Inicia-se esta semana um ciclo de conferências internacionais que pretende analisar as cidades, locais onde habita mais de metade da população do planeta. Nesta emissão vamos perceber o metabolismo de uma cidade fazendo o diagnóstico do desenvolvimento urbano actual: como se vive uma cidade? Quem a habita? O que faz cada um dos habitantes para manter a cidade sustentável? Da mobilidade à reciclagem, passando pelos consumos energéticos e pela construção, os parceiros do SC traçam o perfil deste habitat humano.
Convidados:
Mário Alves, Especialista em Transporte e Mobilidade
Lívia Tirone, Coordenadora da Iniciativa Construção Sustentável
Ana Rita Antunes, Quercus
Catarina Freitas, Directora do Departamento de Estratégia e Gestão Ambiental Sustentável da Câmara Municipal de Almada
16 comentários:
Boa tarde Fernanda e todos os seus convidados!
Acho que é preciso incentivar mais as pessoas para fazer reciclagem e poupar na energia e investir na educação dos mais novos é mais eficaz.
Os pontos de reciclagem deviam estar mais perto dos cidadãos, porque algumas pessoas deitam todos os sacos de lixo nos caixotes de lixo comuns, sem seprar, fazem isto por ser mais perto. É frustrante quando nós fazemos a reciclagem enquanto vimos outros não contribuem nada para o meio ambiente.
Boa tarde.
Os postos de reciclagem até já vão existindo um pouco por (quase) todo o lado o problema, é que não são esvaziados as vezes suficientes. A maior parte das vezes estão cheios (a abarrotar) e as pessoas acabam por "ser obrigadas" a colocar os sacos no chão.
O pessoal que anda na rua mexe e remexe nos sacos, sempre há procura de alguma coisa que possa aproveitar assim como cães e gatos á procura de comida.
Na minha zona, os pontos de reciclagem mais parecem pequenas lixeiras! é uma vergonha!
pior é para quem mora mesmo em frente a isto e tem que levar com estes cenários quase sempre que sai de casa!
Não existem cinzeiros em quantidade suficiente para os fumadores poderem apagar e deitar fora os cigarros! A maior parte das pessoas atira as beatas para o chão! ás portas dos cafés, restaurantes, bares, etc., deviam existir obrigatoriamente estes cinzeiros!
Cara Fernanda,
É necessário reforçar a ideia de que o problema do lixo não é um problema exclusivo do lixo doméstico, é principalmente um problema de lixo indistrial.
É urgênte que a população, de todos os estratos, esteja informada que a grande prioridade neste momento é que todos temos que pensar em função do planeta e não em função da economia.
As palavras de ordem têm que ser: conversão energética, construção sustentável, planeamento sustentável, etc.
penso que muito das mudanças terão que ser dadas pelos orgãos administrativos:
1.não temos recipientes nas cidades para desperdicios organicos nem oleos usados facilmente acessíveis
2.o horário de trabalho é sempre das 9 às 5 pelo que haverá necessáriamente estrangulamentos
3.os próprios edificios deviam ser pensados de forma sustentável (utilização eficiente de águas residuais)
4.educação sempre
Boa tarde a todos,
Sem querer desvalorizar a questão da reciclagem ou das energias renováveis, penso que é fundamental investir cada vez mais no transporte colectivo.
No centro de Lisboa a rede de transportes é bastante boa, mas basta afastarmo-nos 20 ou 30km (por exemplo em direcção à região Oeste) e temos uma situação bastante diferente.
Utilizo sempre os transportes públicos e penso que muitas pessoas que optam pelo transporte individual o fazem por questões de conforto mas também de liberdade - saber que podemos voltar quando queremos e que não teremos de esperar uma hora ou mais para o fazer.
Para ser possível alterarmos comportamentos temos de oferecer boas alternativas, para que as pessoas abandonem os seus hábitos e percebam que usar os transportes públicos pode não representar um sacrifício, mas até algum conforto, desde que se verifiquem as condições necessárias para tal.
Só para completar o post anterior, gostaria de acrescentar que, a gestão politica tem que estar munida de grandes técnicos, ao nivel dos seus convidados de hoje, dado que a maior parte deles (politicos) não tem formação nas áres que interessam directamente á população. São maioritáriamente economistas e advogados, disciplinas que não estão vocacionadas para resolver os efectivos problemas das populações e da sua organização.
Deixo-lhe ainda a sugestão de fazer um programa sobre permacultura.
Abraço.
Pedro Glória
Eu bem gostaria de não ter de usar o carro diáriamente, mas isso revela-se uma tarefa quase impossível. Moro nos arredores duma cidade do interior norte do país e aquilo que noto é que há uma boa rede de transportes públicos dentro da cidade, mas o mesmo não se verifica nos arredores e como trabalho por turnos e tenho de me deslocar para a cidade, o uso do automóvel é inevitável.
Infelizmente não é só uma questão de mudança de hábitos mas de custos económicos nas mudanças de hábitos. Se apagar as luzes ou fechar as torneiras (com água fria) se traduz em poupança, outras coisas ficam mais dispendiosas.
Morando nos arredores de Lisboa, fica-me mais barato usar o carro nas deslocações que faço que usar os transportes públicos, além claro de ser mais rápido e cómodo, sobretudo para carregar a "tralha".
Tenho trocado as lâmpadas que fundem por lâmpadas mais económicas, apesar de mais caras, e constato que fundem tão ou mais depressa que as antigas, ao contrário do que anunciam.
Gostaria de mudar as caixilharias mas fica muito caro, gostaria de ter painéis solares, mas fica muito caro, etc., etc. até os caixotes de lixo para reciclagem são vendidos a preços inflacionados.
Por outro lado vejo as autoridades de governação a desperdiçar energia em inúmeros casos, a construir e destruir sem contabilizar gastos e a construir vias em que as passadeiras são desenhadas em função do movimento dos carros, em vez da utilização e do que é prático para os peões. Se, por compreender isto, paro o carro para deixar passar um peão fora da passadeira, ouço logo apitos de quem vem atrás.
O uso de bicicleta continua a ser extremamente perigoso, dada a falta de cuidado dos automobilistas.
Maria
Boa tarde,
Em relação aos transportes públicos parece-me que estão sempre a falar do que se passa em Lisboa ou no Porto porque nem Coimbra tem uma rede de transportes públicos satisfatórios. Para já não falar de cidades mais pequenas. É claro que as pessoas têm que usar transporte individual expliquem-me como é que se vai de Carrazeda de Ancião a Lisboa? - de carro é claro e como é que se vai de Lisboa a Bragança? . vai-se de avioneta ou de carro não há comboio e o autocarro demora 9 horas .
Linha do Oeste é para rir, comboios lentos, desadequados e estações a cair com chefes de estação à vezes poderes de Bêbados. Compro um bilhete de alfa pendular de Coimbra para faro e chego ao Alentejo e o comboio anda a 40km, e 10km! Enfim anda-se a brincar com coisas sérias o comboio que liga em Espanha castellon a Madrid é igual ao nosso alfa pendular e anda a 270km na totalidade do trajecto.
Depois o ordenamento não existe as cidades não têm centro, e estão dispersas como é que um sistema de transportes públicos pode algum dia ser eficaz. Eu não tenho carro e deparo-me sempre com imensas dificuldades!! Às vezes penso que vocês aí no programa parece-me que não vivem no mesmo país que eu
( Manuel- via mail)
Boa tarde,
Sou deputado Municipal da Assembleia Municipal de Valença onde tenho apresentado propostas de constituição de um serviço de transpostes públicos municipais capaz de ultrapassar a carência de mobilidade de que sofre o Concelho por via da ineficaz resposta por parte dos operadores privados. A resposta que tenho recebido dos vários executivos camarários é de que -exceptuando o transporte escolar - as Câmaras Municipais estão legalmente impedidas de criar e explorar um sistema municipal de transportes públicos. Se for possível agradeço que um dos convidados presentes aborde o assunto.
Obrigado, bom trabalho. O Sociedade Civil é um excelente programa.
Armando Carvalho
Valença
( via mail)
Boa tarde a todos/as
Gostaria de referir em contra o que vai sendo dito sobre a qualidade de vida nas cidades, que esta já não existe há imenso tempo. A partir do momento em que temos de nos deslocar dezenas de km's para termos lazer, trabalho, infra-estruturas e outras possibilidades de vida que deixamos de possuir qualidade de vida nas cidades. Vivi durante 28 anos na periferia de lisboa nomeadamente em Vila franca de xira, (está relativamente perto de Lisboa) estudei e trabalhei em Lisboa e nunca tive um único momento em que pensasse ter qualidade de vida, no momento em que me foi feito o convite para trabalhar no interior centro do país que afirmo, A qualidade de vida está no meio rural, isto porque aliado ao que a colega Arquitecta Livia Tirone mencionou no inicio, a cidade é para ser vivida a pé, um meio de deslocação que hoje em dia em lisboa não faz nem fará sentido nos próximos tempos, porque infelizmente quem planeia os transportes públicos não anda nos mesmos e raramente toma uma decisão acertada. Ora todas as decisões erradas que se tomam em torno dos transportes públicos em Lisboa afectam milhares de pessoas, de serviços, etc para não mencionar os milhares de euros em impostos que poderiam ser poupados. Eu sendo um utilizador até à bem pouco tempo dos transportes públicos de lisboa e arredores, não consigo compreender como é que só agora, se começa a pensar em unir as linhas do metro (para citar um exemplo) quando deveriam de já ter sido ponderadas na altura do projecto e planeamento da linha vermelha, verde, azul e amarela (obras que estão quase concluídas de ligação das 3 linhas porque a amarela não consta nesta ligação).
Lisboa para que possa subir a qualidade de vida, precisa primeiro de ter um planeamento sério, ponderado e acima de tudo feito por pessoas que realmente façam uso da cidade e não a venham "visitar" somente em trabalho, só assim se consegue tirar partido de ideias e conceitos para melhorar a cidade. E quando falo em Lisboa, falo em todas as grandes cidades, embora só possa falar de Lisboa, sendo a única em que vivi e se depender de mim, não pretendo regressar.
Obrigado pelo excelente programa, continuação de um maravilhoso trabalho jornalístico.
... Pois sempre que nos achamos maiores como HOMENS, a NATUREZA vem e prova-nos o exacto contrário. Perante tal impotência conseguimos apenas sentir-mo-nos maiores como HUMANOS. Hugo Sousa, 26 anos, solidário com o povo madeirense.
Perdi num dia o interesse pelos mil canais de Tv, recuperei-o no seguinte dia.. na nossa "sociedade civil". PARABÉNS Fernanda!
"A esperança é a dor que nos move a tentar novamente".
Perdoem-me o 'fora de contexto' no programa de hoje.. mas senti-me na necessidade de o fazer. Façam-no apenas chegar á Fernanda e aos seus convidados de hoje por favor. Um muito obrigado a todos vós.
Parabens pelo oportuno programa e saudações aos convidados.
O Condominio Jardins S.Bartolomeu tem feito um trabalho de fundo nesta area procurando afirmar-se como um Eco Condominio.
Neste processo a mobilização dos moradores tem sido fundamental.
Candidatos ao Premio Rock in Rio Atitude Sustentável com o video "Impossivel ?"
http://www.viveraltadelisboa.org/?p=6518
Parabens pelo oportuno programa e saudações aos convidados.
O Condominio Jardins S. Bartolomeu tem feito um trabalho de fundo no sentido de se afirmar como Eco Condominio.
Este trabalho passa pela mobilização dos moradores (15 predios, 386 fracções).
Submetemos video "Impossivel ?" ao Concurso Rock in Rio Atitude Sustentavel.
http://www.viveraltadelisboa.org/?p=6518
ou
http://videos.sapo.pt/IzMy3teCbLk2wwGu5hQl
Boa tarde!
É muito importante não andar muito de carro, mas... há situações em que os transportes públicos são muito demorados, e não só!
Fui de férias,em Agosto,de transporte público, mas da residência para a praia demorava por volta de 2h nos transpores públicos, enquanto de carro eram entre 15mn a 20mn.
Maria
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