segunda-feira, setembro 17

VALE A PENA INVESTIR NUM CURSO SUPERIOR?

Saíram os resultados das candidaturas ao Ensino Superior. Mas o que um estudante gasta não poderá aumentar o abandono escolar no 12º ano? Estudar em Portugal está cada vez mais caro. No ensino público, €900 é a média das propinas, que ascendem a €2000 no privado. No caso dos alunos deslocados o cenário agrava-se: só o quarto pode custar €250 por mês.Prevendo estas dificuldades, o Governo lançou um novo sistema de empréstimos que pode ir até €25.000, reembolsados até 10 anos. Mas o problema pode estar na colocação no mercado de trabalho: se não houver emprego, haverá mais endividados.

53 comentários:

Anónimo disse...

Primeiro é importante salientar que não é obrigatoriamente necessário ter um curso superior para se fazer aquilo que se gosta, poder adquirir conhecimentos e ter uma boa vida profissional.


Se vale ou não a pena investir num curso superior, depende muito de dois factores: os objectivos profissionais e de vida da pessoa e, as capacidades financeiras ou falta delas.

Se uma pessoa realmente ver que tem objectivos definidos e concretos, em que vai fazer o curso para poder ter acesso a certos tipos de trabalho que gosta e para os quais sente que foi feito para tal, faz todo o sentido... se for nos casos que é mais para ter um papel e o "status" para satisfazer o ego, e pouco ou nada mais, já não faz sentido.


O maior problema desta questão é que, muitas vezes cursos superiores, mesmo no público, tornam-se muito caros para muitas pessoas desfavorecidas que não recebem apoios ou apoios suficientes para poderem estudar, isto é essencialmente descriminação, injustiça e uma questão de direitos humanos. Pelo outro lado os mais abastados podem tirar um curso que os vai permitir ficarem ainda mais abastados por poderem ocupar cargos com ordenados muito mais altos, enquanto que os mais pobres terão de aceitar trabalhos com ordenados de miséria, parece um ciclo vicioso e é uma injustiça social.

Os estudos deveriam ser gratuitos para todos aqueles que não possam pagar, enquanto que para outros que esbanjam imenso dinheiro nas saídas, nos copos e nos carros (enquanto que outros mal podem comprar comida), as propinas deveriam aumentar para equilibrar o orçamento das universidades. Seria mais justo para todos.


Um euro para uns é uma gota no oceano, para outros pode ser a diferença entre a vida e a morte.

carpe diem

Nome_exemplo disse...

Com média tão altas como as que se verificam este ano, para muitos a questão é se vale a pena esperar mais um ano para voltar a tentar entrar no curso que deseja. Muitas pessoas vivem anos na espera e na tentativa de entrarem no curso que querem entrar. É um drama social raramente descrito pelos media.

Anónimo disse...

Bom dia!

Acho que vale sempre a pena quando o curso escolhido é realmente aquele que se gosta e que se quer fazer como profissão.

Estas novas ajudas do governo não me dizem muito.
O que penso é que o valor das propinas, tanto no ensino público como no privado, deviam baixar pelo menos para metade, já para não dizer que ao menos o público deveria ser gratuito (já bastam as despesas de material, de transporte, de alimentação e, em muitos casos, de alojamento).

Mas tendo em conta que temos mesmo que pagar (e nada pouco), devia haver mais apoio e alternativas de estudo para os trabalhadores estudantes.
Não é nada fácil conciliar trabalho e estudo mas é mais suave por avaliação final e mesmo assim já tive colegas de curso que acabaram por desistir.
Em todas as faculdades todos os alunos deveriam ter hipótese de escolher entre avaliação contínua ou avaliação final.
Felizmente a minha tem e eu já experimentei ambas as opções e gostei muito mais da avalição final principalmente porque assim sou avaliada individualmente e não pelo trabalho em grupo...

Quanto a trabalho no final de curso, é o que todos querem mas nem todos têm (pelo menos na área em que se empenharam)...
Os estágios deviam ser remunerados, pelo menos parcialmente e no final dos mesmos devia haver mais apoio contínuo na integração no mercado de trabalho.
Mas enquanto não houver apoio suficiente têm que ser os próprios sozinhos a batalhar pelo que querem e por melhores condições de trabalho.

Mas apesar das dificuldades, acho que vale sempre a pena lutar pelo que verdadeiramente se quer, mesmo que seja sozinho. Afinal, o futuro de cada um cabe ao próprio traçar e só de si mesmo dependem as suas conquistas e a sua consequente felicidade. Alguém muito especial me disse: "O fim é sempre consequência". =)

Anónimo disse...

E sim, mais uma reclamação, as médias exigidas deviam baixar!! O mais importante é aquilo que se desenvolve ao longo do curso escolhido e, pelo menos no meu caso, foi a partir da entrada na faculdade que a minha motivação para estudar aumentou já que o curso foi escolha minha e "quem corre por gosto não cansa".

lady_blogger disse...

Olá. Bom dia!

Em primeiro boa sorte para os estudantes que estão ainda há espera dos resultados dos concursos para a Faculdade.

Na minha óptica estudar no ensino Universitário só vale a pena se o aluno estudar para ser não dos melhores, mas sim o melhor ou então ter por padrinho um tal de Cunha Valente ou Valente Cunha (como preferirem... vai dar ao mesmo).

Lastimo que o ensino universitário não seja tão polivalente quanto na américa, pois quem em Portugal estuda para ser professor no fundo só está licenciado para dar aulas de uma ou duas disciplinas, enquanto que na América se alguém se cansa de ser professor parece que tem alternativas. Pelo menos é isto que alguns americanos me têm dito.

As Universidades deveriam fechar os cursos que hoje em dia não estão a introduzir os seus estudantes no mercado de trabalho.

"Prevendo estas dificuldades, o Governo lançou um novo sistema de empréstimos que pode ir até €25.000, reembolsados até 10 anos. Mas o problema pode estar na colocação no mercado de trabalho: se não houver emprego, haverá mais endividados." - Relativamente a esta parte do vosso enunciado para hoje, acho que estão a tentar colmatar um problema gerando outro que pode ser igualmente grave.
E se um dos direitos do Homem é o livre acesso à educação, então esta deveria ser gratuita. Fechando algumas Faculdades que quase oferecem os cursos, reestruturando uns cursos e fechando outros, acredito que assim o Estado conseguiria suportar muitos dos custos inerentes à manutenção do Ensino Superior Estatal.

Façam um referendo sobre esta matéria. Aproveitem que os referendos até estão na moda...!!!

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

lady_blogger disse...

"Primeiro é importante salientar que não é obrigatoriamente necessário ter um curso superior para se fazer aquilo que se gosta, poder adquirir conhecimentos e ter uma boa vida profissional."- Quem hoje aqui fez este comentário até tem a sua quota de razão...
Mas por exemplo todos próximos de mim me reconhecem perícia em gestão orçamental e eu gostaria de ser gestora de heranças, mas não sei como poder trabalhar nesta área se o que estudei não foi gestão. Pergunto se é possível ser gestora de heranças sem ter uma licenciatura específica, e que passos terei de seguir? É que já não tenho disponibilidade nem disposição para voltar aos bancos de Escola.

Na Faculdade deveriam dar a hipótese de se enriquecer o currículum com cadeiras que por vezes não têm nada a ver com o curso mas que o estudante acha que lhe vai ser útil em termos práticos. Se enchem os cursos com cadeiras que às vezes pouco interessam, também podem dar outras opções talvez com mais saídas, ficando o aluno com conhecimentos não só específicos do seu curso mas também sobre outras áreas, o que pode ajudar para a sua integração no mercado de trabalho.

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

Anónimo disse...

Era bom que se fizesse um referendo sim, quem dera! Mas a resposta do povo seria: Sim ao ensino gratuito! E não me parece que o Estado queira perder este nutritivo biberon...

Quanto às cunhas, já cheguei a assistir ao cúmulo de, em plena sala de aula, uma professora dizer à turma que hoje em dia não se consegue emprego na área sem uma boa cunha... Fiquei a pensar se ela tinha realmente dito aquilo ou se eu tinha percebido mal. Grande incentivo! Não, obrigado!

lady_blogger disse...

Olhe sara, se calhar essa sua professora para dizer uma coisa daquelas devia também ela conhecer o Sr. Valente Cunha... se assim não fosse talvez não estivesse na sua frente ensinando-a a si e servindo de exemplo para todos (e que rico exemplo...!).


P.S. Eu também gostava de ter por padrinho esse tal de Cunha Valente, mas infelizmente até nem tenho a sorte de ter os padrinhos ainda vivos, quanto mais ter esses outros padrinhos...

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

Maria (ª_ª) disse...

Os encargos financeiros com os cursos são enormes e depois ainda chegamos ao fim do curso e não temos emprego. É certo que temos mais conhecimentos, formação e experiência em determinada área, mas de que nos serve isso se não temos emprego ou vamos trabalhar noutra área? É literalmente jogar dinheiro fora e fazer sacrifícios em vão!

O objectivo dos estudantes é ter um emprego no final do curso, então porque é que o governo não pensa primeiro em garantir emprego às pessoas em vez de começar por incentivá-las a estudar se no fim não ganham nada com isso?
Há que lhes dar garantias, senão, para quê estudar?
Estudar só por estudar? Não obrigada, é dispendioso demais…

Isto tudo precisava de uma grande volta!...

lady_blogger disse...

Voltando à questão anterior...
Sara a sua professora até tem alguma razão no que disse, contudo ela jamais o devia ter dito pelo menos enquanto vossa professora, é que isso além de vos desencorajar pode levar-vos a pensar que também ela precisou de cunha.

É vergonhoso que um bom emprego/trabalho no nosso país se consiga mais facilmente por cunha do que por mérito próprio... Este cenário aproxima-nos dos animais da floresta... vivemos numa autêntica lei da selva adaptada ao mercado de trabalho, contudo na lei da selva vence o mais forte e nesta luta desigual por trabalho vence o que tem a melhor cunha.

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

Maria (ª_ª) disse...

Os meus professores também admitiram isso da cunhas e padrinhos, embora não o tenham dito com todas as letras, mas para bom entendedor…e para além disso, acho que por esta altura do campeonato, toda a gente sabe que só assim se consegue alguma coisa.

Quanto aos estágios, eu fiz estágio curricular, não fui remunerada, mesmo tendo feito um estudo proposto pela empresa e de todo o interesse para eles, mas no fim…apesar de precisarem, não “podiam” admitir mais pessoal. Para mim é mais um “não querer” do que um “não poder”, porque quando se precisa, precisa-se mesmo, mas enfim…

Maria (ª_ª) disse...

“…vivemos numa autêntica lei da selva adaptada ao mercado de trabalho, contudo na lei da selva vence o mais forte e nesta luta desigual por trabalho vence o que tem a melhor cunha.”

Concordo plenamente consigo Maria Mendes.

Isto chega ao cúmulo de numa empresa colocarem as pessoas conhecidas dos funcionários mais bem cotados e um outro menos cotado não conseguir cunha para uma outra pessoa, pelo facto de não estar ao nível dos outros. Conheço um caso assim.

lady_blogger disse...

Acho ridículas as listagens de pedidos de material que neste novo ano lectivo pedem tanto para o pre-escolar como para o ensino primário. Essas listas chegam ao ponto de solicitar materiais de marca, e exagerar no número de determinado produto. E além do mais pedir novos dossiers não é correcto, pois isso incentiva os alunos a estragar porque sabem que no ano seguinte irão ter novos dossiers. E que tal os professores pedirem os do ano transato caso ainda estejam reaproveitaáveis? Será que o Ministério da Educação já ouviu falar de reciclagem, de aproveitamento, de poupança orçamental e ambiental? Se precisarem dou umas dicas numa acção de formação gratuita...
Eu sou apologista da poupança tal como poderão corroborar visionando um dos meus blogs.
Alguém tem de se queixar a quem de direito, pois ouço todos os pais a queixarem-se dessas listinhas mas ninguém aborda o problema partindo da raiz do mesmo...

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

Anónimo disse...

Maria Mendes, de facto não falta por aí pessoal colocado por cunhas e todos nós conhecemos de certeza, mesmo que sem saber, uns quantos. A única coisa que tenho contra é o facto de passarem à frente de outros independentemente do mérito e isso para mim é uma injustiça da qual não me interessa fazer parte. Quero ser colocada no mercado de trabalho pelo meu próprio mérito, por ser boa no que faço e crescer mais e mais à custa do meu esforço e não de andar a trapacear os outros no meu caminho. No fundo não passa de batota.
Quanto à comparação com os animais, na selva vencem os mais fortes, os mais capazes (por mérito e não por cunha). ;)

Pois é Maria, enquanto se trabalha de borla como estagiários, querem-nos, mas quando o trabalho passa a ser remunerado...a história é outra... Conheço uma jovem que fez estágio num centro de saúde e gostaram muito do trabalho dela lá mas no final do estágio a proposta foi que gostavam que ela lá continuasse mas não lhe podiam pagar, ou seja, queriam que trabalhasse de borla...

Maria (ª_ª) disse...

Pois, Sara, é isso mesmo, querem que trabalhemos de borla. Eu só gostava a ver essas pessoas a trabalharem de borla também…

lady_blogger disse...

Sara, esse caso da jovem estagiária não remunerada não é um caso isolado. O meu marido já teve diversas experiências de trabalho onde o ordenado era 0 (sim leu bem: 0!) e ainda tinha de gastar combustível e almoçar fora. Isto é pura exploração... Gostava que esses empregadores passassem um mesito na vida de empregados... talvez passassem a ser mais justos com os funcionários!

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

Anónimo disse...

Sem dúvida, uma exploração! Acho que vamos ter que organizar outro 25 de Abril...

Maria (ª_ª) disse...

Quando fui caloira, só me ofereceram...praxes!

Maria (ª_ª) disse...

Erasmus não é para quem quer, é para quem pode!
Monetariamente não pude fazer erasmus, senão provavelmente até faria…

Maria (ª_ª) disse...

O problema é que os empregadores não querem pagar mais a uma pessoa que tirou curso superior, preferem uma não qualificada para poderem pagar menos.

Anónimo disse...

preparo a minha candidatura para a 2ªfase de concurso mas deparo-me com um cenario assustador... a escolha da profissao, neste caso ligada a candidatura num curso superior reflecte-se pela nota que o aluno tem... pergunto-me muitas vezes ate que ponto e que a nota que um aluno consegue no ensino secundario se impoem a sua vocaçao...dramatizando um pouco custumo dizer que assim se constroem profissionais frustrados... vejamos o caso "mais que conhecido" de medicina... ja conheci estudantes que actualmente estudam nesse curso que se fartavam de estudar(o que acho muito bem) mas que nao apresentavam a mais pequenina vocaçao para tal e alguns(as) deles(as) ate tinham pavor a algum vestigio de sangue...

ASS:uma medica de coraçao

Maria (ª_ª) disse...

Sem duvida “Médica do coração”, também conheço casos desses, apenas vão para medicina porque têm grandes médias, mas não há a mínima vocação nessas pessoas e muitas vezes vão ocupar os lugares daqueles que realmente têm vocação.

Anónimo disse...

Tenho dois filhos no ensino superior. Um deles inicia este ano.
Tenho tanto receio do futuro deles como do presente. Para manter a tradição, existem os trajes e as praxes, mas ambos estão adulterados, uma vez que o traje já não une mas distingue. A praxe não ajuda, humilha. E não há ninguém com coragem para mudar isto. Somos um país xunga, com um governo xunga e as últimas gerações têm sido xungas. Espero que os meus filhos melhorem isto.

Maria (ª_ª) disse...

O processo de Bolonha só veio complicar mais a situação das pessoas que tiraram cursos antigos, ou seja, durante os mesmo anos que os antigos levaram a tirar a licenciatura, com o processo de Bolonha levam os mesmos e saem com mestrado.
Por exemplo:
Antigamente: 5 anos = licenciatura
Com o processo de Bolonha: 5 anos = mestrado

Anónimo disse...

ontem, por acaso, peguei no jornal e vi que ja tinham saido as colocaçoes. só por curiosidade, fui ver a media de entrada dos ultimos candidatos e reparei que era menor que no ano passado, quando concorri.
Quando me candidatei, não entrei em Lisboa, por duas décimas e fiquei colocada em psicologia na universidade do Algarve. obviamente e, depois de fazer contas, decidi que teria o mesmo custo efectuar uma deslocaçao para o Algarve ou ficar numa universidade privada, aqui na zona de Lisboa.

(eu estou a ouvir o debate e, falando das deslocaçoes dos alunos para outros locais e respectiva saida da casa dos pais, dando o exemplo da filandia onde apenas 5 % permanece no ambiente familiar, quero só lembrar que o estado, nesses paises de norte da europa, normalmente, presta maior apoio monetario aos estudantes e aos jovens em geral! - por exemplo, sei que o governo belga fornece cerca de 300€ por aluno/mes, a todos, não é uma bolsa de estudo!!)

Acho que é obvio, também, que os jovens em Portugal não estão habituados (socialmente) a querer sair de casa dos pais, procurar um trabalho e conseguir consiliá-lo com um percurso académico.

Voltando ao assunto que me fez vir aqui, neste momento eu encontro me numa universidade privada e estava disposta a abdicar de um ano de estudo, para ingressar na pública. A universidade onde me encontro é optima e tem de certeza melhores condições que a pública, mas acho que todos percebemos que monetáriamente é muito complicado para os nossos pais pagarem nos as despesas todas. 275€ por mês!! mais transportes (cerca de 150€!) mais comida que ronda +- os 5€ por dia.... façam as contas, se não acreditam. Neste momento eu poderia tentar candidatar me novamente, este ano, para uma universidade pública, mas o governo, que permite que os exames de ingresso não sejam repetidos de um ano para o outro, permite mudanças ao nível das provas de ingresso em que para ingressar num curso de Psicologia, são pedidos exames de Portugues ou Filosofia, ou Matemática. Isto para mim é frustrante, porque provavelmente se o ano passado fossem estas as circunstancias eu teria entrado, porque realizei exames de Psicologia e Biologia e este ano poderia entrar só com o exame de Portugues ou de Filosofia, que são claramente mais fáceis!... enfim talvez a culpa seja minha, porque na altura em que começaram a ser feitos os exames nacionais, eu encontrava me em época de frequencias e nem tinha pensado em mudar de universidade.


já agora deixo um ultimo comentário ao processo de bolonha, pq este ano candidatei me a erasmus e para ter equivalencia na belgica a 30 creditos, teria de ter o dobro das disciplinas! e o pior, e que me chateou mais e que fez com que eu decidisse adiar o erasmus para o proximo ano, é que as unicas vantagens de ir para erasmus não está a ser aproveitado! Pelo menos o que me disseram foi que eu teria de fazer 30 creditos equivalentes as disciplinas que tenho cá. Ora... se eu vou para uma universidade onde existem 30 disciplinas mais interessantes e diferentes e às quais nao tenho acesso em Portugal, porque raio é que tenho que fazer disciplinas equivalentes se o que deveria valer seria o numero de créditos?!?!

Maria (ª_ª) disse...

Outro aspecto é o facto dos empregadores só pedirem pessoas com experiência, o que é coisa que um recém-licenciado não tem. E quanto mais tempo passa, mais pesa o esquecimento e a falta de experiência.

Anónimo disse...

Em Portugal é preferível procurar um curso técnico-profissional, onde se aprenda o que importa de uma forma prática.

Actualmente o ensino superior caracteriza-se por uma grande carga horária de aulas teóricas, reestruturações de cursos que mudam apenas os nomes das cadeiras, e falta de profissionalismo (ou direi profissionalização?) dos docentes.

Por outro lado os alunos procuram a universidade para obterem um canudo, e não para aprendererem e enriquecerem os seus conhecimentos.

Já ninguém sabe o que significa a palavra (e o conceito) UNIVERSIDADE. Hoje é apenas um mercado de oferta e procura de canudos.

Há modelos de ensino bastante mais atractivos no estrangeiro, para quem procura obter conhecimentos e experiência prática das matérias pelas quais se interessa.

Anónimo disse...

Vamos lá falar as verdades.
Os críticos de Bolonha não são aquelas pessoas que tiraram os cursos antigos em 5 anos e alguns que ainda estão a tirar neste ciclo?
Será ou não o medo de existência de mais licenciados no mercado a fazer concorrência?
Porque não aceitamos de vez neste país que pessoas mais jovens entrem no mercado de trabalho?
Porque ocupam as pessoas mais velhas quase todos cargos deste país, e por vezes mais que um cargo, o que é ridiculo?
Será que queremos evoluir, como o Japão, a India, os Países Nórdicos, Canadá, etc?

Anónimo disse...

Bom Dia.

Sou estudante da Universidade de Aveiro e entrei o ano passado para a faculdade, no regime de Bolonha, portanto.
O meu curso é de 3 anos, conforme o estipulado pelo novo regime e, como aluna, tenho uma opinião algo negativa sobre todo o processo que a implementação deste regime:

1. Existe uma redução na duração dos cursos; será que estamos mais bem preparados para um mercado de trabalho do que os nossos colegas com o regime antigo?

2. O que notei foi uma "troca" de cadeiras de uns anos para os outros e a "mudança de nome" de outras.

3. Falava-se da mudança radical do secundário para o ensino superior em termos de exigência. Com um regime centrado nas competências do aluno e no seu próprio esforço esta transição não será ainda mais acentuada do que anteriormente.

4. No ensino secundário, apesar de continuar a haver aulas de laboratório são, sem dúvida, menos. Para os alunos que tenham uma elevada componente laboratorial no ensino superior, esta carência não será vital?

(Se me lembrar de algo mais torno a escrever=p)

Anónimo disse...

Só mais uma nota: é lamentável que tanto docentes como alunos, nas universidades, não dominem correctamente a língua portuguesa, e sejam avessos à utilização de manuais em línguas estrangeiras.

Anónimo disse...

o que dizer de um sistema/sociedade que liberta um jovem finalista de um curso de letras que somente ao fim de 4/5 anos se apercebe que não tem saída profissional? Ao ser atendido por um psicólogo numa sessão de orientação escolar/profissional questiona candidatar-se a um novo curso superior e começar do zero?
A sociedade não está a querer olhar para o problema de orientar os jovens nos vários estádios que levam ao mundo profissional, começando pelo problema do abandono escolar, fruto do desinteresse das famílias e dos próprios jovens que não se identificam como alunos ou não valorizam esse seu papel.
Projectos, como a Cidade das Profissões no Porto (http://cdp.portodigital.pt), estão a servir de apoio complementar para escolher conscientemente o futuro escolar ou para mudanças profissionais, em funções que deveriam competir a estruturas do Estado que existem, mas não que não se traduzem em resultados.

Anónimo disse...

Olá.

Gostaria de deixar uma pergunta, relativa ao crédito para o Ensino Superior.

Como foi anunciado, o governo e as entidades bancárias, teriam criado uma linha de crédito para o ensino.

Acontece que já recorri a 3 bancos (CGD, BPI, BES) e ambos referiram que o mesmo protocolo ainda não estaria em vigor.

Gostaria de saber então, no âmbito do programa relativo ao Ensino superior se sabem quando esta linha estará disponível.

Anónimo disse...

Quais as vantagens de fazer os mestrados em Portugal? E os Doutoramentos? Estamos mais bem preparados do que os nossos colegas europeus? Valerá a pena investir no nosso país?

Unknown disse...

Participei no Programa Erasmus, estive em Bruxelas na ULB, e deparei-me com um sistema muito diferente do nosso.

Os estudantes só poderiam candidatar-se à universidade após uma deliberação dos professores do secundário - o aluno está apto, ou não, a ingressar no ensino superior.

Os docentes só poderiam exercer após um curso/formação pedagógica e respectiva aprovação no mesmo.

As aulas eram todas práticas. A componente teórica estudada em casa, servindo as aulas (e o atendimento) para esclarecimento de dúvidas. As aulas também pressupunham uma preparação prévia, os temas eram discutidos por todos.

Os critérios de avaliação passavam pela participação activa nas aulas, interesse demonstrado, apresentação de trabalhos, e testes - tudo nas aulas. Não era necessário visitar os docentes nos seus gabinetes para fazer as cadeiras, como acontece em Portugal.

Além disso tinham um 1º ano muito exigente que servia para triagem. Só tira cursos quem realmente tem interesse em aprender e se esforça nesse sentido, assim não se perde tempo nem se desperdiçam recursos.

Unknown disse...

Participei no Programa Erasmus, estive em Bruxelas na ULB, e deparei-me com um sistema muito diferente do nosso.

Os estudantes só poderiam candidatar-se à universidade após uma deliberação dos professores do secundário - o aluno está apto, ou não, a ingressar no ensino superior.

Os docentes só poderiam exercer após um curso/formação pedagógica e respectiva aprovação no mesmo.

As aulas eram todas práticas. A componente teórica estudada em casa, servindo as aulas (e o atendimento) para esclarecimento de dúvidas. As aulas também pressupunham uma preparação prévia, os temas eram discutidos por todos.

Os critérios de avaliação passavam pela participação activa nas aulas, interesse demonstrado, apresentação de trabalhos, e testes - tudo nas aulas. Não era necessário visitar os docentes nos seus gabinetes para fazer as cadeiras, como acontece em Portugal.

Além disso tinham um 1º ano muito exigente que servia para triagem. Só tira cursos quem realmente tem interesse em aprender e se esforça nesse sentido, assim não se perde tempo nem se desperdiçam recursos.

Anónimo disse...

Valerá a pena, com o Sistema de bolonha, com apenas 3 anos, entrar no programa Erasmus?

Anónimo disse...

Como já foi dito, na maioria dos casos, a praxe não ajuda, humilha.
Quando eu entrei no ensino superior, não me foi ensino absolutamente nada! Aprendi tudo por mim próprio (eu e outros colegas), pois os veteranos só se interessavam em praxar e nada mais. Só ganhariam a simpatia dos veteranos aqueles que saíssem todas as noites e com eles socializassem mais.

Anónimo disse...

Fazer erasmus não é assim tão simples, para além de ser economicamente exigente, na minha faculdade só poderiam ir um número limitado de estudantes e eram os que melhor média tinham.

Anónimo disse...

Notas:

Estágios sem remuneração = escravatura (legalizada), que serve só para encher os bolsos de empresas.

Praxes = humilhação/estupidez, que só serve para encher o ego dos "veteranos".

Ana disse...

Somos 3 alunas de 5ºano de ciências farmacêuticas em coimbra.Passamos pelo processo de bolonha e estamos em mestrado integrado (ex-licenciatura). Isso fará alguma diferença positiva ou negativa no acesso ao mercado de trabalho? Continuação de bom programa. Ana,Ana e Alia

Anónimo disse...

Ola, sou cidadão estrangeiro, estou a estudar Arquitectura em Portugal e pretendo futuramente fixar-me.
Eu queria saber se tambem o emprestimo alarga-se a estudantes estrangeiros ou caso contrario se os mesmos podem recorrer a acção social.


Obrigado.

Levy

Anónimo disse...

Sou um aluno da universidade de aveiro e, relativamente à primeira parte do programa, em relacao ao processo de bolonha tenho muitas duvidas.
Passei agora para o terceiro ano e quando entrei o plano curricular era de 5 anos, ou seja, digamos que fui apanhado no meio do fogo.
Como está ai o vice reitor da universidade de aveiro, é uma oportunidade para lhe fazer um apelo no sentido de o alertar o quanto nos estamos a ser prejudicados sujeitando-nos ao chumbo a um ano lectivo, e um ano lectivo ja ai foi falado, tem elevados custos. Queria tambem fazer um apelo no sentido de haver alguma informação no universidade de aveiro nesse sentido porque, nao existem informações, nem no site www.ua.pt nem na própria reitoria, penso que seja até uma vergonha para uma universidade tão avançada a nível informático.

Gostaria que falassem nisso.

Anónimo disse...

Gostava de saber como os convidados acham que se pode combater as elevadíssimas taxas de reprovação em cadeiras de matemática precisamente nas áreas das ciências e tecnologias.
Será a culpa da má preparação no ensino secundário ou da forma pouco atraente com que essas disciplinas são leccionadas?

AiOGajo disse...

Gostaria de deixar aqui a um pequeno "crime" que ocorre todos os anos lectivos nas Faculdades Privadas, que obrigam os alunos a pagarem uma pequena fortuna para obterem o seu ingresso nomeadamente:

1) É cobrada uma taxa que vária entre os €150 e os €250 relativo apenas à candidatura ao estabelecimento de ensino.
Neste caso não existiria problema se o valor fosse devolvido caso um candidato o que não ocorre.

2) Aquando da matricula o proponente terá de pagar uma taxa suplementar de Inscrição de €180, mais a matricula de €250. Estes valores até aqui ainda se aceitariam, mas acontece que ao somatório obrigam ainda a acrescentar o valor de uma propina (que os alunos só vão usufruir de 5 dias reais!)

3) São cobradas propinas em épocas de exames e para os realizar é necessário pagar uma taxa extra por cada exame realizado. Assim como (no caso da minha faculdade) existem dias próprios - em que não há aulas - da instituição mas no entanto o valor da propina permanece inalterável.

lady_blogger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lady_blogger disse...

Uma questão: Os alunos da velha reforma, quando surgiu o processo de Bolonha foram obrigados a continuar na velha reforma, ou puderam optar pelo novo plano curricular? Como se faz essa transição? Há particularidades em cada instituição de ensino superior?

Cumprimentos Civis

Maria Mendes

Anónimo disse...

Maria Mendes, há faculdades que ainda não aderiram ao processo de bolonha e continuam com o plano antigo.
No caso da minha faculdade, eu entrei para o 1º ano quando ainda estava em vigor o plano antigo mas no 2º ano adaptaram todos os cursos ao regime de bolonha e houve uma série de mudanças e encurtamentos de cadeiras leccionadas. Não tivemos opção. Mesmo os alunos do 2º ano passaram de 4 para 3 anos (licenciatura). Os do 3º ano é que continuaram com o plano antigo porque não lhes podiam tirar 1 ano de repente, havendo ainda conhecimentos importantes a adquirir.
Não sei muito bem como se passa nas outras faculdades mas penso que as que aderem não dão opção de escolha aos alunos entre o regime antigo ou o de bolonha.

Penso que o regime de bolonha tem as suas vantagens mas também tem alguns senãos. Mas acho que talvez pesem mais as vantagens. Dá aos alunos uma mobilidade de estudo e futuramente de trabalho entre os vários países da união europeia que me agrada muito.

Vou agora para o 3º ano e sinto que o que sei ainda é muito pouco para exercer a profissão, mas não me preocupo muito já que na minha área há uma série de opções de trabalho e a que quero exige mestrado, logo, são mais 2 anos a aprender. No meu caso bolonha até veio prolongar por mais 1 ano o meu curso. Mas provavelmente na maioria dos casos bastam 3 anos e dependendo do curso e da gestão que é feita das cadeiras leccionadas, se calhar até é suficiente. E sendo assim até se torna mais aliciante já que dura menos tempo e contas feitas no final: menos tempo = menos dinheiro a investir.

Cumprimentos =)

Anónimo disse...

a quem se está a queixar das médias elevadas, há uma coisa que se calhar precisam de entender. Não é o Estado nem o Ministério e muito menos as Faculdades que colocam as médias elevadas. São os candidatos! Se a média (ultimo colocado) de medicina foi de 18.8 ou 19.5 ou lá o que foi, não é porque as faculdades assim o entenderam, mas porque todos os outros alunos tinham médias mais elevadas.
O Estado pode ser culpado de muita coisa, mas nunca poderá ser acusado pelas médias serem elevadas. Se não entraram onde queriam por uma décima, deveriam ter estudado mais ou ter tentado outras áreas.

Diana Vasconcelos disse...

Caro Cj,
médias elevados é um óptimo sinal. Afinal nem tudo vai mal no ensino. Se as médias baixassem é que era mau.
Cumprimentos,
Cláudia

Anónimo disse...

Por mais voltas e abordagens que façamos, não há que ignorar a inutilidade de tanto empenho e esperança: o investimento nos estudos foi 'chão que deu uvas'. Milhares de jovens cidadãos continuam ano após ano sem hipótese de trabalho. Uns trabalham a custo zero, os mais 'felizes' a recibo verde.

Um dia, o país pagará - todos pagaremos - a insensibilidade, a insensatez, o desprezo que empresários e governantes votam áqueles cuja idade activa é (devia ser) o bem mais precioso e a única garantia económica e social.

RUTE disse...

Queremos ser todos iguais, estudamos todos a mesma coisa: Economistas, gestores, advogados, doutores...

O problema são as saídas profissionais. O mercado de trabalho está saturado mas os jovens insistem em optar pelos mesmos cursos.

Muitas vezes escolhe-se um curso com o objectivo do quanto se ganha naquela área de negócio e não por satisfação pessoal.
Quando o objectivo não se concretiza, vem a frustração dos filhos e dos pais que investiram imenso capital para os queridos filhos não serem tão pobres como os pais!!! Seguem-se as depressões...

Que tal utilizarem esses neurónios para desenvolverem outras áreas esquecidas pelo mercado de trabalho? Porque não criarem o vosso próprio posto de trabalho? Há imensos negócios que estão a emergir das classes baixas e a tornarem-se negócios com estrutura empresarial,como é o caso das empresas de limpeza ao domicilio, das engomadorias, das lojas de costura, etc etc.

Há um "mundo" de oportunidades, só é necessária alguma criatividade e diferenciação para atingir competitividade e sucesso.
Os cursos profissionais ou workshops são um bom começo para despertar interesse por variados assuntos.

Inovem por favor, não queiram ser todos mais um doutor, arquitecto ou engenheiro (detesto esta mania dos titulos antes dos nomes).

l0iablo disse...

Sou licenciado em Gestão numa Unversidade Privada, estou desempregado, se pudesse voltar atrás no tempo, não teria investido o meu dinheiro, tempo e todos os outros sacrificios por um canudo que não vale nada.

Anónimo disse...

Não estou a tirar um curso para ser doutora ou qualquer dessas tretas, mas sim porque preciso para fazer algo que gosto. E mesmo que quando acabar não tenha emprego, não vou desistir de tentar sempre e mesmo que nunca venha a exercer, sou eu a primeira a quem o curso serve e ajuda e não me arrependo de investir em aprender o que gosto. Aliás, já estou a pensar em tirar outros cursos profissionalizantes em outras áreas que me interessam.