Quase 10% dos adultos portugueses não tiveram relações sexuais num ano. O número é mais elevado entre as mulheres, com 14,4% a dizerem que não tiveram actividade sexual nos 12 meses antes do inquérito, contra apenas 5% dos homens. A maior parte (47,6%), no entanto, escolheu a resposta "algumas vezes" por semana. Por outro lado, 7,4% dos entrevistados disseram - e os questionários desta sondagem recente do ISCTE eram anónimos - ter sexo todos ou quase todos os dias. O que significam estes dados? As respostas são dadas pelos principais especialistas nesta área.
Convidados:
Nuno Nodin, Psicólogo
Ana Isabel Machado, Médica Ginecologista Obstetra da Maternidade Alfredo da Costa
Nuno Monteiro Pereira, Médico Urologista e Prof. de Sexologia
Margarida Cordo, Psicóloga, Terapeuta Familiar e Psicoterapeuta
10 comentários:
João
Este tema faz-me lembrar dois vizinhos do interior em que todos os dias espreitam para a horta um do outro para ver o que têm plantado e quem tem os maiores e mais bonitos legumes. Não acho mal falar sobre o sexo em família, desde que sejam os país a falar com os filhos e as mães com as filhas. Falando do sexo propriamente dito, com muita higiene e imaginação!
Boa tarde!
Acho que ser mãe e mulher é uma coisa linda, mas cada uma tem que procurar aquilo que a melhor realiza.
Cada uma(um) tem que aceitar as condições físicas e psíquicas que cada idade lhes propõe e aprender a viver com elas de forma a aproveitar aquilo que de bom tem cada fase da vida.
No entanto penso que uma mulher que depois de ter filhos se desleixa, deixa a sua auto-estima para trás e isso afecta o casal de forma quase fatal. Se deixa de trabalhar tem que continuar a ler, a tratar da pele. Se não há dinheiro para boas roupas, tem que por um rimel nos olhos e andar sempre limpa.
Como a minha bisavó dizia "uma mulher, tem de ser mulher,esposa e amante, sem nunca se esquecer de si". Isto também funciona para os homens, que por vezes se absorvem demasiado no trabalho e esquecem as relações pessoais, quando para além de esposos têm também que ser amantes das esposas.
A rotina é óptima como já disseram, até porque deixa a intimidade e a cumplicidade manterem-se,mas também é preciso rompe-la, nem que no aniversário de casados. Essa intimidade e rotina permite-lhes falar sobre todo o tipo de problemas, desde os sexuais aos do quotidiano profissional e afectivo.
Assim incentivo as mulheres a tentarem serem honesta quando não se sentem bem, os esposos e namorados podem-nos surpreender com a sua compreensão, por vezes escondida devido ao nosso feitiozinho perfeccionista e stressado.
Em relação também aos homens, com a chegada dos quarenta entram em paranóia e penso que é mais difícil para eles enfrentarem essa mudança, principalmente nos quarentões solteiros.
Cumprimentos, Maria Eduarda (21 anos)
P.S.: Mulheres e homens, também é preciso manter o suspense da relação. Surpreendam-se com coisas simples, não é preciso gastar dinheiro. AHha
Sinceramente, tenho 21 anos. conheço uma rapariga que engravidou porque ficou doente, tomou um antibiótico que retirou o efeito da pilula, e ela sabia, no entanto teve relções sem preservativo.
Eu acho que há um desleixo da parte das raparigas da minha idade, mas há uma falta de preocupação e apoio da parte das famílias, não todas claro, de classes mais baixas, pois todas as que conheço que engravidaram pertencem a esses meios, e são as que tÊm uma actividade sexual mais regular e activa..
Desculpa joão, mas não concordo, uma mulher, ou um homem que vivam a sexualidade bem por dentro e completamente conseguem falar com um filho ou uma filha. mas os pais é que têm de descobrir qual o avontade dos dos para abordar certos assuntos. mas têm que os informar.
"homens velhos são interessantes. Mulheres velhas são... velhas" Eis a ideia transmitida por uma participante o programa sobre a sexualidade na 3ª idade. Talvez se as mulheres apostassem mais em se enriquecerem interiormente em vez de gastarem tanta energia no aspecto físico, talvez no final da vida o corpo contasse menos para atrair o outro, digo eu.
Boa tarde.
Parece-me a mim que existe uma ideia errada acerca da informação e dos preconceitos que os jovens têm acerca da sexualidade: falando pelo que vejo, não existe assim tanta inibição em discutir e partilhar experiências acerca da nossa vida sexual (seja com colegas ou com os pais), incluindo assuntos que eram normalmente preconceito - masturbação, orientação sexual, pornografia, práticas, a própria higiene, etc. - sem cairmos em pressões, comentários jocosos, admitindo e aceitando tudo com muita naturalidade.
Julgo que se devia rever aquilo que "se pensa que nós pensamos". Só assim se justifica que turmas de 12º ano tenham professores responsáveis por Educação Sexual mais inibidos e com maiores preconceitos que os próprios alunos...
Parabéns pelo programa!
A sexualidade é humana. Se for praticada com respeito, independentemente se há amor ou não, não acho que seja pecado. O amor é o princípio de todas as religiões e com ele vem o respeito a honestidade a compreensão e o perdão. Para mim a religião é o amor.
Muitos destas religiões foram alteradas com o tempo, por causa da ânsia do poder, por isso não podemos ser tão literais quanto aos seus ensinamentos
Sou um membro activo de uma comunidade católica e sou homossexual. Julgo que se falasse abertamente da minha sexualidade não poderia ter uma posição tão activa todavia, Jesus disse aos homens "na Casa de meu PAI HÁ MUITaS MORADAS", portanto a sexualidade não tem de estar limitada pela religião.
Tenho 25 anos e sou virgem, não por crença religiosa ou limitação física mas sim porque das duas relações que tive nunca foi algo que me desse segurança e apesar de ter chegado a ter caricias mais intimas nunca me apeteceu avançar. Sou uma pessoa bastante aberta em relação a falar e tenho varios amigos/as que me pedem conselhos sexuais porque sabem que eu fui pesquisando e lhes dou informações correctas. Hoje em dia é tão natural ter sexo na adolescencia, que alguem como eu, esclarecida e sem tabus sou bastante discriminada.
Falou-se agora em depressões. A minha esposa gostaria de saber se o facto lhe quererem retirar o útero não será motivo de depressão
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