segunda-feira, maio 14

PORTUGAL SEM FOGOS

Os incêndios são responsáveis pela perda de diversidade vegetal e animal, pela emissão de dióxido de carbono, pela perda de vidas humanas e pelo impacto negativo na paisagem e na vida de milhares de pessoas que vivem da floresta. Outro impacto dramático mas menos visível é a desertificação do solo, pois a reflorestação é um processo moroso. Que medidas foram tomadas para prevenir incêndios este ano? Vão arder menos hectares de floresta? Que meios há disponíveis?

19 comentários:

Anónimo disse...

Uma das principais medidas a ser tomada é a que se refere à pena para um pirómano! Deviam ser condenados a muitos anos de prisão (um mínimo de 10) e trabalhos forçados. Isto porque causam uma enorme destruição a nível ambiental; matam milhares de seres que habitam a área florestal, que ardem porque não têm como fugir (animais, plantas, insectos...(alguns em risco de extinção ou espécies protegidas)); colocam em perigo habitações e aqueles que se arriscam para salvar o que resta e que evitam um estrago maior... Acredito que se as penas fossem mais justas sendo mais graves e, claro, havendo uma fiscalização florestal e uma investigação criminal mais apertada e abrangente, o número anual de incêndios diminuiria sgnificativamente.

Pedro Marinho disse...

1. No passado não existiam helicópteros e haviam menos incêndios, porque razão a sua existência? Será um negócio?

2. Quando os fogos se iniciam numa fase primária porque razão é que o meio aéreo não levanta de imediato? Quando chega é apenas um copo de água numa fogueira.

3. Porque razão é que as forças militares não estão e deviam estar em postos de vigia nas serras, nas casas dos guardas florestais antigas a fazer anualmente a prevenção cerrada ao flagelo dos incêndios? Que fazem nos quartéis?

4. Porque razão nos meses de alto risco não proíbem o lançamento de fogo de artificio? Uma das principais causas dos incêndios no verão?

5. Porque não acabam com o voluntariado nos bombeiros e passam a ser profissionais do estado a tempo inteiro e com formação e vocação para ser bombeiro e não ser bombeiro de nome e quando toca a sirene é comum alguns deles dizerem “ é no monte deixa arder que o meu pai é bombeiro”.Comentário pouco feliz.

Pedro Marinho
Arcos de Valdevez

Pedro Marinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Marinho disse...

No ano passado o Parque Nacional Peneda Gerês ardeu imenso e pouco ou nada fui feito pós incêndio. Porque razão se fala sempre no combate e depois quem fala na reabilitação das áreas ardidas, nunca vi nem ouvi alguém a falar nisto porque?

2. Em tempos li um estudo de especialistas americanos que dizia que os bombeiros portugueses não eram bons em realizar rescaldos?

3. Porque razão o governo em situações especiais não ajuda na totalidade quando alguém perde uma casa? Ou só devemos ajudar os de fora? Porque razão é que o governo não pensa nisto?

4. Onde anda a fiscalização do estado para que as pessoas limpem os seus montes? Nunca os vi.

Pedro Marinho

Arcos de Valdevez

Anónimo disse...

Na Póvoa de Varzim, há alguns anos, na festa da Senhora da Assunção, uma cana de fogo de artifício caiu num barco acabado de restaurar. Incendiou-o e ainda hoje os donos esperam (desesperam) por uma indemnização (que não chega...). O barco continua parado no cais, queimado e puseram-lhe um letreiro: Museu das festas da senhora da Assunção.
As canas dos fogos de artifício não caem em locais seguros. Há 2 anos a minha avó viu cair algumas bem perto do quintal dela! E isto acontece em qualquer lugar, com as suas consequências e, quando perto de uma área florestal, essas consequências são monumentais!
Não há fiscalização! E quando os estragos se dão, onde está o responsável? E a sua punição? E a remediação dos danos?

Andreia disse...

Visitei o parque Nacional Peneda-Gerês e fikei perplexa ao ver o estdo em que está a serra! Até perto do sopé so se vê PEDRA!!! Como é k é possível que em pleno parque nacional, único no nosso país, não sejam tomadas medias de reflorestação?
Para além disso, ao realizar um dos percursos que existem verifiquei a presença de algumas manchas de exóticas (Acácia, principalmente). Sei que no parque existem medidas de combate a ser aplicadas, mas apenas em grandes manchas. Porque é que não se aposta um pouco mais no combate a pequenas manchas?

Andreia disse...

Na freguesia onde vivo existe um pirómano. Já foi preso várias vezes, mas saiu sempre em liberdade sem qualquer tipo de punição. O verão passado, depois do "famoso" incêndio que percorreu várias freguesias de barcelos, ele foi preso como suspeito e em tribunal confessou que ateava incêndios porque o cheiro a queimado e a azáfama dos bombeiros o excitava. Depois disto saiu em liberdade sem sequer ser submetido a um tratamento... Porque é k as penas para este tipo de pessoas não são mais rigorosas?

LSantos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
LSantos disse...

basta andar na rua e falar com as mais variadas pessoas, que a opinião é de uma maneira geral a mesma: no tempo do Salazar não havia disto!
seria Salazar Deus?? não, não era!
então porque seria?
fácil, nesses tempos os matos eram limpos para os mais variados fins.
para que vive nas cidades, que é por norma que decide sentado a uma secretária sem conhecimento de causa, o mato era usado para a "cama" dos animais, era usado para fazer estrume natural com as fezes dos animais e em muitos casos também eram usadas as dos humanos (o wc era directo para o curral), a madeira era usada para cozinhar, vedações, casas, barracas, etc, etc.
hoje, não só ninguém quer saber de limpezas ( são cada vez menos os que têm animais bem como tudo o que era feito usando madeira passou a ser feito de plástico, alvenaria ou metal), como o dinheiro ganho com a venda da madeira vai direitinho para o carro novo e a viagem de ferias sem ninguém exigir nada.
depois temos o chorudo negócio do material anti-incêndio e do aluguer dos meios aéreos.
basta ver quem está por detrás da empresas que alugam e de quem quer alugar, a nível de governo.
por mais dinheiro que se gaste em material para bombeiros, em bombeiros e em meios aéreos, os incêndios nunca vão acabar! por dois motivos bem evidentes: 1-não só o estado como proprietário não cumpre como não faz cumprir.
2-quem tem por obrigação fazer cumprir e ditar as regras, ganha dinheiro com os fogos. contratos de prestação de serviços e de venda de material.

para acabar com esta situação não é necessário descobrir um génio nem vir Deus do céu á terra.

de alguma forma, os proprietários com matas devem ficar registados nas câmaras onde têm os terrenos. a câmara deve assumir a limpeza das matas. os proprietários devem pagar uma percentagem do valor da venda dos pinheiros/eucaliptos á câmara.
do dinheiro que vai para os meios aéreos, uma percentagem deverá ser desviada para este serviço camarário.
deve ser dada a possibilidade aos presidiários com penas menores de participar voluntariamente neste serviço a troco de uma redução da pena, 3 meses de serviço menos um mês de pena, por exemplo.
o pessoal que está a receber subsídios de desemprego e o subsidio de reinserção social seriam os eleitos para este serviço comunitário. sendo compensados com mais algum dinheiro.

os militares, que passam a vida a queixarem-se de falta de dinheiro, passavam a ser chamados para patrulharem todos os caminhos de mato, de uma forma preventiva com os veículos que têm para esse efeito e que estão a ganhar teias de aranha nos quartéis. sendo a instituição também compensada a nível monetário. penso que na constituição está escrito que os militares só podem actuar em acções defensivas da pátria, pergunto eu: se isto não é defender a pátria, o que será defender a pátria nos dias que correm?
toda a despesa aqui invocada, dinheiro para as câmaras, subsidiados por nada fazerem e militares, será de certeza uma coisa de pouca monta se comparado com o que é gasto "só" em meios aéreos tendo em conta o resultado pratico deste...

resta acrescentar a quantidade de agua das nossas albufeiras que deixava de ser desperdiçada...

Anónimo disse...

para aceder ao regulamento do concurso...



http://www.confagri.pt/outros/contarvoreregulamento.htm

Anónimo disse...

Acho que o problema dos incêndios em Portugal reside no facto de não haver limpeza das matas. Compreendo que no caso dos terrenos privados isso está a cargo dos proprietários e que estes nem sempre têm os meios económicos ao seu alcance. Sendo assim, os bombeiros, durante toda a primavera tinham obrigação de fazer a limpeza do que não é privado e deviam ter equipas que pudessem ser contratadas pelos proprietários dos terrenos com ajudas do estado uma vez que a limpeza dos espaços não é apenas do seu interessa mas de toda a comunidade. Mas julgo que para isto devia haver mesmo pulso de ferro, que é o que não se tem verificado. Julgo que os bombeiros e a protecção civil são vistos como equipas de reacção ao que está a acontecer e deviam ser na sua essência, equipas de prevenção. Deviam organizar os seus serviços de forma a limpar matas durante a primavera para prevenir os incêndios florestais como deviam limpar bueiros nas cidades no fim do verão para prevenir as cheias urbanas que se têm visto nos últimos anos...

Anónimo disse...

http://www.confagri.pt/outros/contarvoreregulamento.htm

Anónimo disse...

Se a limpeza das florestas requer tantos meios e custos, porque é que o estado não aproveita os meios humanos que têm através dos reclusos com penas leves, que poderiam resolver 3 prolemas, designadamente, na limpeza de matos, e minorar o excesso de presos nos estabelecimentos prisionais, na concordância destes substituirem as penas de prisões efectivas por fazer serviço comunitário.

Assim como

Anónimo disse...

http://www.confagri.pt/
outros/contarvoreregulamento.htm

Andreia disse...

No que respeita àlimpeza das matas, não sei se isto acontece em todos os sítios,mas onde eu vivo (concelgo de barcelos), seo proprietário dão limpar o terreno, qualquer pessoa pode fazer uma denúncia na camara. a câmara envia um aviso ao proprietário e se ele não limpar o teereno é a própria câmara que envia uma equipa de limpeza e no fianl envia a conta ao proprietário... simples e eficaz...

Anónimo disse...

Devemos apostar mais e a fundo na prevenção! Em pessoal e meios que evitem os fogos! Focar mais os esforços na prevenção do que no combate! Assim, o desperdício de água (um bem cada vez mais escasso) é reduzido, tal como o dinheiro investido em meios aéreos e outros recursos de combate aos incêndios.

Anónimo disse...

Tenho pena de não ter podido participar neste programa pois teria alguns factos importantes para dizer...

--------------



Resumidamente, a questão dos fogos é uma que é quase na sua totalidade derivada por factores económicos, seja de empresas, políticos, instituições ou individuos que podem fazer fogo posto para de alguma forma ganhar com isso.

Ao contrário do que é divulgado nos média, de cerca de 60% ou pouco mais, na realidade mais de 90% dos fogos são de origem criminosa, alguns bombeiros e membros do governo admitem mesmo cerca de 97%, e estes incêndios visam algum tipo de benefício.

Os principais responsáveis pelos incêndios são os madeireiros, os constructores, as empresas que fabricam ou alugam meios de combate aos incêndios, políticos, e mesmo, espante-se, os próprios bombeiros (alguns).

Conheço pessoalmente um antigo bombeiro que foi até convidado a ser comandante dos bombeiros (omitirei o seu nome por motivos óbvios), mas que recusou e que saiu mesmo dos bombeiros para ser comandante numa outra organização.

Numa conversa que tivemos sobre o assunto dos incêndios em que o mesmo confirmou tudo o que disse e foi muito mais longe, ao perguntar o porque de ter recusado, disse-me que para além de toda a corrupção que existe na questão dos fogos postos causada pelos já citados acima, que chegava ao cúmulo de ter visto alguns bombeiros e mesmo de algumas corporações de bombeiros a deixarem que grandes áreas ardessem de próposito, de forma a que pudessem ganhar mais subsídios do estado. E porquê, porque existe uma lei que diz que quanto mais área ardida tiver as zonas que estejam sob os cuidados de uma corporação de bombeiros, mais fundos esta recebe. Assim, para ganharem mais dinheiro do estado alguns bombeiros simplesmente deixam arder, e sabe-se que há mesmo bombeiros que põem fogo posto. Disse-me inclusive que a força aéria tem vários meios de combate a fogos que estão a literalmente a apodrecer, e porquê, porque o governo (PS e os outros passados) prefere utilizar os meios privados de luta contra fogos porque estes custam muito mais caro (aos contribuintes) e assim dão muito dinheiro a certas empresas e certos "amigos" dos políticos que regem as leis.

Este antigo bombeiro que ia ser promovido a commandante disse que acha que a maior responsabilidade pretence aos políticos porque são eles que ditam as leis e que abrem caminho e facilitam para que os seus "amigos" possam fazer incêndios e beneficiar com os mesmos.

Desta forma não existe quase ninguém que esteja verdadeiramente preocupado e ocupado a lutar contra os incêndios (as entidades responsáveis citadas acima), pois têm todos interesses monetários a proteger e fazem com que literalmente, Portugal arda.

Este ano, o governo PS eliminou uma lei que, por motivos óbvios proibia que se construi-se e parece-me que mesmo, se cortasse madeira de um terreno que tivesse ardido, de forma a impedir que quem tivesse posto o fogo, pudesse de alguma forma lucrar com o incêndio logo depois do mesmo. Desse forma muitos pensariam 3 vezes antes de o fazerem pois poderia não valer a pena.

NEste momento o PS permite que logo que haja um incêndio, que se possa ter toda a liberdade de se fazer o que se quiser nesses terrenos.

O que isto significa? Que este ano os incêndios poderão bater recordes.


É simplesmente uma autêntica vergonha.

A Policia judíciária deveria investigar a fundo estas questões e colocar penas pesadas para aqueles repsonsáveis por fogos postos.



Paulo

Anónimo disse...

Nota:

Não é a questão da falta de limpeza das florestas que reside o problema dos fogos, pois esta matéria orgânica existiu em todo o planeta desde há milhões de anos e não foi por isso que todo o planeta ardeu. A questão aqui prende-se com o facto de quase todos os fogos dserem de origem criminosa por motivos económicos.

Limpar a floresta pode SOMENTE ajudar a impedir que o fogo arda com mais força mas NÃO vai impedir que os fogos não apareçam e/ou diminuem.


Há outro facto muito importante no qual todas as pessoas esquecem que é critico para o bem estar dos solos, das florestas e assim de toda a diversidade, é que sem essa matéria orgânica para enriquecer os solos, estes vão perdendo qualidade e tornando-se estéreis, ou seja, o solo "morre", as plantas morrem a seguir e os animais morrem. Consequência, portugal tornaria-se num autêntico deserto.

Limpar as matas não é solução nenhuma, apenas agrava e muito o problema a longo prazo.

O que se deve fazer é sim plantar árvores nativas que são muito mais resistentes ao fogo e criam maior biodiversidade, destruir leis que promovam incêndios e prender todos os criminosos e corruptos que de alguma forma contribuam para os incêndios.

Paulo

Anónimo disse...

Mediterranean forests, woodlands, and shrub

Fire, both natural and human-caused, has played a large role in shaping the ecology of Mediterranean eco-regions. The hot, dry summers make much of the region prone to fires, and lightning-caused fires occur with some frequency. Many of the plants are pyrophytes, or fire-loving, adapted or even depending on fire for reproduction, recycling of nutrients, and the removal of dead or senescent vegetation. In both the Australian and Californian mediterranean-climate eco-regions, native peoples used fire extensively to clear brush and trees, making way for the grasses and herbaceous vegetation that supported game animals and useful plants. The plant communities in these areas adapted to the frequent human-caused fires, and pyrophyte species grew more common and more fire-loving, while plants that were poorly adapted to fire retreated. After European colonization of these regions, fires were suppressed, which has caused some unintended consequences in these ecoregions; fuel builds up, so that when fires do come they are much more devastating, and some species dependent on fire for their reproduction are now threatened. The European shrublands have also been shaped by anthropogenic fire, historically associated with transhumance herding of sheep and goats.

Mediterranean eco-regions are semi-arid, and often have poor soils, so they are vulnerable to degradation by human activities such as logging, overgrazing, and the introduction of exotic species. These regions are also some of the most endangered on the planet, and many eco-regions have suffered tremendous degradation and habitat loss through logging, overgrazing, conversion to agriculture, urbanization, and introduction of exotic species. The eco-regions around the Mediterranean basin have been particularly affected by degradation due to human activity, suffering extensive loss of forests and soil erosion, and many native plants and animals have become extinct or endangered.