19% dos portugueses vivem abaixo do limiar de pobreza e cerca de 2 mil milhões de pessoas no mundo sobrevivem na mais extrema pobreza. O alerta nacional é dado por Carlos Farinha Rodrigues. O investigador do ISEG sublinha ainda que desde que entrou para a UE, Portugal sempre "manteve os níveis de pobreza acima da média europeia" (20% contra 16%, respectivamente). Por que falham os apoios do Estado? As políticas sociais não são uma prioridade? Ou será a pobreza uma fatalidade?
No Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, o SC associa-se à efeméride, tenta perceber o que está a falhar na luta contra esta chaga social, e aponta casos de sucesso, como o do Microcrédito.
52 comentários:
"17 Outubro - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e Dos Sem Abrigo"- referido no 1001dicas.blogspot.com
Não é fácil combater a pobreza, até porque há quem goste de ser pobre. Há quem faça até votos de pobreza.
Mas se me perguntarem se é possível minimizar a fome no mundo, isso é mais fácil, basta que os consumistas não desperdicem tanto, e que haja mais formação e apoio de micocréditos para os países menos desenvolvidos se conseguirem auto-sustentar.
CC
Maria Mendes
Vejam o texto "A fome não mata, engorda!" de 30 de Outubro de 2006, no protestarei.blogspot.com
Quem vai continuar a ignorar esta dura realidade?
Até mesmo em Portugal há quem passe fome forçada...
É uma vergonha quem passa fome por capricho das nada sadias dietas!
Não deitem comida fora, deêm a quem precisa!
Ajudem os outros! Um dia pode ser você a precisar de ajuda e não vai gostar que lhe virem as costas.
CC
Maria Mendes
Sim!É possivél lutar contra a pobreza, basta q cada um de nós lute por si mesmo...
Em relação aos paises sub-desenvolvidos, tenho pena q as ajudas não cheguem até quem precisa, realmente delas...
Em relação aos paises desenvolvidos, acho q não havia necessidade de haver tanta gente pobre, penso q a pobreza vem na cabeça de cada um; hoje em dia só é pobre quem quer, salvo raras excepções, como é o caso das doenças, q aparecem sem ninguem esperar; dessas pessoas, q estão no hospital, em casa, mas sem saúde, dessas pessoas, sim , eu tenho "pena" e penso q deveriam ser ajudados...
Mas pessoas q estão de perfeita saude, e q não vão trabalhar pq não querem, dessas não tenho pena nenhuma, pq isso não é ser pobre de "dinheiro", isso é ser pobre de espirito...
Bom Dia e Bom programa
"Sê a mudança que queres ver no mundo" - Ghandi
A pobreza no mundo só terminará quando as pessoas, seja pessoas individuais, politicos e empresários, deixarem de ser egoistas, fazerem o que é correcto e ajudarem o próximo. Para isso é preciso ser-se justo a todos os níveis, distribuir a riqueza, os alimentos, trabalhar não no sentido de apenas ter mais e mais (à custa dos outros e do planeta), mas sim de se fazer uma sociedade mais justa, ética, equalitária, solidária.
Para isso é importante que TODOS trabalhem para esse objectivo, podem por exemplo, começar a ajudar os sem-abrigo ou pessoas carenciadas de sua rua.
A RESPONSABILIDADE É DE TODOS
carpe diem
"penso q a pobreza vem na cabeça de cada um; hoje em dia só é pobre quem quer,"
"q não vão trabalhar pq não querem, dessas não tenho pena nenhuma"
Isso não é em nada verdade.
Não existem centenas de milhões de pobres porque têm preguiça de trabalhar, mas sim porque por vários motivos, não conseguem ter condições e oportunidades para trabalhar, são descriminados, ou algum outro motivo exterior a eles que impede que consigam sair facilmente da pobreza. Pessoas que não queiram trabalhar e vivam na pobreza são muito, muito raros.
E porque é que a grande maioria da população mundial viva na pobreza? Essencialmente por motivos politicos e económicos, porque são de forma directa ou indirecta, explorados para que os outros que têm dinheiro, possam continuar a ganhar mais e mais, mesmo sem terem consciência do que fazem e as consequências:
Pequeno exemplo: comprar-se produtos muito baratos que foram feitos por mãos escravas ou trabalhadores explorados, que apenas beneficia a empresa que explora os trabalhadores (escravos). Ao se comprar esses produtos, está-se a alimentar esse sistema, e assim somos directamente responsáveis, poupa-se uns trocos à custa da exploração e sofrimento de outros.
A responsabilidade é de todos que de alguma forma contribuem para esse status quo.
Ou seja, para uns poucos viverem bem, milhões de outros têm de viver mal porque os recursos/oportunidades/beneficios lhes são retirados.
carpe diem
É verdade CARPE DIEM, só há ricos e pobres porque uns enriquecem à custa de outros.
Hoje em dia tudo é feito na China. Um país que regista um crescimento económico acelerado onde as desigualdades sociais são abismais.
O mercado livre é responsável pela globalização da pobreza? Muitos defendem que sim.
Tem que se desenvolver uma consciência colectiva para evitar consumir produtos vindos da Asia. Só assim estaremos a dizer não à exploração do ser humano e não à poluição do planeta.
Por muito aliciante que seja comprar porcarias numa loja dos 300 pensem antes de o fazer.
Embora os produtos chineses não sejam vendidos apenas em lojas dos 300, mas já é um começo iniciar a boicotagem por aí.
Também concordo com a Lady_blogger: Não desperdicem tanto!
Há que saber comprar a quantidade certa de alimentos para não os deixar apodrecer no frigorifico ou passarem de prazo na despensa.
Há que guardar atempadamente o que sobrou das refeições confeccionadas para não deixar azedar.
Há que servir os nossos pratos com apenas o que a nossa barriga consegue comer e não ter "mais olhos que barriga".
E ainda optar por consumir produtos integrais para evitar o desperdicio e diminuir os residuos organicos caseiros.
Deste modo do pouco se faz muito, e sempre que possivel convém ajudar os que precisam mais do que nós.
"Hoje em dia tudo é feito na China. Um país que regista um crescimento económico acelerado onde as desigualdades sociais são abismais."
A China está a registrar um crescimento económico brutal devido a um factor: acesso a muitos recursos baratos (naturais e humanos).
O facto de terem +/- 1.500 milhões de pessoas, em que a grande maioria desses é pobre e intensivamente explorado pelo estado/economia, significa que a China consegue produzir MUITO e MUITO BARATO, o que a nível da economia é o melhor que pode haver porque destroi a concorrência e promete muitos e grandes lucros. É assim que a China conseguiu crescer tanto (para além de tácticas económicas muito agressivas e nada éticas)... mas fez-o à custa da população e do ambiente (actualmente a China é dos países mais poluidos em todo o mundo, tendo as cidades mais poluidas)... pura cegueira e egoismo.
"O mercado livre é responsável pela globalização da pobreza? Muitos defendem que sim."
Não é achar que sim, É que é isso mesmo que se passa. Populações e países mais pobres, ficam mais pobres com a globalização porque não conseguem proteger os seus mercados / economia, e os produtos e as multinacionais dos paises ricos, irrompem adentro destruindo a economia/agricultura (etc) local, fazendo com que as pessoas fiquem dependentes do exterior e o mercado interno destruido = mais pobreza.
"Tem que se desenvolver uma consciência colectiva para evitar consumir produtos vindos da Asia."
Não é só da Ásia, mas de vários locais do mundo, em especial EUA, China. O mais importante é boicotar produtos e serviços de empresas que querem enriquecer à custa de pessoas e da natureza.
carpe diem
respondendo ao anónimo:
Em portugal, não existem centenas de milhoes de pobres, pq nem sequer temos população p isso;
Eu não conheço um unico caso de pobreza extrema no meu raio de visão, e os q se fazem"passar"por pobres, normalmente até são aqueles q ao fim do mês trazem mais € p casa q "Eu", mas não sabem organiza-los;
Qt ao facto de existir gente rica, q explora os trabalhadores, é outro assunto, q às vezes nem tem a ver com pobreza dos mesmos; e p uma sociedade justa é necessário haver ricos e pobres, ou a "famosa" classe média, pq o mundo precisa de todos, basta olhar p o Belmiro de azevedo, se ele não fosse rico, mto mais gente estava no desemprego, e nem ele era rico, pq nao havia € p ir ao continente...
Na minha opiniao, não se pode considerar pobre, os toxidependentes, alguns dos sem- abrigos, entre outros...por acaso voce já pensou q os arrumadores de carros ganham mais num mês q qq pessoa de classe média em portugal... isso é ser pobre???
Até é! Pobre de espirito!!!
boa tarde
E é preciso não esquecer que o combustivel mais usado na China é o Carvão.
Os chineses utilizam o carvão quase para tudo inclusive para aquecerem as casas no inverno e utilizam o Gás de Carvão Liquefeito nos automóveis.
É um país com muitas minas de carvão onde morrem mais do dobro de mineiros por ano do que o número de mortos registados no 11 de Setembro.
E tudo isto porque a China se tornou na "Fábrica do Planeta".
Quanto a Portugal e aos Portugueses, não considero o nosso Estado, um Estado negligente em termos de apoios.
É um Estado que dá habitação social, cuidados de saúde grátis, educação com apoios escolares, subsidios, incentivos, pensões de sobrevivência...
E ainda temos apoio à primeira infancia como é o caso dos ATL´s e apoio à 3ª idade com os lares de dia, por exemplo.
Quanto mais o Estado der mais impostos os Portugueses terão de pagar.
Relativamente a este assunto, considero que há pobreza em Portugal, sim! Há muita gente sem emprego, e só quem não quer vêr os anúncios diários nos jornais sobre empresas a fecharem; há famílias que fazem inúmeros sacrifícios para poderem ter um tecto onde abrigar e alimentar uma família; dar formação aos filhos, e muitas vezes quantas privações passam para que em casa não falte o pão.Sim também temos uma grande pobreza de cultura e pouco se contribui para que a maior parte possa ter ambições de uma casa com conforto. Ainda há gente neste nosso Portugal que não tem um quarto de banho, para a sua higiene, feita com dignidade e conforto, que seria o mínimo acessível a todos. E este fim de semana fiquei chocada...sim muito chocada, pois desconhecia por completo a existência da igreja que foi inaugurada em Fátima! Por acaso alguém já pensou quem contribuiu para erguer aquele edifício gigantesco e digo eu absolutamente inaceitável para um País com tantas necessidade? è aquele nosso Povo mais humilde, que espera o milagre da doença, da infelicidade, dos maus tratos, do abandono! E dão a esmola que tantas vezes lhes falta!...
Como é que podemos falar em pobreza com situações destas? E depois um fim de semana inteiro praticamente de intoxicação desde Fátima...o País era vai ser diferente, vamos melhorar todos as nossas condições, porque o que nos faltava era uma igreja onde nos pudessemos meter todos em oração. Não abusem da nossa ignorância!
Fernanda Freitas, é sempre um prazer muito grande vêla e ouvi-la~.
Parabéns
Ana
"Em portugal, não existem centenas de milhoes de pobres, pq nem sequer temos população p isso"
Acho que tinha ficado bem claro que estava a referir o mundo no geral.
"Eu não conheço um unico caso de pobreza extrema no meu raio de visão, e os q se fazem"passar"por pobres, normalmente até são aqueles q ao fim do mês trazem mais € p casa q "Eu""
Parece que anda desfasada da realidade portuguesa (falando agora só de portugal).
Quando ando na rua, todos os dias encontro sem-abrigo.
Só eu conheço pessoalmente centenas de casos de pobreza extrema (alguns deles casos mesmo muito graves, ao ponto de pessoas literalmente morrerem na rua por problemas de saúde porque as pessoas e nem sequer os hospitais públicos querem saber deles), sem-abrigo ou pessoas que podem até ter um tecto mas que não conseguem sequer ter dinheiro para comer, enquanto que outros desperdiçam em parvoices.
Experimente fazer voluntariado em instituições de solidariedade social que vai abrir os olhos.
Sobre os que se fazem passar por pobres, só conheci um caso, e não era nada de mais.
"Qt ao facto de existir gente rica, q explora os trabalhadores, é outro assunto, q às vezes nem tem a ver com pobreza dos mesmos"
TEM TUDO A VER.
É muito raro encontrar alguém (classe média ou rico) que de forma directa ou indirecta, consciente ou inconsciente, não tenha essa estatuto económico devido a de alguma forma ter beneficiado com o sofrimento de alguém ou a prejudicar a natureza. Aliás, praticamente todos as pessoas (consumidores), saibam ou não, fazem um pouco isso, a diferença é que uns fazem muito pouco e inconsientemente, e outros fazem muito e conscientemente.
Exemplo: sempre que vai fazer compras tem o cuidado de ver se o produto é ecológico e não foi feito por trabalhadores explorados?
"p uma sociedade justa é necessário haver ricos e pobres, ou a "famosa" classe média,"
DESCULPE?
Para uma sociedade JUSTA é preciso que haja pobres enquanto que outros andam a ganhar demais e a esbanjar dinheiro em superficialidades?? Mas assim não seria justa. LOL
Isso não tem o minimo de cabimento e é uma autêntica contradição.
"Na minha opiniao, não se pode considerar pobre, os toxidependentes, alguns dos sem- abrigos, entre outros"
Experimente fazer voluntariado em instituições de solidariedade social que vai abrir os olhos.
carpe diem
Antes a pobreza de bens materiais que a pobreza de espírito...!
CC
Maria mendes
Para além da Sopa dos Pobres e do Projecto Cais, há muito mais quem ajude os pobres, recordemo-nos por exemplo do Banco Alimentar e das campanhas sazonais de recolha de bens
sobretudo em épocas festivas (o que acho mal porque os pobres não são pessoas carenciadas só em dadas alturas do ano).
Ainda hoje surgiu mais um projecto destes, que julgo chamar-se de Banco de recolha de bens doados, e que amanhã terá um site on-line.
CC
Maria Mendes
O limiar de pobreza deve variar de país para país, até porque a valorização da moeda difere e diferem também o preço dos bens, e os hábitos das pessoas não são os mesmos em todo o mundo.
Por exemplo o salário mínimo em Espanha é muito superior ao nosso, e dificilmente haverá pobres lá. Se eles recebem mais e ainda têm produtos mais baratos, têm as condições reunidas para viver em dignidade. Não faz sentido que a noção do valor considerado de limiar de pobreza seja igual ao dos portugueses.
CC
Maria Mendes
Ajudar os outros a sair de uma conjuntura de pobreza não significa dar-lhes os bens que precisam, mas sim dar-lhes os meios para os alcançar.
CC
Maria Mendes
Um dos grandes problemas que conduzem as pessoas a situações de pobreza, decorrem de uma má gestão do orçamento familiar.
Não se deve gastar mais do que se tem, se queremos algo mais, tem de se batalhar para se conseguir, e nunca adquirir sem saber se poderá pagar.
CC
Maria Mendes
"exemplo do Banco Alimentar e das campanhas sazonais de recolha de bens
sobretudo em épocas festivas (o que acho mal porque os pobres não são pessoas carenciadas só em dadas alturas do ano).
Ainda hoje surgiu mais um projecto destes, que julgo chamar-se de Banco de recolha de bens doados, e que amanhã terá um site on-line."
Se as pessoas soubessem que, os desperdícios que fazem e põe no lixo (às vezes basta literalmente um risco para se por um movel bom para o lixo), que se fossem bem utilizados e direccionados, poderia acabar com todas as necessidades materiais de pessoas pobres, até ficavam coradas com a forma consumista e materialista como a sociedade se comporta...
cd
Já há tempos referi no blog do SC que eu faço estudos de gestão do orçamento familiar. Quem me encomendar um estudo destes pode poupar onde nem imagina que seria possível e aprenderá a saber gerir os recursos de que dispõe.
CC
Maria Mendes
Veja bem para onde vão as grandes multinacionais deste mundo: para países pobres de mão-de-obra barata, assim que se desenvolvem um bocadinho mais e deixam de ser mão-de-obra miserável deslocalizam-se para outro pais com a mão-de-obra barata.Se querem um exemplo actual olhem para Portugal, quando voltarmos para a miséria e tornarmos de novo o pais de mão-de-obra barata e verem como eles voltam e pressa.Pensem bem o porque das afirmações do ministro da Economia quando da visita a China.
sim, é possivel lutar contra a pobreza.....mas..é preciso que ajudem!
vou integrar no meu primeiro projecto de voluntariado internacional, e o mais complicado é mesmo arranjar apoios, empresas que ajudem nos custos associados ao voluntariado (viagem, estadia, alimentação)
o problema é publicidade, ou seja, não dão pela acção em sim, mas pela publicidade que esperam ter.
daí ser bastante complicado ter esses apoios, pois nunca entra nos planos de marketing das empresas!
É assustador perceber a quantidade de pessoas que desconhece a realidade da pobreza e até escolhe ignorá-la. Mas a verdade é que muita gente vive à beira do abismo sem se aperceber disso. Basta que lhe aconteça um dos três famigerados D (divórcio, doença ou desemprego) e não ter uma rede de apoio própria (família, amigos) com capacidade para ajudar. Pode acontecer a quase todos nós.
Gostaria de saber a opinião dos presentes sobre a falta de dados oficiais relativos à taxa de risco de pobreza, para uma escala inferior à nacional (exemplo regiões - NUTS II).
Segundo tenho conhecimento, por necessidade própria desses dados por motivos de trabalho, os dados existentes para a escala regional são os publicados no PNAI - Plano Nacional de Acção para a Inclusão, e referem-se aos anos de 1995 e 2000, anos em que o INE realizaou o Inquérito aos Orçamentos Familiares.
Entretanto, não existindo nenhum inquérito posterior (que eu tenha conhecimento), os dados ficam-se apenas por esses 2 anos.
Não seria importante existir essa informação a uma escala mais "operacional"? E se existe onde está publicada?
Obrigado
Sera que na Filandia, Noruega, Suíça, etc, etc, fará uma mossa tão grande na qualidade de vida de qualquer cidadão????
Maria Silva
Os idosos que "vivem" com a pensão mínima, só podem usufruir do subsídio, criado pelo estado, se os filhos não os puderem ajudar. Será que isto é justo? Será que uma pessoa que toda a vida trabalhou e agora tem uma reforma miserável não se sentirá mal ao saber que o estado não lhe "aumenta" a pensão, mas o remete para a ajuda dos filhos. E os filhos que não se dão com os pais? E os pais que não se dão com os filhos? São obrigados a continuar na miséria.
Não seria mais justo a reforma mínima ser igual ao salário mínimo e criar um tecto para o salário máximo?
Temos em Portugal uma sociedade cada vez menos solidária. Vimos gastar tanto dinheiro desnecessário.
Sabe como é que o estado pode obter recursos económicos para terminar com TODA e qualquer pobreza em portugal?
Basta não construir um novo aeroporto, que será pelo menos de 2 mil milhões de euros (um projecto supermegalomano). Se esse dinheiro fosse bem utilizado para terminar com a pobreza e desemprego, NINGUÉM em portugal teria problemas económicos.
E se fosse a nível mundial? Bastaria não gastar dinheiro em material militar que só esse dinheiro poupado tirava TODAS as pessoas do mundo da pobreza.
Ah pois, mas o governo pensa que ser solidário não compensa, afinal porque dar 2 mil milhões de euros a 10 milhões de pessoas, quando se pode dar esse dinheiro para um pequeno punhado de empresários (que eles coitados, bem precisam)...
carpe diem
Algo que eu gostaria que todos analisassem...
Em Setembro estive no Hotel Melia em Lisboa, e qual não foi o meu espanto quando por lá vi a comitiva acompanhante do Dalai Lama, entre eles havia quem tivesse feito os tais votos de pobreza.
Dir-me-ão que aí ficaram por uma questão de preservasão de imagem ou de segurança... Mas a segurança também seria conseguida por exemplo num convento ou até num albergue desde que devidamente policiado.
Um Hotel destes não combina com a pobreza a que supostamente se têm dedicado no Tibete.
CC
Maria mendes
Em qualquer Pais da Europa, com excepção de Portugal, como e óbvio, qualquer percalço, na vida de qualquer cidadão, não quer dizer miséria ou fome, necessariamente, porque existe mecanismos de apoio, para essas pessoas, e esses apoios não duram só 6 ou 12 meses, nem falta cursos de formação.Reparem bem nas noticias de pessoas que conseguem sair da miséria, e sempre com apoios de privados como, micro-créditos.
Porque é que o SC não convidava para estar aí no programa alguém considerado pobre?
Deêm voz não só a quem sabe accionar mecanismos para mudar a realidade, mas sobretudo a quem vive as realidades que vocês focam em cada SC.
Acho que não chega apresentarem essas pessoas em reportagens, é preciso que estejam presentes aí no programa.
CC
Maria Mendes
Se ao Estado não compete zelar por estas questões, então para que serve o estado, depois de arrecadar os impostos?? Nao da apoios para creches, escolares, para estradas, saúde, desemprego, reformados na miséria, e querem acabar com a segurança social, então para que raio precisamos do estado??? Para ter policias, exércitos também já os hã, privados.
Plenamente de acordo, com o seu convidado, enquanto o individuo, aprende a pescar, alimenta-se do que???
Boa Tarde a todos,
Neste dia onde estamos todos unidos contra a pobreza, nós alunos do ISLA - Lisboa, vamos realizar um cordão humano à volta da nossa faculdade, é apenas um gesto, que pretendemos significar um sinal de mudança na sociedade cada vez mais egocêntrica, apelamos também, a que como nós façam um gesto de apoio a esta causa.
Saudações académicas!
Acrescento ao post das 14h e 48m da Maria Silva...
E aqueles reformados que nem sequer têm filhos?
CC
Maria Mendes
Invistam aonde é importante.
As pessoas não querem ser pobres, mas esperam viver a vida toda através de subsidios!
Se um emprego não chega, arranjem outro e se ainda não chegar arranjem outro.
Eu não sou obrigado a ser solidário com ninguém.Porque razão há-de o estado gastar o dinheiro, que eu pago em impostos, em apartamentos para pessoas que nunca fizeram nada na vida? Isso reflecte-se na segurança? Porque há-de ser o estado a fazer algo por pessoas que nunca fizeram nada pelo estado?
Toda a gente pode ser pedreiro, trolha, servente...
TIT-FOR-TAT
Ja agora, só mais um questão, como e que, se ensina reformados com 300€ de rendimento mensal, a pescar, e principalmente o que pescar com 70 ou mais anos de idade.
Respondendo ao "ainda" anónimo:
Lá por ter uma opiniao diferente da sua, não quer dizer q tenha os olhos fechados;nunca pensou q secalhar é voce q é um bocadinho ingénuo(a),e q continua a acreditar q tds as pessoas estão em instituiçoes de solidariedade, ou q recorrem ao banco alimentar, são pobres;
e gostaria q não pense q eu acho q não existe pobreza, eu sei q ela existe, mas em portugal, não existe dessa maneira abismal, q mta gente quer dar a entender...
eu tenho um exemplo: o meu marido, já foi toxicodependente e nunca deixou o emprego, fez as curas em clinicas do "estado", onde esteve durante 8 dias, e veio embora, sem nunca se desempregar, simplesmente, pedia baixa...se ele quisesse, tinha feito o mm q mts fazem: ir dormir em caixotes, e arrumar carros p consumir droga, e garanto-lhe q ganhava mais q no emprego.... Era outro pobre q portugal teria, na sua opiniao... na minha opiniao era outra pessoa q escolher querer ser pobre...
Acho q me fiz entender, e garanto-lhe, por essa razão, entre outras, q não tenho os olhos fechados, mas sim os olhos bem abertos...
"AAISLA disse...
Boa Tarde a todos,
Neste dia onde estamos todos unidos contra a pobreza, nós alunos do ISLA - Lisboa, vamos realizar um cordão humano à volta da nossa faculdade, é apenas um gesto, que pretendemos significar um sinal de mudança na sociedade cada vez mais egocêntrica, apelamos também, a que como nós façam um gesto de apoio a esta causa.
Saudações académicas!
15:03"
Posso fazer uma sugestão mais útil e funcional?
Em vez de tomar café, poupe esse dinheiro que hoje gastaria nesse capricho e converta-o num género alimentar que vá ao encontro da necessidade dos mais pobres e doe-o a uma instituição ou indivíduo que deste precise.
CC
Maria Mendes
"Se um emprego não chega, arranjem outro e se ainda não chegar arranjem outro."
Tradução: se tiverem um emprego onde sejam explorados ao ganhar ordenado mínimo, então arrangem outro emprego para serem mais explorados.
Se uma pessoa ganhasse um ordenado razoável, de certeza não precisaria de outro emprego. O problema aqui é a EXPLORAÇÃO DOS TRABALHADORES.
"Eu não sou obrigado a ser solidário com ninguém."
Pois, na prática não é obrigado a ser solidário (apesar de moralmente ser), é a sua opção "consciente", ou no seu caso, SER moralmente INCONSCIENTE.
Pelos vistos uns preferem fechar os olhos e por todas as responsabilidades nos outros para tentarem ficar melhor com a consciencia (ou falta dela).
Isto diz tudo:
"Seja a mudança que quer ver no mundo" - Ghandi
"Porque razão há-de o estado gastar o dinheiro, que eu pago em impostos, em apartamentos para pessoas que nunca fizeram nada na vida?"
Sabe lá o que fizeram ou não na vida. alguma coisa fizeram de certeza, ou pelo menos tentaram.
Caso não saiba, é OBRIGAÇÃO DO ESTADO, ajudar quem precisa seja a que nível for, pois é o que está na constituição e na carta dos direitos humanos.
Falar falar é muito giro, agora fazer tá quieto, que vergonha.
cd
"Lá por ter uma opiniao diferente da sua, não quer dizer q tenha os olhos fechados;nunca pensou q secalhar é voce q é um bocadinho ingénuo(a),e q continua a acreditar q tds as pessoas estão em instituiçoes de solidariedade, ou q recorrem ao banco alimentar, são pobres"
Desculpe dizer, mas se não tem, parece.
Cada pessoa pode ter motivos e reacções diferentes, agora chegar ao ponto de dizer que há quem tenha meios de viver relativamente bem mas prefira ir buscar comida ao lixo, dormir na rua ao frio, e outras coisas tais, porque gosta/quer poupar dinheiro/ não quer trabalhar, é completamente RIDICULO.
Quase ninguém que passa por isso pode ser inserido nesse esteriotipo sem qualquer fundamento.
Como disse, durante alguns meses vá experimentar trabalhar em instituições de solidariedade e tenha um contacto directo com muitas dessas pessoas, que muda logo de opinião.
SC passem a convidar os vossos intervenientes no programa para participarem no blog após a vossa emissão.
Ponham-lhes um computador à frente como há dias vos sugeri.
CC
Maria Mendes
"Se uma pessoa ganhasse um ordenado razoável, de certeza não precisaria de outro emprego. O problema aqui é a EXPLORAÇÃO DOS TRABALHADORES."
Argumento tipicos dos "coitadinhos". A culpa nunca é nossa! É sempre dos outros.
Querem ter privilégios, mas não se querem esforçar!
Eu plos vistos também fui explorado, pois já fiz jornadas de 72 horas seguidas...
"Pois, na prática não é obrigado a ser solidário (apesar de moralmente ser), é a sua opção "consciente", ou no seu caso, SER moralmente INCONSCIENTE."
Ai sou obrigado a ser solidário moralmente? Que interessante... mas eu não quero ser obrigado!
"Sabe lá o que fizeram ou não na vida. alguma coisa fizeram de certeza, ou pelo menos tentaram."
Nem eu sei nem você sabe. O que temos a certeza é que não tentaram o suficiente. Se todas as pessoas desistissem às primeiras contrariedades não iamos longe, não era?
"Caso não saiba, é OBRIGAÇÃO DO ESTADO, ajudar quem precisa"
Lá por ser obrigação do estado, não quer dizer que seja "moralmente" (palavra que parece gostar muito) correcto para quem se esforçou para alcançar o que alcançou!
"seja a que nível for, pois é o que está na constituição e na carta dos direitos humanos."
A que nível for? Então, como não sou filho de nenhum banqueiro, preciso de 15 milhoes de euros. Sabe onde posso ir pedi-los?
Já agora, todo o seu discurso baseia-se à volta de um aspecto abstracto que dá pelo nome de "moralidade". A moralidade de cada um baseia-se nas percepções que cada um têm daquilo que o rodeia.
TIT_FOR_TAT
Existem pobres que o são pobres porque o estado ( que somos todos nõs),contribui para que cada vez sejam mais atribuindo subsidios para as pessoas não trabalhar
estes subsidio-dependentes criam vicios que os que trabalham e pagam impostos não tem. Por tudo isto, se o estado em vez de dar subsidios atribuisse meios muitos pobres deixariam de ser pobres
Já ouviram falar dos FREEGANS?
Os Freegans NÃO são pessoas sem abrigo nem desempregadas. São pessoas que optaram por viver do desperdicio dos outros. Em vez de irem às compras, vão ao lixo buscar alimentos, roupa, mobiliário, etc.
Todos os dias os supermercados, hipermercados, restaurantes, pastelarias, cafés e afins deitam toneladas de comida em bom estado fora.
Só porque a fruta está "tocada" ou porque os vegetais estão sem a apresentação desejada, segue tudo para o contentor do lixo.
Lembro com carinho uma situação da minha infância:
Na mercearia onde a minha bisavó comprava a fruta, existia sempre um caixote de madeira onde o merceeiro colocava a fruta "tocada" a um preço muito inferior. E era dessa fruta que a minha bisavó comprava alegando que ainda estáva boa para consumo, era mais barata, saborosa por estar madura e assim não ia para o lixo.
A minha avó era analfabeta mas muito sábia. Ensinou-me a ser um melhor ser humano, sem sombra de dúvida.
Boa noite,
Eu participei no programa e vim agora ver os comentários.
Alguns revelam conhecimento de facto sobre a matéria e opiniões que são consistentes embora não concorde com todas...o que até é salutar.
O que me custou mais foi ver alguns comentários nitidamente efectuados sem conhecimento de causa ou dados reais que os suportem.
A pobreza existe de facto em Portugal.
Assim...e como as palavras são fáceis mas as acções mais complicadas, ofereço-me para ajudar quem quiser a conhecer melhor a realidade para poder depois emitir melhores opiniões e ajudar a combater esta triste realidade.
Se alguém quiser saber mais deixe o contacto aqui.
Um abraço a todos!
Bom dia Dr.Paulo Teixeira,
muito obrigada por ter vindo ao Blog dialogar connosco.
De facto falta-nos algum conhecimento de causa no terreno.
De certeza que a realidade que nos rodeia na nossa rua ou na cidade onde vivemos não é a realidade dum país.
Fiquei curiosa de saber mais sobre a Rede Europeia Anti Pobreza pelo que pesquisei na net e encontrei o site WWW.REAPN.ORG (deixo aqui o enderenço e recomendo que o visitem).
No REAPN encontrei uma revista semestral em pdf de nome REDITEIA com excelentes artigos. Cada um destes artigos dáva de certeza um pertinente programa da Sociedade Civil.
Temas como: Aldeias Lar, Pobreza e insuficiência educativa, Envelhecimento e discriminação social, mostram-nos que efectivamente a pobreza não é só aquilo que se discutiu no dia 17 aqui no Blog. O SC de dia 17, soube a pouco. Precisávamos de mais horas e era importante ter este tipo de debates em horário nobre.
São muitas as causas da pobreza!! Vão desde os problemas de saúde e a impossibilidade de trabalhar, até à falta de instrução e ao descontrole da natalidade, passando pela discriminação social de quem é válido ou não para trabalhar, e terminando nos estigmas e preconceitos criados pela sociedade em geral contra ex-reclusos e toxicodependentes.
Dr. Paulo Teixeira, deixe-nos aqui um pouco do seu conhecimento e talvez se consiga prolongar no blog a discussão do tema.
Um abraço.
Enviar um comentário