sexta-feira, abril 13

SUPERSTIÇÕES

Gatos pretos, espelhos partidos, sal grosso e claro sextas feiras treze. Uma pessoa supersticiosa possui um apego infundado a qualquer coisa que lhe dizem, acredita em factos sem fundamento real, segue conselhos que nascem da crendice popular. É algo que passa de avós para netos, entre amigos, de geração a geração. Como é que as superstições podem influenciar a nossa vida quotidiana?

31 comentários:

Anónimo disse...

Eu tenho a mania de começar tudo pelo lado esquerdo.
Já me aconteceu ter de me despir todo porque, já no fim, me ter lembrado que não me lembrava qual tinha sido a perna qude tinha enfiado primeiro quando vesti as cuecas. Uma angustia do caneco!!

Anónimo disse...

Há coisas na vida que eu não compreendo e sem dúvida que as superstições são uma delas…
Porque é que as pessoas são supersticiosas?
Por que razão é que passar por baixo de uma escada, ou ver um gato preto, ou partir um espelho, ou uma sexta-feira 13 dá azar?
O que é certo é que:
- se passarmos por baixo de uma escada, arriscamo-nos a ter o azar de nos cair algo em cima;
- se partirmos um espelho, temos o azar de termos que comprar outro;
- se tivermos a olhar para uma gato preto (neste caso a cor é relativa), arriscamo-nos a ir contra algo;
- agora numa sexta-feira 13 já é mais complicado…se sairmos à rua, estamos sujeitos às eventualidades que nos possam acontecer, se ficarmos em casa parece-nos mais seguro, mas também não ficamos livres de acontecer qualquer coisa…

Penso que as pessoas que são mais pessimistas são as que devem ser mais supersticiosas, senão não passavam a vida a evitar fazer certas e determinadas coisas apenas porque dão azar.

Anónimo disse...

Se vivessemos em função de superstições...... ui ui, como seria díficil viver.

Respeito todas as superstições, como tudo o resto...

É a velha história, NÃO ACREDITO EM BRUXAS MAS QUE LAS AI, AI!!

Parabéns pelo excelente trabalho, Fernanda.

Ana

Pedro Marinho disse...

Embora a ciência tenha de muitos modos melhorado a vida das pessoas, seus sentimentos de insegurança persistem. De fato, a insegurança tem aumentado devido aos problemas criados pela própria ciência. O professor Vyse diz: “As superstições e a crença no paranormal são aspectos bem integrados de nossa cultura . . . visto que o mundo contemporâneo tem acentuado o nosso senso de incerteza.” A The World Book Encyclopedia concluiu: “As superstições provavelmente farão parte da vida enquanto as pessoas . . . tiverem incertezas a respeito do futuro.”

Em suma, as superstições perduram porque têm raízes nos temores comuns à humanidade e se apóiam em muitas acalentadas crenças religiosas. Devemos concluir, então, que as superstições são benéficas porque ajudam as pessoas a lidar com as incertezas? São inofensivas? Ou é algo perigoso que se deve evitar?

Pedro Marinho Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...

Padrão duplo

Parece que muitas pessoas têm um padrão duplo, pois não admitem em público o que praticam em particular. Certo autor diz que essa relutância se deve ao receio de parecer ingênuo para os outros. Assim, essas pessoas talvez prefiram chamar seus costumes supersticiosos de rotina, ou hábito. Atletas, por exemplo, talvez chamem seu comportamento de ritual pré-competição.

Recentemente, um jornalista fez um comentário irônico a respeito de uma corrente de cartas, sistema que envolve enviar uma carta a uma pessoa, que, por sua vez, deverá enviar certo número de cartas a outros. Muitas vezes, à pessoa que passa a carta adiante se promete boa sorte, ao passo que quem quebra a corrente supostamente pagará caro por isso. Assim, o jornalista entrou na corrente, e disse: “Não pense que faço isso porque sou supersticioso. Simplesmente quero evitar o azar.”

Antropólogos e estudiosos do folclore acham que até mesmo o termo “supersticioso” é muito subjetivo; eles hesitam em chamar de supersticiosos certos comportamentos. Preferem termos mais “compreensíveis”, porém eufemísticos, como “costumes e crenças populares”, “folclore”, ou “sistemas de crenças”. Dick Hyman, em seu livro Lest Ill Luck Befall Thee—Superstitions of the Great and Small (Para que Não Tenhas Azar — Superstições dos Pequenos e dos Grandes), observa candidamente: “Como o pecado e a gripe, as superstições têm poucos defensores, mas muitos protagonistas.”

No entanto, independentemente do nome que se lhes dê, as superstições perduram.

Pedro Marinho Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...

Por que perduram tanto?

Bem, alguns afirmam que ser supersticioso é próprio do ser humano. E há quem diga que a tendência para a superstição está nos nossos genes. Mas há estudos que provam o contrário. As evidências são de que a pessoa se torna supersticiosa pelo que lhe é ensinado.

O professor Stuart A. Vyse explica: “O comportamento supersticioso, assim como a maioria dos outros comportamentos, adquire-se no decorrer da vida. Não nascemos batendo em madeira; aprendemos a fazer isso.” Diz-se que a pessoa aprende a crer em poderes mágicos quando criança, e permanece suscetível a crenças supersticiosas muito tempo depois de “ter adotado sensibilidades de adulto”. E de onde vêm muitas crenças supersticiosas?

Muitas superstições têm ligação estreita com acalentadas crenças religiosas. Por exemplo, a superstição fazia parte da religião dos habitantes de Canaã, antes da chegada dos israelitas. A Bíblia diz que os cananeus empregavam adivinhação e magia, confiavam em presságios ou na feitiçaria, lançavam feitiços, consultavam médiuns e adivinhos e indagavam dos mortos. — Deuteronômio 18:9-12.

Os gregos antigos também eram famosos pelas suas superstições ligadas à religião. Como os cananeus, eles criam em oráculos, na adivinhação e na magia. Os babilônios examinavam o fígado de um animal, achando que este revelaria o rumo a seguir. (Ezequiel 21:21) Destacavam-se também pela jogatina e recorriam à ajuda do que a Bíblia chama de “deus da Boa Sorte”. (Isaías 65:11) Os jogadores ou apostadores até hoje têm fama de supersticiosos.

Curiosamente, várias religiões realmente incentivam a jogatina, como a Igreja Católica, por exemplo, com suas promoções de jogos de bingo. Nessa mesma linha, disse um apostador: “Estou certo de que a Igreja Católica sabe [que os apostadores são muito supersticiosos,] pois as freiras estavam sempre por perto das pistas com as suas caixas de coleta. Como poderia um católico, como muitos de nós somos, negar um donativo a uma ‘irmã’ e esperar ganhar nas apostas de corrida de cavalo? Por isso, a gente contribuía. E, se ganhássemos naquele dia, seríamos especialmente generosos, na esperança de continuar ganhando.”

A estreita ligação entre religião e superstição é muito bem exemplificada pelas superstições ligadas ao Natal, promovido pela cristandade. Como, por exemplo, a esperança de que beijar debaixo de um ramo de visco resultará em casamento e as muitas crenças supersticiosas a respeito de Papai Noel.

O livro Lest Ill Luck Befall Thee observa que as superstições foram desenvolvidas para “sondar o futuro”. De modo que hoje, como em toda a História, tanto pessoas comuns como líderes mundiais consultam adivinhos e outros que dizem ter poderes mágicos. O livro Don’t Sing Before Breakfast, Don’t Sleep in the Moonlight (Não Cante Antes do Café da Manhã, Não Durma ao Luar) explica: “As pessoas tinham de crer que existiam sortilégios e magias eficazes contra os terrores do conhecido e do desconhecido.”

Assim, as atividades supersticiosas procuram dar aos humanos um certo senso de controle sobre seus temores. Diz o livro Cross Your Fingers, Spit in Your Hat (Cruze os Dedos, Cuspa no Chapéu): “[Os humanos] confiam em superstições pelos mesmos motivos de sempre. Diante de situações que não podem controlar — que dependem da ‘sorte’ ou da ‘contingência’ — as superstições os fazem sentir-se mais seguros.”

Embora a ciência tenha de muitos modos melhorado a vida das pessoas, seus sentimentos de insegurança persistem. De fato, a insegurança tem aumentado devido aos problemas criados pela própria ciência. O professor Vyse diz: “As superstições e a crença no paranormal são aspectos bem integrados de nossa cultura . . . visto que o mundo contemporâneo tem acentuado o nosso senso de incerteza.” A The World Book Encyclopedia concluiu: “As superstições provavelmente farão parte da vida enquanto as pessoas . . . tiverem incertezas a respeito do futuro.”

Pedro Marinho Arcos de Valdevez

Anónimo disse...

A minha avó tinha uma gata preta lindissima, lembro-me dela desde sempre e nunca me deu azar por vê-la todos os dias.

Anónimo disse...

Tinha colegas que por terem passado num teste utilizando uma caneta, utilizavam sempre essa caneta quando faziam um teste. Mas na realidade, se não tivessem estudado, não era por causa da caneta que passavam...

Anónimo disse...

Po falar em bater na madeira... confesso que o faço, mas sinto que vem tão de trás que se tornou um gesto reflexológico para afastar pensamentos desagradáveis, tal como as campainhas das experiências de Pavlov.

Pedro Marinho disse...

“SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR-LHE BEM, POIS AQUELE QUE SE APROXIMA DE DEUS TEM DE CRER QUE ELE EXISTE E QUE SE TORNA O RECOMPENSADOR DOS QUE SERIAMENTE O BUSCAM, nada melhor que acreditar em Deus, acreditar na superstição é apenas fraqueza espiritual, lembrem que deus não é parcial, nem tem clubes ou amigos especiais, seria injusto se fosse o contrário.

Pedro Marinho

Arcos de Valdevez

David disse...

Para complicar a vida, temos diferentes superstições em diferentes locais. Podemos dizer que são diferenças culturais. Entendo se falarmos de Ocidente/Oriente. Mas e dentro das sociedades Ocidentais? Dou o exemplo: há já vários anos, procurando respostas sobre superstições, descobri que a aversão ao gato preto é tipicamente norte-americana, enquanto que na europa se evitava o branco. Mas na verdade toda a gente "teme" o gato preto, talvez fruto da influência norte-americana na sociedade actual.

Anónimo disse...

Continua a nivelar-se por baixo.Aonde estão os Psiquiatras ou um professor de Parapsicologia?Ou vá no mínimo um Professor Herrero para nivelar.Recomendo o seu livro "Um monte de ...na cabeça".O comentador que associa o comportamento obscessivo-compulsivo do fanatico e as suas cuecas e os rituais liturgicos?!E a fernanda tem gatos roxos?E foge dos pretos?E se vir um serra da estrela preto?E um pit bull roxo?Eu acho pior o vermelho escuro,amarelado mas a fugir para o amarelo com pintas verdes!Se vejo um gato assim até tremo!Continuem a tagarelice...Mas confesso que passar por baixo de um escadote pode dar azar.Se levar com ele em cima!Deixem os gatos em paz senão começo a insultar!Isto é um canal publico!

Anónimo disse...

Olá...

boa tarde!

eu tenho a mania de nunca ter os ténis arrumados "ao contrário", têm que estar sempre direitinhos... nem sei porquê, não penso que me vai dar sorte ou azar... mas faz-me imensa confusão vê-los trocados. O problema é quando vou a casa dos meus amigos e vejo isso... já me aconteceu ir "arrumar" o calçado deles...

É estranho, não me parece uma superstição... mas sim uma mania, uma paranóia...

Parabéns pelo programa...
E já agora, Boa sorte... :P

Margarida Girão disse...

Olá.

Talvez hajam dois tipos de superstições:

a) a fundamentada em crenças populares - número 13, escadas, e outros exemplos. //

b) e as que são criadas por nós, não sei até que ponto são superstições ou rituais de fé/confiança interior.

Por exemplo, eu acordo e tenho o hábito de dar logo um beijinho a mim mesma: no braço, na mão. Um exercício de auto-estima.

Gosto do número 13 e de gatos pretos.

Tudo se relaciona com os nossos pensamentos.

:)

Anónimo disse...

Público e supostamente para educar?ou talvez não...

Anónimo disse...

antes de mais, gostava de dizer que estou a correr um grande risco ao estar na internet numa sexta-feira 13... os bugs atacam...

quantos aos gatos a verdade é que em meio ano tive 2s e morreram supostamente por mau olhado(ou não), ate que arranjei um preto... e ja tem mais de três anos

Anónimo disse...

Ora algo de jeito.Dentro de 10 anos as células tumorais em certos tipos de cancro vão-se tornar milhares de vezes menos resistentes a determinado tipo de quimioterapia.Isto sem complicar.O cancro esse sim dá azar!

Simplesmente Mulher disse...

De facto não sou supersticiosa, já me aconteceu passar por baixo de escadas de alumínio que estavam na via publica e as minhas amigas aos gritos a dizer o que estava a fazer, e eu nem reparava. Da mesma forma, já tive muitos gatos pretos e nunca me preocupei com isso.
A minha mãe, por exemplo, faz anos hoje, sexta-feira 13, mas não é por causa disso que ela se vai fechar em casa à espera que o dia passe.
Eu acho que a questão dos rituais e superstição se tocam muito, porque se algo correu bem tendemos em repetir o ritual que, supostamente, originou uma nota muito boa no teste, uma boa apresentação na estreia da peça, etc.
Mas assim, onde para o esforço próprio, a disciplina pessoal que leva as pessoas a ter sucesso.
Sei que temos tradições e influências gregas e romanas e daí vem a questão do destino, dos deuses, dos rituais que nos colocam nas boas graças dos deuses. Porém, acredito mais na força do meu empenho,dedicação e disciplina do que patas de coelho, trevos de boa sorte, figas, etc...
Mas isto é só a minha modesta opinião...... ;-)

Anónimo disse...

Paranóia, mania, obsessão:isto é uma superstição.
Das coisas más que já aconteceram na vida de cada um de nós, quantas delas foram numa sexta-feira 13?Quantas delas aconteceram depois de termos visto um gato preto?

A existência ou não de superstições é uma questão de aceitação!
Quem acredita, será condicionado nas suas acções.

As superstições são, de facto, questões pessoais, para conforto pessoal,para auto-estima e confiança. Mesmo que não justifiquem ou expliquem de modo claro as coisas da realidade.

"Não sou do tamanho da minha altura, mas da estatura do que quero ser". Acreditando em superstições e regendo-se por elas,os crentes mudam a sua visão da realidade e deles próprios, alterando a sua opinião, para melhor, "daquilo que querem ser" e aquilo que já são.

Anónimo disse...

Ta,ta...

Anónimo disse...

A sr.Ana Paula dava talvez uma melhor especialista para convidada.Pelo que ouvi...mas isto são manias minhas...

Sonia disse...

Já fui um pouco supersticiosa, nem sabia muito bem porquê, talvez por paranoia ou pela influência da sociedade e da cultura. Actualmente não sou nada supersticiosa, sinto mais confiança e uma agradável sensação de liberdade. Talve se deva um pouco ao facto de eu ter mudado de religião há cerca de 6 anos, religião essa onde não há lugar para superstições, apenas se aprende e se segue os ensinamentos da Bíblia e esses não incluem o acreditar em superstições.

Anónimo disse...

Boa Tarde,

Não é que eu seja supersticioso... mas que as há lá isso há.

A proposito dos gatos pretos, eu já tive um e nunca tive grande problema nem com esse nem com os outros, mas a uns bons anos atraz, teria eu uns 12 anos, lembro-me de ir na cabine de um camião com o motorista e mais uma pessoa e atravessou um gato preto na rua, eu encostei-me todo para traz para não ser o primeiro a "cruzar" com o gato, o primeiro foi o motorista.

Quando chegamos ao destino, sem querer como é ovio, o motorista deu um "toque" com o camião numa casa e o dono da casa andou a traz dele com um machado!

Bom a partir desse dia, digamos que respeito muito mais "certas" coisas que se dizem.

Abraços e parabens pelo vosso programa

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Uma fobia pode não ser uma superstição.Extraordinário!Pois não,não é!Já não falo de ciencia.Deve bastar um dicionário.Mas esse senhor faz o que na vida?

Anónimo disse...

so uma questao a ver com os sonhos... o que quer dizer sonhar frequentemente com agua em abundançia e movimentada?

Anónimo disse...

A descrição metaforica da escolha racional de uma casa junto a àgua corrente,nem parada,nem muito forte é uma superstição?Ah!As fontes tem de ser interpretadas e não lidas literalmente.Num salão de chá!!!!I rest my case!

Anónimo disse...

Patrícia essa pergunta tem resposta mas não no chá das tres!

Anónimo disse...

Viva o gato!A Mariana é uma menina com muita SORTE!Parabens,vais crescer muito a interajir com um animal tão inteligente!Nem tem superstições!

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

As superstições estão associadas a todas as culturas (cada uma com o seu leque próprio, mais ou menos enraizado e mais ou menos rígido). Trata-se de crenças de senso comum que se vão passando de geração em geração. Não nascemos a acreditar nelas, somos ensinados. O que eu penso é que poderá haver algumas (dentro do vasto rol) que terão sentido de ser, mas a maioria não passa de um "atraso de vida"...
O facto é que quem , por exemplo, depois de ver um gato preto ficar com medo do não sei quê de mal que lhe irá de certeza acontecer porque agora está com azar, acabará por culpar o facto de ter visto o gato preto por tudo o que de mal (mesmo as coisas mais insignificantes) lhe aconteçam depois. Mesmo que não lhe aconteça nada de significativo, a pessoa que crê na superstição vai normalmente procurar algum(ns) evento(s) do dia que lhe tenha(m) corrido ligeiramente pior, para alimentar a crença (para que continue, para si, com sentido de ser). Se o sujeito reparar bem, há dias que correm bem pior sem ser preciso ver nenhum gato preto nem qualquer outra espécie de crendice que não tenha seguido.
Muitas vezes até ficamos mais propensos às coisas quando acreditamos nelas (prova disso é, por exemplo, a fé "A fé move montanhas"(não, não tenho religião, sou agnóstica)).