quinta-feira, janeiro 3

Zero de alcoolemia



No ano passado a operação rodoviária de segurança na estrada durou cinco dias e contabilizou 19 mortes, mais do dobro que em 2005. Para este ano, a PSP alargou o prazo de intervenção, que começou a 25 de Novembro e termina a 7 de Janeiro.
As épocas festivas fazem disparar a sinistralidade e as principais causas são o excesso de velocidade e consumo abusivo de álcool.
A taxa de alcoolemia há décadas que é um pomo de discórdia: há quem defenda a manutenção nos 0,5gr, outros acham que pode ir até aos 0,8gr, mas também há pugne por uma redução drástica, para 0,2 ou mesmo 0,0gr.
Neste debate ainda será possível perceber porque é que a Direcção-Geral de Viação (DGV) permite uma margem de erro nos testes de alcoolemia, e a DECO garante que é ilegal esta portaria da DGV.

29 comentários:

Orlando Pinheiro disse...

Continuo a pensar que em Portugal nunca se formaram nem formam condutores.
Ensinam-se técnicas de como passar no exame de condução.
Não se forma, ensinam-se as respostas ás possiveis situações quando estivermos a ser avaliados.
E... de um dia para o outro passamos a ter a máquina mortal nas mãos.

Precisamos de formar condutores e não emitir licenças para matar.

Ricardo Godinho disse...

Boa tarde a todos!
Será que se houvesse mais operações pelos efectivos da brigada de transito, não só nas épocas festivas, o consumo de alcool não seria drasticamente inferior sem passar pelo zero de alcolemia?

F. Penim Redondo disse...

Em Espanha já se concluiu que as distracções são a causa de 37 % dos acidentes (muito mais do que a velocidade excessiva). Entre nós este assunto parece tabu.

Para mim a atenção é o factor chave na prevenção dos acidentes.
Também penso que se devia atacar o problema das distracções ao volante começando, desde já, a proibir todos os aparelhos que são instalados dentro dos automóveis e que exigem atenção visual do condutor. A publicidade (especialmente outdoors com imagens em movimento) em cruzamentos e ao longo das estradas também devia ser proibida.
A partir daí deviam ser propostos sistemas, a adoptar pelos fabricantes, que evitassem que o condutor se distraísse ou adormecesse.

Rosa disse...

Boa Tarde

Penso que tudo isto resulta duma falta geral de civismo.

A redução do alcool e a melhoria das escolas por si so não resolvera nada.

Tem que ser formação de base

Rosa

ATL das Escolas EB1 nº1 Belas e EB1/JI Fonteireira disse...

Boa tarde aos peões!

Vamos deixar-nos de demagogias, principalmente de quem está ligado à temática. Como podemos ter condutores adequados, se não temos bons peões? Ouvimos falar de manuais para a escola e de facto é aqui temos que de trabalhar, mas esses manuais são direccionados para a condução e tudo o que diz respeito à mesma. Será que os grandes demagogos não sabem que as crianças não conduzem? Temos sim que desenvolver projectos de prevenção para o peão para as escolas, mas projectos práticos e que permitam treinar comportamentos e experimentar.
Só assim temos um futuro mais aberto a comportamentos de prevenção!

Orlando Pinheiro disse...

Uma pergunta.

Qual a formação especifica em condução, segurança, e outras, dos formadores das escolas de condução?

obrigado

ATL das Escolas EB1 nº1 Belas e EB1/JI Fonteireira disse...

Pesquisem sobre o "Pézudo de Belas"... um exemplo de evolução e real prevenção!

Unknown disse...

Boa tarde!
Ao sr presidente ansr, 1 instrutor tem obrigatoriamente de frequentar 1 curso de actualização para que possa validar a sua licença, esse curso de actualçização é primeira/ aos 30 anos e de 5 em 5 anos. Por tal que ñ afirme que não há 1 carreira...
Obrigada, ana

Unknown disse...

Pois é meu caro representante das escolas de condução, fique o senhor sabendo que esses centros de condução avançada, ensinam muito melhor a controlar um veiculo do que uma escola de condução convencial.
Mas o que defendo é que passe a existir formação sobre condução nas escolas, desde tenra idade e com simulação real adequada às idades, sugiro também que se aproveitem os simuladores de condução das consolas de jogos para se educar verdadeiramente as pessoas, pode-se aprender algumas coisas sobre o comportamentos dos veiculos nesses jogos. Também deveriam existir simuladores reais de condução como existe para a formação aéronaútica, pois a prática e o conhecimento das técnicas correctas é que faz um bom condutor.

Orlando Pinheiro disse...

ana disse...
Boa tarde!
Ao sr presidente ansr, 1 instrutor tem obrigatoriamente de frequentar 1 curso de actualização para que possa validar a sua licença, esse curso de actualçização é primeira/ aos 30 anos e de 5 em 5 anos. Por tal que ñ afirme que não há 1 carreira...
Obrigada, ana

14:43


Alguem me diz em que consiste esse curso? Qual o seu programa e duração? Há quem não passe esse exame?

Jorge Adriano disse...

Hoje em dia, vivemos numa aldeia global, por isso seria sempre recomendavel olhar para paises que estão mais a frente nesta matéria.
No Reino Unido, todos os condutores que tiram a carta tem cerca de 3 anos de carta condicional. Isto faz com que eles tenhan necessariamente que aprender a realidade, já que cada erro (conduzir com velocidade ou com alcool) e pago com a perda da carta. Sei que a nossa sociedade e um pouco diferente mas poderiamos adoptar esta medida como meio de responsabilidade.
Outro Ponto sãó as cameras e a policia, lá previligia-se a prevênção e não a punição. A policia faz sempre questão de dizer onde vai estar as cameras e onde estão os carros patrulhas. Esta medida tem como função a prevenção, já que os condutores tomam medidas e só são apanhados os verdadeiros previricadores.

Orlando Pinheiro disse...

100% de acordo com o 'j'

Rómulo disse...

Velocidade excessiva e alcoolémia, são as duas causas de maior sinistralidade rodoviária a eliminar.Fácil: mais polícia nas estradas e melhor formação de condutores no âmbito do civismo rodoviário. Incutir em todos os futuros condutores a noção de "Condução defensiva".

Gil Fonseca disse...

Boa tarde.
Estou a par de alguma informação acerca da margem de erro das taxas de alcoolémia, estas margens de erro já foram abolidas no corrente, creio que a Deco tem em parte razão em discordar, uma vez que os aparelhos de teste de álcool são devidamente calibrados não havendo razão para aplicar margens de erro, uma vez que se fizer a recolha de sangue, quando os condutores apresentam problemas no sopro, esta taxa é exacta e aí não existe margens de erro.

Ricardo Godinho disse...

se calhar se houvesse uma disciplina obrigatória nas escolas de condução que fosse orientado não só para o estado do piso mas também para os acidentados derivados do consumo de alcool e estupefacientes, talvez reagissem de modo diferente quando estão ao volante.

Unknown disse...

Algumas questões:
1. Qual é a percentagem de condutores "alcoolizados" (com mais de 0,5 g/l) detectados em cada operação STOP de larga escala realizada num fim de semana na zona de Lisboa?

2. Qual é o número médio de acidentes numa noite de sexta-feira ou sábado com e sem operação STOP?

3. Qual é a percentagem de acidentes em que o condutor responsável pelo acidente está "alcoolizado"?

Com certeza que a ANSR (ou a antiga PRP o a DGV) tem respostas para estas perguntas. Porque não as divulga? Se não tem respostas, penso que não se pode dizer que tenha estudos sobre a sinistralidade e prevenção da sinistralidade credíveis.

Cumprimentos.
Carlos.

Unknown disse...

Olá Fernanda e convidados!

Tenho o prazer de participar pela primeira vez neste programa de grande interesse, e neste assunto que me toca de particular modo: Sou Agente da P.S.P. e a minha esposa é instrutora de condução.
Assim, no que toca à legislação rodoviária, no âmbito da aplicação, o que falta, e contráriamente à opinião do director da ANECRA, é exactamente uma actuação mais incisiva na fiscalização e na punição dos infractores, que com o crescente aumento dos alertas, não podem vir a público dizer que é inadmissível a caça à multa, quando o que nós agentes fiscalizadores fazemos é fazer cumprir as normas do Código da Estrada. No âmbito do ensino e como já foi frisado, os instrutores de condução ensinam os instruendos a fazer os exames teóricos e práticos e não os preparam condignamente para a prática da condução. No entanto, para que um instrutor possa exercer a sua actividade, vê-se obrigado a fazer cursos de reciclagem!?!?!? Então e os codutores???? Esses estão, a partir do momento em que tiram a carta, isentos de acções de reciclagem, tanto mais que, o Código da Estrada é alerado com tanta frequência que é perfeitamente plausivel que não tenham conhecimento dessas alerações. O alcool é apenas a ponta do iceberg!!! Mudem a mentalidade dos condutores. Obriguem-nos a fazer exames teórico-práticos com alguma regularidade e vejam como reprovam. A carta por pontos é uma solução viável mas o ensino da condução deve ser muito mais rigoroso.

camaolpi disse...

o controlo policial é indispensável para atingir os objectivos delineados pelo governo. o problema é que antes do objectivo segurança/menor mortalidade rodoviária está o objectivo facturação... em oposição à visibilidade dissuasora da GNR, o que temos com frequência é situações de ataque matreiro, tipo raposa acoitada à espera da incauta presa... Trata-se de falta formação nas forças policiais ou as ordens são mesmo as de caçar descuidados...

Unknown disse...

Sou a favor de 0,2 de alcoólemia, só para existir um valor que tenha margem para alguma eventualidade de apareçer alcool, penso que este valor não interfere, sendo quase residual, porque por princípio acho que devia ser zero alccol, não estou com isto a dizer que não se deva beber alcool, mas SE CONDUZIR NÃO BEBA.

Mas também acho que se devia alterar outras situações, e são as seguintes:
- Aumentar as velocidade máximas para 140 kmh nas autoestradas;
- Acabar e reprimir fortemente a condução em contra-mão;
- Retirar a carta a muitos idosos que já não têm capacidades para tal, pois estão a ser responsáveis por condução em contra-mão e condução a baixas velocidades nas auto-estradas;
- Maior represão para os ditos condutores profissionais quando infrigem a lei;
- Maior sinalização das estradas e seus obstáculos;
- Melhoria das condições de circulação em troços em obras, pois neste caso estão a passar-se autênticas barbaridades, como no caso dos alargamentos da Brisa e outros concessionários.

Eduardo Freitas disse...

Boa Tarde!

Gostaria que os Srs. Entrevistados fossem confrontados com as situações reais que se me deparam todos os dias e que pôem em causa todos os conceitos de aprendizagem cidadania e civismo dos condutores Portugueses.
1 - Nas Auto-Estradas, quando estou a fazer uma ultrapasssagem, os condutores aproximam-se de mim a menos de um metro de distância.
2 - Em vias com 3 ou mais faixas, circulam todos nas 2 faixas mais à esquerda.
3 - Quando se aproximam de uma rotunda, circulando numa via com 2 faixas, apesar de continuarem sempre na faixa esquerda, começam por ligar o pisca da esquerda, continuando a fazê-lo em toda a rotunda mesmo que sigam na faixa exterior (direita), quando a rotunda tem 3 ou mais faixas. Depois quando saem não sinalizam, com o respectivo pisca para a direita.
O que é extremamente grave nisto é que vejo quase todos os veículos das Escolas de Condução fazer esta manobra e aconselhá-la aos seus alunos.
Existe muita falta de Bom Senso e, sabe-se perfeitamente que uma condução exemplar significa 50% de cumprimento das regras de Trânsito e 50% de bom senso.

Paulo disse...

As margens de erro nos alcoolimetros, em uso nas forças de segurança, determinadas por despacho do ex-director geral de viação, já não estão em uso em virtude daquele despacho, ter sido considerado ilegal por não ser o director geral de viacção competente nesta matéria.
Em 10/12/2007´, foi publicado uma portaria que vem dar uma margem de erro aos aparelhos quantitativos na determinação da taxa de alcoolemia no sangue, ora ao serviço das forças de segurança.
As perguntas que nunca tiveram resposta por parte da ex- direcção Geral de Viação e, agora, pela Autoridade Nacional de Segurança Rodóviaria(ANSR),são as seguintes:
- Quantos autos de contra-ordenação prescrevem anualmente devido a uma resposta inificaz, por parte das autoridades com competência para o processamento dos processos de contra-ordenação?
- Quantas contra-ordenações deixam de ser levantadas/arquivadas anual mente, ao abrigo do actual Artigo 64º do Código da Estrada?
Boa tarde.

antónio disse...

o consumo de haxixe, por exemplo, é detectável no suor por mais de dois dias. mas o efeito mental dura entre 1 e 3 horas. e no sangue, então, dura cerca de um mês. ou seja, alguem que tenha fumado ontem à noite e seja testado hoje, dará positivo, apesar de já não estar sob qualquer efeito.
Isto é justo?

Unknown disse...

O meu amigo sabe como é que o profissional de condução passa a ser recompensado? É passando a ser funcionário do Ministério da Educação e acabando com o negócio das escolas de condução. Fique o senhor sabendo que de aumentos estão os portugueses cheios, e a sua conversa pareçe querer levar a um aumento do custo da aqisição da carta de condução.

Unknown disse...

Cara Fernanda:
Apenas para concluir a minha participação neste assunto que tem tanto pano para mangas.
O que mais me entristece, no desempenho da minha actividade profissional, é a contínua despreocupação dos pais para com os seus filhos, que os tratam como mera carga, pois os pais vão nos bancos dianteiros com cinto de segurança e os filhos, que não pensam por si, vão nos bancos traseiros sem cinto, mesmo após as várias acções de fiscalização junto das escolas e as campanhas de divulgação nos meios de comunicação social.
Obrigado pelo bom trabalho levado a cabo pela vossa equipe!!!

lady_blogger disse...

Olá!

Começo por reiterar os meus votos de Óptimo Ano!

Eu já por cá apareci ontem, não propriamente no blog, mas enviei um mail ao SC para que fosse publicado no contexto do tema de ontem. Será que ainda não o viram?

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Relativamente ao tema de hoje, bem se poderia adoptar na prática o já velhinho lema "se conduzir não beba e se beber não conduza".
Mas não é só o alcool o único culpado da sinistralidade rodoviária. A falta de descanso, falar ao telemóvel enquanto se conduz, o mau estado dos automoveis e dos pisos das estradas, ou sinalização por vezes escondida por vegetação, a falta de civismo da parte de alguns condutores, pequenas distracções, o não domínio de todas as regras de trânsito, o uso incorrecto dos cintos de segurança, etc, etc, são outros motivos para grande parte dos acidentes rodoviários que se registam nas nossas estradas.
Há uns tempos sugeri aqui que as nossas autoridades policiais deveriam não ser tão punitivas com o recurso ao uso das multas, mas sim deveriam ter um papel mais interventivo na área da prevenção. Se prevenissem tanto quanto multam seria o ideal. Fica mais esta sugestão...

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lady_blogger disse...

E que tal deixarem de fazer da carta de condução de ligeiros de passageiros mais um negociata, e passarem a adoptar esta como disciplina curricular?! Assim não haveria as ditas cartas compradas...
Isto já acontece noutros países. Se funciona para eles, porque não poderá funcionar em Portugal? Já sei, os portugueses precisam de ser ainda mais explorados... Assim não saímos do marasmo de outros tempos.

CC

Maria Mendes

Anónimo disse...

Talvez seja altura do estado, que a fumadores como eu impos limites onde posso fumar, crie uma proibição de venda de alcool das 08:00 as 20:00, e caso não resulte porque não confiscam a viatura e carta, sendo a viatura vendida em hasta publica revertendo o dinheiro para a prevenção rodoviaria??
ja o excesso de controlo, ou coimas, não parecem ter efeito, mas tambem pode ser por sermos portugueses não temos nem noçoes de etica nem de moral para nos mentalizarmos de que com alcool não passamos a ser o Senna, mas mais o Mr.Magoo.