DEMOCRACIA PARTICIPADA
Em 2005, o Observatório Português da Juventude anunciou que 86,4% dos jovens não tem qualquer participação em grupos cívicos, sociais ou políticos. Afinal, os portugueses estão alienados da realidade política, social e económica que os rodeia? Votar é um dever ou uma opção? Há vantagens no voto obrigatório, como o que vigora no Brasil?
35 comentários:
domingo não vou votar! para quê? decida eu o que decidir, tem que ser o governo a legislar as matérias mais quentes e não o povo!!!
Luis Salva
Entendo o voto como um dever cívico. No Domingo irei votar independentemente da minha opção.
Espero que haja uma forte adesão às urnas no Domingo.
Se no próximo Domingo votarem menos de 50% dos eleitores, o referendo será vinculativo?
Com muita pena minha, este Domingo não posso votar.. Estudo fora da minha freguesia e este fim de semana não tenho a mínima hipótese de ir a casa por causa dos trabalhos e dos exames... Tenho pena que nestas situações não existam possibilidades de podermos votar noutro local... É que há muita gente na mesma situação que eu.. É a primeira vez que não vou cumprir o meu dever cívico...
Gostava de defender algo que normalmente não é tido em boa conta.
Não votar (por exemplo em eleições legislativas) pode ser uma posição política. Pode ser uma manisfestação contra o total descrédito em que os nossos políticos caíram e uma revolta contra um sistema que transforma a democracia em campanhas publicitárias em vez de debates ideológicos.
Bjnhs à Fernanda e os meus parabéns pelo grande programa que apresenta ;)
Eu não diria que os jovens estejam alienados, talvez mais "desapontados" com a realidade política (e não só política) actual. Além disso, verifica-se uma profunda falta de valores na nossa sociedade e provavelmente e responsabilidade seja mais da geração que educa esses mesmos jovens, do tempo que passa com eles e dos princípios que lhes incute. Está na altura de todos olharmos com olhos de ver!!
Discordo com Vlad, acho que se quer manifestar, ao menos vá votar em branco.
Eu faço questão de ir votar, tal como disse Pedro, é um dever cívico.
O direito de voto para as mulheres foi realmente uma das amiores lutas pelas quais já passamos... Custou muito...por isso fico de certa forma "triste" por ouvir muitas mulheres dizer que o voto delas não vai mudar nada, que é "mais voto, menos voto". Se tivesse transporte próprio nem pensava duas vezes em percorrer uma centena de quilómetros para poder votar... :)
não considero a abstenção como uma posição de indignação... há muita gente que não vota porque não pode... mas ao votar em branco, aí sim.. aí podemos mostrar que nenhuma das opções que nos são postas nos agrada, mostrando, assim, o nosso descontentamento...
Visto que o voto em branco é muitas vezes uma forma de expressão de desagrado, não seria util ser contabilizado como tal em vez de ser contabilizado como abstenção?
Concordo que votar em branco é uma possibilidade.
No entanto não exprime tanto a ruptura com o prórpio sistema. Não pondo em caso o regime democrático, pode por-se em causa a forma como se pode manipular os meios que o regime utiliza. Dessa forma, não votar, exprime melhor uma posição contra, por exemplo, a forma como se conduzem as campanhas eleitorias que vivem dos meios mediáticos postos à disposição dos partidos por quem os financia e não das ideias desses próprios partidos.
Obviamente, quem vive desses meios, vai sempre tentar fazer-nos crer que isto não é verdade...
;)
relacionado com a pergunta do pedro (14:23) gostaria de perguntar se do ponto de vista legal, no caso do não ganhar com mais de 50% de participação, se de facto será possível (como alguns movimentos do NÃO estranhamente apregoam) alterar a lei no sentido de uma certa despenalização. Parece-me que isto contraria a opinião alegadamente expressa pelo povo.
Entendo que o maior problema na génese da não participação na Democracia é tão só o facto de continuarmos a ser uma sociedade feudal. Ou seja, continua a existir o conceito de que "uns mandam, e os outros obedecem", levando ao afastamento continuo e continuado dos politicos (decisores) da população. A sociedade está estratificada, em sectores e elites estanques, garantindo para uns e outros a manutenção da sua condição. E isso não interessa mudar...para alguns!
Se o governo não quizesse que a população desse a sua opinião, faziam as leis sem que nos fosse dada a oportunidade de participar e dar o nosso parecer.
Com o desinteresse de ir votar no referendo por parte da população só vai demonstrar que as pessoas não estão minimamente interessadas em ter um papel interventivo na sociedade e desencorajar o governo a voltar a fazer referendos e a perguntar a opinião ao povo.
No Domingo vou votar...
Não interessa, para este efeito, em que opção.
Relevo apenas um facto: só tenho ouvido e lido um dos movimentos fazer o apelo ao voto maciço dos Portugueses. O que significa, para mim, que o outro movimento está interessado na abstenção. Os Portugueses são inteligentes sabem a quem me refiro.
é verdade q a abstenção é enorme, sim. Mas representará apenas desinteresse? NÃO! quantos são os joves estudantes deslocados que não vão poder este domingo regressar às cidades de origem para votar? quantas são as pessoas que trabalham durante este domingo?
Pois na minha opinião, invista-se no voto electrónico, no voto à distancia, e vão ver que a abstenção diminui imenso. (e se se pode faze-lo com as declarações de IRS, tb não vai é por motivos que tal não é feito)
É certo que a educação é a melhor maneira de formar uma sociedade civil participativa e construtiva, mas tenha-se em atenção que para isso há que ver o sistema educativo como mais do que preparação para o mercado de trabalho: ciências exactas e conhecimento tecnológico não basta para formar bons cidadãos. Pode uma sociedade civil participar num sistema político cujas bases não compreende, as filosofias inerentes são desconhecidas e as raízes históricas permanecem ignoradas?
Alerta para quem está a pensar não ir votar, a abstenção não conta para os votos,ou seja, se em 8 milhões de eleitores só 1 milhão for votar, 600 mil votarem sim e 400 mil votarem não a percentagem não deixa de ser 60/40 % (ou vice-versa). Tem a certeza que quer tão poucos a decidir o futuro de muitos?
Helder
Devo dizer que quem não vota também perde o seu direito de emitir qualquer opinião ou manifestar qualquer reinvicação. Somos um país incrível, farta-se de se queixar mas quando pode intervir deixa-se levar por um absentismo indesculpável.
Em primeiro lugar quero reforçar a ideia que a Andreia chamou a atençao da impossibilidade de se votar à distancia dado q me defronto também (tal como milhares de outras pessoas) com esse problema. Por exemplo quando estive a fazer Erasmus em Espaha fiquei impossibilitado de votar e como sabem estas exeperiencias são cada vez mais comuns nos dias de hoje. Para quando a resoluçao deste problema que pode afastar a participação de muitos cidadãos da vida cívica do seu país?
Rui Araújo
Boa!
Vamos Todos Para a Assembleia Fazer Democracia!
quem não vota por razões futeis não deveria poder queixar-se do poder politico. Os portugueses são bastante estupidos, queixam-se do PS/PSD, que é sempre o mesmo e que as coisas andam más, deficit, custo de vida etc. no entanto nada fazem para mudar, continuas a não votar ou a votar ps/psd. de que é que estão á espera? que as coisas melhorem? se não gostamos de alguma coisa temos o dever de tentarmos mudar. a responsabilidade pelos actos politicos de alguem reeleito é inteiramente do eleitor ou então é apenas pura estupidez ou irresponsabilidade civica.
Tenho 21 anos, sou jovem e sou interessado... A condição de ser-se jovem não implica necessáriamente ser-se desinteressado...
Quando tinha 19 anos participei em iniciativas do IPJ, como o Jogo do Hemicilo, chamado de jogo da cidadania... Este jogo deu a todos os jovens que participaram nele, e nas duas vezes que participei estiveram envolvidos em todo o país mais de 5 mil jovens directamente e indirectamente como "população votante" cerca de 35 mil estudantes... São iniciativas como esta que dinamizam a paricipação democrática e que devem ser valorizadas... Este jogo culmina com a apresentação de moções feitas por nós na salado senado da AR... E que elegem a melhor moção e o melhor deputado... Se estas iniciativas fosse mais apoiadas por parte da comunicação social talvez o jovens sentissem mais a responsabilidade, que a têm, enquanto agentes de mudança...
Dia 11 irei votar e vim a casa votar porque me recuso a não dispor de um direito que custou muito a muita gente ganhar...
Considero o voto um dever cívico e não estou de acordo com a ideia que não votar é também uma tomada de posição política.
Convivo com muitos jovens e sinceramente penso que as questões são muitas vezes analisadas muito ao de leve sendo recorrente o uso de chavões do tipo "os políticos são todos iguais" que na minha opinião representam uma forma simplista de analisar as questões.
Acho que quem não se ienteressa pela política nem vota por pura perguiça, depois também não tem o direito de criticar as situações que considera injustas dado que não moveu uma palha para que as coisas se alterem.
Infelizmente, no que diz respeito à minha associação de estudantes, não posso dizer que haja algum tipo de interesse em mobilizar os jovens... No politécnico em que estudo, ganha sempre a mesma lista pk "têm" muitos amigos e, o único motivo pelo qual lá estão é para terem estatudo de dirigente associativo. Não dão oportunidade a outras listas e eles próprios escolhem os seus sucessores. Á escola é muito pequena e é muito fácil manipular os estudantes... De resto, no que diz respeito à preocupação com estes assuntos (ou outros do género) não se faz absolutamente nada!
Boa tarde! Acho que votar é algo altamente positivo, embora este Domingo o voto tenha contornos diferentes de eleições locais, legislativas, etc. É uma questão pessoal, de consciência e sensibilidade que não pode ser imposta por ninguém.
Quanto à distancia entre populações e partidos/associações temos agora um caso que me parece exemplar, a Ota. O nosso primeiro ministro julga que quem o elegeu, leu todo o seu programa e apoia esta solução!!! Não podia estar mais longe da verdade! É uma enorme falha no sistema os partidos - TODOS - acharem que são eleitos têm carta branca pra tudo o que escreveram no programa!! Sobretudo para não o cumprir...
votar sem conhecer os programas dos partidos ou as propostas dos candidatos ou argumentos de referendos é muito maior estupidez do que simplesmente não ir votar
Um dos argumentos apresentados pelo DR. Jorge Lacão para justificar a impossibilidade da democracia participativa nas sociedades modernas foi a do grau de complexidade das decisões a tomar. Não será este argumento revelador de uma atitude paternalista, estranhamente semelhante à dos que, no passado, pretendiam limitar a participação das mulheres da esfera política?
Outra questão para o Dr. Jorge Lacão.
Como é possível considerar desejável uma maior participação política dos cidadãos e defender, ao mesmo tempo, políticas económicas que, a pretexto de aumentar o nível de produtividade e o desenvolvimento económico, diminuem o tempo disponível para o cidadão comum se poder informar e participar na esfera política?
Votar electronicamente é pouco seguro. Nos Estados Unidos há mais mecanismos para proteger a propriedade intelectual de software do que mecanismos de certificação de máquinas electrónicas de voto. Se o voto fosse feito na internet seria menos seguro ainda, embora fosse positivo cada um poder votar de qualquer sítio, quem sabe numa espécie de PDA/telemóvel com identificação de impressões digitais e outros mecanismos seguros...
Acho que os referendos são uma manifestação de democracia mais directa que normalmente a democracia representativa permite, mas ainda assim pode ser facilmente instrumentalizada para dar essa sensação apenas.
Para o professor Costa Pinto, a diminuição dos níveis de participação política teriam um aspecto positivo. Revelaria o fim das grandes oposições ideológicas do século XX. Se isto é positivo ou negativo é discutível. Agora, o que é inaceitável é a identificação de qualquer alternativa ao actual consenso ideológico em torno de uma economia de mercado (capitalista, claro, porque socialismo e mercado seriam incompatíveis!!!) com a rejeição da democracia.
Não será necessário lembrar qie os partidos sociais-democratas dos finais do século XIX e início do século XX não rejeitavam a democracia apesar de serem partidos anti-sistema (económico).
Bruno, o voto em branco, tal como o voto nulo nunca é contado ou considerado como abstenção.
Abstenção são os que não vão votar.
Num resultado eleitoral, ou referendário, a soma dos votos expressos, incluindo brancos e nulos, dá-nos a percentagem de participação dos eleitores.
A verdade é nos pedido para votar, mas votar no que? No boletim de voto aparecem 5 opção que vão ter assentos parlamentares, no entanto todos tentam conquistar o voto com 4 ou 5 bandeiras de campanha. Ou seja, com 4 ou 5 rebuçados pretendem justificar 4 anos de actividade politica. O jovem ao votar consciente que vai ser victima da hipocrisia politica perfere não votar, a votar numa coisa que não sabe muito bem o que é.
A oferta de escolhas na altura de votar é a razão muito grande para não se votar, e a maior parte das pessoas que vota, votou sempre no mesmo partido e defende o seu partido como se de 1 clube de futebol se trata-se
"Votar electronicamente é pouco seguro. Nos Estados Unidos há mais mecanismos para proteger a propriedade intelectual de software do que mecanismos de certificação de máquinas electrónicas de voto. Se o voto fosse feito na internet seria menos seguro ainda, embora fosse positivo cada um poder votar de qualquer sítio, quem sabe numa espécie de PDA/telemóvel com identificação de impressões digitais e outros mecanismos seguros..."
O voto electrónico é um grande perigo para a democracia, pois é extremamente fácil burlar eleições com um simples tocar de uma tecla... literalmente.
Foi o que se passou nos EUA (2004) com imensas irregularidades detectadas e na Russia nas últimas eleições. Ambos usaram o sistema de voto electrónico da empresa "Diebold", que faz o software e hardware para as máquinas. Quem vai votar não fica com *NENHUMA* prova (em papel, etc) de qual o voto que fez para se haver necessidade de recontagem, haver provas da legalidade da eleição.
E sabem quem é que controla a empresa Diebold?
Membros da administração Bush.
Resumir a democracia a um voto é uma voga demagogia, para declarar uma falásia intenção com intuito de parecer uma transparência...
Democracia?
Então falemos sem alinhados temas , indo bem fundo nas controvérsias , bem como por temas sempre desviados por medo de fugir a uma tão politica aprumada
Bilderberg , Illuminati e outras sociedades secretas...
Falemos dos ocultos intuitos económico-sociais nacionais e internacionais, nos sérios riscos da globalização, nos porquês da estagnante situação do continente africano, dos interesses que envolve a própria ONU , que é manipulada por económicos interesses.
No âmbito nacional...A manipulação da justiça,do factor corruptivo que envolve e esconde pré-acordos,da privatização de empresas nacionais e dos seus porquês, do interesses focados na costa alentejana que já alevantou demasiadas polémicas , e dai o aeroporto de Beja , seja por si somente um inicio,das casas de xuto instaladas em bairros sociais,a coação em bloco contra empregados do serviço publico como professores,e.. e...e...
Isto é transparência e dai Democracia e não o que pregoam, por forma aprumada mas sem qualquer sentido prático.E depois se admiram que português não vai na urna,,,Falta o essência transparência principalmente deste estado que se acha patrão quando deveria trabalhar para a população e nunca contra ela e muito menos a oprimir como se testemunha impunemente...
Democracia não é somente eleger pelo o voto e o mesmo voto não é livre arbitaria de gestão...
Eu sobre o aborto vou votar em branco , porque tanto sim como o não . não me satisfazem , quando a própria pergunta é enganadora e incompleta...me dando por esse facto uma natural suspeitação do seu real intuito...
"quando a própria pergunta é enganadora e incompleta...me dando por esse facto uma natural suspeitação do seu real intuito..."
...liberalizar o aborto para que clínicas privadas e médicos que lá trabalhem fiquem ricos à custa do estado, do sofrimento das mulheres e da morte dos seus filhos.
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