do tema principal, e pelo ar de sobranceria com que olham para "os outros". Fantástico

eu e mais disse...

Olá,
sou aluna de Coimbra, quero deixar a minha opinião quanto a este assunto. Existe um assunto que acho fundamental, o facto de quem não quer entrar no mundo da praxe ser obrigado a fazê-lo. Eu vivo em uma casa que se situa em frente a um espaço onde durante esta época os "praxistaas" se reunem, é simplesmente insuportável. Desde de metade da tarde até ao inicio da noite é impossível estar em casa, o barulho (gritos), os vómitos (pois começam a beber muito cedo), o facto de urinarem a rua e até em frente à porta de minha casa, é insuportável. E quando já não suporto mais estar em casa e por tal dirijo-me à rua, é pior, pois este palco encontra-se por todo o lado. Acho vergonhoso, a cidade encontra-se num estado de degredo que deixa muito de lado a ideia de uma suposta intelectualidade/formação que a universidade deve fornecer.

cumprimentos,
Mariana Pinto

eu e mais disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Grimoire disse...

Rui
Universidade de Coimbra

Só participa na Praxe quem quer.
Assim sendo, porque é que quem é contra a Praxe insiste em tentar combate-la e insiste em tentar convencer as pessoas a serem contra a Praxe?

Todos os estudantes têm capacidade de pensar por sí e decidir por sí.
Os factos e os números são claros e estão à vista de todos.

Rui
Universidade de Coimbra

Unknown disse...

Sou aluno da Universidade do Minho, não fui praxado e não praxei. Não deixei de conhecer toda a gente da mesma forma, todos os colegas me conhecem e não precisei das praxes para coisa nenhuma. O que mais me incomoda, são os alunos com mais matriculas e com menor capacidade, para não dizer por outras palavras, tem autoridade sobre os alunos mais novos, obrigando-os a fazer coisas impensáveis. Não se admite o dito "papa" ter 12 ou mais matriculas e considerar um modelo para os mais novos. O que anda ele a fazer lá tanto tempo? Que direito tem ele de andar a desperdiçar dinheiro e tirar um lugar a outro aluno com mais potencial?
Quando se diz aí que se pode declarar anti-praxe, todos sabem que na realidade não é assim. Existe muita coacção psicológica e mesmo física para que tal não aconteça. Acho que toda esta actividade das praxes deve ser repensada. Há algumas iniciativas da associação académica como o pedy-paper que favorecem a integração e não as ditas praxes, onde os piores alunos ditam as regras!

Patrícia Silveira disse...

O conceito praxe está subvertido. O conceito de violência na praxe está completamente subvertido.
Os dois alunos que estão no programa a representar as associações académicas, sabem que esta é a realidade e que todos os dias os novos alunos são desrespeitados física e psicologicamente.
A violência não é só actos explícitos de agressividade. Violência é tão simplesmente um berro ao ouvido, a obrigação de rastejar, fazer flexões, estar 3 ou 4 horas seguidas a ouvir insultos (bestas e etc.).
Sejamos realistas, sejam realistas e admitam que hoje em dia a praxe não é integração.

Unknown disse...

Eu lanço um desafio.
Vão a todas as universidades com tradição académica da praxe e perguntem o grau de satisfação dos caloiros.
Muitos dos presentes no programa de hoje irão ficar surpreendidos com o resultado.

Ontem os caloiros do iscte até se atiraram ao lago do campo grande, durante o baptismo, por sua própria e livre vontade! Não me digam que se eles não gostassem se atiravam para lá por sua iniciativa.

imaginem por exemplo que um morador de uma certa zona faz uma ilegalidade, condenamos toda a zona por pelo mesmo crime?

é óbvio que existem ovelhas negras em todo o lado, e a praxe não é excepção.

no meu ano de caloiro o M.A.T.A. faltou nos ao respeito ao entrar no meio da nossa praxe, distribuindo flyers sem pedir licença ou dar uma palavra sequer.

os praxantes, disseram nos para aceitar os flyers, deram nos tempo para os ler, e que quem concordasse que não tínhamos problemas em ir embora.
conclusão: cerca de 110 caloiros, eu incluído, lemos, dobramos, colocamos no ecoponto, e continuamos a ser praxados. Não houve uma única desistência.

Caloiro uma vez, caloiro para sempre!

Ricardo S. Coelho disse...

Dizia a Filipa "Os diversos códigos de praxe são escritos de maneira irónica, principalmente. Com bastante ironia, brincadeira e muito sarcasmo..."
Claro. Os códigos de praxe, apresentados como os praxistas como um meio de auto-regulação, de protecção dos direitos dos praxados... não são para se levar a sério. Isso já eu sei, obrigado pelo esclarecimento.
Em compensação, os constantes e inevitáveis abusos de praxe devem ser levados bem a sério mas há sempre uma tentativa de encobrimento pelos praxistas (as tais tácticas de gangue). Quem é alvo de um abuso deve fazer queixa à polícia e não aquela coisa medieval que é um tribunal de praxe.
Deixo apenas um conselho: leiam essa coisa macabra que é um código de praxe. Depois digam-me como é possível travar abusos quando há um sistema ultra-hierárquico em funcionamento sem quaisquer regras.

Ricardo Coelho

Lynch disse...

Boa tarde,

nao consigo compreender o Pedro Soares. Basta ir agora ao campus da universidade do minho para vermos "doutores" a berrar com os caloiros, a subjugá-los e a incitar ao palavrão.
Tradição? Devemos manter as tradições por serem tradições? Nessa ordem de ideias, hoje ainda as mulheres não tinham direito a voto, as minorias não tinham qualquer direito.
Os alunos participam por livre espontânea vontade? As multidões que apoiam os regimes facistas também o faziam. É uma falácia o dizer.
Como pode a associação académica apoiar os estudantes anti-praxe se a sede do cabide dos cardiais é na sede da associação? Que independência a associação académica pode assegurar? Nenhuma.

Como investigador na UMinho devo dizer que, ao longo destas semanas de praxe, decorrem conferências e congressos internacionais na universidade e é embaraçoso e humilhante para nós explicar aos colegas estrangeiros aqueles actos indescritíveis.

É assim que as associações académicas promovem nos futuros quadros que liderão o País a igualdade, a justiça, a democracia? Não. Algo vai mal quando vejo dois jovens a defender o indefensável.

Diogo Lamela

Pedro Miguel Simões Oliveira disse...

Concordo plenamente com o que a Daniela Pereira acabou de dizer no programa. Ninguem deve ser praxado se não quiser. É um absurdo. Afinal estamos ou não em liberdade democrática e de pensamento?

Marisa Raquel disse...

As "Penalizações" anti-praxe são identicas por todo o país. Eu declarei-me antipraxe porque no meu ponto de vista humilhação não é integração... Entrar em caixões só porque alguém se lembrou que no enterro do caloiro fica bem, não me parece muito consciente. Conheço pessoas que foram para o hospital com suspeita de traumatismo craniano! A academia pode ter coisas maravilhosas... mas nada que justifique a humilhação quer fisica quer psicologica que se sofre...

andreia disse...

Boa tarde.

sou aluna da universidade de coimbra, na faculdade de direito.

Sou praxista, e uma das melhores alunas do meu curso.
por isso considero que a ideia de quem praxa, sao burros é uma ideia pre-consebida.

adorei a praxe e fiz grandes amizades lá.

parabens pelo programa.

Andreia, Coimbra

Daniela - Biologia 12º Ano disse...

A praxe tem como objectivo integrar os alunos do primeiro ano que se deparam com uma nova etapa na sua vida, adorei o tempo em que fui praxada, antes de passar por esta experiência tinha muito medo das praxes porque sempre ouvi dizer muito mal destas, mas isso não passam de "mitos". Desejo muito boa sorte aos novos caloirinhos principalmente aos da Universidade de Coimbra e aproveitem as praxes ao máximo....

Maria disse...

Tal como em todas as instituições, também na praxe há bons e maus exemplos. Eu fui praxada e faço parte da praxe há 4 anos, sendo que durante este quatro anos nunca vi ninguém ser forçado a fazer algo que fosse contra os seus princípos ou que representasse algum tipo de violência física para os praxados. Todos os estudantes que entram para uma faculdade são livres de escolher participar ou não na praxe. Inclusivamente, qualquer aluno pode participar na praxe e posteriormente deixa-la.
Relativamente ao traje académico, o traje é isso mesmo, é académico e não praxistico, e portanto todos as alunos o podem usar.
Quanto às reprovações, posso dizer que são muitos os exemplos de alunos que terminaram o curso nos anos certos, e com médias bem superiores a 10 valores.

Unknown disse...

Viva!
A minha praxe foi em 1998 e considero que foi muito útil à minha integração académica. Sou de Lamego e fui estudar para Lisboa, onde não conhecia ninguém e hoje tenho os meus melhores amigos. Fui praxado na Faculdade e na Residência Universitária. O princípio da praxe é honroso. Infelizmente só se salientam os poucos casos que mancham a tradição.
Continuação de bons programas.

êxtase disse...

Sou claramente a favor das praxes académicas. Fui praxado há 6 anos, e tenho vindo a praxar desde há 4 anos.
Eu não faço de praxe uma forma de me sobrepor aos recém-chegados! Apenas uso a mesma para os juntar e para lhes indicar que, durante o tempo de curso, deixa de haver "apenas o eu" mas sim, o "nós"!

Quem é que foi militar?

Penso que a este andamento, também começarão a existir pessoas contra as forças militares e suas pedagogias de ensino e treino!

Quanto à praxe apenas penso uma coisa. As entidades responsáveis pelas praxes devem ser civilmente responsáveis e juducialmente reconhecidas como associações. Só esse será o caminho para que a praxe deixe de andar pelas ruas da amargura.

Quanto ao movimento anti tradição académica, penso que deveriam antes de aparecerem em público, mudar as siglas. Esses senhores e senhoras não devem invocar o factor "VIOLENCIA nas praxes" quando as suas siglas indicam "MATA".

Cumprimentos,

Carlos Dias

GP disse...

Fui praxado um dia, não fizeram nada de mal apenas não gosto das "brincadeiras",pois tenho dignidade e simplesmente não gosto,nao sou anti-praxe quem gosta deve-o fazer. Agora uma colega que se declarou anti-praxe,foi imediatamente dito que não podia utilizar traje nem participar nas actividades académicas e o mesmo se está a provar-se pois já houve várias iniciativas que não são humilhantes em que não podemos participar, 60% das pessoas que conheci no primeiro dia de praxes faltaram o resto da semana, não sei se é por falta de oportunidade,mas ninguem dos praxadores me voltou a falar e ja passou quase duas semanas. Não deveria haver um orgão(NÃO É UM CÓDIGO) que tivesse por cima? Não me sinto integrado mas ou tenho uma postura de violencia para não querer ser praxado ou estou calado e a ver pois liga aos que nao querem ser praxados, então a praxe não deveria ser para integrar?

Carla Silva disse...

Olá boa tarde, sou aluna da Universidade do Minho, de Braga, e gostaria de dizer que nunca fui praxada, uma vez que sempre fui trabalhadora-estudante. Nunca me impuseram, nunca fui obrigada a tal mas também nunca tive oportunidade. Tenho imensa pena de não ter sido praxada, não sou anti-praxe e nunca assisti a nenhuma praxe violenta na minha Universidade. Aproveito para cumprimentar o meu colega Pedro que está a representar, e muito bem a nossa Universidade.

Unknown disse...

Neste dias, sempre que chego à Universidade vejo moços a rastejar na terra e personagens a gritar-lhes na cara. Sinceramente não vejo como isto poderá ser divertido e integrante.
O facto de ser tradição não faz disto uma boa prática.

one more disse...

Só quero relembrar que o Kit caloiro que ai falam pagasse, quem queira quem nao queria, logo à partida somos obrigados a comprar/pagar material ofencivo a nos mesmos. e isto poderá ser so o inicio...

Muito obrigado
Zé Silva

Unknown disse...

A praxe é como a tourada.
Uma tradiçao em que as bestas sao dominantes.

Marta Sofia disse...

Boa Tarde!
Ingressei este ano numa universidade em Leiria e devo dizer que estou a adorar a praxe.
Considero uma fase importente no que toca ao conhecimento de novas pessoas e experiências.
Até agora os caloiros têm sido tratados com respeito e preocupação não atingindo limites físicos e\ou psicológicos.
Em relação aos que consideram anti-praxe, tenho um caso no meu curso que é tratado com igualdade.
Eu sou a favor da praxe moderada.

José Castel-Branco disse...

Pela minha experiência pessoal e profissional penso que a praxe deve existir, pois serve para inclusão das pessoas numa nova realidade e até localidade, conhecer novas pessoas..., mas quando a praxe passa pela humilhação das pessoas, automaticamente deixa de ser praxe e passa a ser estupidez e deve ser severamente punida. Casos como já vistos na TV em Coimbra de andarem a passear os caloiros pelo jardim público com trela como fossem animais é condenável (não é praxe é estupidez). A praxe deve ser séria, honesta e pensada. Nunca por nunca humilhar as passoas.

CME disse...

Os maiores problemas da praxe resultam da conjugação de três factores: poder (sobre os caloiros) arbitrariedade e impunidade.

É muito fácil transformar um grupo de pessoas individualmente moderadas numa turba prepontente.

Vejam o trabalho de Philip Zimbardo sobre esta "transformação" noutros contextos: http://www.ted.com/talks/philip_zimbardo_on_the_psychology_of_evil.html

Joana disse...

Cheguei este ano à universidade esperando encontrar pessoas intelectualmente desenvolvidas, com espírito de acolhimento etc . Cheguei lá e obirgaram me a cantar musicas obscenas e machistas.Recusei por motivos óbvios e depressa me ameaçaram de que nunca mais poderia usar traje e tinha de me declarar anti praxe. Isto tudo com estrema arrogancia e abuso de autoridade. Isto nao é integração

Kay. disse...

A praxe não é, de todo, uma forma de humilhação como muitos pensam. atrevo-me a dizer que mais conservadoras são as mentalidades anti-praxe por não conseguirem reconhecer uma tradição que em tanto enriquece a vida académica. Só quem a vive consegue perceber a sua verdadeira riqueza. Não podemos julgar uma coisa que mal conhecemos. Praxe vive-se, não se lê nos titulos dos jornais.

Era uma vez... disse...

Boa Tarde,

Eu já fui praxada há uns anos, no Porto.
Gostava de deixar uma observação simples, e que desde sempre me intrigou, pois não percebia porque não se apercebiam disso. A arbitrariedade, de que já se falou, é bilateral. Não é apenas o praxante, ou a comissão de praxe que convida para integrar e obriga o aluno, que ingressa na Universidade, a participar na praxe. O aluno é que decide se quer participar ou não, se será praxado ou não, é uma escolha livre. Se, em algum momento se sentir ofendido ou humilhado deverá manifestar-se e recusar participar nas actividades, porque seria o que faria se estivesse em qualquer outro lugar à mercê de qualquer pessoa. Ou talvez não! Salvo, como é lógico se o obrigassem com algum tipo de arma. Se assim for, na praxe devem denunciar essa situação! Agora, a minha experiência e de muitas das pessoas que foram comigo praxadas foi positiva, e sem dúvida uma possibilidade de nos integrarmos mais facilmente e perceber a dinâmica do mundo novo que se aproximava e da cidade tao distante de muitas terras natais.


Cumprimentos

Nícia Cavaca

Pedro Miguel Simões Oliveira disse...

Eu não fui praxado e conheço mais gente da minha faculdade do que certas pessoas que foram praxadas... portanto não é só pela praxe que os alunos se podem integrar.

Mónica Ferreira disse...

A praxe hoje em dia tem sido uma maneira mais facil de qualquer caloiro se integrar na universidade, em todo aquele ambiente universitario. Ajuda-nos a conhecer os nossos colegas de curso e restantes estudantes e é uma maneira divertida de conhecermos a universidade e a cidade onde estamos a estudar. Mas atenção que a praxe nao deve ser feita com um motivo de vingança, isto é, a pessoa que praxa nao deve faze-lo para se vingar da sua altura de algo que lhe fizeram e nao gostou! deve ser divertido tanto para quem praxa e para quem é praxado, podendo negar certas praxes, caso as ache inajustadas!
Agora eu nao concordo com os movimentos anti praxes, mas respeito é obvio!Mas acho que quem se declara anti praxe nao se devia trajar, pois se é contra as tradições academicas nao deveria trajar, pois isso é declarar-se a favor da tradição academica!Eu acho que as praxes sao tradições e espero que nao acabem nunca, pois tem facilitado imenso a integração dos estudantes no ambiente universitario e cria um enorme laço de amizade entre os estudantes!

Mónica Ferreira disse...

A praxe hoje em dia tem sido uma maneira mais facil de qualquer caloiro se integrar na universidade, em todo aquele ambiente universitario. Ajuda-nos a conhecer os nossos colegas de curso e restantes estudantes e é uma maneira divertida de conhecermos a universidade e a cidade onde estamos a estudar. Mas atenção que a praxe nao deve ser feita com um motivo de vingança, isto é, a pessoa que praxa nao deve faze-lo para se vingar da sua altura de algo que lhe fizeram e nao gostou! deve ser divertido tanto para quem praxa e para quem é praxado, podendo negar certas praxes, caso as ache inajustadas!
Agora eu nao concordo com os movimentos anti praxes, mas respeito é obvio!Mas acho que quem se declara anti praxe nao se devia trajar, pois se é contra as tradições academicas nao deveria trajar, pois isso é declarar-se a favor da tradição academica!Eu acho que as praxes sao tradições e espero que nao acabem nunca, pois tem facilitado imenso a integração dos estudantes no ambiente universitario e cria um enorme laço de amizade entre os estudantes!

Unknown disse...

Boa tarde!
Antes de mais quero cumprimentá-los pelo programa.
Fui estudante em Coimbra, local tão conhecido pelas fortes tradições académicas! Posso dizer que o meu ano de caloira foi o melhor ano de toda a minha vida de estudante. As praxes foram sem dúvida os momentos mais marcantes (pela positiva).

As praxes são uma brincadeira organizada e com um código que não permite quaisquer abusos físicos ou psicológicos.

Acho também importante referir que estamos a falar de alunos maiores de idade com livre arbítrio e que portanto podem simplesmente recusar as praxes...Se são contra as praxes assumam-se!!!

Acho uma hipocrisia tremenda dizerem que são discriminados por não poderem usar traje...Haverá maior símbolo da vida académica?

Cumprimentos.

Marina

Carlos Queirós disse...

Eu dou um exemplo credível onde a praxe é um factor de integração porque é o meu exemplo!
Eu entrei em Coimbra na 2ª fase de colocação nacional.
Nessa altura na minha faculdade já se tinham formado grupos e eu não estava inserido em nenhum. Ao ter um padrinho de praxe e ao participar na praxe, logo na quinta-feira seguinte estava inserido num grupo de amigos que ainda hoje são os meus amigos!!

Eu conheço pessoas que se metem de proposito com os doutores para serem praxados tal é o factor de integração e divertimento que ela dá!!

COIMBRA, é a melhor cidade para se estudar porque todo o lado CHEIRA A TRADIÇÃO! Isso arrepia quem cá vem pela primeira vez!

Não tem sentido acabar com isso!!

Anaísa disse...

Boa tarde!
Gostava de perguntar ao presidente da associação académica da Universidade de Coimbra se os alunos que entram na 2ª fase de Acesso ao Ensino Superior são recebidos da mesma forma e têm praxe como os outros caloiros?
E os alunos do 2º ano do curso, podem praxar? Não têm de pedir autorização aos veteranos?
Obrigada.
Sou completamente a favor da praxe, como meio de integração e no espírito de brincadeira tão característico dos jovens!

Madalena disse...

em respota ao Nuno:
Fui estudante até ontem na ESTeSC num curso de 4 anos que terminei em 4 anos. Fiz parte do antigo órgão máximo da praxe na ESTeSC e não foi por isso que não cumpri os meus objectivos académicos e não sou só eu porque a maioria dos estudantes da ESTeSC até conseguem terminar o curso dentro do "prazo" normal e até com boas médias. Portanto acho que não tem obrigatoriamente a ver as praxes com a vida boémia e o insucesso escolar. Fui praxada, adorei, praxei e tive caloiros a agradecer-me pela praxe que lhes fiz e a reconhecerem que adoraram. Agora é assim quando passam dos limites do código da praxe vigente, pelo menos na minha escola,existe um tribunal de praxe que funciona não só para os caloiros que não obedeçam aos trâmites da praxe mas também e principalmente aos doutores que abusam. Na minha escola, no 1.º dia é lido aos caloiros o código da praxe e apresentado o modo de recusa à praxe. A qualquer momento o caloiro pode declarar-se anti-praxe com um documento ao qual tem acesso logo desde o início.

Há que não marcar a praxe como sendo má pois ganham-se muitos amigos com ela.

Ricardo S. Coelho disse...

Se só vai à praxe quem quer, porque vão os praxistas esperar os alunos do 1º ano à saída das aulas em grandes grupos? Porque os apanham nos corredores e lhes pedem explicações se faltaram a uma praxe? Porque vão persegui-los quando se vão inscrever na faculdade? Porque ameaçam com a ostracização quem decide recusar uma praxe?

Ricardo Coelho

[^spoon^] disse...

Caro Sr. Doutor...O Euro 2004 que tem acesso a muito mais pessoas tinha como patrocinador oficial a Carslberg...Será que a queima das fitas tem tanto acesso às multidões como um Euro 2004?
Ou a Budweiser no Mundial 2010?

Rodolfo Morgado disse...

Na minha opinião, não faz sentido a existência de uma declaração anti-praxe. Faria mais sentido se os alunos que pretendessem ser praxados tivessem de explicitar a sua vontade.
O kit do caloiro "oferece-se", tal como foi mencionado, ou vende-se? É que no meu primeiro ano de universidade adquiri um kit do caloiro por 25€ (no acto de inscrição). Só passado um ano percebi que este era facultativo. Se este for o caso da Universidade do Minho, gostaria de saber de que forma os estudantes têm acesso à declaração anti-praxe. E já agora, qual é o destino dessas verbas, que são bastante significativas?

Rodolfo Morgado

admin disse...

para quem não viu...

http://www.youtube.com/watch?v=-4aMDaC_DU4&feature=youtube_gdata

e

http://www.youtube.com/watch?v=RQ512DRCQ48&feature=related

praxes deste ano no ISEL. Dizem tudo sobre violência psicológica e física

Mónica Ferreira disse...

A praxe hoje em dia tem sido uma maneira mais facil de qualquer caloiro se integrar na universidade, em todo aquele ambiente universitario. Ajuda-nos a conhecer os nossos colegas de curso e restantes estudantes e é uma maneira divertida de conhecermos a universidade e a cidade onde estamos a estudar. Mas atenção que a praxe nao deve ser feita com um motivo de vingança, isto é, a pessoa que praxa nao deve faze-lo para se vingar da sua altura de algo que lhe fizeram e nao gostou! deve ser divertido tanto para quem praxa e para quem é praxado, podendo negar certas praxes, caso as ache inajustadas!
Agora eu nao concordo com os movimentos anti praxes, mas respeito é obvio!Mas acho que quem se declara anti praxe nao se devia trajar, pois se é contra as tradições academicas nao deveria trajar, pois isso é declarar-se a favor da tradição academica!Eu acho que as praxes sao tradições e espero que nao acabem nunca, pois tem facilitado imenso a integração dos estudantes no ambiente universitario e cria um enorme laço de amizade entre os estudantes!

A.S. disse...

Não percebo o que faz um elemento do MATA neste debate, são extremistas e radicais. Esta matéria deve ser debatida por pessoas com bom senso e com abertura para debater estas questões. A Praxe varia de academia para academia, como tudo na vida ela tem momentos bons e maus. O que deve haver é um esforço para regulamentar a praxe e evitar os excessos, que nos últimos tempos têm vindo a diminuir. Os Códigos de Praxe salvaguardam todas as situações de humilhação e ofensa à integridade física, o importante é que as Comissões de Praxe o façam cumprir.

Unknown disse...

Fui aluno da universidade do minho. Falam desse caso de esclarece-lo,esses casos são muito habituais, desistências devido as praxes, o clima é realmente intimidatorio.

Pedro Miguel Simões Oliveira disse...

Exactamente, é importante referir o medo que causa as praxes nos alunos. O caso deste aluno que partilhou este facto da universidade do minho é importantissimo. Uma pessoa que não se licenciou por praxes parvas e sem fundamento nenhum.

Buxexinhas disse...

Fui estudante na Univ. Coimbra e o meu melhor ano foi o ano de caloira! O objectivo das praxes é integração dos novos alunos no seio académico. Tudo o que ultrapassa esse objectivo não é praxe... é humilhação pública e deve ser sancionada de acordo com o código da praxe! EM relação ao álcool... Acho que não depende unicamente do mundo académico mas sim da sociedade. Os adolescentes já entram na Universidade com hábitos alcoólicos.Penso que se deve desmitificar o facto de os estudantes universitários serem excessivos nos comportamentos e nos hábitos. Normalmente isso só acontece em festas como latadas e queimas das fitas e depende da consciência de cada um!

André Lopes disse...

Sou licenciado em Jornalismo e fui praxado duas vezes porque mudei de escola. Fui humilhado em praça pública, andei a rastejar pelo chão imitando vários animais, fiz várias posições sexuais com colegas. Tudo à frente das pessoas que passavam na rua, inclusivé crianças e pessoas com mais idade. Sempre fui contra as praxes e continuo a sê-lo. Conheço muitas pessoas que se integram bem no meio académico sem terem ido às praxes. Porque não vão os veteranos mostrar a cidade aos alunos, porque não vão ao café ou a outro sítio qualquer sem ser a ralhar ou a pintar a cara aos caloiros? Porque é que quando o caloiro se chega ao pé dos veteranos é logo tratado com arrogância? Pensei várias vezes em desistir da universidade por causa das praxes.Fui olhado de lado, mas ergui a cabeça e dei o meu orgulho por ser anti-praxista.
André Lopes
Sardoal

Carlos Queirós disse...

Eu dou um exemplo credível onde a praxe é um factor de integração porque é o meu exemplo!
Eu entrei em Coimbra na 2ª fase de colocação nacional.
Nessa altura na minha faculdade já se tinham formado grupos e eu não estava inserido em nenhum. Ao ter um padrinho de praxe e ao participar na praxe, logo na quinta-feira seguinte estava inserido num grupo de amigos que ainda hoje são os meus amigos!!

Eu conheço pessoas que se metem de proposito com os doutores para serem praxados tal é o factor de integração e divertimento que ela dá!!

COIMBRA, é a melhor cidade para se estudar porque todo o lado CHEIRA A TRADIÇÃO! Isso arrepia quem cá vem pela primeira vez!

Não tem sentido acabar com isso!!

neves disse...

Boa Tarde
Porque a maioria das praxes são à noite e a terminarem tão tarde e isso é negativo para a prestação do estudante, que tem aulas logo pela manhã. Acho ridículo que assim seja. Porquê tem de ser assim?

António Neves

cristina disse...

Boa tarde!
Em primeiro lugar quero cumprimentar e felicitar o meu ex colega Jorge Serrote, pois é com grande contentamento que o vejo a representar tão dignamente a Associação Académica de Coimbra.

Fui aluna da faculade de Direito e devo dizer que adorei a minha praxe; com ela conheci muitos dos meus actuais amigos e através dela pude viver o verdadeiro ambiente estudantil da cidade.

Coimbra é uma cidade de tradição, de sonho e no meu ponto de vista esse sonho deve ser vivido com a maior intensidade possível.

A praxe é uma forma de integração dos alunos, que desde que não seja levada a extremos, faz com que os alunos se sintam ainda mais ligados à faculdade em que ingressaram.

Sou completamente contra o "acabar a tradição", pois esta é fruto de uma história que nos foi legada e deve ser conservada, de modo ao estudante sentir-se melhor e bem recebido neste novo ambiente.

Quanto à tradição machista, penso que isso é uma ideia completamente errada.

O facto de a saia obedecer a certas medidas, acho que faz parte do bom senso de todas as pessoas.

A medida da saia é adaptaável, podendo ser mais curta ou mais comprida, de acordo com o gosto de cada pessoa, não devendo ser contudo imoral e ofensiva dos bons costumes.

Unknown disse...

Não se deixem enganar; Falta de auto-estima? Falta de auto-estima têm determinadas pessoas que abusam de outras quando em grande número. É triste constatar, mas há duas formas de divertimento dos estudantes e a segunda são as praxes. Mas realmente temos de ver mal nisso? Pois pergunto se não são a violência e a humilhação do próximo dos maiores prazes do homem?
Concluo por dizer que a segunda forma é obviamente o alcool!

Conselho: Divirtam-se vocês primeiro para aprenderem a divertir os outros.

ps. sou estudante (s/reprovar) há 6 anos!

Nuno disse...

Boa tarde.
Fui caloiro, admito que foi muito importante para a minha integração.Mas houveram excessos que condeno muito. Uma colega, após avisar que sofria de asma, foi praxada sem isso ter sido tido em conta...resultado, teve um ataque em plena sessão de praxes.Recuperou e naquele dia todos pediram desculpa...no dia seguinte, ocorreu a mesma coisa, mas mais grave. Ao chegar ao hospital desmaiada e após ser assistida de urgência, os médicos não acreditavam na sua recuperação. Felizmente ela recuperou, mas os excessos continuaram.
Para mim na maioria dos casos a praxe é muito violenta, temendo os estudantes declararem-se anti-praxe pois são marginalizados e ameaçados.
Praxes sim, mas violência não.

Angel_Girl disse...

Olá.
Este ano vou entrar para a universidade mas apenas vou ingressar na segunda fase.Mesmo assim ainda posso ser praxada? Confesso que estou ansiosa mas também receosa de ser praxada.
O meu irmão estudou no ISEL e acho que a praxe o ajudou muito a integrar-se no ambiente académico.
Apesar de haver certos abusos da praxe acho que essas situações são condicionadas pelo tipo de pessoas que a praticam.

Unknown disse...

Boa Tarde,
Acho que o MATA falha em muitos pontos, logo a começar pelo nome, pela sua agressividade. Porque querem terminar com algo, porque simplesmente não concordam. Quem praxa dá a possibilidade de o novo aluno querer ou não ser praxado o MATA quer simplesmente terminar com tudo, não dá a possibilidade de escolha a quem quer ser praxado.

Depois da praxe todos os alunos limpam os locais onde a praxe decorreu, o MATA escreve e desenha nas paredes, como o fizeram na minha faculdade.

Enquanto a praxe decorre, os elementos do MATA, escondidos atiram ovos a quem praxa e a quem está a ser praxado, isto aconteceu este ano. É assim que querem mostrar o vosso ponto de vista? Acho que o MATA apenas diz que esta mal, e há muita coisa que se deve melhorar, mas o MATA em nada contribui para uma melhoria, apresentem alternativas.

Obrigado
dura praxis sed praxis

Anaísa disse...

Boa tarde!
Gostava de perguntar ao presidente da associação académica da Universidade de Coimbra se os alunos que entram na 2ª fase de Acesso ao Ensino Superior são recebidos da mesma forma e têm praxe como os outros caloiros? Queria mesmoo saber, pf.
E os alunos do 2º ano do curso, podem praxar? Não têm de pedir autorização aos veteranos?
Obrigada.

Sou completamente a favor da praxe, como meio de integração e no espírito de brincadeira tão característico dos jovens!

sandra disse...

Sou ex aluna do Instituto Piaget. No primeiro ano do meu curso, tomei a iniciativa pessoal de não ir à praxe. No segundo ano como usava o traje académico, fui "ameaçada " por um elemento da praxe que cortaria-me a capa por ter faltado à praxe. Claro que não calei-me e avisei esse aluno que não ficaria calada se caso leva-se a avante o seu acto, que não o fez! Não devemos calar-nos isto ! A própria instituição aquando da nossa entrada avisou que não toleria actos de praxe dentro da própria instituição.
Muitas das minhas colegas tinham receio de dizer não se fosse praxadas. É isto o espírito académico! Ameaças veladas!

paulinho_tm disse...

Boa tarde! Fui praxado e ainda bem que o fui... facilitou-me bastante a integração na universidade. Existem exageros, é certo, mas em toda a vida os exageros estarão presentes. Abraços para o Minho e para Coimbra.

Jo disse...

A questão mais preocupante a meu ver, é o facto de a praxe ter como base o argumento que um aluno que entra para o primeiro ano de uma faculdade seja um ser humano inferior aos outros alunos que já lá estão. Esta base é o que torna tudo o que for inventado (com uma falsa desculpa de integração), um atentado à integração física de um indivíduo. Não é necessário existirem "abusos" para justificar a violência de uma praxe. A praxe é violenta, injusta e contra os direitos humanos só pela sua fundamentação.

ursula disse...

boa tarde

estou no segundo ano de engenharia fisica e estou na comiçao de faina (em aveiro n ha praxe, ha faina, e nao temos caloiros, temos aluvioes).
ontem, quarta feira, foi dia de praxe. eu tive varias reunioes com o resto da comissao para preparar a praxe. o que fizemos foi dizer aosaluvioes para se "autopraxarem". eles adoraram, e divertiram-se. nao ha uma unica flexao na praxe.
em aveiro quem n e praxado pode usarpraxe, mas nao pode usar as insignias, que sao os laços e os emblemas no gabao. eufui praxada e adorei.tenhoum problema nas articulaoçoes e o q nao me sentia em condiçoes pa fazer nao fazia. adorei. se as praxes vos magoaram, e porque sao fracos mentalmente pq eu tb "dou na cabeça" aos meus caloirinhos e ninguem se sentiu humilhado, ainda se riram de mim foi o que foi.
a minha mae foi ver as minhas praxes e ainda se riu de mim,e ontem teve comigo quando praxei pela primeira vez, e ainda se riu mais deles.
aqui aspraxes e pa se divertir poruqe so existem 30vagas, pouca gente, e facil a intregração e tb ha muitas festas para isso. e uma questao de divertimento. em aveiro a praxe e leve, eu sei,mas as praxes sao para os aluvioes e nao para os veteranos.

Unknown disse...

As praxes não fazem sentido. como é possivel que alunos que se querem formar academicamente defendam as praxes... isso a mim parece-me um insulto a inteligencia, praxar um aluno caloiro é um acto de cobardia por ter sido praxado e não conseguir romper o ciclo. praxar condiciona psiclogicamente. ja trabalhei em empresas com mais de uma centena de pessoas e nunca tive problemas de integração e acho essa desculpa mais um insulto a inteligencia de quem quer alcançar uma formação academica.... é sem duvida prepotencia mas não é facil admitir.

Unknown disse...

Sou aluno do ISMAI e acho a praxe fantastica.
Hoja esta muito dificil deixar comentarios.
A menina do MATA não sabe muito bem o que diz.
Quanto ao dr. não sabe é que grande parte dos senhores bebêdos não são alunos do ensino Superior.
É lógico que vão sempre publicitar negativamente a queima das fitas devido à focagem nas praxes.
Ninguém proibirá ninguém de fazer nada.
A praxe é algo maravilhoso.

A.S. disse...

Não percebo o convite ao MATA, eles são radicais e não estão dispostos a um debate aberto. Para mim são um grupo terrorista puro!!
Terrorista: Que prediz catástrofes ou acontecimentos funestos. Que espalha boatos alarmantes.

susana disse...

Não concordo com a violência da praxe. Não falo propriamente da violência fisica, a que nunca assisti, mas a humilhação e subjugação a que o caloiro é submetido(passar imenso tempo de quatro, olhos colados aos chão e berros constantes). Não podemos circular livremente pelo espaço universitario sem ser interpelados e ridicularizados. Onde fica a liberdade pessoal? alguém que não quer participar na brincadeira, seja ela qual for, tem de vincar a sua vontade em cada esquina, pois a pressão para o fazer é avassaladora!

A praxe dita normal, sem excessos, é, por si só,"invasiva".

Como caloira em Coimbra, assim que recusei dirigir o olhar para o chão fui afastada dos colegas do primeiro ano, avisada que se me atrevesse a vestir o traje ele seria rasgado em plena rua e ordenado que assinasse a declaração anti-praxe.

- disse...

Boa tarde a todos, desde já muitos parabéns ao Sociedade Civil pelo serviço público que realiza.

A praxe? Não há muito a discutir, apesar eu dar valor ao debate.
- Quem está de acordo, é praxado. - Quem não está de acordo, é deixado em paz.

Acho, no entanto, que é extremamente hipócrita aqueles que não são praxados e querem ter papéis na hierarquia académica (tuna, etc.) e querem trajar, quando repudiaram a tradição.

Tudo isto depende, da intensidade com que se vive a experiência no Ensino Superior. Passam por todos os cursos os verdadeiros turistas que não criam qualquer laço com professores, colegas ou funcionários.

Sobre a Praxe, há que discutir sim, o senso-comum, a educação de cada um (aquela ministrada pela família e não aquela que a família descarta sobre a escola) e a humanidade que está em declínio hoje em dia...

Vivam e deixem viver. O livre-arbitrio anda aí, agarrem o vosso...

Pedro disse...

Boa tarde,
Antes de mais gostariamos de dar os parabéns pelo tema escolhido, pois é um dos temas mais falados diariamente em Portugal.
Infelizmente na Praxe, como em todas as profissões, há bons e maus profissionais. A maioria das Praxes ditas "violentas" ou mal executadas, são feitas por alunos exteriores a organizações praxisticas, ou seja, por alunos que não apareceram no seu ano de caloiro(e nos seguintes), tendo a maior parte destes autodenominando-se anti-praxe. Como tal, talvez por inveja, ou por orgulho ferido, para dar má fama á Praxe, fazem todos os possíveis para simplesmente tentarem afastar todos os novos alunos da Praxe. A estes que têm "inveja" de uma organização bem sucedida, e que tentam fazer mal de maneira a que a Praxe organizativa seja afectada negativamente, nós só perguntamos o porquê, se a adesão á Praxe é voluntária e não obrigatória.
Falando agora do "uso" de álcool durante a Praxe, isso cabe a cada pessoa, pois os novos alunos(caloiros) já vêm com essa escola do ensino secundário. Ninguém é obrigado pelos Doutores/Veteranos a beber, se isso acontece, existe o Concelho de Veteranos para tomar as devidas acções penais (informar a reitoria, policia).
Para acabar gostaríamos de esclarecer um ponto muito tocado na Universidade do Porto, que é,O anti-praxe tem o direito de Trajar, mas é proibido de Praxar, e não pode participar em eventos praxisticos.
Elementos da Academia do Porto

Ana disse...

Boa tarde, volto a comentar o vosso blog. tal como disse anteriormente, estou a terminar o curso no Instituto Politécnico de Leiria, nomeadamente ESTG. Adoro a praxe, sempre praxei, e fiz o curso em 3 anos (falta-me apenas nota de estagio), irei terminar com óptima média e não bebo. Porque é que dizem que praxe é machista? não é. Porque é que dizem que há sempre álcool? Não há. Porque é que dizem que são repetentes quem praxa? Não são. Sou um caso raro? Acho que não. Quanto ao traje, em Leiria que é anti-praxe pode usar o traje. A única coisa que não podem fazer é praxar, e parece-me justo, não foram praxados logo não terão esse direito.

Filipa Gameiro disse...

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens é, infelizmente, generalizado. Dá-se mais atenção e relevo a este comportamento quando consumado em festas académicas apenas devido ao seu mediatismo. É uma hipocrisia falarmos dos litros de cerveja consumidos na Queima da Fitas e fecharmos os olhos às bebedeiras de miúdos de 14 anos no Bairro Alto, numa qualquer Sexta-feira à noite...

DOGFISH BROTHER disse...

Não precebo a indignação de certas pessoas em relação às praxes, é sem dúvida o tempo que guardo ocom mais saudade...
Praxei e fui praxada, muito dos que conheço tal como eu gostaram mais de serem praxados do que praxar.
Enquanto fui praxada foi-me dada a conhecer pelos "Senhores estudantes" os locais de mais importância na Universidade de Évora, tais como :serviços académicos, servições sociais, biblioteca, centros de cópias, irem connosco comprar o bilhete de autocarro com antecedência para ir de fim de semana.
Também erámos muito bem tratados, sempre que saíamos à noite depois acompanhavam-nos até casa para não sermos apanhados pelas trupe.
Também eu fui apanhada por uma trupe, e foi espectacular, pelo convivio e pelas amizades que vieram daí.
Sou totalmente a favor da praxe desde que seja feita por pessoas que saibam o que é a praxe, por pessoas que foram praxadas.
Agora as pessoas que não são praxadas e depois querem praxar são as piores, pois fazem aos outros tudo aquilo que não gostaram que lhes fizeram, humilham muito as pessoas, pois não sabem o verdadeiro significado da praxe!

Unknown disse...

gostaria de deixar uma ideia em debate: acho inadmissivel alguem que ainda há pouquissimo tempo defendia que as pessoas tinham o livre-arbitrio para escolher ser ou nao da praxe, conhecer ou nao as cidades por eles proprios uma vez que ja seriam maiores de idade e nao necessitariam de qualquer tipo de ajuda ou auxilio para a integraçao de alunos deslocados como é possivel usar «o mesmo aluno» para não ter sensibilidade/responsabilidade para escolher se vai beber ou nao e a quantidade que vai beber. se é assim porue existe um enorme debate neste momento nos EUA exactamente sobre a diminuilao do consumo do alcool e tudas as doutrinas á volta da questao da maioridade ou entao dos 21 anos para consumir alcool e como existem videos de como as pessoas se embebedarem em menos dde um minuto e sair para a rua (you tube-que mais). é o mesmo que dizer que a musica incita á violencia e crime e forma criminosos!!é absurdo usar um argumento desses! certo que há pessoas influenciaveis mas essas pessoas sao ou vao sendo afastadas.

mais deixo outro reparo: porque é rarissimo encontrar casos como os relatados nas 5 maiores universidades do pais? Pq os casos mais graves relatados sao normalmente faculdades/universidades/institutos do interior e ainda mais vezes as maiores aberraçoes sao feitas em sessoes praxisticas de cursos de agraria?nao me parece coincidencia

Unknown disse...

Boa tarde!

Fui caloiro no ano passado, na Universidade do Minho. Tive a pior praxe que lá existe, a de LEI (Licenciatura em Engenharia Informática), e tenho orgulho em dizer que fui praxado até ao fim do ano, e que no próximo ano vou praxar. Porque a praxe não é nenhum acto de humilhação: é, na minha opinião, a melhor forma de integração entre os alunos, como um grupo unido. As pessoas que não querem ser praxadas (anti-praxe) são involuntariamente "excluídas", porque não convivem com todos os colegas de turma, apenas convivem entre si.

Por isso digo que a praxe não é sinónimo de desrespeito e humilhaçao, muito pelo contrário!

António Sousa disse...

Noutros países a integração dos alunos nas universidades faz-se com festas
com actividades culturais
e com a participação ONGs, em grupos e actividades com interesse social.
Em Portugal a Praxe parece ser a unica actividade em que os alunos se envolvem.
Limita a vida académica.
Mais do que a violencia é a alienação dos alunos que ocupam os primeiros 3 ou 4 meses a humilhar ou ser humilhados. Há formas de integrar pessoas mais interessantes

Unknown disse...

A minha opinião sobre a praxe formou-se por ter tido o contacto com duas realidades distintas.
Quando entrei na universidade fui admitido no Instituto Superior Técnico de Lisboa, onde a praxe não era uma prática aceite. A minha integração foi bastante difícil e motivou a minha transferência para Coimbra onde fui praxado. Nos actos da praxe os "praxantes" e os "praxados" participam numa brincadeira onde cada um desempenha um papel. Obviamente quando os exageros acontecem estes devem ser punidos pelas vias exigidas mas não concordo que se extrapole de alguns maus exemplos para uma generalização negativa de uma prática que contribui (como no meu caso) para a sã convivência e integração num ambiente fora dos olhares dos pais, onde o fomento da auto-disciplina é um dos objectivos. Os meus padrinhos de praxe em Coimbra são hoje alguns dos meus melhores amigos e apesar de ser Veterano, nunca praxei ninguém e se alguma vez usar esse estatuto na praxe, será no caso de algum estudante mais velho cometer alguma atitude supostamente praxística que considere exagerada. É que em Coimbra todos os estudantes podem ser praxados e não apenas os caloiros. No código que conheci até o Reitor podia ser praxado.

Anónimo disse...

Enquanto aluno da universidade de Coimbra queria deixar aqui a minha opinião sobre a vida académica da universidade. Dou toda a razão ao Dr. Jorge Serrote ao mencionar que a praxe académica é uma tradição de Coimbra, imprescindível de uma cidade como é a nossa. Todos aqueles que conhecem a cidade sabem que não faria qualquer sentido esta viver sem toda a sua tradição académica. É certo que podem haver excessos (e há) mas são casos isolados e assim que conhecidos são resolvidos. Como "semi-puto" garanto que a praxe fui até agora uma das fases mais interactivas desde que entrei na universidade onde fui possível fazer muitos amigos e colegas de curso que até ao fim da minha vida não mais os irei esquecer.

Cumprimentos de Coimbra

Work in progress... disse...

Antes de mais, boa tarde a todos os presentes.

A praxe não é obrigatória nem tão pouco uma pretensão.
Enquanto estudante de Coimbra que fui posso dizer que não só gostei de passar por essa fase, como a minha vontade de participar ou não sempre foi respeitada. Parece-me incrível que este tema ainda seja visto de uma forma tão limitada. Pode pelas declarações dos convidados pelo movimento anti-praxe perceber-se que existe um desconhecimento daquilo que é a praxe académica. Percebe-se que são pessoas que nunca quiseram sequer perceber o que é a praxe ou tão pouco decidiram passar por ela.

Ao longo de 4 anos de universidade e de praxe (porque durante os 4 anos participei na praxe) assisti a uma atitude pouco democrática por parte dos ditos movimentos anti-praxe. Isto é, todos os estudantes "defensores" da praxe respeitam a decisão desses movimentos e da não aceitação da praxe, mas esses movimentos não respeitam os milhares de estudantes que decidem passar pela praxe. Esse também deveria ser um ponto de análise. Alguém me explique o porquê de só haver um desrespeito pelos "Praxistas", mas ninguém falar das atitudes agressivas que muitos dos "anti-praxe" tomam muitas vezes, de que são exemplo, as garrafas de vidro atiradas das janelas ao estudantes que envergam capa e batina? ou os baldes de água? ou os insultos? não será isto violência também? Não será isto pretensão também?

Ao longo do tempo assisti a vários debates sobre esta temática é os papeis são sempre muitos distintos, os anti-praxe vistos como os santos defensores da integridade física e psicológica e os praxistas como os Satânicos que não têm qualquer valor moral... quando não é assim.

Pedro Lobo disse...

Sou aluno da Universidade do Minho.
Fui praxado no ultimo ano lectivo, e espero praxar no próximo ano, não por vingança como muitos fazem, mas para passar todos os valores de lealdade, espírito de equipa e de amizade que me foram ensinados no ultimo ano.
A praxe não deve ser humilhante, e espero NUNCA chegar a esse ponto, qualquer pessoa use a humilhação como praxe, não sabe praxar.

DVRA PRAXIS SED PRAXIS

zePh7r disse...

Acho que estamos a confundir causa com efeito. A praxe é, para todos os efeitos, um código social (e apenas isto, e não um conjunto de regras instituidos institucionalmente) a que determinado indivíduo escolhe sujeita-se, um acordo verbal que existe entre duas ou mais pessoas. O caso de Coimbra será o de um sítio onde, noutros tempos, esse fenómeno terá tido outra dimensão e jurisdição (certa ou errada, era um fenómeno do seu tempo); nada disto se aplica aos tempos actuais (mesmo em Coimbra), em que vivemos num estado de direito e em que são consagradas liberdades individuais a todos os cidadãos. Qualquer estudante universitário (incluindo o caloiro) terá já mais de 18 anos e por conseguinte será já qualificado como cidadão, por isso qualquer um deles terá que responder perante as regras civis de igual forma. O facto de existirem códigos de praxe e outros documentos de validade dúbia não valoriza em nada -- e nisto os estudantes, enquanto cidadãos, têm de agir de acordo com esta consciência -- esse mesmo código social a que aceitam sujeitar-se. Por esta razão, não me parece correcto falar de coacção (embora, claro, admito que exista) e outros crimes desenvolvidos sob a égide dessa instituição de validade tão difusa como é "a praxe", sem que se denuncie convenientemente perante as autoridades competentes.

Rita Martins disse...

Entrei na UALG à 3 anos e adorei as minhas praxes. Este ano é a minha vez de praxar e NEGO qualquer desintegração por parte de caloiros que se tornem anti-praxe.
Só quem nunca esteve integrado nesta academia sulista é que fala do que não sabe.
Quem chega cá, leva no coração estas semanas de integração na Universidade, mesmo aqueles que se declaram anti-praxe aproveitam todos os eventos que são realizados nestes dias. É preciso ter espírito e saber aceitar as praxes, quem entra para a universidade já sabe muito bem o que o espera e o que pode fazer para atenuar as praxes. Dizer não e explicar o porquê é sempre uma boa forma de continuar nas praxes e manter a sua forma de ser e de estar.
No fundo, é necessário ter noção e entrar no espírito académico de que nem tudo é possível, e que a integração é sempre o ponto forte das praxes. Aqui a comunicação social precisa de deixar de lado os estereótipos que tem e que leva consigo aos longos dos anos denegrindo as praxes, os seus praxantes e a instituição de ensino superior.

Paulo disse...

como é possivel na era que vivemos ainda se defender as praxes... sera que os doutores psicologos depois de se formarem não teem coragem de sair ca fora e espor todo o lado negativo das praxes ? ... e quem não vai para a univercidade, não se integra na sociedade? ...

Cristiano Faria disse...

Sou aluno do Instituto Superior de Engenharia Do Porto.
Acho que ninguém deve rejeitar a praxe sem uma prévia experiência própria, ou seja, para realmente poderem decidir por si próprios.
Eu, no entanto, fui gradualmente desistindo da praxe (Houve uma praxe nocturna em que todos ficamos inundados com ovos, farinha, ketchup, excrementos e até restos de carne de javali). Para mim a acção de integração, de convívio com os novos alunos, não se efectua no momento da praxe e no fim desses momentos, cada um vai para seu canto, logo não há qualquer tipo de acção de integração por parte dos "doutores" nesta instituição.
Penso que a praxe física está bem assente, mas muito superior a esta é a praxe psicológica, que até incentiva, e em grande escala, ao insucesso escolar.

Nim disse...

Ana
Universidade de Évora
Universidade de Coimbra

Boa tarde,
Fui aluna na Universidade de Évora e actualmente sou aluna da Universidade de Coimbra.

Entrei na Universidade de Évora, com a ideia de me declarar anti-praxe, devido à informação passada pelos media e por ter conhecimento de alguns casos de abusos.
A verdade é que dei uma oportunidade e adorei ser praxada e mais tarde praxar. Não podemos generalizar a má conduta seguida em certas praxes, nem a tradição de cada Universidade: Existem em todo o lado boas e más praxes.
Parte de cada Universidade reunir uma comissão neutra - com Professores, alunos - em que se discuta as regras de praxe, se senbilize as pessoas, e se condene as más práticas. Parte de cada um de nós também, condenarmos e denunciarmos praxes que vejamos no dia a dia.

A praxe serve para a integração e união do grupo, da turma, do curso. Diz-se que a vida académica são os melhores anos das nossas vidas, e temos que todos ser responsáveis para que isso aconteça.

Unknown disse...

Boa tarde.
Já fui aluna da ESTeSL e neste momento sou aluna da FFUL. Devo confessar que apesar da proximidade geográfica, estas praxes distanciam-se a todos os níveis.
Fui praxada na ESTeSL enquanto aluna de Radioterapia, e apesar da semana de integração ter sido complicada de ultrapassar em alguns momentos, também foi muito importante para eu passar a gostar mais do meu curso, querer defendê-lo perante os outros cursos e unir-me aos meus colegas, e quando a semana acabou percebi que tinha andado angustiada em alguns momentos daquela semana com algo que era efectivamente só uma brincadeira.
Na FFUL a praxe é mais curta e é mais divertida para os caloiros, apesar de ter partes "custosas" os veteranos não são tao brutos a dirigirem-se aos caloiros como na ESTeSL, e apesar de se sentir a hierarquia da praxe, esta não é imposta de forma tão violenta como na ESTeSL, o que por vezes leva os caloiros a "esticarem-se" um bocadinho por perceberem mesmo que aquilo não passa só de uma brincadeira - mas após umas quantas flexões e um bocadinho de pastelão os caloiros sentem-se logo caloiros outra vez :P

Nuno Pedrosa disse...

Venho apenas sugerir uma reflexão...

Não serão as praxes e a vida académica apenas um espelho da vida em sociedade?

Acontece que sou possuidor de uma deficiencia, mas não foi por isso que fui menos praxado ou praxei menos. Tudo tem os seus momentos e formas de acontecer.

Fui estudante deslocado e sentindo-me sozinho numa cidade desconhecida foi através da praxe que conheci nova gente e uma cidade totalmente diferente. Nem todas as praxes fiz derivado das minhas limitações, mas quase sempre fui compreendido pelos "doutores".

Contudo tal como na sociedade existem as boas e algumas más pessoas, assim acontece nas universidades do nosso país.

Quanto às borgas, absentismos e afins não serão também reflexo da sociedade. Basta olhar-mos para as festa de S.João, S. Antonio e afins por esse país fora

Nuno Pedrosa
Ex-estudante de Leiria

António Sousa disse...

A maioria das praxes segue o modelo militar.
Uniformiza os alunos. Integra tornando todos iguais. Diminui a individualidade.
Isto é o contrário do que devia ser a academia: Um espaço que devia cultivar a diferença, a afrimação pessoal e não a uniformização.

DS disse...

A prática da praxe depende da região onde é feita e por quem é feita (este último pormenor não conta tanto).
A mim não me fizeram quase nada comparado com histórias que oiço.

Anónimo disse...

Na Lusofona nao fui praxado de forma violenta, nem nunca tomei conhecimento de alguma praxe que o fosse. Acredito que sirva para estimular o vinculo, a integracao e a socializacao dos novos alunos. Quando e realizada dentro de parametros razoaveis.

Mas o que e que razoavel? E quem esta la para o medir?

Um aluno da Universidade Lusiada da Vila Nova de Famalicao, que embora no 4o ano de Arquitectura era ainda caloiro dentro da tuna morreu devido a praxe. Os medicos legistas alegam que houveram diversas contusoes que eram impossiveis advirem duma "queda" tal como os tunistas afirmam poder ter acontecido, ou de algum mal-estar derivado de uma ma digestao.

E incrivel que passadas poucas semanas apos a queixa que se propunha a realizar junto do Ministerio Publico sobre este caso um medico legista se tenha suicidado... E entretanto os alunos calam-se e pactuam com o crime que foi feito.

Nao houve ninguem para medir o que aconteceu. Nunca houve, nunca vai haver. E o ter havido uma morte em funcao duma praxe e gravissimo! A meu ver o suficiente para que se devam banir em todas as universidades.

Porque embora estes incidentes sejam raros e por ai alem, continuam a acontecer.

Tambem podiam defender que existem acidentes de viacao, e que ninguem deixa de usar veiculos.

A diferenca e que qualquer cenario em que se possa fazer uma comparacao destas e muito provavelmente em comparacao a coisas das quais nao podemos prescindir, sem as quais nao podemos viver. Mas decerto podemos viver sem praxe e ter outra forma de integrar os caloiros nas universidades sem ser atraves dum ritual que ja causou violacao da integridade fisica e agora a vida de uma pessoa.

Sabendo que nao ha nem nunca vai haver supervisao nestes eventos, mais vale bani-los para nos certificarmos que merd@s destas nunca se repitam.

Sylvie disse...

As praxes não devem existir sem regras!

Unknown disse...

Sou contra a praxe por principio. Não concordo com hierarquias sociais, não gosto de regimes autoritários e sou contra todo o tipo de humilhações (fisica ou psicologica). A própria natureza e principios da praxe são monstruosos. Isto não quer dizer que não existam boas pessoas e com bom senso que acabam por tornar a praxe divertida e light, no entanto a "instituição" praxe não deixa de ser monstruosa pelos principios que defende. Tal como na escravatura existiam alguns donos de escravos que eram boas pessoas e até tratavam bem os seus escravos, no entanto a natureza da escravatura não deixava de ser monstruosa. É preciso que as pessoas não confundam as coisas quando discutem a praxe. Uma coisa são as pessoas que podem ser boas ou más, e isso existe em todo lado, e outra coisa são as instituições. E não podemos ter uma instituição que recebe novos alunos e está dependente do tipo de pessoas que nos vão calhar na rifa ( uma questão de sorte diria um amigo meu) se tiverem sorte vão ter uma praxe muito divertida, se tiverem azar podem ser mortos (como aconteceu com um aluno em Famalicão), ficar tetreplegico(como aconteceu em Coimbra) ou ser violada (como aconteceu em Braga). Não podemos estar dependentes disto meus amigos. Há que acabar com a praxe e se quiserem substituir por algo, que assim seja mas que não tenha os mesmos principios monstruosos da praxe. Acho que há muitas maneiras felizes e divertidas de receber pessoas e não é necessário humilhações nem hierarquias.
Ricardo

J.Pierre Silva disse...

TUDO SOBRE PRAXE E TRADIÇÕES ACADÉMICAS: VERDADE VS MITOS no blogue Notas&Melodias (Ver listagem de alguns artigos na coluna do lado esquerdo do blogue):

http://notasemelodias.blogspot.pt/

HISTGEOFM disse...

Nenhuma! Media de 16:)