sexta-feira, novembro 19

Violência escolar

No final do mês de outubro passou a ser crime, punível com pena de um a cinco anos de prisão, atos que se incluam na violência escolar – uma moldura penal semelhante aos crimes de violência doméstica.
O que abrange? O chamado bullying, seja ele verbal ou físico e todos os comportamentos que ponham em causa a segurança do espaço escola.
O que vamos conseguir com esta norma forma de punição? Uns defendem que será apenas dissuasor, outros afirmam que deveriam ter-se encontrado outras formas de eliminar o problema.
O Sociedade Civil chama professores, pedagogos, diretores de escolas e elementos ministeriais a uma discussão sobre o problema da violência escolar.

Convidados:
Superintendente Paula Peneda, Dir. Gabinete Coordenador da Segurança Escolar do Ministério da Educação
Padre Maia, Fundação Filos
Sílvia Parreiral, Docente Escola Superior de Educação de Coimbra no departamento de Psicologia e Ciências da Educação
Hermínio Corrêa, Confap - Confederação Nacional das Associações de Pais

3 comentários:

Anónimo disse...

Em Barcelona se um canal de televisão passa um filme violento fora das horas destinadas a adultos leva uma multa que não é nada pouco. Enquanto lá estive, houve um canal que infringiu a lei e foi multado, além de ter feito um pedido de desculpas ao público.

A violência começa no que se vê, e pelo que tenho visto, as direcções de programação dos vários canais deviam auto-avaliar os filmes que passam ao fim de semana à tarde e o parlamento devia copiar o exemplo espanhol.

Não concordo com a criminalização de jovens menores quando o estado é o principal responsável pelas condições em que eles vivem. Se o estado não dá condições de vida aos pais como é que os filhos as podem ter?

Na maior parte dos maus casos as crianças têm falta de atenção dos pais e da propria escola, que não tem condições para substituir os pais.

malu disse...

Boa tarde,
hoje ouvi falar no programa na ideia de poder usarem farda os alunos nas escolas.
Pois bem, vim na passada 4ª.feira de Portsmouth onde vivem a minha familia e onde as meus 2 netos mais velhos usam farda e precisamente nesse dia, era o dia de não usar farda.
Acho bem que em Portugal se comece a ter essa ideia, pois assim os alunos só terão um dia para mostrar o luxo ou não e nos outros dias serão todos iguais.
Desculpem, talvez a minha falta de boa redacção, mas certamente passei a minha ideia.
No meu tempo usava-se a bata branca sobre o vestido, e ai na sala éramos todas iguais.
Com os meus cumprimentos.
MLourdes

Ivo disse...

Enquanto Psicólogo Forense não posso de deixar expor a minha opinião quanto a esta nova medida penal, que a meu ver nada ou muito pouco irá alterar nas nossas escolas. O facto é que, esta medida visa apenas a punição dos jovens "agressores" através da sua erradicação da vida em sociedade. Ora se estes jovens, já não têm uma presença diga-mos "normativa" dentro da mesma, será nas prisões Portuguesas que irão adoptar estas competências?! E quando saírem das mesmas, será que não sairão ainda mais revoltados com a sociedade, trazendo consigo comportamentos ainda mais violentos e agressivos? Antes de mais é necessário uma boa avaliação dos jovens que praticam Bullying pois, dá-se em muitos casos, terem sido estes próprios vitimas deste comportamento, e em muitos casos também oriundos de famílias problemáticas. Facto que não os desresponsabiliza a meu ver, das suas atitudes, mas será a melhor forma de intervir??? Enviar um jovem em fase de aprendizagem para a cadeia??? Que saídas profissionais esperam estes jovens no nosso pais que cada vez se afunda mais e no qual cada vez se torna mais difícil arranjar emprego, mesmo sendo qualificado? Não me parece que esta seja uma boa medida de intervensão, esta-se a tentar cortar o mal pela raiz, mas esquecem-se que esses miudos um dia vão voltar Homens para a sociedade e sem qualquer tipo de instrução de como viver numa! A meu ver e fazendo uma analogia um pouco exagerada, esta nova medida está a eliminar "delinquentes" para formar "Criminosos".

Cumprimentos

Ivo Pereira