Em apenas 5 dias morreram 20 pessoas nas estradas portuguesas devido a excesso de velocidade, desrespeito pelos sinais de trânsito ou condutores sem carta. Duas mulheres e uma criança morreram no único local seguro que tinham para atravessar o asfalto – a passadeira –, um casal foi abatido por um teenager sem carta que passou um sinal vermelho, pondo-se em fuga sem sequer assistir as vítimas, e um autocarro de passageiros viu-se empurrado para um ravina por um carro que terá entrado numa curva em excesso de velocidade.
Apesar da relativa redução do número de acidentes rodoviários em relação a anos anteriores, a guerra civil das estradas portuguesas ainda não cessou. Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, até Agosto de 2007 cerca de 4 mil peões foram atropelados, 76 perderam a vida. A maioria dos acidentes verifica-se dentro das localidades e no distrito de Santarém o número de vítimas mortais aumentou mais de 100% face a 2006. Como pôr termo ao conflito, quando ainda há quem faça orelhas moucas às mensagens das várias campanhas de prevenção? O aumento das penas é uma solução? Quem atropela numa passadeira deveria ser acusado liminarmente de homicídio? Vamos falar claro e colocar as questões certas, ainda que incómodas, neste Sociedade Civil. A bem de quem anda na estrada.
56 comentários:
Apesar de certamente algumas estradas terem certo tipo de problemas de contrução deficitária (especialmente na Madeira devido à morfologia geográfica), e poderem mesmo representar algum perigo para os condutores, na maioria dos casos que há acidentes deve-se sim, a casos de excesso de velocidade e/ou problemas de alcool/drogas, que faz com que acidentes possam ter uma probabilidade muito maior de acontecer.
No entanto isto não significa que os condutores que conduzem assim e/ou têm acidentes não são experientes a conduzir, o problema reside isso sim na mentalidade (ou falta dela) que os condutores têm, pois muitos gostam mesmo de ter condução bastante agressiva, provavelmente por causa do ego, que depois dá no que dá.
Se a mentalidade mudar os acidentes diminuirão e muito.
carpediem
Falando de uma forma bem clara: nem sempre os automobilistas têm culpa nos atropelamentos; os peões, de hoje, atravessam a rua sem olhar, mm nas passadeiras tem de se olhar...
No passado, dia 4 de novembro, foi atropelada, mortalmente, uma mulher no cartaxo, e houve mta gente, q culpou logo o condutor, agora digam-me tem algum sentido uma pessoa atravessar uma estrada nacional, à noite, fora da localidade,sem passadeiras, com uma lomba enorme... No meu ver a culpa, neste caso, foi da pessoa q atravessou a estrada! Naquele sitio,os carros q vêm de santarem, não vêem nada, por causa da lomba, e qd vêem já estão em cima da pessoa, mm q travem, os carros não "estancam" naquele sitio...
No meu ver, o grande problema, é a falta de civismo q existe tanto dos condutores, cm dos peões...
Creio que há uma questão importante de que se fala pouco - o avanço da tecnologia tem permitido grandes velocidades, travagens rápidas e segurança nos carros.
E creio que estes "avanços" têm criado a ilusão de que se o/a condutor/a conduzir "bem", não há problema em conduzir depressa.
Se conduzirmos dentro dos limites de velocidade e sempre com toda a atenção como nos ensinam quando tiramos a carta, a garantia de segurança é maior do que qualquer tecnologia automóvel "avançada."
Rita, Lisboa
Enquanto houver tamanha falta de civismo entre quem faz, quem conduz, quem compõe, quem penaliza e quem anda a pé, nunca será possível acabar com o crime nas estradas.
A velocidade, a lentidão, a distracção, o cansaço, os estupefacientes e a falta de destreza para uma condução defensiva, são em grande parte os maiores responsáveis pelo crescente número de acidentes rodoviários. Mas não esqueçamos que o piso das estradas em muito bom estado convida aos aceleras, e o em mau estado pode provocar furos de pneus e consequentes desvios de rota. A pouca iluminação nocturna em determinados locais, a nebulosidade cerrada podem contribuir para que as cores de alguns veículos passem quase imperceptíveis. Depois surge a questão da idade dos veículos e seu estado de conservação, e a idade imatura ou já avançada dos condutores.
Mas isto não termina aqui...
Os veículos não deveriam vir de fábrica com tanta cavalagem, e se o limite máximo é de 120 Km/h não faz sentido que se possa chegar aos 200 Km/h ou mais. Isso quanto a mim, chama-se compactuar com a sinistralidade rodoviária e com a caça à multa.
Teria muito mais a dizer, mas para não me alongar, acrescento só outro aspecto, que é a irresponsabilidade dos peões que atravessam em qualquer lugar, sem olhar e por vezes tão subitamente que os automobilistas não têm tempo de efectuar uma travagem em segurança.
Haja civismo de todas as partes! E sugiro que as fábricas de automóveis se sensibilizem e adequem os veículos às velocidades permitidas para cada país, isso devia ser uma obrigação.
E não esqueçam de colocar o cinto de segurança em vós, mas sobretudo nos vossos filhos que não têm culpa da irresponsabilidade de alguns condutores.
Pergunte Fernanda aos seus convidados de hoje o porquê do desrespeito começar deste modo nas fábricas e porque não são eles constituídos arguidos em processos onde a velocidade vitima mortalmente alguém.
CC
Maria Mendes
Acidentes nas estradas uma “Epedemia”
Por: Pedro Marinho
A MORTE NAS ESTRADAS UMA EPEDEMIA
Uma morte não tem preço, sobretudo é necessário acabar com o sentimento de impunidade neste país, não podemos continuar a realizar vigílias, com o devido respeito, é necessário um pensamento mais profundo sobre a educação na condução. Respectivamente à sinalização, é necessário repensar nas passadeiras porque as que existem não são seguras e adequadas, mesmo que esteticamente não se goste, as pontes aéreas salvam vidas, a segurança policial deste país não aprova no que diz respeito a esta matéria, bem como as condições das estradas em Portugal. Será que o “Governo” não deve ser responsabilizado pelos acidentes derivado às más condições das estradas?
O que tem feito para reduzir os acidentes nas passadeiras? Todo o cuidado é pouco, nunca é tarde demais para se rever toda esta situação bem como ensinar com frequência as regras de segurança que neste país não se interioriza o espírito da reciclagem e formação nos condutores, os peões que usam e abusam da passadeira como se ela fosse segura, não é verdade. Quando adquirimos a carta de condução sabemos à partida que as estradas estão devidamente sinalizadas ” Não sei conduzir em estradas mal sinalizadas”, também questiono o facto de nas viaturas não existir uma mala de primeiros socorros apetrechada, os condutores deviam ter conhecimentos de primeiros socorros bem como ser obrigatório a formação de qualquer cidadão em termos de socorrismo, muito se tem a fazer neste âmbito.
Apenas 5 % das tragédias nas estradas foram motivadas por problemas ambientais como chuva, neblina, granizo, falta de sinalização, 15% falhas mecânicas, 80% dos acidentes deve-se a falhas humanas ( condutores bêbados ).
No Brasil morre a cada 10 minutos uma pessoa, alta velocidade, imperícia, imprudência, ignorância face às regras de trânsito, em todos os acidentes 50% envolvem álcool. Há dias lia num jornal nacional uma noticia de que um motorista de uma associação conduzia em serviço sobre efeito do Álcool “um crime”, acusava uma taxa significativa de etanol num serviço, como é possível ? Que miséria espiritual quando se lêem coisas destas que em nada dignificam um país, nem a emergência pré-hospitalar.
Recordo que conheci um caso de um motorista que depois de ter bebido umas boas cervejas recusava-se a realizar um serviço de emergência, o que é correcto e uma atitude de responsabilidade fantástico, quero que saibam que esta atitude é de louvar mas por estranho que pareça custou-lhe um processo em tribunal por não aceitar o serviço, (não pelo facto de estar de folga e ter bebido, mas sim pela hierarquia abrupta que o sistema actual ainda com resquícios de arrogância ) que lhe foi imposto de forma estúpida, mafiosa e duvidosa. Isto que é inaudito e truculento contraria todo o espírito de bom censo e respeito humano, enfim, incompreensível que actualmente ainda se obrigue alguém a realizar um serviço de emergência no seu dia de folga exigindo que se faça um serviço com Álcool , enfim… continuando, sabemos que nas cidades os carros entopem as vias urbanas, será que as vilas e cidades estão preparadas para um número súbito de viaturas? Penso que não! A teoria dos dísticos não vai funcionar, pelo contrário, vai permitir que se humilhe as pessoas e não se aposte na formação, temos um contra censo quando as autarquias metem em vias rápidas bandas redutoras de velocidade bem como semáforos, ou então radares para claro “sacar” mais uns euros à carteira dos contribuintes em multas, perfeito, o que vale é que os portugueses já estão bem treinados e já não ligam, para terminar só queria dizer que a falta de respeito à vida é gritante. Os seres humanos tornam-se peritos em tirar a vida , mas nenhum deles pode restaurá-la. Boa viagem e cuidado.
Pedro Marinho de Arcos de Valdevez
Na sexta-feira 2 de Novembro ocorreu o trágico atropelamento junto ao Terreiro do Paço. Na segunda-feira seguinte, 5 de Novembro, mais dois terríveis acidentes em Tires e na A23 fizeram disparar, anormalmente, em poucos dias, o número de mortos para 45.
Faz hoje duas semanas e continuamos sem saber o que realmente aconteceu.
A extraordinária cobertura mediática explica-se pela violência dos acidentes com desmembramento dos corpos, pelo envolvimento de idosos e crianças e pela existência de relações de parentesco entre as vítimas. Mas não têm surgido descrições objectivas e explicações racionais para o que realmente aconteceu. "As causas do acidente estão a ser estudadas" e receamos que nunca venham a ser claramente enunciadas para o grande público.
Esse enorme vazio propicia as teorias fantasiosas e os exageros de quem pretende aterrorizar a população apesar de saber que esta "semana negra" não tem qualquer significado estatístico. Tem-se feito uma exploração despudorada dos sentimentos dos portugueses, usando as vítimas como bandeiras de propaganda, apesar de tal ser moralmente inadmissível.
Em vez de se estudar as causas dos acidentes e procurar os remédios em conformidade tem-se feito da culpabilização abstracta dos cidadãos comuns a chave que tudo justifica. Cada vez que morre um português na estrada há fornecedores de radares e de lombas e "especialistas" consultores que aumentam as suas previsões de vendas.
A verdade é que os acidentes de viação em Portugal estão em linha com o nosso nível de desenvolvimento económico e social. Têm mesmo vindo a reduzir o seu número de forma continuada e acentuada nos últimos anos. De acordo com estudos universitários recentes morrem três vezes mais pessoas por ingestão exagerada de sal do que em acidentes de viação.
O que importa é compreender para prevenir, desdramatizar em vez de culpabilizar.
Na prevenção dos acidentes rodoviários o mais importante é o "como" e o "porquê" e não o "quem". As causas e não as culpas. Não é possível prevenir o que se desconhece ou aquilo que não se compreende.
Os abaixo-assinados vêm por esta forma exigir que a Autoridade Nacional de Prevenção Rodoviária ponha cobro à presente indefinição e avance com relatórios para cada um dos acidentes, em que fiquem claramente estabelecidos os aspectos factuais, apurados e confirmados, os factores propiciadores ou causadores e o grau da sua influência.
Estes relatórios devem tornar-se obrigatórios sempre que há vítimas graves e ter publicação na internet. Todos os cidadãos poderão dessa forma esclarecer-se sobre os acidentes ocorridos e aprender a evitar os factores de risco.
Se concorda divulgue e assine aqui:
http://www.gopetition.com/online/15291.html
Olá!
A falta de civismo e de responsabilidade é para mim o grande problema da maioria dos condutores e peões. Estou a ter aulas de condução e digo com certeza que se cada condutor cumprir as regras do código da estrada e especialmente quanto à velocidade e se mantiver atento, é possível evitar pelo menos a grande maioria dos acidentes (excepto quando se devem, por exemplo, a alguma avaria no veículo ou a peões que atravessam de repente num lugar de fraca visibilidade sem tomar atenção, etc.). A responsabilidade não é só dos condutores, também é dos peões que também têm que respeitar as regras básicas.
ESTE PROGRAMA ESTÁ A FALAR DOS ATROPELAMENTOS COMO SE HOUVESSE UMA CATÁSTROFE.
EM 2006 MORRERAM 11 (ONZE) PESSOAS EM LISBOA POR ATROPELAMENTO.
É preciso fazer um esforço de racionalidade quando se fala de problemas publicos mesmo se eles tocam em aspectos sensíveis dos nossos afectos.
Oito atropelamentos mortais são evidentemente 8 catástrofes para as familias respectivas; qualquer morte, especialmente se inesperada, o é.
Mas a Sociedade náo pode decidir na base dos problemas individuais.
Os erros médicos e as doenças passíveis de prevenção, matam muiyo mais do que 8 pessoas por ano.
Por isso, há que ter cuidado na televisão com o "puxar" pelo sentimentalismo das pessoas,
Cara Fernanda Freitas,
Todos os dias assisto a peões a violarem as regras e a passar a passadeira em vermelho. Felizmente, nunca assisti a nenhum acidente. Mas já impedi que pessoas mais idosas, que vêem mal, ou crianças distraídas, que num impulso, ao julgarem que o sinal está verde, tentem ultrapassar. Muitas são atropeladas por seguirem estes impulsos de pessoas irresponsáveis e egoístas que se julgam intocáveis. Penas para os peões: sim, sou a favor.
Cumprimentos
Ps: O sociedade civil é um belo programa. É um excelente serviço público que prestam aos portugueses.
Boa tarde.
Há 10 anos atrás, no Barreiro, após a minha filha ter nascido, de cada vez que eu precisava de ir com ela á rua era obrigada a ir pela rua com o carrinho porque os carros ocupam os passeios. Isto continua a acontecer ainda hoje e cada vez são mais os carros mal estacionados.
Acho também que nem toda a gente é "talhada" para conduzir. Conduzir um carro envolve civismo, humildade, educação e mais uma data de coisas que embora as pessoas passem nos exames de condução não reúnem as condições necessárias para poder andar com um carro nas mãos! ou seja, nem toda a gente pode conduzir.
Os factores mais importantes para explicar o elevado nº de acidentes prendem-se com a falta de cuidado e de civismo geral, de condutores e peões. Mas gostaria de acrescentar outros factores: onde vivo, Mealhada, passa a EN 1 que corta o núcleo urbano em dois, além de que muita gente se via obrigada a caminhar em bermas pouco protegidas. A ex JAE redesenhou os passeios, estreitou as vias, colocou várias rotundas (que tanto ataque sofreram mas benditas por tantos outros) que tanto servem para distribuir o trânsito como para limitar a velocidade. O resultado foi que deixou de haver atropelamentos de crianças e idosos. Ora, a forma como muitas vias urbanas são desenhadas convidam a velocidades elevadas, os semáforos ficam perdidos no meio de árvores ou atrás de sinais, etc.
Bem parece que hoje a escolha da srª advogada, não foi a melhor....
Costumo ver este programa pela elevada qualidade dos intervinientes, em minha opinião, claro.....
JJ
BOA TARDE
Não concordo com o que disse o dirigente dos Cidadãos Automobilizados, criticando as "ondas" de semáforos verdes. O problema é justamente o contrário: é a sucessão de sinais vermelhos, que impedem a fluência do trânsito e causam demoras desnecessárias, e que leva os condutores a usarem a velocidade para contornarem o problema. Na minha zona em Lisboa - Picoas - levo em média 8-10 minutos para percorrer 700 metros porque há 6 semáforos em sucessão, invariavelmente vermelhos uns a seguir aos outros. Um dos principais problemas em Lisboa é o stress que é imposto ao condutor pela má organização do trânsito, levando ao excesso de velocidade e ao desrespeito pelos peões.
O acidente de hoje frente ao Liceu Pedro Nunes foi causado por um comercial ligeiro. Este é um aspecto importante: uma grande parte dos acidentes são causados por pessoas que não conduzem o seu próprio veículo e sentem-se à vontade para cometer excessos. Os taxistas e os peões arrogantemente lentos a atravessar as passadeiras mesmo quando se lhes dá passagem, esses já são problemas para a psicanálise.
Parabéns pelo programa e cumprimentos!
Olá, chamo-me Pedro Castro sou arquitecto e este é um tema que me é muito caro por já sido vitima de atropelamento na infância. Diariamente verifico que existem pessoas que arriscam atravessar a Av Afonso Costa, junto à saída do túnel Olais-Campo Pequeno, sem activarem o dispositivo eléctrico nos semáforos para que o final abra para os peões, e a verdade é que este semaforo apenas abre para os peos quando activado.
A conclusão a que chego é de que existe uma tremenda falta de formação cívica e de comportamento em sociedade. Os Portugueses por regra não sabem circular no espaço público, com especial enfoque nos peões pois estes não foram alvo de formação de como se comportar quando circulam na via pública. Atravessam a rua onde não devem, acumulam-se a conversar impedindo a circulação de outros peões. Antes mais de se puder circular com automeis é necessário que as pessoas saibam "conduzir-se" nos passeios.
Ainda bem que estou a ouvir. Um conterraneo deficiente mas autónomo, ao atravessar na passadeira foi atro pelado há 3 anos. O seguro e o automobilista até hoje ninguém pagou nada ao homem que ficou em mau estado. A quem recorrer? Agradeço informação.
LEMBRO AS PETIÇÕES PARA A ABOLIÇÃO DO LIMITE DE VELOCIDADE NA 2ª CIRCULAR, É O EXEMPLO ACABADO DA INCONSCIÊNCIA E IRRESPONSABILIDADE DE QUEM PATROCINOU TAL CAMPANHA, QUANDO SE VE ACIDENTES EM QUE AS VIATURAS GALGAM LITERALMENTE OS SEPARADORES CENTRAIS, ESTAMOS A FALAR DE QUE VELOCIDADES? NÃO DE CERTEZA 80 KMS/H.
O Manuel João Ramos fala da irresponsabilidade dos portugueses na estrada como os racistas falam dos pretos ou dos chinocas.
Os jornais anunciam que a CML se prepara para encher a Baixa de lombas (usam o eufemismo bandas redutoras de velocidade).
É caso para perguntar se o local tem um historial de acidentes.
De acordo com o relatório da DGV,na Baixa de Lisboa,durante todo o ano de 2006 houve apenas nove acidentes com feridos hospitalizados por mais de 24 horas e nenhum morto.
Como se justifica então uma decisão como esta ?
Depois da semana fatídica em que se concentraram por mero acaso vários acidentes graves vemos os políticos, quer nas autarquias quer no governo, pressionados pelos fundamentalistas e pelo sensacionalismo da imprensa, a tomar medidas de qualquer maneira para evitarem ser responsabilizados pelos acidentes.
Neste caso, sem qualquer justificação baseada na experiência, vai-se:
- gastar recursos que teriam melhor aplicação preventiva
- descaracterizar e desertificar ainda mais a Baixa de Lisboa
- atentar gravemente contra a mobilidade
- degradar mecanicamente milhares de veículos
- afectar a saúde de milhares de ocupantes dos veículos (grávidas, doentes da coluna, etc)
A actuação das autoridades em relação aos comportamentos irresponsáveis dos peões é elucidativa da hipocrisia dos discursos sobre a "tragédia nas estradas". A tolerância com que os peões são tratados acaba por proporcionar a sua transformação em vítimas.
Os "defensores dos peões" costuma usar um argumento falacioso: que os peões são a parte fraca e os automobilistas andam protegidos por 1.500 kilos de aço (por sinal as estatísticas mostram que os acidentes fazem mais vítimas entre os condutores - 551 em 2006 contra 137 peões).
Se é verdade que os peões estão desprotegidos isso devia constituir mais uma motivação para se defenderem procedendo com cuidado e usando as ruas com prudência.
O Código da Estrada devia ser aplicado a todos os cidadãos com igual rigor.
Se há automobilistas que têm comportamentos de risco e causam vítimas também há peões que, pela sua irresponsabilidade, não só sacrificam a própria vida como tornam a de outros um verdadeiro inferno.
eu acho que se fala muito nas estradas mas ate temos muito boas estradas o perigo e a velocidade e a desatençao
O DN do dia 13 de Novembro refere o Secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, a propósito de um subsídio de 108.900 euros dado pelo MAI à ACAM (Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados) ao abrigo de um "concurso de segurança rodoviária".
Segundo o Secretário de Estado a ACAM não deu conhecimento ao ministério da aplicação da mencionada verba. Os cidadãos andam portanto, sem saber, com os seus impostos, a finaciar as propostas absurdas da ACAM com as quais não concordam.
Começa assim a perceber-se que estes cidadãos só são "auto-mobilizados" para os subsídios em vez de serem auto-financiados como lhes competia. Isso explica porque apostam no exagero permanente e usam despudoradamente as vítimas dos acidentes para empolar a importância da sinistralidade rodoviária.
A entrevistadora podia aproveitar a presença do presidente da ACAM para escalrecer onde foi gasto o tal subsídio.
Acho o SC o melhor programa diário da televisão portuguesa. Hoje liguei o meu computador de propósito só para dizer que é pena o debate ter essa convidada como interveniente. Está sempre a interromper, mostra-se arrogante e ainda por cima fala, fala... e não diz nada de interessante. Pelo menos podia deixar os outros convidados terminarem as frases, que esses sim vale a pena ouvir!
Catarina
SERA QUE O STRESS, AS FILAS, O CONGESTIONAMENTO DO TRANSITO, JUSTIFICAM QUE NÃO SE CUMPRAM AS REGRAS DO TRANSITO OU SE RESPEITE A VIDA OU INTEGRIDADE FÍSICA DOS PEÕES, É ÓBVIO QUE TAMBÉM EXISTE, O OUTRO LADO DO PROBLEMA, QUE É A FALTA DE RESPEITO DO PEÃO, PELAS REGRAS DE CIRCULAÇÃO, NA VIA PUBLICA, SÓ QUE AO CONTRARIO DOS PEÕES, OS CONDUTORES, DEVIDAMENTE ENCARTADOS,TIVERAM 25 LIÇÕES DE AULAS SOBRE CÓDIGO DE ESTRADA E 30 LIÇÕES DE CONDUÇÃO, MAS PELOS EXEMPLOS DE ALGUNS,FORAM INSUFICIENTES.
Está a acontecer uma coisa extraordinária. Todos os dias há acidentes rodoviários relatados, muitas vezes em directo, nas televisões portuguesas.
Isso significa que 0,79 % dos óbitos que acontecem em Portugal obtêm 90 % da cobertura mediática. A quem é que isto serve ? Quem é que está por detrás desta campanha ?
Se é verdade que morreram em Portugal 850 pessoas por acidentes de viação em 2006 é também verdade que morreram por exemplo:
- 910 por suicídio
- 3.000 por erro médico
- 1.500 por cancro da próstata
- 3.500 por cancro do colon
- 36.500 por doenças do aparelho circulatório
- 2.200 por outras causas externas
Muitas destas mortes podiam ter sido prevenidas e devem ser tão lamentadas quanto aquelas que resultam de acidentes na estrada.
Será que os 106.000 falecidos que não morreram por acidente de viação são portugueses de segunda ?
Gostaria de contactar com os vossos convidados de hoje, por causa do meu conterraneo que indico no meu comentário anterior.
Agradecida
Ao Joao Proença:
De Rogerio Lopes Soares-ACAM
Como membro da Direcçao da ACAM , digo-lhe que nao gastámos mal gasto... nao desbaratámos fundos publicos... ... e parece que isso para algumas entidades, é um problema... ...nao gastar, ainda por cima, nao gastar... mal gasto!!!
A responsabilidade por estes crimes é abrangente: respeita a todos os cidadãos. Importa garantir: educação e sensibilização, de cada um de nós, para os comportamentos que de devemos adoptar, quer como peão quer como condutor (de qualquer tipo de veículo).
As condições para a boa circulação deverão estar asseguradas.
São inúmeras as dificuldades com que nos deparamos, e que potenciam diversos perigos para todos os utentes das respectivas vias:
1- má colocação de passadeiras, a
sua inexistência ou
invisíveis (por vezes apagadas)
2- sinalética mal colocada, mal
concebida, viciada (com imensas
alteraçoes), excessiva ou
inexistente
3- barreiras que dificultam a circulação e a orientação dos condutores e/ou peões: Placard's publicititários, arbustos, lixo, tapumes, ausências de bermas ou passeios e problemas com a iluminação/visibilidade.
Obrigado
Pergunta ao Engº Paulo Marques:
De membro da ACAM
Parece, e bem, existir preocupaçao pedagógica em relaçao à qualidade da conduçao, por meio de uma regulamentaçao que insitituirá um regime de pontos. De acordo, tudo o que possa auxiliar e conferir qualidade no uso, por parte de condutores, das vias rodoviárias merece o nosso regozijo.
Pergunta-se: porque é que näo se regulamenta, mäo se faz em forma escrita, de Lei, um Regulamento geral de Estradas, e vias de comunicaçao, à semelhança do RGEU (Reg. geral edif. Urb.) e do REBAP?
Anos e anos de construçao sem regulamentaçao com força de Lei... é o que (a)parece.
Rogerio Lopes Soares
tewste
Eu também conduzo. Não estou livre de que me aconteça um acidente destes, mas realmente se não é permitido andar com velocidade porque se pactua na compra de BOMBAS ANDANTES que não podem nem devem circular nas nossas estradas? E nos meios pequenos como aquele onde vivo, onde ainda há muita calma relativamente a grandes cidades, porque há tantos atropelamentos, até nas passadeiras, como desse conterraneo que ficou sem trabalhar e a culpa morre solteira?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Dêem nas escolas um certificado às crianças em que lhes confira o estatuto de peões responsáveis, caso o sejam.
E à semelhança dos EUA, tornem a aprendizagem da condução não num fim comercial mas sim numa disciplina comum do liceu.
CC
Maria Mendes
teste
Boa tarde,
Antes de mais queria felicitar o vosso programa, por debater temas tão importantes na nossa sociedade como o tema da criminalidade nas estradas.
Na minha opinião o maior problema é a falta de civismo que existe na nossa sociedade, seja do lado do condutor, seja do lado do peão. A meu ver, continuo a defender que deveriamos de avaliar os condutores portugueses de 5 em 5 anos, e não passados 50 anos após ter sido tirada a carta de condução. Sou condutor à 8 anos e tenho muitas horas nas estradas portuguesas e infelizmente assistido a muitos acidentes, mas pior que isso, vejo pessoas a conduzir mal, pois no meu entender a velocidade não é a causa principal dos acidentes, é sim a falta de civismo, a falta de atenção e principalmente a falta de capacidade para conduzir.
Carlos Meira - Portalegre
Falamos muito sobre sinistralidade rodoviária enfatizando o papel do cidadão pedestre e automobilizado, mas será que o papel do Estado está a ser avaliado?
Eu acho que a responsabilização precisa desta pespectiva , revendo as reais condições que as estradas se encontram,ao parque automóvel que não melhora devido `carga fiscal mais pesada na UE (´parâmetro fundamental na avaliação das reinvidicações dos centros de inspecções até ao cuidado do meio ambiental ).
Por agora penso que estas novas medidas são uma caça à multa para recuperação de défices ....Falem disto com toda a implicância que é preciso ter para chegar ao nivel europeu desejado.
Ricardo GAranito
O excesso de velocidade é sem dúvida uma das principais causas da morte das estradas. Os atropelamentos, uma guerra civil sem fim, não pararm de aumentar ultimamente. será que os condutores não ficam sensibilizados com casos que acontecem todos os dias? Uma amiga minha, Cláudia, faria ontem 16 anos, se na semana passada nao sofresse um atropelamento violentissimo numa passadeira que se verificou fatal. Condutores apressados não têm a conciência que existem vidas sem qualquer tipo de pressa...
É com bastante intresse que estou assistindo o vosso debate, no entanto tenho alguns reparos que gostariam dever esclarecidos:
1 - Como a Drª Advogada mencionou cada caso de condução perigosa é um caso, pois como a Drª deve saber o Código Penal não admite anologias, no entanto é triste vermos tribunais a emitir despachos de pronuncia de penas extremamente leves para casos comprovados de condução perigosa, baseando-se muitas vezes em que "acidente" por si só é fruto do acaso, noutros idade jovem do condutor ( caso Tuning Palmela )
2- Gostaria que o Srº Presidente da A.N.S.R. pudesse esclarecer como um agente de autoridade fiscalizava um peão com a finalidade de ser autuado e nesse momento o mesmo não ter identificação, pois não pode ser dirigido ao posto policial (parecer do IGAI) por mera simples contra-ordenação, e se tiver identificação mas não quiser pagar o auto no momento, o agente não consegue aplicar o artº 173 do C.E. """ Conclusão deixar o peão seguir o seu caminho?????
Eselio
PERGUNTA AOS SEUS CONVIDADOS E PARTICIPANTES DO BLOG: SE ALGUM FAMILIAR VOSSO FOSSE ATROPELADO NUMA PASSADEIRA POR UMA VIATURA QUE CIRCULASSE A 120 KMS/H O QUE SENTIRIAM OU DIRIAM???
A marta gaspar pode falar com entidade dos seguros de portugal onde existe um fundo nacional de prevenção para estas situações que todos nós pagamos no prémio de seguro e que as seguradoras não revelam esta situação claramente .
Fernanda, desculpe, o meu conterraneo logo no atropelamento que foi para a GNR, participou aos Seguros, o Seguro nao quer pagar e o advogado foi constituído logo após o acidente,. Aqui nao há prazos!!!
Obrigada
o antónio silva pode ter uma excepção `regra , mas normalmente os peões são bem piores no respeito do código rodoviário do que os automobilistas. Será que justifica os milhões que pagamos em multas e com medidas que estrangulam o civismo a partir de uma força que parou de estudar no 9º ano....
tente perceber se realmente a culpa é dos que conduzem bem e depressa
PELOS COMENTÁRIOS DE ALGUNS, O MAL DESTA SOCIEDADE É TER, MUITAS LEIS E REGRAS, PARA TENTAR PROTEGER OS MAIS FRACOS OU COM MENOS RECURSOS, BOM ERA QUE ISTO TUDO, FOSSE COMO NO "MAD MAX", SAFAVA-SE O MAIS FORTE E NO FINAL ERA COMO NOS "IMORTAIS", SAFAVA-SE O ULTIMO A FICAR COM CABEÇA.
perdeste a cabeça agora silva , e nao ficaste pa história...
Respondendo ao post das 15h e 27m do António Silva...
Em adolescente assisti a um acidente numa passadeira próxima de casa que feriu um meu familiar. Acredite que não foi fácil ter perdido esse familiar daí a meses, o que sucedeu em parte devido a esse acidente.
CC
Maria Mendes
o antónio silva pode ter uma excepção `regra , mas normalmente os peões são bem piores no respeito do código rodoviário do que os automobilistas. Será que justifica os milhões que pagamos em multas e com medidas que estrangulam o civismo a partir de uma força que parou de estudar no 9º ano....
tente perceber se realmente a culpa é dos que conduzem bem e depressa
""de uma força que parou de estudar no 9º ano"....PODIA SER MAIS ESPECIFICO???
é dos que conduzem bem e depressa" ESTA A FALAR DOS PILOTOS DE FORMULA 1? SE NÃO QUAL É O LIMITE DO DEPRESSA E BEM 300, 350KMS/H, COMO NAS PONTES, OU NA 2ª CIRCULAR. JA SE EQUACIONOU O PORQUE DOS LIMITES DE VELOCIDADE?
"pode ter uma excepção `regra , mas normalmente os peões são bem piores" ADMITO SEMPRE A EXCEPÇÃO, QUANTO AO NORMALMENTE SEREM PIORES JÁ PENSO SER DISCUTÍVEL, PELA MINHA EXPERIÊNCIA DE PEÃO, E TER PRESENCIADO ONTEM A NOITE A UM ACIDENTE E FUGA.
Anónimo disse...
perdeste a cabeça agora silva , e nao ficaste pa história...
15:42
POR ESTA RESPOSTA NÃO, MAS NÃO MENOSPREZE O SEU ADVERSARIO, PORQUE O TIRO PODE-LHE SAIR PELA CULATRA....:))))
Recomendo uma viagem pela Europa e passe na Alemanha para ver os condutores que conduzem depressa com bons carros ...
Se nao ficar satisfeito , experimente abordar as forças de segurança até com nivel academico universitario, em oposiçao aos vira latas portugueses que nao ambicionam a seguranca e civismo mas sim um assalto ao livro de cheques , experimente fazer civismo sem pistola e multas e quando conseguir penso que vai ser sinal q poderei estar a falar com um policia que sabe avaliar mais do que a intransigencia do codigo.
Qualquer dia temos a PSP com o mesmo grau de paranoia que os americanos. SE e isso q pretende nao passa do pedestre eterno
Anónimo disse...
Recomendo uma viagem pela Europa e passe na Alemanha para ver os condutores que conduzem depressa com bons carros ...
Se nao ficar satisfeito , experimente abordar as forças de segurança até com nivel academico universitario, em oposiçao aos vira latas portugueses que nao ambicionam a seguranca e civismo mas sim um assalto ao livro de cheques , experimente fazer civismo sem pistola e multas e quando conseguir penso que vai ser sinal q poderei estar a falar com um policia que sabe avaliar mais do que a intransigencia do codigo.
Qualquer dia temos a PSP com o mesmo grau de paranoia que os americanos. SE e isso q pretende nao passa do pedestre eterno
15:57
EXº. SR. ANÓNIMO, PELA RESPOSTA E ARGUMENTO UTILIZADO SO LHE DIGO QUE TEM A POLICIA A ALTURA DO SEU COMENTÁRIO, E COM ISTO DESPEÇO-ME, QUE VOU LER OS JORNAIS DIÁRIOS E NÃO SO...NÃO ESTOU PARA ESTE TIPO DE AZIAS E AGRESSIVIDADES GRATUITAS..
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