quarta-feira, janeiro 27

Quando eles não querem estudar

Não quero estudar! Este será talvez o confronto mais comum nas famílias quando os filhos iniciam o seu percurso escolar.
Muitos pedagogos afirmam que é urgente incutir métodos de estudo desde cedo, acompanhar e adaptar esses métodos ao longo da vida.
Muitos pais, e mesmo professores, não conseguem explicar aos filhos e alunos a aplicabilidade que aquela matéria de estudo vai ter no futuro.
É preciso entender que a escola tem competências e a obrigação de preparar os alunos para a sua integração na sociedade, e como tal tem de adaptar os conteúdos pedagógicos à realidade do aluno.
Por de trás da desmotivação de estudar, poderá existir ainda um sem número de causas: stress da criança, bulliyng, sobrecarga de atividades, etc. Venha descobrir por que razão o seu filho não quer ou não gosta de estudar. E como dar-lhe a volta.

Convidados:
Nuno Crato
, Professor de Matemática e Estatística na UTL e Presidente Sociedade Portuguesa de Matemática
Fátima Nogueira, Vogal da Associação de Professores de Português
Cristina Valente, Psicóloga
Jorge Felício, Director do colégio da Fundação Byssaia Barreto de Coimbra

49 comentários:

Martinha disse...

obrigar a criança a estudar para que atinja determinados objectivos que os pais nunca conseguiram, porque acham que ela é sobredotada (!!), não será uma forma de a stressar e de produzir em muitos casos o efeito contrário?

Sylvie disse...

Boa tarde!
Como é permitido passar de ano com negativas eu estudei até ao 11.º ano sempre c negativa a matemática e sempre a fugir a 7 pés de todas as áreas q envolviam esse "bicho".

Como eu muita gente esteve e está nesta situação!

Acho que é muito mau a lei permitir que se passe de ano com disciplinas em atraso porque assim o aluno raramente consegue acompanhar a matéria! (isto é como construir um prédio sem alicerces!).

Sylvie Stojanovic
Lisboa,
34 anos

Sylvie disse...

O motivo pelo qual em miúda eu não gostava de matemática (e de todas as disciplinas onde ela entrava)era porque simplesmente não a percebia!
Hoje em dia como adulta, penso que a matemática é uma disciplina mt interessante, mt útil para o nosso dia a dia e tenho muita pena por não a ter aprendido.

Sylvie Stojanovic
Lisboa
34 anos

Nuno Rodrigues disse...

Boa tarde,

Cumprimento-a e aos seus convidados.
Na Matemática, são ainda poucos os grandes professores. Que trabalham as bases, mesmo que sejam anteriores. Que trabalhem transversalmente os problemas, quer na escola, quer na articulação com as famílias. Que usem e abusem de imaginação para apaixonar pela disciplina quem descubram que "está a perder"o comboio. Ainda demasiados jovens, alguns com capacidade, escolhem outras áreas no ensino superior devido à Matemática.
Porque não fazer discriminação positiva: com alunos, com professores e com escolas.
As famílias e o contexto têm grande responsabilidade.


Nuno Rodrigues,
V N Gaia

Angélika disse...

Na minha vida de estudante grande parte das minhas dificuldades em determinadas disciplinas sempre as atribuí aos métodos de ensino utilizados por alguns professores. Apesar de adorar matemática, química e física (chegava a tirar negativas baixas) poucos foram os professores que através de métodos alternativos e interactivos conseguiam realmente captar a atenção. Mostrar na prática o que se pode fazer aplicando cada uma das disciplinas dá um outro ânimo. Também gosto de escrever e ler, mas sempre tive muito maus professores a línguas que nunca nos incentivaram a algo mais do que dissecar obras até ao mais ínfimo pormenor que para nós alunos nada nos dizem. "Em suma são uma grande seca!" O excesso de alunos dentro duma sala de aula e a incapacidade dos professores de atingir a atenção de todos é um grande problema. Já precisei de explicadores e ía a aulas de apoio na própria escola e mesmo sendo muito boa aluna sempre foram esses professores alternativos que me conseguiam dissipar as dúvidas, muitas delas básicas mas que me faziam "encalhar" em muitas matérias. Gostar muito de uma área e fugir por exemplo da matemática é típico de uma atitude errada que deveria ser combatida e evitada em conjunto com alunos, governos e professores.
Motivação e preparação das aulas de modo mais interactivo e actual é mais de meio caminho andado para se ser bem aceite entre os alunos e ser-se ouvido. A internet é essencial! Descobri-o nos últimos anos da minha licenciatura.
Bjs
FilipaG.

Unknown disse...

O grande problema de insucesso escolar é o facto de existirem alguns maus professores....
No meu caso nunca estudei e sempre fui um aluno com notas médias altas...O que se aprende nas aulas era sempre suficiente, mesmo quando não estava com atenção.
As duas unicas excepções foram 2 maus professores. Nesses anos a essas disciplinas tirei negativas em alguns testes.
Agora digam-me que a culpa não é dos professores...

Tenho 22 anos e o 12º ano completo e um curso de informatica de nível IV...

Leteia disse...

Acho que se da importância demais a Matemática e ao Português, conceitos básicos são essenciais mas nem todos vamos ser matemáticos ou escritores, devia haver um maior leque de escolha principalmente no secundário, acho que as artes e cursos mais práticos foram muito desvalorizados. Um aluno nem tem tempo para actividades escolares como os clubes o que deviam contar opcionalmente com créditos, acho que em Portugal o ensino esta demasiado estático.

Eu só necessitei de explicadores no secundário a Matemática, e sempre estudei com musica ligada, acho que existem vários tipos de estudo, cada um tem de descobrir o seu.

Unknown disse...

Boa tarde.
Nós somos 4 irmãos, com pequenas diferenças de idade, eu já estou formada, e os meus três irmãos andam todos na universidade. Sempre andamos na escola juntos. Relativamente aos pais, eles têm um papel determinante na nossa formação escolar, acompanhado-nos e orientando-nos no caminho certo, e a utilizar aquilo a que se chama o reforço positivo. Os meus pais sempre nos ajudaram e quando não conseguiram, puseram-nos em explicações. E quando não nos apetecia, então faziamos outras tarefas (domésticas ou agricolas), para percebermos que afinal estudar não é assim tão dificil e acima de tudo deixaram-nos escolher!
Relativamente aos professores, existem bons professores e maus professores!! E isso faz toda a diferença, eu no 9.º ano, em 32 alunos, houve 32 negativas. O problema seria só dos alunos?
Relativamente aos trabalhos de casa, chegando ao 5.º ano, uma hora por cada disciplina, representa muitas horas, fora os trabalhos de grupo, não existe grande interacção entre as disciplinas, quando afinal, em adultos descobrimos que tudo está interligado.
Obrigado e parabéns

Sérgio Domingues disse...

Hoje, parece que ELES podem tudo! ouço-vos a falar em 30 min, 10 min de estudo como se fosse muito tempo...perguntem ao petiz(a) se considera suficiente ir brincar só por esse período de tempo, já que eles tem sempre direito a opinar!
Tem de haver, obviamente, pedagogia no método empregue para conduzir a formação da criança, mas não pode haver falta de querer por parte da criança!
Pior, temo pela minha querida Matemática...com o advento do Magalhães, cada vez menos serão as pessoas a saber uma mísera tabuada do 7 ou 8...
Se queremos uma Sociedade cada vez mais Civil, a educação é a pedra angular para essa melhoria!

Um bem-haja a todos, e continuação do belo trabalho que realizam no vosso programa.

Sérgio

Unknown disse...

Boa tarde ! Eu sou uma aluna do 10º ano, e não acho a matemática dificil, apenas tem que ser trabalhada. Mesmo tendo apenas 7 disciplinas estas são muito trabalho, e com actividades extracurriculares, nem sempre dá tempo para estudar tudo o que desejariamos . Como estudar sem ter stresse antes dos testes, de modo a não ficar stressada com outras disciplinas ?

Pedro de Castro disse...

Boa tarde,
A sociedade actual prima pela "overdose" de estímulos em todos os aspectos do dia-a-dia.
A vontade de estudar tem de ser intrínseca e resultante de uma vontade de aprender mais. Este tipo de vontade só pode crescer quando existe identificação no trinómio aluno-professor-matéria dada, e a gestão dos três é efectuada de maneira dinâmica.
No meu caso pessoal, passei um período desde o 7ª ao 9ºano em que fui péssimo aluno a matemática, em parte por minha culpa e em parte por falha dos professores, os quais debitavam matéria. Apenas quando cheguei ao 10ºano e graças a uma excelente professora consegui compreender partes da matéria que já deviam estar consolidadas. Também a partir do 10ºano e graças a Física, passei a gostar ainda mais da Matemática, por ver uma aplicação directa da matemática em casos concretos, e acabei como aluno de 19 valores a Física.
Uma coordenação transversal das disciplinas, devia ser maior. Em música, podia-se falar em matemática. Em geografia, temos aplicados conceitos hoje tão comuns como o posicionamento global, etc etc..
Pergunto em quantas escolas se verifica esse tipo de coordenação entre os professores para abordarem a matéria de forma integrada? Temos de compartimentar menos as várias disciplinas e integrá-las mais.

Unknown disse...

Boa tarde ! Eu sou uma aluna do 10º ano, e não acho a matemática dificil, apenas tem que ser trabalhada. Mesmo tendo apenas 7 disciplinas estas são muito trabalho, e com actividades extracurriculares, nem sempre dá tempo para estudar tudo o que desejariamos . Como estudar sem ter stresse antes dos testes, de modo a não ficar stressada com outras disciplinas ?

Projecto, "Leitura ao centímetro" disse...

Nem 8 nem 80. As crianças que passam demasiadas horas a estudar (e porque os pais a estimulam, ou vivem num ambiente propício a isso) por vezes, esquecem-se do brincar. Depois o que acontece é que estas sofram de um analfabetismo motor. Ao contrário disto, as crianças que não são estimuladas em casa (e porque o meio familiar é preponderante nestas crianças) sofrem de um certo analfabetismo, de uma certa literacia. O objectivo é tentar fundir estes dois aspectos. Estudar? Sim, mas sempre de mãos dadas com o brincar.
T.P.C? Em certa medida sim, mas de forma moderada. Porque não mandar para casa realizar uma partida de futebol durante 20 min.? As crianças já passam imensas horas na escola (Entram aqui as AEC´S - que deveriam ter um papel de aliviar as crianças dos trabalhos escolares que já tiveram durante o dia inteiro) e por isso é necessário dar tempo para brincar.
Há que saber dosear bem a coisa.

MilesBassoon disse...

Boa tarde a todos.

Eu sou professor de música num sistema de ensino articulado (Música integrada na escola).

Este é o meu primeiro ano, e deparei-me com este
cenário do descontentamento dos alunos e o seu desinteresse.

Os alunos têm um estigma de que a escola é para aprender. E não estão a aprender aquilo que querem.

Penso que hoje em dia não há espaço para as crianças aprenderem por si mesmas (tal como me aconteceu em criança).
Ter dúvidas é o primeiro passo para melhorar o interesse das crianças.

Unknown disse...

A utilização (excessiva) da máquina gráfica no secundário, fazendo parte até dos programas das disciplinas (ex: Física e Química ou Matemática), é benéfico para os alunos? Pergunto, porque este ano encontro-me no ensino superior, e utilização de calculadoras é absolutamente vedada aos alunos.

Anónimo disse...

Boas.
Sou o Ruben e frequento o 11º ano. Amo Saramago, e Historia, Biologia e Quimica. Mas a minha vida não é apenas escolar(obrigam-me a que seja) eu faço atletismo, e isso retira-me algum tempo.
Para nao desistir do que gosto tenho de fazer um esforço maior que(ás vezes) os professores até.
Por vezes, nao faço esforço e lá fracassa a escola.

Um Dilema. Acho.

Moutinho,Moreira & Silva Lda. disse...

Boa tarde
Nao consigo que o meu filho tenha interrese algum pela disciplina esta no 9º e neste 1 periodo tem neg, tem apoio a esta disciplina mas no entanto é a mesma professora que lhe dá as aulas e o desanimo dele é ainda maior devido á comunicação que existe entre eles.
Gostaria tambem de perguntar se a opção do ensino tecnoprofissional o vai fazer menos aluno ou menos apto do que o ensino Secundário normal.
Obrigado Sónia Moreira

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sara disse...

ola boa tarde
sou aluna do 12ºano da área de ciências, e apesar de ser boa aluna a português e a matemática, confesso que nao aprecio tanto o português, daí que entre os colegas muitas vezes questionamos o porquê dos alunos de Humanidades poderem ter matemática B, e nós temos de ter o mesmo português que eles, o português A. Isto será justo? ainda mais, somos subidos ao msmo exame que eles o que não acontece connosco a Português.

cumprimento a todos aí presentes

Ginger_Gypo disse...

a psicologia hoje tende a ser um pouco redutora e a ideia de que as crianças são realmente 100% programáveis institucionalizou-se. Portanto procura-se sempre A causa única do problema em vez de reconhecer a multiplicidade de factores que influem na educação delas. Assim pais irrepreensíveis podem ser surpreendidos com filhos que não esperavam ter,

Anónimo disse...

Há muitos anos atrás, era eu estudante do 12º. ano com dificuldades a Matemática, fiz-me sócio da SPM (Sociedade Portuguesa de Matemática), porque, pensava eu na altura, a SPM promoveria acções de "desmistificação" e divulgação da Matemática, orientadas para alunos com apetência para Ciências Exactas (eu era/sou um apaixonado por Física). Engano puro! Na SPM limitavam-se a receber quotas, e no que diz respeito a iniciativas... ZERO. Desisti de sócio ao fim de alguns meses.

Tânia disse...

Olá o meu nome é Tânia Ribeiro Costa tenho 15 anos e frequento a área de Ciências.
Um dia o meu sonho é seguir o curso de Ciências da comunicação, mas a minha dúvida é se estou na área certa.
Agradecia que me esclarecessem.
Obrigada.

Unknown disse...

Eu estva aqui a ouvir a vossa resposta a minha pergunta, mas eu estudo todos os dias . Só que é tanta matéria, e eu estudo diáramente 3 ou 4 horas por dia, e só tenho média de 14.

MilesBassoon disse...

Paralelismo entre disciplinas:

Hoje um professor vê-se cheio de burocracia e por "papelada", mas sobra tempo para interagir com os colegas afim de cumprir projectos.

Teste por semana:

A realidade é que não se podem marcar mais de 2 testes por dia, daí os professores optarem por espalhar os testes ao longo de duas semanas. Isto faz com que os alunos não se concentrem nas aulas.
Na universidade funciona com semana de exames e é proveitoso. Porque não aplicar este sistema antes?

Maria disse...

O mal de muitos estudantes, tambem eu fazendo parte dessa classe e nao estarem habituados a exigencia.. Querem tudo feito como eles esperam. E nao percebo como e que se chega a faculdade, sem metodo de estudo, so a estudar de vespera.. E nao sei, se os pais serao assim tao determinantes neste processo, porque os meus nunca me acompanharam muito, mas eu sempre quis desenvolver essa competencia..

Boa tarde.

jmmtc disse...

Boa Tarde

Para quê estudar se nos testes e exames se trocam sms's dentro da sala e entre a sala e o exterior para conseguir as respostas às perguntas!?
(isto não acontece só ao nível secundário mas muito ao nível universitário)
O facilitismo chegou a este nível.

Obrigado

Unknown disse...

Olá novamente,
O facto de sermos 4 irmãos, e tão juntos, é que temos gémeos, um rapaz e uma rapariga. Ela sempre foi e é brilhante, mas ele também é bom aluno. Sempre andaram juntos, e o rapaz andou sempre à cola dela e quando foram para o 12.º ano, separam-se e ele libertou-se, ficou mais confiante. Mas ela teve dificuldade em adaptar-se ao mundo sem ele, em sentido figurado.

Unknown disse...

Boa tarde!
A falta de tempo é desculpa de quem não quer fazer o que quer que seja. Tive um professor na faculdade que nos dizia, "Se não têm tempo, inventem-no. Para o que querem, arranjam sempre tempo." E a verdade é que se contarmos com o tempo que hoje se passa na internet, a ver televisão, a jogar consola, a "vegetar" pura e simplesmente, chegamos à conclusão que não é o tempo que falta, são as prioridades que estão subvertidas.
O ensino até ao final do secundário pauta-se pela assistência permanente dos professores aos alunos que os leva a um comodismo que se para os alunos que seguem para o ensino superior se revela desastroso. Ao longo da vida escolar deviam-se preparar os jovens a serem autónomos, e saberem que estudar faz tanto parte do dia como comer.Os adolescentes, certamente não se queixam de passar tempo demais nas redes sociais na net, mas queixam-se de ter falta de tempo!
Vivo pelo princípio que se chegar ao fim do dia e tiver aprendido qualquer coisa nova, foi um dia ganho.

inkomati disse...

Com o aparecimento da Internet e os cursos disponíveis de universidades estrangeiras como Stanford ,MIT , podemos ver as grandes diferenças de ensino que existem actualmente nos diferentes países.Uns mais desenvolvidos outros nem por isso.O ensino é do mais importante que temos e deve ser levado muito a sério e com todo o cuidado e dedicação.

Unknown disse...

Boa tarde, sou a Vânia de coimbra e tenho dois filhos gemeos e nem de propósito vocês falaram neles, realmente não é facil e eu queria questionar como é possivel mante-los concentrados, quando só coversam e demoram horas a fazer os TPC, afinal só têm 7 anos e não podem estar concentrados muito tempo...
afinal são responsaveis, mas muito diferentes entre as suas personalidades.
obrigada e tudo de bom para o vosso programa que é excelente.

Projecto, "Leitura ao centímetro" disse...

Estou adorar o programa. Deixo só uma achega: Quando falei em "mandar" para casa uma partida de futebol, foi a título de exemplo, não queria de modo algum obrigar as crianças a jogar futebol, que estas até podem não apreciar. Foi só mesmo um exemplo.
Relativamente às novas tecnologias (acho sinceramente que se deveria realizar um programa só com essa temática) os pais não têm como responder a esta necessidade dos filhos. Se não vejamos:

Anos 80 - Queres brincar com o teu amigo Manel, então faz primeiro os T.P.C´s e depois vais.

Século XXI - Queres ir jogar playstation? Só depois de fazeres os brinquedos.

É o que está acontecer. É preciso não esquecer o brincar na rua. As consolas levam ao analfabetismo motos (Segundo Carlos Neto) e visto que as crianças gostam tanto temos que nos adaptar. Mal por mal, vamos escolher uma Wii Nintendo, que ainda põem as crianças a mexer, do que uma playstation.

Estas e outras questões dão pano para mangas.

Unknown disse...

olá, sou a Vânia de Coimbra e tenho dois meninos gémeos com 7 anos e não é facil fazer com q eles se concentrem porque gostam muito de conversar e não é facil separar os meninos nas horas de trabalhar em casa. muito beijinhos para o programa e obrigada pela ajuda.

Anónimo disse...

Boa Tarde!
Como estudante de secundário que sou, a frequentar o 12ºano do curso de Ciências e tecnologias, não compreendo de que maneira incentivar o estudo pode prejudicar um aluno.
Entendo que deve ser desenvolvida desde cedo uma capacidade de procurar saber mais, o que leva o aluno a pesquisar sobre um assunto despoletando mais interesse nas diversas matérias.
É também importante referir que normalmente os alunos que demonstram fraco interesse no estudo, ao longo do seu percurso escolar irão deparar-se com diversas dificuldades, resultado de uma fraca preparação para a realidade escolar actual e para a exigência escolar nos tempos de hoje.

Parabéns pelo tema que foi muito bem escolhido!

PS - A matemática é fácil e é uma das minhas disciplinas preferidas. É fantástico conseguir ultrapassar os desafios que os números nos proporcionam.

Ana Russo disse...

sou mãe de duas meninas, e uma delas teve um professor do ciclo que nunca marcava deveres e os pais estranhavam. Um dia, perguntei ao professor porque ele não marcava os deveres e este respondeu "Nesta idade, a criança precisa apenas de brincar, brincar, brincar... e ao fim-de-semana também brincar para ensinar, tenho tempo aqui na escola". E todos os alunos dele quando passavam para o secundário eram sempre os melhores alunos! Inclusive nessa escola, os alunos com certa dificuldade eram passados todos para a turma dele. Este professor, joão baptista, a quem eu presto homenagem, conquistou sempre muitos amigos de ex-alunos que visitam com frequẽncia e que ainda hoje o veêm como um pai. Assinado: Maria Rosa Andrade

Unknown disse...

Boa tarde. Tenho 27 anos e sou recém licenciada em medicina.
E tenho de agradecer aos meus pais pela exigência e por me relembrarem que sem trabalho e estudo nada se faz.
E acho importante perceber que as crianças são seres que se adaptam a situações que por vezes nos parecem demasiado para elas mesmas. É importante ter também a noção de que testes todos os dias da semana não é um hábito, lembro-me do meu 12º ano de negociarmos com os professores os testes e para so termos 2 por semana. Era dificil, mas os professores são flexiveis.

Anónimo disse...

Acordo ás 7.15h
Entro na escola ás 8.30h
Saio ás 5h.
Treino ás 6h.
Chego a casa ás 21h
Tomo banho e como.
Como é que arranjajo tempo aqui?
Só dá para os trabalhos de casa e de grupo.

ps. 4ª feira a tarde é a unica tarde livre.

Pedro disse...

sou aluno do 11º
nao gosto de estudar, estou em ciências e por isso nao é facil.
nao sei com adquerir o habito e o gosto de estudar.
estar de castigo ja me é tao presente que ja nao me faz grande diferença.
atingi um patamar de vida em que o estudo é fundamental. está a ser dificil.

Joao C. disse...

Boa tarde a todos. Sou um aluno do 9º ano e acho que os professores perdem muito tempo a criticar os alunos e pouco a elogiar(se é que elogiam)!

Um problema que nunca se vai resolver com o passar dos anos...

Sylvie disse...

Sugestão de um excelente livro sobre aprender a dar prioridade ás tarefas que todos temos que fazer sejam elas quais forem:
"Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje" de Rita Emmett.

Sylvie Stojanovic
Lisboa
34 anos

Sérgio Domingues disse...

Bom, parece sintomática esta permissividade... leio coisas como stress, sobredotados, falta de tempo e fico baralhado!
Durante todo o meu percurso escolar secundário pertenci ao desporto escolar, pratiquei atletismo federado, só estudava de véspera para os exames, e ainda assim entrei e conclui no tempo previsto o curso que queria! (Eng. Civil na U. Porto). o que se passa aqui???
Falta, acima de tudo, exigência nos resultados...estudar é o "trabalho" dos jovens, e o que retiram dele será o espelho do seu futuro! Pais querem que filhos estudem na escola, e professores que estudem em casa, e depois, nem num lado, nem no outro...
Vejo um futuro muito negro à nossa frente com esta atitude..

KP disse...

Boa tarde.
O mmeu nome é Catarina e acabei o 12º ano em Humanidades o ano passado. A minha média final de secundário foi de 18.3 e entrei em Direito, mas anulei a matrícula na faculdade e estou a estudar este ano as três disciplinas do agrupamento de Ciências para fazer os exames e tentar entrar em medicina este ano. Julgo que nunca é tarde demais para seguir a área que desejamos.
Gostaria ainda de acrescentar que o ano passado tinha 9 actividades extra-curriculares, o que me ajudava a ter melhor rendimento escolar, pois obrigava-me a gerir o tempo e a agilizar o raciocínio.
Cumprimentos ao professor Jorge Felício, que me deu aulas há uns anos.

Tixa disse...

Os meus pais nunca me deram prémios pelas minhas notas. Era difícil perceber porque é que os meus colegas recebiam bicicletas por passarem de ano e eu com 5 a todas as disciplinas não recebia nenhuma recompensa. Quando questionava os meus pais eles respondiam que as notas já por si eram a recompensa e mais importante que as notas era o saber, o conhecimento, aquilo a que o meu pai chama "o saber pelo saber". Claro que há uma altura em que o saber não basta e é necessário o número na pauta senão não entramos na universidade, mas quem sabe normalmente é bem sucedido e esta "filosofia" ensina-nos a olhar os meios e não apenas os fins. Hoje em dia, com 19 anos, não só percebo como lhes agradeço.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lia disse...

Penso que existem alguns dogmas em relação à escola. Exponho dois:
1- Ser bom aluno não significa ser bom profissional ou ficar bem preparado para a vida. Entrei para o 1º ano com 5 anos, nunca tive explicadores e entrei para a universidade com média de 18,3 valores. Chumbei logo no primeiro ano, lá acabei o curso, estou desempregada e o emprego mais estável que tive foi num call-center. Vejo colegas meus bem mais "baldas" na escola e bem melhor posicionados hoje em dia.
2- A relação dos pais com a escola é díficil e inexistente muitas vezes devido à falta de diálogo por parte da escola. Os professores até podem escutar, mas não ouvem e raramente mudam comportamentos ou atitudes em função de conversas com os pais. O horário de atendimento existe mais para deixar tudo na mesma, que para incentivar efectivamente à participação da família.

Unknown disse...

Foi referido o facto de ser sempre bom ter conhecimentos sobre a tabela periódica ou Fernando Pessoa entre outros conhecimentos. Mas será correcto serem avaliados de uma forma geral? Isto é, quando se pretende seguir uma área de ciências porque é que temos que ser avaliados nas disciplinas de Português, Filosofia ou Psicologia? Neste momento sou estudante de engenharia e o facto de no secundário ter sido avaliado nas disciplinas referidas, influenciou/prejudicou em muito a minha nota de acesso à universidade e no entanto posso afirmar que de pouco me servem para uma futura vida profissional. Concordo em os alunos frequentarem essas disciplinas e obterem conhecimento geral, mas não em serem avaliados quando estão numa área diferente.

lfo disse...

Penso assim: as aulas deveriam ser apenas de manhã, durante 5 horas (regressando às aulas com a duração de 50min). De tarde, os alunos ficariam na escola, acompanhados por um professor: estudariam, fariam os trabalhos de casa, os trabalhos de grupo, etc. Pelas 17h sairiam da escola, para ir fazer desporto, namorar, ir ao cinema, jogar na playstation. A noite seria para estarem em família.
Enquanto as associações de pais virem a escola como um "parque de estacionamento" para os filhos estarem, enquanto estão a trabalhar, nada feito. Até porque os alunos têm "carradas" de disciplinas, o que não os cativa para a escola.
Filipe

sonharamar disse...

o sistema educativo português suga qualquer criatividade e talento que uma criança possa ter. as crianças têm talentos incríveis.
a criatividade é tão importante como a literacia ou a matemática.
o sistema de educação tem uma hierarquia de matérias. no topo estão as matemáticas e as línguas, depois as humanidades e por fim as artes.
o sistema não ensina musica como ensina matemática. à primeira vista pode ser estranho mas isso é porque fomos educados neste sistema. mas as artes são tão importantes como qualquer outra área do saber.
o objectivo da educação é produzir professores universitários.
Mais do que nunca a criatividade tem hoje um papel fulcral no sucesso futuro.

http://www.ted.com/talks/lang/eng/ken_robinson_says_schools_kill_creativity.html

Luis disse...

O nosso ensino, pré-universitário e não só, está em crise.
Em lugar de cada um "puxar" para si e para o seu grupo sentem-se todos à mesma mesa, inventariem os problemas e falhas e pensem nas soluções e cheguem a consensos sobre aquilo que se deve fazer e não aquilo que nos dá mais jeito...
Alguns problemas:
- excesso de trabalho (muita quantidade e pouca qualidade;
- inexistência de coordenação entre matérias das diversas disciplinas;
- excesso de disciplinas;
- atribuição da mesma importância a todas elas em lugar de as diferenciar em função da sua importância na formação dos alunos;
- inexistência de vocação em grande número de Professores o que nesta área é fatal.

Unknown disse...

Falando um pouco de estudantes Universitários a Universidade do Porto tem aberto desde à 2 anos um espaço que tem sido sem dúvida um sucesso, o e-learning café. Um espaço híbrido que conjuga estudo e convívio, um espaço aberto 7 dias por semana e em época de exames as 24 horas dos dia. http://elearningcafe.up.pt