Os alertas governamentais sobre a necessidade de explorar a nossa costa e mar têm sido uma constante. É uma área 20 vezes maior que o território nacional terrestre que está à espera de ser (re)descoberta. O potencial que o mar nos cria vai desde a alimentação à cosmética, à industria farmacêutica até às necessidades energéticas.
O valor económico do mar é de cerca de 2% do PIB e emprega diretamente perto de 75 mil pessoas
Que riquezas o mar português ainda tem para dar? Que indústrias podem florescer no seu embalo? Quantos postos de trabalho pode criar?
Como devemos ir conhecer o nosso mar? Que tecnologias temos hoje para “viajar até ao fundo do mar”?
As potencialidades deste espaço são inúmeras: “É preciso ir ver”, dizia Costeau.
Convidados:
Tiago Pitta e Cunha, Especialista em Assuntos Marítimos
Manuel Pinto de Abreu, Responsável pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental
Maria Fernandes Teixeira, Docente UCP e Professora convidada do Instituto de Estudos Europeus
Fernando Ribeiro e Castro, Secretário-geral do Fórum Empresarial da Economia do Mar
4 comentários:
O mar português têm ainda nas suas águas centenas de riquezas à espera de serem exploradas, de forma sustentável claro. Representa uma rampa para Portugal ser lançado para fora deste fosso onde se afunda cada vez. Desde recursos minerais/não vivos a recursos vivos, desde a biodiversidade à energia renovável que dele se pode retirar, o mar representa todo um leque de opções para Portugal salvar a economia nacional. Mas para isto é preciso que o nosso País, como diz a minha cara amiga Joana Felix,mestre em relações internacionais, "saia desta esquizofrenia pelas grandes obras", e invista neste tesouro por descobrir.
Já não estamos na estaca zero, felizmente têm sido tomadas medidas, acções de sensibilização, tal como as Jornadas do Mar, organizadas pela Marinha Portuguesa, em parceria com outras empresas nacionais. Mas não se pode baixar os braços, mas sim "arregaçar" as mangas, pois há ainda muito para fazer.
Joana Silva, Porto
Como podem perguntar hoje que riqueza tem o mar, se o têm destruído desde o 25 de Abril de 1974? Como podem, hoje, fazer programas pretensamente intelectuais e técnicos sobre o mar se não discutem o maior crime ambiental que os governos do PS e PSD, têm protagonizado na zona da Figueira da Foz e Buarcos, destruindo propositadamente a creche das espécies. Os "penedos" que serviam de "maternidade" às novas espécies e serviram durante décadas de base e fonte de alimento aos pescadores de Buarcos quando os temporais de inverno os impediam de pescar e alimentar a sua família. Como podem falar sobre a protecção da biodiversidade quando, para protegerem os interesses das fábricas de papel, prolongaram os esporões da barra de Buarcos, provocando o assoreamento desses "penedos" causando com isso a perda de zonas de nascimento e protecção de espécies infantis, complicando e destruindo toda a cadeia marinha nessa zona. Como podem falar sobre o ambiente sem falar na praia de Buarcos que de ano para ano está a submergir esses "penedos" tão essenciais à protecção da biodiversidade marinha? Como podem discutir biodiversidade e ambiente quando essas obras que beneficiam indústrias poluentes (fábricas de pasta de papel) destruindo com isso (através da erosão) as dunas de protecção de povoações a sul da Barra de Buarcos? Como podem esconder (como o têm feito) este crime? Como podem, as organizações de defesa do ambiente, não falar deste crime? Estarão a ser pagas para isso? Como filho de um pescador de Buarcos tenho-me preocupado em registar fotograficamente e como prova deste crime para memória futura, todas estas alterações para que no futuro alguém seja responsabilizado! Aconselho, a quem tiver, responsabilidade e coragem para mexer com interesses que até hoje têm sido intocáveis, que leia o vergonhoso “Estudo de Impacto Ambiental” e como se pode manipular e prejudicar, todo um povo, sabendo que a sua responsabilidade e “Carteira Azul” estará bem protegida a nível político e judiciário!
Boa-tarde
A propósito do tema que está a ser explorado, e aproveitando o facto de estarem no programa alguns especialistas sobre os assuntos do mar, pergunto porque se insiste na designação errada de "extender a plataforma continental", quando o que verdadeiramente se pretende é aumentar a zona económica exclusiva (ZEE). A plataforma continental é uma área com caracterísitcas geomorfolológicas muito próprias, que não podem ser alteradas (aumento/extensão) à escala humana. Isto é uma questão de educação geográfica, que não está a ser acautelada, infelizmente.
João Daniel, Geógrafo.
Os crimes que o IPTM tem protagonizado na àrea do porto da barra de Buarcos é altamente lesivo dos interesses da Figueira, na área do turismo (vejam a quantidade de turistas, especialmente Espanhois, que arribavam à Praia da Claridade nos seus tempos àureos e hoje chamada depreciamente de "Praia ao Quilómetro" completamente deserta no período de Verão com a consequente diminuição de divisas, também nos hoteis, alguns a cair de podre e na frequência do casino da Figueira, etc....encerrando milhares de postos de trabalho directamente e indirectamente ligados ao turismo. A figueiora já morreu à muito no que diz respeito ao sector turistico.O IPTM "matou" e o turismo da Figueira transformaram a Figueira e a pesca artesanal que dava vida à cidade, num autentico deserto! Vejam, se quiserem, A justificação que deram para obterem uma doca que sempre foi pertença dos pescadores da pesca artesanal,para a transformarem numa Marina que mais não é do que um autentico "depósito" de barcos turisticos, por vezes durante anos, sem de lá sairem porque propriedade de estranjeiros e com a única finalidade de servirem de negócios com Empresas Off-shores. A desculpa para obterem a doca da Figueira é caricata e o mais criminoso é que ninguèm fala nisto como se a doca fosse propriedade pessoal do IPTM!Vejam que área da frente ribeirinha é "propriedade" do IPTM e quanta área fica para o lazer dos figueirenses?
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