segunda-feira, fevereiro 5

PORQUE É DIFICIL ADOPTAR EM PORTUGAL?

Os últimos dados referem que das 10.800 crianças que se encontram em acolhimento institucional e familiar, 800 poderão vir a ser adoptadas ou estarão em condições de iniciar um processo de adopção.Queremos dar a conhecer neste Sociedade Civil como se processa a candidatura e quais as condições de acesso para a adopção, e que soluções são propostas para agilizar a vontade de acolher uma criança em contexto familiar.

5 comentários:

Anónimo disse...

Saudações a todos!

Tenho ainda de colocar aqui uma OPINIÃO minha, para concluir a minha participação no tema sobre o aborto que percorreu a semana anterior:

Refere-se ao que diz respeito à ADOPÇÃO!

Muito pouco se tem falado sobre isso neste Blog. Talvêz por ser algo sensível de se abordar.

Não vou tão longe, ao ponto de chamar "assassina" ou outras formas de agressão como penso ser esta, a mulheres que já praticaram abortos, aliás, como defensora do NÃO, tenho a dizer que aquilo que realmente pretendo ao votar não, é não só proteger o bebé, como a própria mulher! E para quem não saiba, da parte do não no referendo anterior, além de terem surgido as Instituições de apoio à maternidade (que não têm feito mais, a mais mães/mulheres, porque infelizmente a falta de vontade política assim não tem permitido, pois para se abrirem mais associações destas é preciso verba e abertura do Estado, algo que não tem havido, aliás, agora até tem é dimimuido, pois algumas instituições que existem têm sentido a diminuição das verbas estatais que tanto precisam, ao ponto de se tornar inviável o apoio que prestam - esse dinheiro está a ser diminuído justamente nesta altura, PORQUÊ? - para ser canalizado para a outra via, a via das clínicas abortivas? - claro, o dinheiro tem de sair de algum lado, e para se "apoiar" uns, "desapioam-se" outros, pena é a escolha que é feita no apoio - apesar das muitas medidas impopulares que têm sido criadas por este governo, tenho-o apoiado pois considero que tem realmente "mexido" em muita coisa e que se não é fácil gerir uma casa muito mais difícil é gerir um país, mas francamente, ver o Primeiro Ministro fazer campanha por isto??? Que tivesse a sua opinião pessoal mas que não fizesse campanha com ela, pois tem uma imagem pública, de governo, que deveria preservar - é por isto, é "apenas" por isto, que nas próximas eleições PERDERÁ o meu voto), também surgiram associações de apoio a mulheres que abortaram e que sofreram e ainda sofrem com as consequências de tamanha decisão (ex.: "Vinha De Raquel", a pesquisar no motor de busca). Como vêem, QUEREMOS AJUDAR AS MULHERES, considero que não se combate o mal com o mal, a agressão com a agressão, a morte provocada com o "atirar de pedras", mas sim, com misericórdia, com o bem e com apoio efectivo.

Agora realmente também não podemos é desresponsabilizar a mulher (e o homem, pois são certos parceiros que ao "abandonarem" uma mulher, estando ela grávida, conduzem a mulher ao desespero; e as famílias, que muitas vezes "pressionam" a mulher ou adolescente a abortar; e as entidades patronais que na sua sede de lucro e produtividade, fazem o mesmo, encostando as mulheres à parede, e até por vezes não lhes dando um lugar apenas porque no futuro respondem afirmativamente à pergunta se querem ser mães - com a "liberalização" a mulher fica muito mais frágil se quiser defender a sua gravidez).

Como se pode ver, temos sim de responsabilizar a mulher pelos seus actos (pois não é só ter a liberdade), mas não só! É uma responsabilidade de TODOS! Do Pai da criança (que a par da responsabilização, justamente, deve ter voz, e com o sim, essa voz é calada!), da Família, dos Empregadores, do Estado, no fundo, de toda a Sociedade.

Em último caso, há muitas coisas na vida que acontecem de forma imprevista. Não podemos controlar tudo. Com uma gravidez, não é diferente. Podemos ter um acidente, surgir-nos uma doença, perdermos alguém, ser despedidos do emprego, etc.. Nesses casos, todo o ser humano tem de lutar, ADAPTANDO-SE E ADAPTANDO A SUA VIDA face ao imprevisto, de forma a seguir em frente. Com uma gravidez inesperada, será diferente?

Mas a verdade é que de facto, a "sociedade" não é perfeita e muitas vezes PRODUZ situações de agonia que leva muitas mulheres ao desespero total. Mas agora trago a questão que poderá não ser "simpática" a muita gente, mas que trago na mesma, porque existe e é UMA OPÇÃO que a mulher/mãe também pode tomar! Fala-se da opção de abortar, de ter a criança e criá-la com mais ou menos dificuldades, como se só houvesse estas duas saídas, mas NÃO HÁ!

Existe outra, a ADOPÇÃO. Na minha humilde opinião, vale mais uma mãe fazer o sacríficio de dar vida a um filho, mesmo sabendo que não o pode criar (em última instância, pois já se sabe que muitas vezes até é possível, o mal é que a sociedade actual está virada para dar TUDO à criança, às vezes até demais, quando na realidade, importa mais a crinça poder nascer e ter de comer um prato de sopa do que lhe tirarem o direito a nascer porque não lhe poderão dar as roupas de marca, os 100 jogos que pede e afins...) e depois entregá-lo para a adopção, do que abortar uma criança (e tem havido mães que têm tido a CORAGEM e o AMOR de o fazer, partindo da Maternidade sem os filhos a quem meritoriamente deram a vida), pois, mesmo que a criança tenha de estar em instituição até ser adoptada, ou até ser adulta, ela acabará por crescer e autonomizar-se (coisa que não poderá fazer se não a deixarem nascer), e temos visto casos (quem está atento) de pessoas que foram criadas em instituições e que têm a sua escolaridade, o seu curso superior, a SUA PRÓPRIA FAMÍLIA construída, e são pessoas felízes por terem nascido e terem colocado outros no mundo - às vezes parece que há pessoas que se esquecem que as crianças não são crianças sempre - nunca ninguém pode adivinhar o que uma criança poderá vir a ser - antigamente muitas crianças eram criadas com muito menos condições do que hoje o são em instituições, e fizeram sociedade, contribuiram para chegarmos onde estamos hoje - tem de haver um equilíbrio entre o "primado da criança" actual, e o primado da "austeridade" de outros tempos).

Claro que agora muitos rematarão: mas uma mãe sofrerá muito mais "dando o seu filho"! Claro que sim! E é por isso que me revolta muito ver mães serem questionadas e estereotipadas por terem dado os seus filhos, pois sofreram ao fazê-lo e deviam ser reconhecidas por isso e não olhadas de lado. ESSAS MÃES NÃO FORAM EGOÍSTAS!!! Preferiram elas sofrer mais, mas por amor, consideração pela outra pessoa que têm dentro de si, e um altruísmo notável, darem ao seu filho, pelo menos, a vida, já que foi concebida.

Deixo este meu comentário para reflexão de todos: havendo a possibilidade da adopção (EM ÚLTIMO CASO), não é preferível ao egoísta acto de abortar uma criança (por muito má situação em que a mãe esteja)?

Não é só uma questão religiosa, é uma questão de ética, VALORES (são estes que sustentam uma sociedade equilibrada), e de DIREITOS HUMANOS!

A quem já praticou aborto, se precisar de ajuda, contacte a "Vinha de Raquel":
Igreja de Nossa Senhora do Carmo – Alto do Lumiar, Av. Maria Helena Vieira da Silva, 12, Ig. 1750-182 Lisboa - TM: 917354602 - http://www.rachelsvineyard.org/contact/international/port02.htm

A quem nunca abortou e um dia possa vir a estar numa situação de gravidez desprotegida, contacte, por exemplo, a Instituição "Ajuda de Mãe" (808201139, 213862020, 213827850 ou http://www.ajudademae.com/) em Lisboa (se for de outra zona do País, basta telefonar para lá e pedir que lhe indiquem a associação mais próxima da sua zona de residência). Existe uma lista de algumas instituições de apoio de Norte a Sul do País em: http://www.juntospelavida.org/institui.html

A quem realmente esteja sem mais opções possíveis por algum motivo, eu apelo: não abortem, pelo vosso filho que também não pode ser esquecido na situação, por favor, ponderem a adopção (em último caso), será sempre melhor (PARA A CRIANÇA) do que não nascer.

E se alguém conhecer alguma mãe grávida que estiver numa situação de risco, eu deixo aqui o meu contacto de e-mail, pois estou ligada a várias possibilidades de auxílio (intituições, associações, etc.), além de que posso ajudar com informação (visto estar ligada à àrea ao nível profissional), ou até a ponderar decisões.

Desejando uma feliz VIDA a todos, deixo ficar os meus melhores cumprimentos.

Andreia de Jesus.
andreiajesus@netvisao.pt

N.B.: Lamento o incómodo da grande dimensão do post, mas se servir para ajudar alguém, então, terá valido a pena.

Anónimo disse...

Em 10800, apenas 800 são adoptados?

Porque será? Talvez porque os critérios de selecção de pais adoptivos seja mais exigente do que os critérios da VIDA para ter filhos.

Porque querem arranjar pais perfeitos?

Anónimo disse...

Uma forma diferente de "adoptar"

Um apadrinhamento que faz toda a diferença...ajudar afinal não custa assim tanto...

www.ccspt.org

Anónimo disse...

Este comentário não é feito individualmente mas sim é um comentário de grupo.
Nós somos um grupo de 3 raparigas que estamos a tratar o tema da infância com especial atenção à adopção. Queremos desmistificar o tema para que quando seja encarado como uma situação normal, uma escolha feita com consciência e com muito amor.

Visitem o nosso site: www.infanciaeabandono.blogs.sapo.pt
Obrigado pelo vosso excelente trabalho.

Paula Manuela Silva disse...

Eu sou uma possivel candidata à adopção. Digo possivel porque o que já li sobre este tema me deixa tão contraída que apesar das excelentes condições socio-económicas que poderei proporcionar a uma criança, sinto-me bastante desincentivada de o fazer. Compreendo no processo de adopção vigente em Portugal um verdadeiro caminho de pedras que massacram quem o percorre. Não sei se sou justa, mas o exagero de normas e burocracia, embaraça e atrapalha alguém que tem uma vida bastante serena e autorregulada como eu. Não me vejo a abraçar um projecto que me angustie e retire anos de tranquilidade e equilibrio, como são aqueles que costumam preceder a conclusão bem sucedida desse processo.Tenho 44 anos e pela primeira vez coloco a hipótese de adoptar uma criança. Porém assusta-me a lentidão e a pesadíssima institucionalização do processo. Se houver alguém que me faculte uma orientação concreta e consistente, agradeço muito. Aqui fica o meu e-mail: paula.manuelasilva@gmail.com