Os portugueses acham que crimes de fraude ou corrupção são difíceis de provar e que a justiça não é célere nestes casos, nomeadamente quando envolvem verbas avultadas ou figuras mediáticas. Isto nos casos de grande fraude e corrupção. Mas 90% dos casos não envolvem grandes quantias nem famosos e ocorrem ao nível do poder local, segundo dados de 2009. De que forma se pode combater a fraude e a corrupção? São os países mediterrâneos exímios neste tipo de crimes? Alterando alguns mecanismos mais lentos da justiça seria possível acabar com as fraudes e com a pequena corrupção? Uma reforma do sistema judicial iria ajudar na deteção destes crimes?
Convidados:
Carlos Pimenta, Pres. Observatório de Economia e Gestão de Fraude – OBEGEF
Luís de Sousa, Investigador ICS – IUL e Pres. Transparência e Integridade Associação Cívica
Carlos Anjos, Inspetor-chefe da PJ
António João Latas, Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Évora
2 comentários:
Concordo com o que tem sido dito, a corrupção é um cancro na nossa sociedade e que é da responsabilidade de todos nós. Um dos principais "bisturis" usados para excisar este mal é a Justiça, mas esta, coitada, está mal apoiada. E porquê?
Não são certamente os juízes os responsáveis, os verdadeiros culpados são os políticos que legislam e que deveriam dotar a Justiça com as ferramentas adequadas para combater realisticamente este flagelo. Mas se calhar não interessa à classe política tornar a Justiça forte demais -- os últimos anos são pródigos em crimes de políticos que passaram impunes exactamente por a Justiça não ter os instrumentos adequados.
Boa Tarde,
Vendo a vossa reportagem sobre a fraude/esquema detetado nas farmácias/médicos (receitas comparticipadas) e como referiram como exemplo que só um médico passou mais de 2mil receitas falsas; a minha questão era a seguinte:
- Nestes casos sendo um médico ele vai para uma prisão normal ou é uma diferente/separada? Já agora, se possível, no caso apresentado, em que prisão está esse médico?
Obrigado
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