segunda-feira, maio 22

Nascer em Portugal


Nasce-se cada vez menos em Portugal. Vale a pena perceber porque as taxas de fertilidade caem e porque os casais têm filhos cada vez mais tarde - até porque as implicações para a economia são tremendas. Vamos também tentar perceber como compensaremos esta inversão da pirâmide etária.

7 comentários:

adorolivros disse...

Nascer em Portugal - as mentalidades mudaram muito nestes últimos anos. Cada vez mais abdicamos da família por uma profissão de sucesso. Preferimos ter uma casa cheia de futilidades caras a ter mais filhos. Cada vez mais se deixam os filhos longos fins-de-semana em casa dos avós enquanto os pais vão de férias (dos filhos ?). Cada vez há mais egoísmo e consideramos ter filhos uma actividade muito trabalhosa. Deixamos de encarar como algo que nos fará felizes e nos trará muitas alegrias. Cada vez temos menos filhos para não nos estragar o corpo e a alma, escolhemos a cesariana programada já para não ter essa dor até. Muitos anos depois, iremos concluir que não deixámos sementes nesta Terra... Vale a pena pensar nisso.
Marina.

Anónimo disse...

Antigamente ter filhos era em muitos casos visto como uma necessidade, já que desde muito novas as crianças eram postas a trabalhar. Hoje em dia, os pais preocupam-se mais em satisfazer todas as suas necessidades e caprichos dos filhos, o que faz com que os gastos sejam elevados. Assim muitas são as pessoas que apesar de gostarem de ter mais filhos acabam por não o fazer, pois o orçamento familiar é baixo e os incentivos do Estado escasseiam.

Luisa Bastos

Anónimo disse...

Numa altura em que cada vez mais maternidades fecham, é urgente falar na natalidade. Se por um lado faz todo o sentido fechar maternidades cujo número de nascimentos não é suficientemente relevante para as manter abertas, por outro, não podemos deixar as grávidas sem alternativas. O problema no nosso país é que muitas vezes as decisões não são tomadas a par de soluções para os novos problemas que criam.

Isabel Fernandes

Anónimo disse...

Ajudem-me a compreender a hipocrisia da preocupação dos sucessivos governos com a diminuição da taxa de natalidade e com o envelhecimento da população:
- a OMS recomenda 6 meses de aleitamento exclusivamente materno e a licença de maternidade é de apenas 4 meses (opção do 5º mês mas às custas da família);
- tenho um bébé com 2 meses, vivo em Lisboa e a minha única família próxima é a minha filha e o meu marido, somos funcionários públicos e pertencemos a uma classe social média. Como tal, a nossa filha não tem vaga no berçário de uma Instituição Pública (não somos uma família de risco e essas têm prioridade), tendo por isso que ir para uma Instutuição Privada, além de que os horários praticados em qualquer lado são incompatíveis com o horário por turnos, como é o meu caso (trabalho das 14h00 às 21h00);
- a maior parte das mensalidades nestas Instituições situa-se acima dos 300 euros. Os salários não sofrem actualizações de acordo com a taxa de inflação há alguns anos, a progressão automática na carreira deixou de existir e os concursos para subida na carreira estão muitíssimo limitados, sendo que o meu ordenado só chega para pagar a mensalidade da casa e do berçário - é esta a preocupação e a solução do nosso Governo??? Como posso sequer pensar em ter um 2º filho se para esta só tenho obstáculos na sociedade?

Anónimo disse...

Ter um filho implica despesas, e essas despesas já não são as mesmas de há 20 ou 30 anos. Um casal que decide ter um filho tem de pensar no infantário, antes as mães não trabalhavam e as crianças ficavam em casa com elas; nas fraldas, que antes eram de pano; nos papas, iogurtes e leites especiais que os nutricionistas acham que sem elas as crianças não crescerão de boa saúde, antes passava-se no leite maternal para as sopas; nas roupas e sapatos de marca "tal", antes as roupas passavam de irmão para irmão, ou que eram de primos, ou vizinhos... e por aí fora.
Eu tenho 31 anos e ainda não tenho um filho por causa de todas essas questões e porque em Portugal não se ganha para isso, pelo menos a maioria da população. Temos de pensar na casa e em todas as suas despesas.
Também não me casei porque cheguei à conclusão que assim iria pagar mais impostos no meu magro salário. Vivo com o meu companheiro.
Eu conto isto a amigos e familiares que vivem noutros paises, e eles não acreditam.
Como é que o Governo quer que a população cresça se isso só trás penalizações?
Maria

Anónimo disse...

Em todo o lado ouço dizer que a culpa é do governo, isto é duma insensatez grave, antigamente as mães ficavam em casa, davam uma educação previligiada assim como tratavam de sua casa e do resto da familia visto que os velhos também faziam parte dela, nestes tempos que vivemos é assim: ter filhos só aos 30 ou mais, só 1 filho, trabalhar e trabalhar são as metas que as mulheres querem atingir, ter uma empregada a dias, ter 2 carros, 2 casas, e os velhinhos, os respectivos pais e mães põem-se num lar, quando muitas vezes podiam ajudar a criar os netos, eu tive a minha sogra que muitas vezes me ficava com o meu filho e foi duma grande ajuda, não quero discutir opções cada um sabe de si, mas meus amigos o estado somos todos nós. Só mais uma coisa os meus pais viveram anos e anos numa parte de casa, era o possível na altura, e não abdicaram de ter filhos.

Anónimo disse...

Sei que o vosso programa passa repetido durante a madrugada (estou nessa altura a amamentar o meu bébé!), por isso gostaria de saber quando passará este em especifico assim como a hora que costuma começar. No dia do directo nem pude ver o programa todo por isso gostaria de o ver noutro dia.
Cumprimentos,
Maria Nogueira