segunda-feira, maio 7

O NOVO ESTATUTO DO ALUNO

O actual estatuto do aluno revelou-se “insuficiente” – são as palavras da ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues. As alterações ao novo estatuto prendem-se com o facto de a maioria das medidas disciplinares (avaliação e decisão) irá passar por professores e conselhos executivos. Quanto às medidas correctivas deixarão de passar por conselho de turma e passarão a ser comunicadas directamente aos pais. Por ultimo, os alunos não vão mais chumbar por faltas, em vez disso sujeitam-se a exames às disciplinas.

22 comentários:

Anónimo disse...

Olá Fernanda Freitas,

Estou perfeitamente de acordo com tudo o que se tem dito no programa. Também quero dar os parabens ao representante dos alunos, presente no programa.

Uma das coisas que quero focar, e já foi aflorado pelo representante dos alunos, é o serviço de apoio psicológico aos alunos. Segundo sei as escolas estão muito mal servidas a nível de gabinetes de apoio psicológico ao aluno.

Como sabemos, estão muitos psicólogos no desemprego. O governo deveria pensar em dar mais trabalho aos psicólogos.

O investimento na juventude, é investimento no futuro.

Também fui aluno e sei a falta que faz a orientação psicologica, principalmente de orientação vocacional.
Mais uma vez os meus parabens aos representante dos alunos.


Um abraço,
José Maria Bompastor/Vila do Conde

Joaldi (José Alves Dias) disse...

Quando compreendermos a necessidade de diálogo "cara a cara" entre pais e docentes, de tal maneira que no decorrer do ano lectivo se possam fazer as inflexões necessárias, que sirvam o melhor interesse de todos, muito na nossa educação/instrução irá mudar.
O vêrtice mais precário do triângulo que une alunos, pais e docentes, é certamente entre os últimos.
Temos uma carência de valores na nossa sociedade que passam de pais para filhos, com um reflexo em ambiente escolar. Ora se no dia-a-dia os pais não nutrem os filhos de valores equilibrados que comportamentos podemos esperar dos alunos?

Até que ponto, enquanto sociedade, temos a consciência da diferença entre educar e instruir?

Pedro Marinho disse...

Todas as decisões implicam ganhos e perdas, mas já é tempo de produzir alunos bons e não vitimas da história , Eu desejo que os professores sejam importantes no coração das crianças mas pergunto

Porque razão se fala em educação e pouco ou nada se fala em disciplina?

Se os alunos deixarem de acreditar na escola , não haverá futuro.

Pedro Marinho
Arcos de Valdevez

Anónimo disse...

É um facto absolutamente incrivel a educação que é dada por alguns pais aos seus filhos.
Eu trabalho num supermercado e fico estupefacto com os exemplos de falta de educação e civismo que é dado ás crianças pelos respectivos pais.
As crianças chegam a ordenar aos pais o que devem ou não comprar, usam, abusam e danificam produtos com um absurdo sorriso dos pais.
Se neste caso com a presença dos pais as crianças fazem o que querem, quando fará na escola onde os pais não estão presentes.
Com exemplos destes eu acredito na dificuldade que um professor tem para tentar ensinar e educar as crianças de hoje.

Pedro Marinho disse...

Porque razão temos um governo que não houve os professores, que fará ouvir os alunos ou os pais? Que país será este, alunos que tem dinheiro para estudar em bons colégios serão alunos de primeira e os da pública serão alunos de terceira, que futuro estaremos a criar, será que nos preocupamos com a igualdade de oportunidades ou isto é uma utopia?



Pedro Marinho

Arcos de Valdevez

Joaldi (José Alves Dias) disse...

Há dias fiquei abismado ao ouvir uma colega conversar com um encarregado de educação, dizendo que a aluna X, não ia conseguir passar este ano a matemática, porque não tinha bases e que já tinha dito a essa mesma aluna que ela não ia conseguir passar. COMO É QUE ISTO É POSSÍVEL? Como pode um aluno estar motivado quando lhe dizem que não tem capacidades?

Agradecia um comentário dos vossos convidados.

Anónimo disse...

Uma das medidas do novo estatuto é o facto dos alunos que ultrapassem o limite de faltas injistificadas, repito injustificadas, poderem realizar um exame que será uma oportunidade de virem a passar de ano. Acho isso um absurdo!
Então o aluno andou a fazer gazeta e ainda lhe dão a oportunidade de fazer um exame?? Como se vai sentir o aluno cumprido que vai às aulas??? Será justo??

Anónimo disse...

Os representantes das associações de pais estão envolvidos nestas actividades, mais por interesses próprios ( políticos, sociais e outros) do que em prol da melhoria do sistema.
Não me sinto representada como encarregada de educação quando ouço esses senhores a falar.

Kat disse...

Sendo professora do 3º ciclo e secundário há 14 anos, julgo que mais do que autoridade (palavra carregada de conotações), o professor deverá respeitar e ser respeitado; na comunidade educativa deverá viver-se um espírito de democraticidade, colegialidade e, acima de tudo, de co-responsabilização por todo o processo de Ensino e Aprendizagem.

Pedro Marinho disse...

De facto temos uma sociedade que se preocupa em demasiado com os seus alunos, punta cana, varadero, cuba e os alunos se preocupam muito com a escola, Azambuja do mar, paredes de Coura, pavilhão atlântico, os tempos são outros, mais de metade dos portugueses nunca leram um livro num ano, damos mais valor ao mercado do petróleo, dos carros, dos computadores, mas não percebemos que a inteligência está a falir.

Pedro Marinho

Arcos de Valdevez

Unknown disse...

Olá
Não estou de acordo com o que em parte estão a abordar aí.
Estão a falar de uma forma virtual, quanda na prática, a escola não pode nem deve ser a substituição da familia, na educação. O que acontece é que os pais demitem-se da sua função, não conseguem educar o filhos, por razões diversas e acabam por descarregar nas escolas e na figura do professor a responsabilidade de educar os "meninos". que na prática fzem na escola aquilo que estão habituados a fazer.
O professor por outo lado é desautorizado na sua própia sala de aula.
Assim a escola pública será uma zona de violência activa, só os professores no privados é que. poderam ter descanso, para poder ensinar.

Anónimo disse...

Olá Fernanda Freitas,

Todos temos de pensar a escola de uma forma integrante e integradora. Todos temos de saber ocupar o nosso lugar na escola e cada vez mais sabermos ocupá-lo bem e cada vez melhor.

Os alunos não podem pensar que a escola está somente ao seu serviço, os professores igualmente e a sociedade igualmente.
Temos que pensar que as escolas estão ao serviço do ensino e da cultura. As escolas devem servir sobretudo como promotores do ensino, da cultura e da educação. Só assim a nossa sociedade e Portugal podem evoluir em todos os sentidos.


Cumprimentos,
José Maria Bompastor/Vila do Conde

Maria do Consultório disse...

Sou professora e sou apologista de uma boa comunicação Escola/Família.No entanto, há dias, recebi como resposta a um "recado" enviado ao Encarregado de Educação , na sequência de um atraso significativo do educando, uma justificação dada oralmente pelo aluno em que o E.E. dizia que nunca tinha recebido "recados ou queixas" do filho e não assinava qualquer documento que ilustrasse ese tipo de comportamentos, porquanto o filho não correspondia a "esse perfil".
Os alunos não respeitam os professores e os pais acusam-nos de mentirosos.

Anónimo disse...

A resolução do problema não passa por contratar psicólogos, mas sim, por exemplo, diminuir o número de alunos por turma e de turmas por professor. E isso não significaria que o professor fosse trabalhar menos,significaria que iria trabalhar melhor, pois trabalhariam o mesmo número de horas com menos alunos.
Infelizmente, cada vez mais alunos chegam às escolas sem qualquer noção do que é respeitar a autoridade do adulto.
Pedem aos professores cada vez mais que sejam os substitutos dos pais, mas não lhes dão condições para fazê-lo.
Diplomas, decretos e leis não dão autoridade a ninguém.
O aluno, de certo respeitaria mais os professores, se fosse tratado como indivíduo com as suas características próprias, o que o actual sistema não permite.
A sociedade mudou e a escola tem que ter condições para mudar efectivamente, tem de se tornar num local acolhedor e atractivo, mas não basta decretar!
Fazem-se reformas,mas não se criam condições para as "inovações" serem aplicadas de forma eficaz

Anónimo disse...

Os jovens professores são bem formados e colaborantes.
O problema está nas lideranças.
Os membros de Conselhos executivos não deveriam ser eleitos pelos seus pares. Deveriam ser escolhidos em concursos públicos.
Pra gerir uma escola, não basta ser professor é preciso, entre outras coisas saber gerir recursos humanos e materiais.
Muitas vezes o jovem professor nem se quer é ouvido e é dada mais credibilidade a um aluno com um historial de indisciplina do que a um profissional.

Anónimo disse...

Discordo do que disse o David sobre as faltas injustificadas.
Penso que falou excessivamento dos bons exemplos, porque a maior parte das faltas dadas no ensino superior é a vontade de se "baldarem" às aulas porque simplesmente lhes apetece.

Anónimo disse...

Há muitos alunos que por falta de motivação ou por desinteresse, faltam às aulas sem justificação para isso. Acho muito bem que sejam penalizados por isso, mas também acho que esse aluno devia também ser incentivado e motivado para as aulas.

Anónimo disse...

Boa tarde Fernanda Freitas,

Como Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária José Saramago - Mafra, vejo que o Vice-Presidente está a defender bem os direitos dos alunos. Mas, há algo que ele não está a contar, é que nem todos os alunos do Secundário são responsáveis, nem todos mostram estatuto social, nem todos têm cabeça. O que é necessário para mudar este sistema, é a mudança de mentalidades. Por exemplo, eu, como Presidente da AE, criei a 1a feira do Livro 'além fronteiras' escolares, mas nunca, nunca vi lá algum aluno interessado nos livros, e não só. Além deste evento, criamos varias palestras e coloca-mos todas as informações sobre o Ingresso ao Ensino Superior, com vários cursos, por sabendo que estes não iriam à procura da informação.
Em suma, são apenas alguns os interessados neste tipo de eventos, preferem perderem-se na noite(longe dos pais), do que procurar caminhos, e alicerces para a criação da sua própria identidade, para a sua própria evolução.

Um abraço,
Luís Miguel Domingos Nunes, Povoa da Galega.

Anónimo disse...

É preciso tornar a escola num lugar atractivo para professores, alunos e encarregados de educação.
Como poderemos transformar uma escola que não papel higiénico ou sabão para lavar as mãos, numa escola a tempo inteiro...
É só blá, blá, blá...

Anónimo disse...

Não é pelo telhado que se começa a construir uma casa. Não se pode discutir constantes reformas e reestruturações do ensino secundário descurando o ensino primário. Se desde cedo, desde a pré-primária e primária se der ás crianças boas bases não só cognitivas mas civicas e de educação, certamente que o seu percurso será menos turbilhento. É preciso dotar as crianças de boas bases para que se sintam seguras na continuação dos seus estudos e que as transições entre diferentes anos se façam sentir de forma coerente sem grandes clivagens de ciclo para ciclo. Mas se o papel da escola é importante, o papel da familia é absolutamente crucial. A escola não pode ser uma entidade meramente educacial e de aprendizagem de conteudos, tem que fazer parte de toda uma comunidade que se complementa. Tem que ser um espaço onde as pessoas se sintam bem e onde tenham vontade de conviver. A violencia tem que ser combatida mas essencialmente, compreendida.
Pessoalmente tive a sorte de frequentar o Jardim Escola João de Deus nos 7 anos possiveis e para ai remeto grande parte das facilidades que senti posteriormente no meu precurso escolar. Mas isso só foi possivel porque "em casa" tive todo o acompanhamento possivel.
A relação entre alunos e professores, como já foi dita depende em muito da atitude do professor. Se os professores gostarem verdadeiramente da sua profissão, se se derem ao respeito e procurarem uma relação salutar com os alunos, a própria turma não vai permitir que um qualquer aluno seja mal educado ou violento para com esse professor que é tido não como um estranho mas como alguém que faz parte da turma.
O sistema de colocação de professores um ano aqui, outro ali sem haver uma continuidade é também bastante prejudicial fazendo com que muitas vezes não haja também uma disponibilidade como deveria haver para criar alguns laços de interação e respeito.
Os pais parecem muitas vezes não ter lugar no espaço escolar. Há uma hora de atendimento semanal quase sempre em horário laboral que é usada unicamente para quando os pais são chamados à escola pelos professores por aspectos negativos. Na nossa cultura há ainda o mito de que o encarregado de educação ir à escola é imediatamente um aspecto negativo porque o aluno tem algum problema ou fez algo de negativo.

Anónimo disse...

Foi dito que os alunos do secundário têm idade suficiente para serem responsáveis e que as eventuais faltas que dão podem ser necessárias. Se isso acontece, é em minoria, porque alunos de 16-17 anos muitas vezes não são responsáveis pelos seus actos e o facto é que até mesmo com 18 em que se diz que passam a ser adultos, é na teoria, porque na prática não é isso que acontece. Grande parte são completamente infantis e irresponsáveis!

Ana Delca disse...

Olá Fernanda,

Sou estudante do ensino secundário e considero o novo estatuto do aluno um bom caminho no progresso escolar. Existem pequenos aspectos com os quais não concordo plenamente, mas temos de ter em conta que os nossos governantes estão a actuar da maneira que acham mais correcta, de forma a fomentar o desenvolvimento do país.
A população portuguesa reclama, reclama e reclama. Tem todo o direito em se manifestar, mas deixo aqui um conselho a todos os portugueses: antes de reclamarem do governo e da situação do país, leiam, vejam, oiçam, estudem as propostas do governo e sobretudo, TENHAM UM OLHAR CRÍTICO QUANTO ÀS ACÇÕES DO GOVERNO, POIS AQUELAS PESSOAS ESTÃO A LUTAR POR UM FUTURO MELHOR PARA TODOS NÓS, TAREFA QUE NÃO É FÁCIL, COMO TODOS SABEMOS. Sobretudo, neste momento, analisem o Orçamento de Estado e vejam como muita coisa mudou, o que é óptimo.
Como aluna e cidadã portuguesa, deixo aqui a minha mensagem para todos os leitores e o meu agradeçimento aos governantes deste país, que estão a fazer um bom trabalho.