segunda-feira, janeiro 21

Obesidade infantil – o papel das escolas



Em Maio de 2007, a Direcção Geral da Saúde lançou uma campanha de prevenção da obesidade, com enfoque na infantil.
Estima-se que cerca de 30% das crianças tenham excesso de peso, que perto de 10% sejam obesas e que os maus hábitos alimentares façam parte do quotidiano da maioria dos jovens portugueses.
As medidas de combate à obesidade passam, para além da sensibilização dos próprios jovens, pela educação parental e pelos refeitórios das escolas, que devem adoptar ementas saudáveis, com poucos ou nenhuns doces, nem bebidas gaseificadas.
Ainda vamos a tempo de inverter esta epidemia das sociedades abastadas? As medidas propostas pelo Ministério da Saúde estão a ser implementadas no Estado? São as mais adequadas? As repostas já a seguir, no Sociedade Civil.

22 comentários:

lady_blogger disse...
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Unknown disse...

É importante educar as crianças e jovens, para que desde cedo começem a ter cuidados com a sua alimentação, de modo a evitar problemas de saúde e mesmo problemas ambientais, pois certos alimentos como as carnes exigem demasiados recursos.

De lembrar que a obsidade não é só proviniente do problema dos doces, mas em especial dos produtos de origem animal, como carnes, ovos e lacticinios, que têm grandes quantidades de gordura.

Uma alimentação à base de frutos, cereais, legumes e outros vegetais, como é a vegetariana, é que é o segredo para uma alimentação saudável.

O problema nesta questão é que as escolas não estão verdadeiramente preocupadas com esta questão, mas sim com o quanto podem lucrar com o dinheiro dos jovens, os quais não estando conscientes preferem consumir produtos que fazem mal à saúde, como doces em especial, refrigerantes, carnes, etc.

Deveria ser proibido consumir este tipo de produtos nas escolas.

Há que pensar sim na saúde e não nos lucros.

lady_blogger disse...

Criem ementas mais saudáveis que se generalizem pelas escolas, ou seja, que por exemplo o almoço de uma escola primária seja o mesmo em todas as outras escolas primárias. Assim não haverá uma cantina mais saudável que outra, pois todos comerão de forma similar. E tenham sempre uma ementa para quem esteja de regime alimentar medicamente aconselhado, e se possível comprovado.
Incentivem os filhos ou educandos a não "saltarem refeições", e a não as substituirem por doses excessivas de uma goluseima ou fast-food.
Cativem os estudantes oferecendo-lhes uns cursos de férias voltados para a educação alimentar.
Sensibilizem os jovens para as questões de bulimia e anorexia.
Expliquem-lhes todos os prós e contras das suas opções alimentares.

Lembrei-me agora de um caso de uma mãe que foi ameaçada de lhe tirarem a guarda do próprio filho, dado que ele era obeso, e ela só para não o contrariar continuava a saciar a gula dele.
Será que em Portugal este poderia ser um motivo para perder a custódia de um filho?

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lady_blogger disse...

Se nas escolas acabassem de vês com a venda de pastelaria com creme, gomas, refrigerantes, batatas fritas, entre outras coisas calóricas, talvez a obesidade infantil reduzisse significativamente.

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Deixar de ser obeso não é sinónimo de comer menos, mas sim de comer melhor, ou seja, segundo uma educação alimentar tida como aceitável ou correcta.

CC

Maria Mendes

Unknown disse...

De salientar que a representante da FIPA, como está a representar os interesses económicos das industrias alimentares, não irá obviamente ser imparcial e por isso não pode ser confiar, pois o que interessa para as industrias é simplesmente o mais alto lucro possivel, pelo menos custo possivel, irrelevantemente se faz mal ou bem, desde que venda, as industrias não querem saber do resto.

Não sejamos ingénuos e não confiemos em lobistas como essa senhora que defende apenas o lucro das empresas que representa.

josé disse...

A obesidade é uma doença multifacetada com várias origens:
1) maus costumes alimentares
2)falta de exercicio fisico
3) tendência genética
4) virus que transforma células estaminais em gordura

Face a estas 4 origens podemos dizer que as que contribuem mais para este mal são os maus costumes alimentares devido ao fácil acesso das crianças a doces e à comida "fast food" e por outro à falta de exercício fisico, mais necessário hoje do que nunca visto haver um grande sedentarismo por parte das crianças por causa das suas brincadeiras se limitarem exclusivamente a jogos electrónicos.

Filipe Teixeira disse...

É importante educar e é importante controlar o tipo de alimentação nas escolas. Mas eu acabei o secundário há menos de 10 anos, e na altura já tínhamos acesso a lanches ricos em açúcar, lojas cheias de guloseimas, gomas, etc, etc.

Na altura comíamos e a maior parte das pessoas da minha geração não são necessariamente obessas. O que mudou afinal para agora andarmos preocupados?

A minha experiência como professor/explicador, será a de que talvez as crianças têm acesso a demasiado dinheiro. No meu secundário, a minha mesada pouco mais era que 5000$00 (em 1999, por isso, talvez equivalha a uns 35€). Hoje, tenho alunos do básico que recebem dos pais cerca de 10€ por dia?

Não seria melhor limitarmos os recursos e educa-los numa política de boa gestão dos recursos (com vantagens até noutras áreas) em que de nos limitarmos a limitar a sua liberdade de escolha?

Fica aqui a minha achega para a discussão. ;)

Unknown disse...

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Admira-me como é que o Sociedade Civil é ainda capaz de pedir uma opinião sobre alimentação, a uma senhora, Isabel do Carmo, que nem sequer é nutricionista (e ainda por cima o SC chama de especialista??), e que devido igualmente à polémica e deturpada reportagem da SIC (100% vegetal), que demonstra claramente que esta senhora não percebe de nutrição, é parcial e tem algum preconceito contra o vegetarianismo.

Aconselho a quando se falar de nutrição, que procurem sim alguém bem informado sobre o assunto e não pseudo-nutricionistas.

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Unknown disse...

Em ralação a escola penso que para podermos alterar os hábitos alimentares dos nossos filhos, devem eles (Escola) educar os "novos" pais que cada vez mais estão mais ausentes e trocam as refeições de casa por uma pizza ou hamburgueres para não cozinhar uma refeição caseira.
Vamos educar os pais para que eles possam educar os filhos.

Henrique 28 Anos 2 Filhos

Unknown disse...
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Ana Fonseca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lady_blogger disse...

Há infantários, onde a fruta é dada às crianças pela manhã e não ao fim ou imeadiatamente antes do almoço. E quem estiver na hora da fruta come, quem não estiver já não come fruta. Está correcto isso? E se as crianças tiverem outros hábitos em casa, podem os pais pedir aos infantários que os filhos comam a fruta à hora de almoço?

CC

Maria Mendes

Ana Fonseca disse...

Boa Tarde.
Estou agora a começar a fazer um trabalho sobre Obesidade. Em conjunto com o meu grupo, vamos fazer o cálculo de IMC à população escolar e fazer inqueritos aos mesmos.
Será que podiam disponibilzar-nos alguns dados acerca do tema de hoje?
Gostaria também de ter algum contacto da Sra Alexandra Bento, e a Sra Ana Leonor Perdigão. Ambas são nutricionistas, e gostava de trocar algumas palavras com elas, pois estou a pensar num curso de Nutrição. Estou no final do 12ºano, e com algumas dificuldades em decidir.

Obrigado. Ana Fonseca

Manuel Avelar disse...

Excelente a postura de equilibrio e de bom senso das convidadas...é a 1ª vez que vejo a Plataforma a funcionar assim nos midia. Pode ser que alguma coisa esteja a mudar!
O que não muda é a campanha de das farmaceuticas e da "health industry", que nos manobra a todos inclusivé os midia!
Não é verdade que Portugal seja o Pais com maior taxa calorica por habitante ( seja qual for a idade)...o que é verdade é que : Portugal é o Pais mais sedentário da Europa. Metade solução passa pelo gasto das calorias ingeridas ( actividade fisica) , a outra metade pela quantidade da ingestão das calorias como disse a Profª Isabel do Carmo...mas a campanha de desinformação global leva a que todos os esforços sejam colocados só na alimentação...pois não dá jeito falar no sedentarismo ( horas de TV, playstation, falta de desporto, estilos de vida activos, paciencia dos pais, etc)como se pode ver pelos convites feitos para esse painel, onde não há ninguem ligado à actividade fisica!
Enquanto os medicamentos contra a obesidade não forem comparticipados pelos Estados ocidentais... esta questão não se resolve! ( embora o problema exista e tenha que se falar nele!)

Unknown disse...

Além da publicidade que nos entra em casa, é também de salientar os produtos que, são publicitados e provados nas escolas, as "degustações"! Isto aconteceu na escola do meu filho, além de eu ter conhecimento que são vendidas pizzas no bar (que são encomendadas!) havendo no entanto um bom refeitório!

lady_blogger disse...

Quem tem dinheiro para ir comer a restaurantes, não pode dizer que o seu orçamento familiar não lhe chega para comer saudavelmente.
Eu posso ensinar a gerir o seu orçamento, dar dicas de poupança e até receitas de culinária saudáveis.
A grande questão aqui não será a falta de dinheiro, mas sim uma questão de hábitos.
É claro que também consumo tudo aquilo que não deveria, porém não cometo excessos, e dou preferência à comida confeccionada em casa.

CC

Maria Mendes

Mónica disse...

Tenho uma menina com 10 anos, 1,45m e 56 kg. Sei que está com excesso de peso.
Não come batatas fritas, nem bolicaos, chocolates ou gomas. Ela é alérgica - eczemas e asma - e controla-se imenso pois não quer ter ataques.
Notei que começou a aumentar de peso desde há 3 anos para cá, quando esteve internada com um ataque de asma onde lhe foi administrada cortizona injectável várias vezes por dia. Relaciono forçosamente com isso, dado ela continuar com medicação á base de cortizona (pulmicort).
É uma criança enérgica, activa, que pratica natação e brinca com os cães que tem, usufruindo do quintalão que temos. Andamos a pé, e temos a sorte de viver numa cidade que dá para fazer caminhadas pela praia seja verão ou inverno.
As refeições são tomadas em família e todos comem o mesmo.
Contudo na escola é forçada a comer pela funcionária que não os deixa sair da cantina sem que comam tudo. Por várias vezes já me chegou a casa indisposta por isso.
Gostaria de saber também até que ponto o factor herditário conta, pois com a idade dela, quer eu, quer o pai, e mais elementos da família (avós e primos) passamos pela fase dos gordinhos, deixando de o ser por volta dos 15 anos, sem dietas ou tratamentos.
Não sei que pensar desta "obesidade" da minha filha quando controlamos a sua alimentação.
Além disso que dizer dos professores de educação fisica que colocam estes alunos de parte, ameaçando de os "chumbar" e por vezes até insultando-os, não escutando sequer os pais, chegando a alegar coisas que assim não são.
Obrigada.
Mónica

13 disse...

Boa tarde.
Sou professora numa Escola da Margem Sul do Tejo.
Diariamente, e por decisão do Conselho Executivo, o bar fecha durante o período de almoço para que os alunos almoçem no refeitório. No entanto, o mesmo Conselho Executivo, permite que existam máquinas de vending à disposição dos alunos.
Uma no cravo, outra na ferradura!

Unknown disse...

De facto não estou a falar de fruta, infelizmente, mas sim dos "paezinhos com chocolate"!!!

Obrigada

13 disse...

As escolas tem lucro com os bares e com as máquinas de vending!!! É por esse motivo que os Conselhos Executivos das escolas não tomam uma decisão radical. Têm de ser os pais a forçar esta decisão!!!