segunda-feira, março 15

Violência escolar

Há 160 casos em investigação pelo Ministério Público apenas referentes a 2008, embora possa haver muitos mais que não estão no sistema informático.
A violência escolar volta a estar em discussão pelas piores razões: um menor ter-se-á suicidado por ser vítima de violência física e psicológica por parte dos seus colegas.
Segundo um inquérito feito na Sub-região de Saúde de Bragança, 12,2% responderam que já tinham sido vítimas de violência na escola três ou mais vezes.
Que soluções? O que deve a escola fazer? E os professores? Como devem actuar os pais?

Convidados:
António Ponces de Carvalho
, Director Escola Superior de Educação João de Deus
Dulce Rocha, Presidente Executiva IAC
Ana Vasconcelos, Pedopsiquiatra
Albino Almeida, Pres. Confederação Nacional das Associações de Pais

40 comentários:

Eva Gonçalves disse...

Para além do pequeno leandro, houve também o suicídio de um professor. A violência não é só entre alunos... Para ser um comentário curto, pois muito haveria dizer... é necessário que o ME diga com clareza aod directores das escolas. Violência... tolerância zero! Com consequências. Não ter medo de exercer a autoridade!! É isso que os professores querem.. é isso que querem os pais.. é isso que querem os alunos!! Estão è espera de quê?? Bom dia e cumprimentos a todos.

Martinha disse...

Como é que uma criança chega ao ponto de se suicidar?
Como é que uma criança que tinha sido internada no hospital vítima de agressão por parte de colegas, continua a ser enviada para a mesma escola?
Onde estavam os adultos para a proteger? (como eu queria ter estado naquela hora, naquela ponte para a agarrar)
A escola, a sociedade mas, acima de tudo, os PAIS, devem estar sempre muito atentos aos filhos e educá-los no sentido de estes os informarem, sempre que uma situação destas aconteça. A partir daqui os PAIS juntamente com a escola terão de tomar uma decisão séria que resolva o problema, salvaguardando sempre a segurança da vítima.

Martinha disse...

Se a escola tivesse mais autoridade sobre os alunos, não eliminava, mas penso que iria reduzir a violência escolar.

Sandra Oliveira disse...

O meu filho foi vitima de bullying na 1ª e 2ª classe, tudo porque sempre o ensinei que violência não se resolve com mais violência e que não se bate aos mais pequenos e fracos.
Fiz queixa à directora da escola várias vezes, escrevi uma série de recados à professora na caderneta, até falei com o pai do miúdo que batia no meu e noutro (que mandou para o hospital 2 vezes), enviei carta registada com aviso de recepção à direcção do agrupamento e até hoje não se dignaram a responder sequer.

Quando partiram os dedos ao meu filho foi a gota de água, nunca mais pôs os pés naquela escola, e na escola onde está agora (está protegido porque a minha mãe trabalha lá) não tem tido problemas.

Isto passou-se na Escola 60 em Lisboa.

Carmo Remelhe disse...

Sou professora à cerca de 20 anos e lamento que tenhamos chegado ao ponto de a escola, que outrora existia para ensinar e educar crianças, hoje seja um depósito de crianças cujos pais não têm tempo para elas e, ao mesmo tempo, não tenha medidas educativas concretas para poder desempenhar o seu papel. Onde andam as famílias? Quem as responsabiliza?
Carmo Remelhe

Sociedade Civil disse...

"Sou mãe de 3 crianças e tenho muito receio da violência escolar. Os meus filhos mais velhos frequentam uma escola básica de 1º ciclo muito pequena (2 turmas), mas mesmo aqui existe esse tipo de violência. Miúdos que sem razão aparente batem nos colegas. Como existe apenas uma auxiliar nessa escola, não consegue vigiá-los a tempo inteiro.



Gostaria de saber como podemos perceber se os nossos filhos são vitímas de violência escolar.

E se sim, o que devemos fazer.



Eu tento conversar muito com eles sobre isso, tentar perceber se se passa algo com eles, mas não sei se me contam tudo o que os afecta negativamente.

Além disso, parece-me que é preciso estar muito tempo com eles, acompanhá-los de muito perto no dia-a-dia para que os possamos ajudar logo que comecem esse tipo de situações. E nos dias de hoje, muitas das familias não têm este tempo.



Cumprimentos,

Marina."

(via mail)

Sociedade Civil disse...

"Boa tarde!

Antes de mais, parabéns pelo excelente programa que vejo sempre que posso ou o tema mais me interessa.
Já falaram muito do tem Educação, mas acho que nunca é demais. Sendo mãe, preocupo-me e é pela raiz que temos de tentar "curar" os humanos. Acho que em breve vão debater, novamente se não estou em erro, o tema Bullyng. Acho óptima ideia, e é lamentável a onda de violência que anda nas escolas, e o que sucedeu ao menino de Mirandela, vítima de agressões fisicas e verbais, que se suicidou atirando-se aos rio, isto ainda me entristece até hoje. E disseram que nessa escola, que não será a única, todos batem em todos e se houver agressividade também em casa, estamos todos mal.
Também eu fui vítima de bullyng, só porque era envergonhada, tinha rinite alérgica e assoava-me muito, pois não me levavam ao médico e por não andar na moda (os meus pais não me compravam a roupa adequada, por egoísmo, etc.). Mas, em 1990 ainda não se houvia esse nome, bulling. Eu era adolescente e sempre gostei de ir à escola, e durante um ano tive de aguentar a provocação de a gozação sem motivo, que fez-me faltar um dia ou 2 e desejar não ir mais às aulas, por causa uma idiota de uma colega repetente que no ano a seguir engravidou e, felizmente abandonou a escola, para minha felicidade. A minha mãe ameaçava-me que se faltasse ou tivesse negativas, matava-me. Como vêm, o ambiente familiar não era muito bom, mas sempre mantive a minha auto-estima, fiz boas escolhas e sobrevivi, lamentando não ter um professor/a que me desse uma ajudinha, ou um psicólogo/a que detectasse o meu sofrimento, pois não era só bullyng na escola, em casa também havia, aqui incluindo físico, por parte da minha mãe perturbada mental...
O ensino tem de ter pessoas bem formadas a nível da psicologia. Os professores deviam ter formação de Formadores, na universidade é tudo demasiado teórico, já ouvi muitos testemunhos disso e também sei por experiência própria. Os maioria dos encarregados de educação precisam de formação de pais: faça-se nas escolas, no horário pós laboral, 2 ou 3 vezes por semana!
Outra ideia: a importância da exploração espacial para o desenvolvimento da mentalidade da humanidade. Como dizia O astrónomo José Matos: se estragarem este planeta, não temos onde ir morar...
E as questões ecológicas? Falar/escrever menos e agir mais, deveria ser o tema. Amanhã vou ajudar a "Limpar Portugal", conhecem a campanha?

Com os melhores cumprimentos,

Eugénia Fonseca"

(via e-mail)

Inês disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Olá Fernanda

Começo por lhe dizer que vejo quase todos os dias, porque o considero muito interessante, porque simultaneamente é informativo e educativo sobre os mais diversos assuntos de interesse para os cidadãos. Relativamente ao assunto de hoje, porque sou muito crítico a algumas teorias modernas, oriundas da psicologia e das (tenebrosas) ciências da educação, quero interpelar alguns dos seus convidados, que estão ligados, ou que muito falam delas, às duas especialidades atrás referidas, referindo para o efeito um artigo publicado na rubrica "cartas do leitor" do Diário de Notícias da Madeira de hoje, que passo a citar um pequeno excerto: “… estarrecido, li a nova legislação sobre exames e aspectos disciplinares. Praticamente não se podia reprovar e os próprios termos indicadores de fiasco escolar, a "reprovação" e o seu equivalente informal, o "chumbo", eram substituídos pelo pudico "retido". Seria uma rudeza dizer-se "O aluno reprovou". Ao contrário, pedagógica e delicadamente, deveria dizer-se "O aluno ficou retido". Mas que dificuldades para se proceder à "retenção" do aluno, por ignorante que fosse! Era um processo de tão grande peso burocrático que certos professores ou deixavam passar todos ou optavam por excessivo facilitismo. O mesmo sucedia nos aspectos referentes ao comportamento e à disciplina. O resultado foi a Escola, em muitos casos, oferecer à sociedade indivíduos ignorantes, incompetentes e malcriados. Penso que, em parte, a prática do bullying, pode ter aqui a sua origem, embora na base se radique na propensão da cobardia do grupo face à fraqueza dos inseguros, tímidos ou psiquicamente débeis. Cumulativamente, surge, na revolução, outra praga que é o "politicamente correcto". Consiste em falar e opinar de acordo com a nova ordem para parecermos saudavelmente progressistas e inteligentes, ainda que não concordemos absolutamente com o que afirmamos. O "politicamente correcto" aparece muito associado ao bullying quando se resolve justificar o fenómeno. Na TV vi uma frágil e piedosa pedopsiquiatra enfrentar a paciência do jornalista Sousa Tavares, defendendo, na prática, que não se pode castigar as crianças agressoras praticantes do bullying pois isso seria praticar bullying sobre essas mesmas "pobres crianças"! Infelizmente já há mais cabeças a asneirar nesse sentido…”.
Muito obrigado.

Unknown disse...

Boa tarde.

Na minha opinião, quem tem a razão absoluta, é o Sr. Albino Almeida. Mas infelizmente quem manda no ministério da educação, são os senhores professores, porque até aqui têm conseguido todos os objectivos.

--
Lurdes Silva

Sociedade Civil disse...

"Olá, parabéns pelo vosso programa!



Respeitante à violência na escola:



As pessoas parecem que estão a perder a consciência moral. Antigamente, realmente as pessoas tinham vergonha quando faziam mal e eram também castigadas por isso, mas hoje em dia já não são, porque os limites entre o bem e mal estão-se a perder.

Não sou eu quem diz, já que vejo muitos programas informativos: o que está a acontecer é que a maldade está a crescer grandemente neste mundo e agora até se vê. Pois a Bíblia diz isso e conta muito mais coisas sobre este mundo. Leia:



2 Timóteo 3:1-5 - Sabe, porém, isto, que nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. 2 Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, 3 sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, 4 traidores, teimosos, enfunados [de orgulho], mais amantes de prazeres do que amantes de Deus, 5 tendo uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder; e destes afasta-te.


Ana Lima"

(via e-mail)

Sociedade Civil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sociedade Civil disse...

"Boa Tarde,

Este tema é mais um que daria pano para mangas.

Bom! O problema começa na sociedade em si e na perca de valores, cada vez mais evidente. Depois, passa pela falta de atenção a que as crianças estão sujeitas em casa por falta de tempo dos pais, seguindo-se a insatisfação pela vida, as frustrações trazidas dos empregos e que acaba por cair em cima das crianças, etc., etc. ...

A resolução deste problema não passará apelando à consciencialização dos pais – até porque alguns até acham “graça”, porque, intimidar uma criança mais vulnerável será sinal de filhos inteligentes com capacidade de liderança, imposição, bla… bla… bla… é exactamente o contrário. Ao agredirem os colegas não passa de um sinal de fraqueza, pois agridem os outros apenas para esconderem as sua frustrações e fraquezas, quando não compreendidas e orientadas.

Acredito que em parte, o começo da solução deste problema passará pelas escolas, onde as crianças passam uma boa parte do dia. Existir mais vigilância ACTIVA nos recreios e penalizações para os pais das crianças que agridem (como já se fala). Paralelamente, a existência de psicólogos ACTIVOS nas escolas, que possam avaliar os comportamentos agressivos dos alunos. ... Ver mais

Cumprimento,

Ana Paula Pedro Vaz"

(via e-mail)

Ifre disse...

Boa tarde!
Eu sou professora do 1ºciclo e desde sempre alerta para estas situações. Pelas vicissitudes da vida, leccionei quase sempre em escolas complicadas, com crianças com pouca vontade de estarem na escola e com vivências familiares que eles passam nos seus gestos, nos seus actos. A escola actual está e sente-se impotente para estas situações, pois os pais sentem-se os donos da escola, como se nós, professores, fôssemos meros empregados. Enfim! Defendo não o castigo de suspensão, que é um prémio,1ºporque ficam em casa no bem bom, e porque perante os amigos são uns heróis. Defendo e sempre defendo serviço comunitário, traduzido em horas de serviço a favor da escola. O trabalho, a vergonha perante os outros, serviria melhor do que a suspensão.
Mas percebo e vejo que é um assunto cada vez mais complicado e se não forem tomadas medidas mais reais, a situação vai ser cada vez mais insustentável.

Unknown disse...

Boa tarde

Tenho varios comentarios a fazer.

1º a Associação da qual faço parte e procurei ajuda devido a bullying contra o meu filho indicou-me de que não fazia parte das suas competencias...

2º o meu filho foi, desde o 1º ano vitima de bullying e a mais valia foi a professora que conseguia parar certas situações, este ano mudou de professor e esteve 2 semanas a vir marcado para casa, professor resolveu a questão premiando o agressor a chefe de turma e os pais do agressor nao acreditaram que o filho fizesse mal a ninguem
3º o ano passado escrevi uma historia sobre este tema e li-o a turma do meu filho, a professora gostou e eu aconselhei um teatro ou mesmo acrescento da historia da parte dos meninos, ela respondeu que bullying so aparece desde o 4º ano.
4º é muito dififcil ser olhada de lado pelos funcionarios da escola simplesmente porque não admito agressões contra o meu filho perante, muitas das vezes, da impacividade das auxiliares que nada fazem, e nao so em relação ao meu filho.

Sociedade Civil disse...

"Boa tarde Fernanda,

Relativamente ao tema de hoje, tenho um comentário e uma questão a fazer:

1) A questão do bullying não é de hoje, tenho 36 anos e quando era pequena já havia na escola colegas (normalmente do sexo masculino) que adoravam bater nos outros pelo prazer da dor física e psicológica que lhes infligiam. Simplesmente, agora deram-lhe um nome - o que eu acho bem, mais vale tarde que nunca, para dar valor a esta grave questão. No entanto, não é só uma questão de testosterona, já que as raparigas também agridem, mas normalmente de formas mais "tortuosas"...

2) Conheço um caso, na escola do meu filho, de uma criança agressora cujos pais desculpabilizam o aluno, não estão interessados nas consultas do psicólogo que a coordenadora da escola providenciou, e que continua com o seu comportamento, impune. O que se pode fazer neste caso? Chamar a polícia? Os pais das outras crianças estão obviamente preocupados e não sabem mais o que fazer para parar com as agressões, já que o diálogo não resulta.

Obrigada


Patrícia SPF

(via e-mail)

bigeoculto disse...

As escolas perderam o poder de "castigar", enquanto esse poder não voltar estas situações continuaram impunes. Esse poder deve regressar do ministério de educação e também dos encarregados de educação.
Estes últimos são os primeiros a desvalorizar o papel do professor e da escola. O professor perdeu estatuto e arrastou a escola.
Cumprimentos cordiais!

Sociedade Civil disse...

"Existe um grande lascismo por parte da grande maioria dos Conselhos
Executivos. A resposta tipo dada aos pais dos alunos vitimas de Bulling é:
"não podemos fazer nada."
A minha pergunta é a seguinte: Porque razão os Conselhos Executivos se
escondem atrás desta resposta ???

José Augusto"

(via e-mail)

sonharamar disse...

Quantos mais Leandros é que terão de morrer até que o ministério se digne a fazer alguma coisa.

Anjos disse...

Boa tarde,
atenta e a apreender como programa não deixo de ficar preplexa com alguns comentários que dizem que a escola agora é o inferno e antigamente era o paraíso...então passei ao lado desse paraíso, tenho 35 anos, estudei sempre no publico, na escola primaria a minha mãe deslocou-se lá muitas vezes para alertar a professora que maltratava os alunos, levavamos reguadas nas mãos, e com a cana na cabeça até sangrar, podem fazer pesquisas que devem haver pelo menos uma centema de ex alunos a confirmar...viviamos no tempo de grande violência dos professores para com os alunos. Hoje somos os pais das crianças nestas mesmas escolas em que a violência se disseminou...de forma errada certamente, mas não surpreendente. Devemos todos refletir, acabar com estes ciclos de violência viciosos, entre professores e alunos, alunos-alunos, alunos professores e entre a própria família...a violência começa em casa...continua na escola e por aí fora...Haja força de vontade de todos e muita colaboração, penso eu...!

Unknown disse...

Sou professor e acredito que a questão da legislação é muito limitante, pois as sanções que podem ser aplicadas aos alunos não têm por fim a correcção do comportamento tal como é indicado pelo espírito da lei.
Como docente e director de turma sou sempre presente a uma desresponsabilização dos comportamentos dos alunos por parte dos pais e uma descredibilização do trabalho desenvolvido pela escola.
Só queria deixar a mensagem que há docentes para os quais os alunos realmente interessam e também se sentem penalizados com a ideia que estamos a trabalhar contra os pais e as famílias.

Cláudia disse...

suspender os alunos nao resolve absolutamente nada.provavelmente ficam em casa sozinhos a pensar na sua proxima actuação.

as escolas nao admitem "queixinhas", repreendem as crianças que se queixam e ainda sao mais gozados pelos colegas...

Unknown disse...

A base de tudo é um bom relacionamento familiar. Por isso não adianta punir os alunos quando na realidade eles estão a dar aquilo que receberam em casa. As crianças estão sendo vítimas de programas televisivos e computadores e jogos. Hoje em dia se fomos parar para analisar, vamos ver que a maioria dos desenhos animados e dos jogos e filmes que os nossos filhos estão vendo, estão cheios de incentivo a violência. Os pais passam pouco tempo com os filhos. Pois dizem estarem ocupados com o trabalho para sustentar os filhos. Enquanto isso deixam os seus filhos passarem demasiado tempo com diversas outras coisas menos com o contacto humano. Ou seja, não existe relacionamento familiar. É na família onde se aprende a conviver, a lidar com as diferenças uns dos outros. Portugal, vamos incentivar o convívio familiar! Os valores da família precisam ser restaurado.

Unknown disse...

Como a Fernanda faço parte de uma geração em que havia respeito pelos professores, assim como, pelos outros funcionários. Passamos de um extremo ao outro. Hoje em dia as crianças não tem esse respeito e algumas vezes ainda são apoiadas pelos pais, o próprio sistema de ensino protege-as demasiado mas num sentido negativo tirando a devida autoridade aos professores. Quem diria que chumbar um aluno seria tão difícil, pois se o fizer o professor será acusado de não ter trabalhado devidamente com o aluno, mas as estatísticas são mais importantes. Quero dizer com isto que muitas crianças já nem sequer se preocupam com as consequências, o prof. não me pode fazer nada, posso insulta-lo declaradamente que sou intocável, e já agora porquê se preocupar com as notas que teve no 1º e 2ºperíodo (8 negativas), se no 3ºperído irá transitar à mesma, até ao 8º ano passo sempre... Deveríamos repensar nas consequências de toda esta demagogia que é aplicada nos nossos dias.

Cumprimentos.

Ceridwen disse...

Tolerancia zero!
A violencia nao é so entre alunos...
a educaçao, os principios morais,a consciencia do bem e do mal, deve ser incutido no seio familiar, e continuado nas escolas.
Os pais assim como os professores tem dever moral de acautelarem e identificarem situaçoes de crianças em risco.A figura do ME deve ser de controle e de garantir que todas as normas institucionalizadas,sejam convenientemente aplicadas.
Por tudo isto, sou da opniao que os principais responsaveis, sao sempre OS PAIS,por falta de zelo, respeito e disciplina.É quanto a mim a principal razao para o aumento de violencia, gratuita ou nao nas escolas.

Carla Miranda
Lisboa

Unknown disse...

Para grandes males, grandes remédios.

Se, em caso de falta de disciplina grave, fossem aplicados castigos pesados, a violência escolar, se não acabasse, passaria a ser residual.

O problema é que os miúdos (?) já vão para a escola sem lhes serem incutidos princípios de civilidade, e os pais, consideram sempre que a culpa é de todos, menos dos seus "rebentos".

Sociedade Civil disse...

"Boa tarde,



Sou mãe e encarregada de educação de um menino de 8 anos que frequenta o 3º ano do 1º ciclo e choca-me que, sobre um tema de extrema importância, o painel de convidados fale de punições atrás de punições sem se questionarem sobre o porquê do fenómeno.

A família deve ser responsabilizada, quando lhe é permitido “despejar” os filhos na escola das 8:30 h até às 17:30 h e delegar aos professores a sua educação? E os pais que pretendem que os seus filhos estejam na escola das 7:30h até às 19:00h? Quando é que estas crianças e adolescentes estão com as famílias??? Já pensaram na revolta interior destes jovens que, praticamente, não conhecem os seus pais e vice-versa e que estão todas estas horas confinados no mesmo espaço com as mesmas pessoas? Já pensaram que estas crianças não têm tempo para serem crianças?

Como pode a CONFAP responsabilizar as famílias quando é o principal apoiante destes pais?

Só descobrindo as causas é que se podem tomar medidas preventivas!



Muito obrigada!



Maria Lemos"

(via e-mail)

Sociedade Civil disse...

"Olá Fernanda,
Como quase sempre o tema de hoje é muito importante mas velhinho....
Já sou Avó, entrei no sistema escolar com 3 anos e já havia qualquer coisa parecida...
Há muitos anos que se desvaloriza a escola, os Pais não se interessam, não respondem quando convocados, ás vezes vão lá se os filhos apanham uma falta...mas para afrontar os professores.
Nada tem a ver com a instrução dos Pais, pois houve muitos que mesmo analfabetos, desconhecedores do mundo lá fora, que em terras remotas criaram gente com muito valor na sociedade.
Criei duas filhas a quem fiz SEMPRE ver que o futuro delas, em grande parte, teria como base o que 'agarrassem na escola, e que os Professores vinham logo depois dos Pais como as pessoas com mais peso na vida delas.
Não eram santinhas nenhumas, graças a Deus, eu também nunca pensei que as 'conhecia' muito bem, por isso os Professores eram paradeiros muito importantes na educação delas.
O contrário é mergulhar a cabeça na areia.
Obrigada
Maria Helena Abrantes"

(via e-mail)

sw disse...

Como mãe de um menino de 6, que começou este ano estas lides de "recreio grande" , preocupo-me em ir-lhe passando PODER (empower), para que não venha a ser, pelo menos facilmente, uma vítima e bullying.
Não lhe digo para bater de volta, mas sim para se defender - por ex. com o olhar veemente e indignado, com um STOP ou um BASTA bem alto, procurando imediatamente e sempre ajuda de outros amigos, da professora e das auxiliares. Incentivá-los a serem "mais eles", orgulhosos de si, mesmo não sendo grandes ou atléticos; ensiná-los a serem solidários, a não cuspirem para a rua, a falarem com educação, a AGIR, são tudo coisas que se tornam competências cívicas e que podem impedir as nossas crianças de serem "vítimas".

Unknown disse...

Boa tarde,

O problema é a falta de coragem dos docentes, eles hesitam muito em actuar, pessoalmente já assisti a afirmações de docentes que não se viam na posição de acusar um colega, nos poucos anos que tenho de acompanhamento dos meus filhos já vi os professores a manipular determinadas situações e nem se deram ao trabalho de advertir os Pais, a consequência destas atitudes foi tomar a decisão de mudar o meu filho de escola, perdi a confiança nos prodessores, o comportamento pessoal e a interação no grupo estava a tornar-se violenta não só fisicamente como verbalmente, nunca foi uma criança violenta e de repente já andava aos pontapés na sala de aulas, e o mais impresionante é que os Pais nunca foram avisados deste comportamento, no intervalo eram proibidos de jogar a bola, claro que a energia é canalizada para outro lado.
A impressão que eu hoje tenho é o da politica da rolha, só se diz aos Pais o que é do interesse deles.

Unknown disse...

Os pais estão preocupados em atingir as suas metas profissionais. Estão dando pouquíssimo tempo para os seus filhos. Para compensarem essa ausência fazem todas as vontades dos seus filhos. Dão consolas, roupas e uma infinita de coisas supérfluas. Só não dedicam um tempo para o convívio. Ou seja, a família, que é o alicerce estão em ultimo lugar. Nossas crianças estão sendo formada por jogos, sites, por maquinas. Como querem que as crianças se relacionem bem com seres humanos? Eles não aprendem isso em casa. É preciso existir os conflitos, as tristezas, as alegrias que existem em um lar onde os seres humanos se relacionam. Não só essas crianças que praticam tais coisas como os pais delas, precisam passar por um acompanhamento psicológico. Eu tenho certeza que a raiz do problema está dentro do seio familiar.

Catarina Garcia disse...

Este problema não é recente, já existe há muitos anos mas finalmente começou a ser discutido.
Infelizmente na minha escola preparatória, há mais de 10 anos, houve vários casos desses onde havia esperas à porta da escola com pessoas de fora mais velhas, chamadas pelos alunos a que chamavamos xungas para darem porrada nos outros.
Alguem alguma vez fez alguma coisa? Nada.
Como é que o porteiro que tinha obviamente conhecimento disto não fez nada? Porque só têm que ser as vítimas a fazerem queixa quando levam mais por isso?
O mais engraçado é q a escola era conhecida por fina...

mario disse...

O meu filho foi alvo de violencia e parou quando lhe disse : dá-lhe com toda a força até faxer sangue.

Lover N 1 disse...

Tem de existir regras e fazer-se responsabilizar as crianças mesmo pela avaliação e castigo para que a situação mude. Os professores no recreio não serve para nada, pois a minha Mãe está presente nos recreios (escola primária) onde um aluno pontapeia, morde, chama nomes etc.. que a levou ao hospital. Não existe respeito nenhum. Só queria deixar uma ideia pelo qual passei aquando era mais criança numa escola em Pretória África do Sul o qual os mais velhos eram padrinhos e responsáveis por tudo o que se passava nos recreios.
Tenho uma criança de 5 anos e só vejo uma solução, tem de existir responsabilidade e fazer-se responsabilizar as crianças dando méritos ou demérito na avaliação.

Cumprimentos e continuem o bom trabalho,
António Barata

Oficina de Restauro disse...

ola boa tarde
so agora comecei a ver o programa infelizmente, mas ha algo q me incomoda profundamente neste assunto. nao tenho filhos mas ja fui pequena e andei como todos na escola, e parece-me que se esta a olhar para todos os pontos errados neste assunto. acho q as agressoes fazem parte do crescimento das crianças q sao crueis por natureza até que lhes seja mostrado o contrario fazem parte de estabelecer hierarquias e da formaçao de caracter do mais forte ao mais fraco (fisica e intelectualmente). nunca fui vitima pq nunca me deixei ser e sim respondi da mesma moeda pq como sabemos um agressor nada mais é q um cobarde mesmo q seja criança, e sim, infelizmente penso q certas crianças so respondem se forem colocadas no papel inverso. no entanto fala-se mt das vitimas mas nada sobre os agressores que mts serao psicopatas em potencia, o q vai acontecer a estes agressores quando deixarem de ser crianças?nao tem eles tambem de ser punidos de acordo com a acçao tomada? acho q nao ha atitudes de demonstração de força (e esta nao implica força fisica) adequadas a estas situaçoes q acontecem cada vez mais pela falta de respeito e medo (sim medo) q as crianças hoje em dia tem pelas figuras de autoridade. quantos de nós quando miudos tinham a coragem de desrespeitar um professor? quantos de nós teriamos coragem de contar em casa que tinhamos sido repreendidos por esse mesmo professor?
os país trocaram a frase " e o q fizeste tu para o professor ralhar?" para " o professor nao tem nada que ralhar contigo, se alguem o pode fazer sou eu".
para mim isto é um problema que começa em casa mas a escola tem de ter um pulso mais forte sem ter medo de melindrar os país q na realidade nao conhecem os filhos nem sabem do que eles sao capazes. ha efectivamente coisas ao longo dos anos que tem mudado para melhor no ensino mas na realidade o desrespeito pelas figuras de autoridade nao foi uma delas. nao sou a favor da violencia por si, mas uma palmada na altura certa e um castigo bem aplicado e q veja o seu fim, nunca fizeram mal a ninguem.

carla, evora

Sociedade Civil disse...

"Boa tarde
Tenho estado a seguir o programa e sou de opiniao que se os pais fossem avisados do comportamento dos filhos na escola e responsabilizados com multas até pecuniarias nos casos de violencia talvez se conseguissem alguns resultados bem como devolver aos professores a autoridade que lhes foi retirada e que levou a crescente falta de respeito que hoje se verifica nas escolas.
Os alunos sabem que ficam impunes e lamentavelmente é verdade
O ministerio da educaçao que se lembre que a guerra que declarou aos professores tornaram os alunos (algun deles claro) desrespeitosos e muitas vezes com a cobertura dos pais.
Nao sou professora mas sou mae e sempre pedi aos professores para ser avisada principalmente no caso de faltas de respeito aos professores e funcionarios pelo facto de que os meus filhos sabem que lhes perdoo muitas coisas mas isso nao.
Cumprimentos
Maria Margarida"

(via e-mail)

Unknown disse...

Para você que está muito ocupado com o seu trabalho. Peço a Deus que um dia você não tenha que dizer essas palavras:
- ah, se eu pudesse voltar atrás nas asas do tempo! Beijaria mais os meus filhos, brincaria muito mais, desfrutaria da sua infância como a terra seca absorve a água. Sairia para a rua em dias de chuva com eles, andaria descalço na terra, subiria às árvores. Teria medos que se contaminassem com o sistema social. Seria mais livre no presente e menos escravo do futuro. Trabalharia menos para lhes dar o mundo e esforçar-me-ia muito mais para lhes dar o meu mundo.
- se eu pudesse voltar atrás no tempo, daria todo o meu dinheiro para ter mais um dia com eles e faria desse dia um momento eterno.
Por isso, aproveite o dia que se chama hoje, para ser o melhor pai ou a melhor mãe do mundo! Amanhã pode ser muito tarde.

Raquel disse...

Ainda não consegui ler todas as mensagens ao pormenor, mas do que li, todos se queixam do mesmo: violência escolar e alguma continuada em casa, como se não bastasse...
Há alguém que fala dos professores, mas aqui onde estão os "inspectores", os responsáveis pela sanidade mental dos professores? Sim, porque um professor que se deixa intimidar ao ponto de uns "fedelhos" lhe baterem ou torturarem e ele tentar pôr termo à vida ou suicidar, está, lamentavelmente, doente (quando não morre, óbvio) e foi mal preparado na sua formação como docente.
É mais grave nas crianças e adolescentes, muitas vezes elas não têm verdadeiros amigos capazes de as ajudar, estão confusos, psicologicamente bloqueados, em casa não obtém atenção, ninguém tem TEMPO PARA AS CRIANÇAS! Como a sociedade vai melhorar e com isso o mundo, se não dão importância vital à boa Educação?
Alguém afirmou, um tal Albert Schuweitzer : "Dar o exemplo é a melhor forma de influenciar os outros - é a única."
Este sábado, eu e família vamos "Limpar Portugal" www.limparportugal.org , era bom que os mais jovens também participassem para esquecerem a violência, vamos também ajudar a "limpar" o bullyng das nossas vidas!

Raquel disse...

Esqueci-me de referir outra problemática muito séria e mais rara, espero, mas não tão rara como seria desejado. Crianças que não falam ou têm outra deficiência na comunicação e são agredidas na escola. Sei de um caso de um menino de 3 anos, na pré do meu filho, que era agredido pelos colegas com a permissão das educadoras, uma delas também agressora, ficava com as pernas todas pisadas e levantava os braços de medo constantemente sem motivo, só de nos mexermos junto dele, e só uma bendita auxiliar denunciou o caso à mãe, que igual a uma leoa a defender a cria, "rosmou" com todos e nunca mais o agrediram, mas mesmo assim o menino saiu, pois não era compreendido e bem tratado. Eu faria pior!
Mas, lá está às vezes há um auxiliar conscienciosa...
E é claro que a violência na TV e computador prejudica os miúdos. Faz-me impressão tantos adolescentes gostarem tanto de filmes de terror (O filme "Saw",I, II; III; IV etc, é de meter nojo de tão violento e desumano! Só vi um e quase vomitei.) e verem cenas na internet horripilantes de drama hospitalar e guerras. Sei de um senhor do talho que teve de fazer psicoterapia só de lidar com a morte de animais para consumo, ele nem gostava nada de ver aquilo, muito menos em humanos!!
Tudo de bom para o programa e beijinhos solidários para a Fernanda Freitas que tem alguém na família que tem ou teve problemas de deficiência.

Raquel disse...

Souberam daquela lei que a Fenprof conseguiu para punir mais eficazmente a violência contra os professores? Acho bem, mas e os alunos, quem os protege? A Confap tem feito alguma luta a favor dos menores vítimas de abusos na escola, mas quem ganham são os professores. Não devia haver "quem ganha", mas sim estarmos todos igualmente a "combater" do mesmo lado contra todo o tipo de bullyng, punindo e prevenindo, então, toda a agressividade.
Lamentavelmente, alguns pais negligentes e agressivos continuam impunes. São necessários mais psicólogos no activo bem preparados para estas situações e não daqueles que vivem na ilusão que toda a gente tem um bom pai e mãe: que lindo mundo cor-de-rosa seria!
Ainda não se chegou a uma forma de detectar mau ambiente em casa da criança, ambiente que a afecta negativamente, e enviar alguém da segurança social, se for preciso ladeado por um polícia para sondar e resolver a situação em casa da criança para que na escola não seja atacada também. Porque, no geral, quem é vítima de bullyng na escola não é protegido ou também é vítima em casa, na vizinhança ou na família onde mais passa o tempo... não é?
Na Suiça, por exemplo, quando se nota uma criança mal tratada, é logo retirada aos pais, colocada a salvo (e não em espécies de "Casas Pias" violadoras), até descobrirem realmente o que se passa naquela família, e resolverem a situação.
Infelizmente, aqui em Portugal, a criança ou adolescente têm que sofrer muito até que se faça alguma coisa...e tem que deitar sangue, senão ninguém vê as feridas na alma!
No caso do Leandro de 12 anos vítima de bullyng continuado, que se suicidou, até foi parar ao Hospital com sangue nem assim... que raio de médicos eram aqueles que não sinalizaram logo todas as entidades protectoras do menor? É preciso haver mais suicídios para que se faça mais alguma coisa? Espero mesmo que não...