terça-feira, novembro 10

Qualificação do ensino superior

Rever a lei do financiamento, criar um ‘ranking’ das universidades portuguesas e racionalizar a rede de ensino são os principais desafios para esta legislatura. Mas o que falta às nossas instituições de ensino? Quais são os verdadeiros desafios? Num momento em que se fala de asfixia financeira das universidades, como é que podem adaptar-se às exigências da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, que para acreditar um curso pode cobrar entre 600 a 2.300€, quando a DGES não cobrava qualquer valor? Quem deve avaliar e acreditar as instituições do ensino superior? Acrescente-se ainda que o ensino superior, como alguns defendem, passa por uma garantia de qualificação no espaço europeu. Uma qualificação que deve estar sujeita a avaliação por entidades externas?

Convidados:
Manuel Heitor, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Alberto Amaral, Pres. Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
António Ponces de Carvalho, Director Escola Superior de Educação João de Deus
António Rendas, Reitor da Universidade Nova de Lisboa

17 comentários:

Sociedade Civil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Como recém licenciado de curso Bolonha, com boa média de final de curso, posso afirmar que os conteúdos programáticos são uma autêntica fraude, desligados completamente da realidade profissional.
Serve somente para manter o negócio das faculdades privadas, e garantir os empregos de professores, acomodados ao seu emprego.
Este processo de Bolonha serve como chamariz, para chamarem alunos mais a sua propina.
A maior parte dos cursos não presta para nada.
Depois de formados os alunos são confrontados com estágios exploradores.
Enfim os alunos são completamente abandonados pelas faculdades, depois de concluírem os seus cursos.

Catarina Garcia disse...

Acho que sim, que é absolutamente necessária a avaliação, não só para avaliar os professores que é do conhecimento geral que entraram por cunha e que fazem um mau trabalho, como para haver uma melhor gestão do dinheiro que as faculdades utilizam para pagar toda a espécie de desepesas. As pessoas que normalmente tratam da contabilidade não se importam em procurar fornecedores mais baratos chegando a pagar 5 vezes mais por um produto, assim como há empresas que se aproveitam por saber que é a faculdade a pagar e aumentam os preços de propósito.
Sei isto da faculdade onde andei, mas não acredito que seja caso unico.
Quanto a quem deve avaliar, penso que deva ser uma organização independente das universidades senão provavelmente fica tudo na mesma.

outoforder disse...
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Sociedade Civil disse...

Venho por este meio, prestar a minha opinião pessoal sobre o presente tema
em que, pegando no meu curso, Eng ambiente da Faculdade de ciencias e tecnologias da Universidade de Coimbra, e entrada do curso para a Ordem dos Engenheiros, foi comprometida com o inicio do processo de bolonha.

E ja la vao alguns anos, em que após varias tentativas, este curso continua a não pertencer á ordem.

Onde existem as dúvidas acerca de qualidade de ensino,
sendo ,(passando a citar): " A Universidade de Coimbra é uma referência incontornável no panorama do Ensino Superior
em Portugal, pela qualidade reconhecida do ensino ministrado nas suas oito Faculdades e pelos
avanços que tem permitido em várias áreas do conhecimento, em Portugal e no mundo.
Não só esta universidade constitui um verdadeiro ícone de Portugal no estrangeiro, como
prossegue, em diversas frentes, esforços de melhoria constante que lhe permitem continuar a
afirmar a qualidade do seu trabalho, em ligação com organizações multinacionais e
internacionais. "

por estes motivos, é que a comunidade estudantil se revolta mostrando o seu desagrado através de manifestaçãoes ao ministério.

(nadia azevedo- por mail)

rduso disse...

Boa tarde,

Este processo de transição foi uma autêntica bolonhesa.
Trata-se de um total "engana miúdos"! Pegaram nos antigos planos de estudos, agruparam algumas cadeiras, substituiram duas/três cadeiras por outras novas. e alteraram a ordem no plano de estudos, e voilá!! Os três primeiro anos do cursos, anteriormente designados bacherlato, passam a DENOMINAR-SE licenciatura e os restantes dois anos, anteriormente licenciatura, passam a CHAMAR-SE mestrado.
Para algumas faculdades não caírem em descredito, por falta de conteudos programáticos leccionados aos alunos que vão entrar no mercado, criou-se os mestrados integrados, nada mais nada menos que as licenciaturas pré-bolonha.
Este processo de Bolonha foi muito mal aplicado em Portugal. Foi só mudar os nomes aos burros, nada mais.

Miguel A. Ferreira disse...

Boa tarde,

Penso que é necessário avaliar as universidades, mas não se esqueçam dos professores. Muitos deles, apoiados num clima de compadrio e caciquismo vigente na maior parte das nossas faculdades, dão aulas sem ter as mínimas qualificações para serem professores. Isto porque apesar de serem especialistas nas matérias, esquecem-se que estão ali para ensinar, e aspectos como a pedagogia são relegados para segundo plano.

Quanto a Bolonha, muitos dos aspectos positivos deste modelo estão a ser perdidos, pois a ideia de adaptação a Bolonha é (em muitos casos) o atafulhar dos antigos cursos aos novos moldes. Mesmo com este novo modelo continuamos a viver no Portugal de Eça em que os Euzebiozinhos estão muito ocupados a decorar tudo.

Cumprimentos,
Miguel Ferreira

Zeta Draco disse...

Não se trata só de aprovar ou extinguir cursos. É essencial renovar os quadros docentes universitários com toda a geração de jovens académicos que se doutoraram no estrangeiro na última década, e que continuam condenados a viver com bolsas de investigação. Muitos têm mais currículo do que os professores no activo, e estão bem mais actualizados. Tenho experiência directa deste problema, da perpetuação da mediocridade por domínio do nepotismo e cunha nos concursos, e da desactualização do conhecimento dos académicos responsáveis por desenvolver projectos de investigação financiados por dinheiros públicos. Na minha área é assim, só não digo o nome da área porque no dia seguinte teria todo o departamento como inimigo.
Na situação actual o estado continua a financiar investigação desactualizada, enquanto conduz os seus académicos ao sub-emprego e à emigração. Isto pode continuar?

Pedro Miguel Simões Oliveira disse...

Acho muito bem que haja uma nova entidade a fazer a acreditação dos cursos. Um dos convidados disse que temos licenciados a menos, mas não falou correctamente. A verdade é que temos licenciados a mais, nas áreas erradas. E porquê? Devido ao elevado número de cursos superiores sem qualquer saída profissional e cursos superiores que deviam ser apenas cursos profissionais. Há sim falta de engenheiros, médicos... e onde estão as universidades a abrir mais cursos destes? De resto.. gerontologias, educação social, e muitos deste género, que deviam, a meu ver, ser apenas cursos profissionais, estão cada vez mais a lancar desempregados pra rua. Em portugal todos querem ser doutores... seja do que for...

Sociedade Civil disse...

A avaliação do ensino superior só serve, tal como a que se encontra a ser feita no ensino secundário para limitar os salários dos professores.
Toda a gente sabe que uma universidade funciona bem quando fornece pessoas que dão provas da sua competência no mundo do trabalho. O resto são só burocracias para justificar opções políticas.
É ou não verdade que saem cerca de 100 jovens licenciados para trabalhar fora do país? E por aqui se depreende que a qualidade do ensino só é má para os nossos governantes!
Obrigado,
Marco André (estudante do ensino superior) - por mail

Sociedade Civil disse...

A propósito do programa de hoje e não querendo me afastar do tema tratado, gostaria apenas de referir que sou uma recém licenciada em Psicologia e acredito que na minha área a melhor forma de a agência agora criada ter um papel preponderante seria no controlo do aumento exponencial de cursos existentes.
Num país em que existem cerca de 50 cursos de Psicologia levantam-se as questões de saber se de facto se justificam tantos cursos e de que forma controlar a qualidade do ensino.

Ana Cruz ( por mail)

Zeta Draco disse...
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Zeta Draco disse...

Esse cavalheiro que acabou de falar não conhece bem a realidade. Os doutorados existem; não estão é a trabalhar nos quadros docentes das universidades. Enquanto dominar o nepotismo, o corporativismo e os concursos manipulados continuaremos a desperdiçar as competências disponíveis e consequentemente a desperdiçar recursos. Falo por experiência pr´pria como doutorado há 4 anosa trabalhar com bolsas orientado por um prof que não sabe nada da matéria nem tem currículo devidamente actualizado. Eu é que lhe devia estar a dar aulas!

Aeterna disse...

Boa tarde,

Sob conhecimento de empresários que empregaram formados pelo processo de Bolonha, arrisco-me a dizer que realmente a preparação prática é quase nula.
Sou estudante do curso Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e, pergunto de que forma a condensação de matérias e a limitação de estágios me poderão preparar futuramente, principalmente sendo este um curso que exige grande trabalho de campo?
De que vale possuir o canudo se o próprio país não oferece garantias de emprego para quem é licenciado? Actualmente já é sabido que existem cursos superiores completamente restritos a nível de saídas profissionais e, assim sendo, qual a motivação de frequentar uma universidade potencialmente creditada, pagar as altíssimas propinas para ao fim de um "x" números de anos provavelmente ganhar o ordenado mínimo sem direito a subsídios?
Na minha humilde opinião, há questões incontornáveis ainda a tratar muito antes de se preocuparem com questões estatísticas comparativas com a restante Europa.

Inês Coelho

Msilva disse...

Urge a qualificação e quantificação do ensino em portugal. Eu, como estudante entendo que falta algum ritmo de competitividade entre as universidades. O processo de Bolonha foi implantado sem qualquer preparação prévia ou fase de adaptação. Quem sofre são os alunos. Mas o grande erro, é o preço, o Ensino é um DIREITO, e como tal devia ser de borla, bastando para tal, ter aproveitamento escolar. quem faz 15 anos seguidos sem chumbar, merece isso ou 17 como eu, estudante do 5 ano de arquitectura.

Mas, de que vale estudar, quando não existe grandes probabilidades de se arranjar emprego? deixo aqui a pergunta.

Zeta Draco disse...

Que treta! O ordenado de um caixa de hipermercado é exactamente o mesmo quer ele tenha canudo ou não! O baixo salário nada tem a ver com as habilitações, mas sim com o ajuste entre a oferta e procura de empregos altamente qualificados. Senão é Mcjobs para todos, com canudo ou sem ele.

Unknown disse...

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