terça-feira, março 5

“Depois do Adeus”



Neste mês de março assinalam-se 52 anos do início dos ataques às fazendas dos colonos que provocaram uma onda de terror e destruição nas antigas colónias portuguesas.
Com o fim do Estado Novo e com o início da descolonização terão regressado a Portugal mais de meio milhão de pessoas.
Uma altura de pós-revolução, de instabilidade política e de recessão económica.
A escassez de emprego e a falta de casas para morar foram dos maiores desafios de quem regressou à força do Ultramar.
Nos últimos anos são vários os documentários, filmes, séries e livros que redescobrem este episódio da história portuguesa. Mas, afinal, que memórias guarda quem regressou? Como foi possível um pequeno país adaptar-se a uma mudança tão extrema?

1 comentário:

Fernando Santos disse...

Boa Tarde, acompanho o vosso programa, Lamento discordar da convidada Carla da Univ. do Porto, mas tenho 45 anos, vivi na minha vizinhança este tempo, em lugar de Picoutos, freguesia de S. Mamede de Infesta em Matosinhos no Grande Porto (lugar sub-urbano na altura e fechado!)e os retornados foram mal recebidos, descriminados, ostracizados e postos de lado pelos vizinhos, não tinham familiares na zona, apenas alugaram uma casa, os vizinhos diziam frases pois como "voltem para a Selva e/ou África seus retornados" com bastante ódio e inveja, os pais proibiam os filhos de brincarem com filhos de retornados (como os meus) por maltratarem os "Pretos"!!!!
Havia revolta por os retornados acederem mais depressa aos bairros sociais e os Portugueses que moravam em "ilhas" sociais não!
Como vê Dra. Carla, não foi bem assim!!!!