segunda-feira, março 12

EUTANÁSIA

A palavra eutanásia é composta por duas palavras gregas – eu e thanatos – significa “uma boa morte” ou “uma morte misericordiosa”. Certo é que é considerada crime em muitos países. A discussão passará pelas três formas de eutanásia: voluntária, não voluntária (quando se retira a vida sem poder de escolha) e involuntária (mais rara, mas onde se inclui a discussão sobre a administração de doses elevadas para atenuar a dor até ao fim da vida).

28 comentários:

Anónimo disse...

Qualquer pessoa tem o direito a decidir sobre quando quer que a sua vida acabe.

Anónimo disse...

Devia haver um referendo – tal como se fez com o aborto – para questionar os portugueses sobre a eutanásia.

Anónimo disse...

Sou contra a Eutanásia porque o sofrimento faz parte da vida.

Anónimo disse...

Nuno:

A questão aqui em causa também é como se morre? As condições em que se morre...

Anónimo disse...

Concordo com a eutanásia.
Uma pessoa que não vive senão para sofrer, porque é que não pode escolher morrer?
Acho que deveria haver um direito à morte, mas claro que bem justificada, não por pessoas desesperadas que numa determinada altura da sua vida, acham que não vale a pena viver mais.
Quantas e quantas pessoas que se encontram em estado vegetativo, completamente dependentes de terceiros e apenas conhecem uma realidade: o sofrimento. O problema é que estas pessoas não podem por termo à sua vida sozinhas (caso contrario fá-lo-iam sem hesitar), por isso deveriam ser ajudadas a morrer e não a viver no eterno sofrimento.
Se todos nós, desde que nascemos, temos a liberdade de escolha, ou seja, podemos escolher o nosso futuro (melhor ou pior), porque não poderemos ter a liberdade de escolher morrer? Quem escolhe morrer, não está a interferir com a vida das outra pessoas, por isso, porque é que tem que ser obrigada a viver naquele sofrimento?

Anónimo disse...

Já que vai ser possível controlar a vida através do aborto por que rzão não se pode ter o direito de acabar com ela?

maria inês disse...

Onde existe formação em cuidados paliativos para técnicos de saúde?

Anónimo disse...

Realmente o sofrimento pode ser atenuado, mas nunca extinto, porque o sofrimento não é apenas físico, é também psicológico. E uma pessoa em estado vegetativo sente-se mal com a vida que leva, por ser dependente, por estar eternamente presa a uma cama, por se sentir inútil, simplesmente não tem motivos para continuar viva. Uma pessoa de fora, não tem sequer o direito de avaliar ou pôr em causa os motivos que levam uma pessoa a querer morrer, porque não são elas que passam por esse sofrimento.

Anónimo disse...

Gostava de saber se é possível em Portugal por exemplo um grupo de médicos ou trabalhadores de um hospital quando vão trabalhar para lá assinarem um documento em que declaram que se algum dia ficarem em coma ligados a uma máquina desejam a morte.

Madalena disse...

Estranha-me quem é a favor do aborto mas que diz Não à Eutanásia.
Não concordo que se decida sobre a vida de um outro ser. Assim, cada pessoa deverá escolher o que é melhor para si e, apesar de nos custar, se a escolha é morrer, então que assim seja. Quando o sofrimento começa a ser insuportável e quando não há qualquer tipo de alternativa a esse sofrimento, então para quê viver, ou melhor, então para quê sobreviver a uma dor que nos faz morrer aos poucos?
Não se vive assim, até porque a Vida é muito mais do que estar à espera que a morte chegue!

Cumprimentos,
Sara Mota

Anónimo disse...

Porque é que continuamos a achar que podemos decidir o que é bom ou não para o nosso próximo, o que é melhor para o outro. Não ha direito. Direito sim a um viver digno, humano e saudável. A evolução espiritual também passa pela nossa liberdade em decidir nestas situações. Não pondo de parte a máxima espiritual:... é pela luta e o sofrimento contra os maus hábitos e as imperfeições que o espirito se esclarece e alcança maior evolução. Mas n esqueçamos o espirito é livre e assim deve ser na condição humana. Direito à um viver digno

Anónimo disse...

O sofrimento faz parte da vida...mas a dignidade fisica/saúde é condição essencial para a felicidade e autonomia humana. Ninguém deve ser condenado (pela opção alheia) ao sofrimento.

Anónimo disse...

Só gostaria aqui deixar um pequeno apontamento...Na minha opinião, a questão do auxílio técnico ou médico, como lhe queiram chamar, em casos de doenças terminais não se deve nunca sobrepor ao carinho de familiares e amigos. Por muito que custe a certas pessoas...existem atitudes e sensibilidades que não se aprendem nas universidades ou na escola.
Andreia Silva

O Maluco do Costume disse...

Gostaria de Deixar uma pergutna no ar.
Se, como mencionado no programa, os cuidados paliativos funcionam tão bem, e o carinho dos familiares é fundamental para fazer face às dificuldades de um doente terminal, porque continuam as pessoas a pedir a "morte digna"?

Anónimo disse...

agradecia que disponibilizassem os titulos e respectivas editoras dos livros recomentados no programa sobre o tema "eutanasia".

obrigada

maria inês disse...

Gostaria de saber, e aproveitar a presença da prof.Isabel Neto, onde existe formação técnica de cuidados paliativos para técnicos de saúde, que é o meu caso.

Obrigada e cumprimentos

Anónimo disse...

Lamento que o painel de hoje não esteja equilibrado.Os cuidados paliativos não são a cura. Não se trata de saber se a pessoa teve ou não cuidados, embora aceite que seja essencial. Pergunta-se quando estes não bastam. Se para o caso do Sr. Ramon não existia solução porque era um controlador, então só os controladores têm direito? Como já foi dito, é um tema de emoções, tal como o aborto trata-se de defender a vida. Porque não dignificar, humanizar esse último desejo, quando a pessoa decide que já não tem mais forças, porque não respeitar isso.

maria inês disse...

obrigada pelo esclarecimento.

Navigator disse...

Gostaria de poder contactar a Professora de filosofia do painel e tb a Dra.Galriça para expor uma linha de argumentação que me parece pertinente para pessoas com "tendencias opostas".Não consegui contactar o programa pelo telefone,por isso peço que me permitam esta discussão.O meu contacto é o 210880527.Peço tb que me confirmem o telefone do programa.João Mendes.

Anónimo disse...

Como de costume estou a assistir ao vosso programa, e não consigo compreender como é que se pode considerar que os paliativos que mais não são que drogas que nos tiram a sensibilidade e por vezes até a consciência, podem ser preferíveis em situações extremas como as referidas no programa, em que apenas existe um protelamento do sofrimento humano...ajudar os outros, é permitir-lhes um fim digno e misericordioso...isso sim é amor ao próximo e a Deus, mas com a Drª. Isabel Neto, que já no aborto foi tão intransigente, não creio que alguma vez admita a eutanásia, por muito sofrimento que veja, e isso não é bondade nenhuma.

Considero que inteligente é quem se adapta e reage dando respostas que atenuem o sofrimento humano, não os que por questões religiosas, ou outras, não sabem mudar a sua atitude.

A eutanásia, é um pedido de ajuda de quem amou viver, mnas que já não vive, sofre, pedidndo para não se sofrer...não é um crime ajudar a morrer nestas circunstâncias.

Cristo pregou o amor e não o protelamento do sofrimento, por isso ele curou os doentes, não lhes disse sogrem para conquistaremn o céu.

Se nem donos das nossas vidas somos...que direitos temos então?

Anónimo disse...

Somos 4 amigas que estao assistir ao programa juntas e queriamos dizer que somos a favor da eutanasia por uma simples razao, todos têm o direito a decidir o que fazer das suas vidas, até mesmo escolher viver ou morrer. Se uma pessoa em plena consciencia perfere optar morrer em vez de estar a sofrer constantemente porque nao ser-lhe administrada a eutanasia? Entendemos que os médicos, devido ao juramento que fazem, sejam contra, uma vez que eles devem salvar vidas e nao tira-las, mas acima de tudo deviam preocupar-se com o bem estar fisico e psicologico de um ser humano

Sociedade Civil disse...

Livros recomendados sobre a Eutanásia:

"As terças com Morrie" de Mitch Albom pelo Público, coleccção Xis
"Cartas do Inferno" de Rámon Sampedro pela Dom Quixote
"A Dignidade e o Sentido da Vida" de Isabel Galriça Neto, pela Pergaminho
"Estudo Jurídico da Eutanásia" pela Almedina (2000)
"Deve a Eutanásia ser Legalizada?" de André Houziaux, André Comte-Sponville, Marie de Hennezel e Axel Kahn, pela Campo das Letras
"Por um Fim" de Drauzio Varella pela Palavra Sentir

Anónimo disse...

Obrigado a todos os que assistiram e participaram neste blog, sobre um tema tão complexo. Impossível responder a tantos comentários...De facto,reconhecer apenas que não defendo o sofrimento de qualquer doente, que os cuidados paliativos ( bem feitos) não drogam ninguém e intervêm activamente no dofrimento físico e assistencial e que, como sociedade, poderemos ser capazes de nos elevarmos e transcendermos, sendo capazes de promover a dignidade, não matando, mas buscando activamente a VIDA e formas de intervir no sofrimento, não eliminando aquele que sofre mas sim lutando por cada vez mais e melhor oferecer alternativas de Vida, rigorosas e credíveis. A eutanásia não resolve as origens e razões do sofrimento...
Cumprimentos
Isabel GNeto

Anónimo disse...

Queria só deixar um comentário de agradecimento à Dra. Isabel Neto, por se ter disponibilizado a vir ao blog do Sociedade Civil deixar o seu comentário. Não me lembro de mais nenhum convidado do programa o ter feito...
Embora não partilhe da sua opinião, tal como a maioria dos comentários que foram deixados neste blog (que concordam com a eutanásia), admirei muito o seu gesto e por isso mesmo, obrigada.
Acho que seria mais interessante se mais convidados seguissem o seu exemplo.
Um bem haja.

prapau disse...

Ainda quase não parei desde que vim de Lisboa para Braga, com aulas a mais a dar para compensar a ida ao Programa.
Agradeço as intervenções no blog, com um agradecimento especial para o comentário enviado por alunas minhas de Biologia-Geologia da Universidade do Minho.Logo espero ter tempo para dizer algo mais.
Saudações cordiais
laura f. santos
filosofia da educação
universidade do minho

prapau disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
prapau disse...

Quem me quiser contactar pode fazê-lo para a seguinte morada:

Laura F. Santos
Departamento de Pedagogia
Instituto de Educação e Psicologia
Universidade do Minho
4710-057 Gualtar Braga

prapau disse...

Penso que o que se encontra escrito sobre cuidados paliativos no blogue abaixo indicado (ver dia 12 de Março, a propósito do debate de ontem) devia ser objecto de uma boa reflexão. No fundo, é sobre o que, à imagem do denominado "encarniçamento terapêutico", poderíamos designar, à falta de melhores termos, de "encarniçamento relacional e de sentido".
Saudações civis
Laura F. Santos
http://www.blogmanchas.
blogspot.com/