sexta-feira, fevereiro 22

Energias renováveis – acabar de vez com o petróleo?

A meta das energias renováveis foi estabelecida pelo primeiro-ministro, para o início de 2010, em 45% total da electricidade produzida. Mas as expectativas foram superadas, e no final do ano passado já se tinha atingido 39,7%. Iremos inevitavelmente conquistar a eficiência energética, dado que estamos cada vez mais dependentes da importação de combustíveis fósseis. Porém, há quem diga que as energias renováveis actualmente em uso limitar-se-ão a suprir o crescimento do consumo energético, não diminuindo recurso ao petróleo.

24 comentários:

lady_blogger disse...

Às custas das energias renováveis surgiram novos empregos em que os trabalhadores são explorados e ainda têm de investir dinheiro próprio para trabalhar. Sei de casos concretos onde nem as empresas contratantes sabiam que tinham de pedir determinadas licenças, e não dão salários aos trabalhadores, e ainda pedem a eles que paguem publicidade e usem o próprio carro sem ajudas de custo. A contrapartida é uma percentagem sobre os produtos que cada trabalhador venda. Esses gestores de negócio, são uma mão-de-obra barata e até em certa medida explorada.

Sobre a possibilidade das energias renováveis suplantarem o recurso ao petróleo, acho que isso não vai acontecer, pois estes recursos irão coexistir, porém poder-se-á recorrer muito menos ao uso de petróleo.

CC

Maria Mendes

Unknown disse...

A solução não está em produzir cada vez mais energia sem parar, mas sim na REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA.



Os biocombustiveis (ou agrocombustiveis) de larga escala são uma total mentira e falácia.

Ao contrário do que as empresas que os fabricam dizem, estes combustiveis produzem bastante CO2e são muito mais prejudiciais ao ambiente do que o petróleo, pois requerem enormes extensões de monoculturas e de terrenos devastados como selvas e florestas, que destroem completamente a zona e a sua biodiversidade, requerem imensos químicos, imensa energia e água, ainda por cima a grande maioria são provenientes de plantas transgénicas, o que acaba por ser ainda pior.

Os biocombustiveis estão a tornar-se na 2ª maior causa de destruição da amazónia (logo depois da criação de pasto e plantas para alimentar gado), e são a principal causa para o aumento sem parar do preço de muitos alimentos como os cereais.

Muitos agricultores estão a parar de produzir alimentos para produzirem biocombustiveis porque ganham mais dinheiro.


É surpreendente como neste mundo egoista e distorcido, se tenha de produzir biocombustiveis e fazer com que milhões de pessoas passem fome ou tenham de pagar muito mais por alimentos básicos (em especial em paises mais pobres), apenas para que nos paises mais ricos alguns possam ir de pópó da sua rua para o café da esquina.

Que vergonha.
Parem de usar o carro, usem transportes publicos, bicicleta ou ir a pé.



Saiba mais em www.stopogm.net

Unknown disse...

Biocombustíveis elevam preço de alimentos, sobretudo nos países mais pobres


Um estudo divulgado hoje em Paris pela FAO – organismo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação e OCDE-Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico, revela que a crescente demanda por biocombustíveis já está a provocar uma alteração no mercado agrícola internacional, com a consequente subida dos preços de alguns alimentos. O prognóstico dos organismos das Nações Unidas é tornado público no mesmo dia em que Bruxelas discute as políticas de apoio aos biocombustíveis.

Os autores do estudo intitulado "OECD-FAO Perspectiva Agrícola 2007-2016" estão convencidos de que os preços dos produtos agrícolas vão subir. Consequência: os consumidores terão de pagar mais pela carne, produtos lácteos e óleos vegetais, o que aliás já se verifica. Os países importadores e as camadas mais pobres das populações urbanas têm motivos para estar preocupados.

Segundo a FAO, o preço da carne subiu 7,6% no mês de Março em comparação com igual período em 2006. O preço dos produtos lácteos, por sua vez, aumentou 46% desde Novembro.

Desequilíbrio nos mercados

O documento refere ainda que a procura de cereais, açúcar e óleos vegetais, usados em larga escala na produção de biocombustíveis – indústria rápida expansão – irá afectar significativamente o sector agrícola nos próximos dez anos.
Os autores do estudo afirmam que as “mudanças estruturais como o aumento na procura de matéria-prima para a produção de biocombustível, bem como a redução de excedentes resultantes de reformas no sector agrícola, levadas a cabo no passado, podem manter os preços acima dos níveis de equilíbrio históricos durante os próximos dez anos”.
Prevê-se que substanciais quantidades de milho nos EUA, trigo na União Europeia e açúcar no Brasil vão ser usados na produção de etanol e biodisel.

O caso do milho – principal matéria-prima utilizada na alimentação animal – é paradigmático. De acordo com os relatores da OCDE/FAO, estima-se que somente nos EUA, no período entre 2007 e 2008, serão necessárias 86 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol. Ou seja, 60% a mais (30 milhões de toneladas) do que o total utilizado no período anterior. Representa também uma quantidade superior ao volume total de exportações de milho em todo o mundo, estimado em 82 milhões de toneladas. Nos EUA, a quantidade anual de etanol produzido a partir do milho deverá duplicar até 2016.

Na União Europeia – que produziu 3,9 milhões de biocombustíveis em 2005, um acréscimo de 60% em relação a 2004 – a quantidade de cereais para a produção de biocombustíveis deverá passar de 10 milhões de toneladas para 21 milhões de toneladas, até 2016.

Metade da matéria-prima utilizada pela UE para produzir biocombustível é originária do Brasil, que exportou 50% das 538 mil toneladas de óleos de soja e palma comprados pela UE com este fim.

O açúcar é o único produto que ainda não corre o risco de ficar mais caro, apesar do Brasil – maior produtor mundial – continuar a utilizar uma quantidade cada vez maior de cana-de-açúcar para a produção de etanol, disse à BBC Abdolreza Abbassuan, um dos autores do estudo.

Biodiversidade em perigo

No passado mês de Abril, cerca de 200 organizações ambientalistas assinaram uma carta aberta a classificar o etanol como “ameaça disfarçada de verde”. O documento, divulgado em Madrid, critica duramente a União Europeia que este ano fixou metas de utilização de biocombustíveis, e aponta para outros tipos de energia alternativa – eólica, solar e de biomassa – muito menos prejudiciais para o ambiente.

Os ambientalistas argumentam que grande parte da matéria-prima destinada à produção de biocombustíveis na UE será exportada pelos países do hemisfério sul. “Ora, embora isto pareça uma grande oportunidade para as economias do sul, as monoculturas (soja, milho, cana-de-açúcar e palmeira) conduzirão a uma maior destruição da biodiversidade e do sustento da população rural”.

Questionado pelo Expresso, o responsável pelo GAIA-Grupo de Acção e Intervenção Ambiental defende que "os biocombustíveis ou, mais correctamente, agrocombustíveis são, mais do que uma solução, uma ameaça para a segurança e soberania alimentar”. Gualter Barbas Baptista explica: "Na hora do agricultor decidir entre um cultivo para alimentação de pessoas que ganham menos de um dólar por dia ou para abastecer automóveis a mais de um dólar por litro, obviamente que estaremos perante um sério problema para toda a sociedade".

Para este ambientalista português, há ainda outras razões para se recusar a nova política energética europeia. Com efeito, os resultados de alguns estudos científicos recentes "indicam que os agrocombustíveis consomem mais energia do que aquela que nos devolvem, devido à elevada intensificação da agricultura, assente no monocultivo (incluindo a utilização de transgénicos) e a associada mecanização e utilização de agroquímicos, como os pesticidas e os fertilizantes".

Maria Luiza Rolim

Fonte: Expresso.pt

Unknown disse...

BIOCOMBUSTÍVEIS, NÃO OBRIGADO!
UMA SOLUÇÃO LETAL

Precisamos de uma moratória de cinco anos nos biocombustíveis, antes que eles destruam o planeta.

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Até aqui era um caso de boas intenções mal dirigidas. Agora é simplesmente fraude. Os governos que usam biocombustíveis para lidar com o aquecimento global sabem que é pior a emenda que o soneto. Mas nem pestanejam.

Teoricamente, combustível feito a partir de plantas pode reduzir a quantidade de dióxido de carbono emitido por carros e camiões. As plantas absorvem carbono à medida que crescem – e ele é de novo libertado quando o combustível é queimado. Ao encorajar as companhias petrolíferas a mudar das plantas fósseis para as vivas, os governos dos dois lados do Atlântico proclamam estar a “descarbonizar” as nossas redes de transporte...


http://stopogm.net/?q=node/178

Vicente Gomes disse...

Quero deixar aqui um repto aos senhores convidados do programa de hoje... Expliquem por favor quais são as vantagens e desvantagens dos biocombustiveis!
Cresci a ouvir falar nesta esperança energética e agora vejo que há mais quem desconstrua esta necessidade de produzir biocombustiveis, do que quem defenda esta alternativa energética.

pedro carreira disse...

o único se não é o preço elevado destas energias. com o avanço destas energias o país vai poupar muitos milhões do petróleo, que estamos tão dependentes.

Luis Matos disse...

Questões muito sinples e concretas:

1- Não haverá um excessivo apoderamento do sector das energias renováveis por parte de poderosos grupos económicos em detrimento de uma crescente e desejável participação de soluções de pequena escala ao nível da comunidade?

2- Sendo que a bioenergia constitui a principal forma de energia renovável em Portugal (superior a 70%), por que razão essa forma de energia não assume maior protagonismo no panorama nacional.

pedro carreira disse...

gostava de ver mais vezes este tema a ser debatido, visto a não ser muito divulgado

Pedro de Castro disse...

Boa tarde,
A emissão de gases com efeito de estufa é sem dúvida preocupante embora se coloque em destaque o dióxido de carbono. Mas gases como o metano, largamente produzido em pecuárias em particular associadas à criação de vacas e porcos, e o vapor de água. Em alguns dos combustiveis de substituição é referido que o resultado é a emissão de vapor de água, não poderemos encorrer no mesmo erro que aconteceu com a emissão de CO2? E como é que podemos reduzir a emissão de metano que tem um efeito de estufa bastante superior ao CO2?

Unknown disse...

Cara fernanda e restantes,

Sobre essa questão da produção de carnes, basta dizer que esta é a principal responsável pela destruição de selvas virgens como a amazonia, e foi oficialmente anunciado por um estudo cientifico da ONU em 2007, como sendo o principal motivo para os gases de efeito estufa e pelas mudanças climáticas, sendo mesmo superior à questão da poluição causada por todos os transportes publicos e privados no mundo.

Sem esquecer que os recursos naturais e energéticos utilizados para alimentar quem consome carnes, podem alimentar entre 10 a 20 vegetarianos.


Ou seja, ser vegetariano é simplesmente o mais facil e o maior contributo que uma pessoa pode dar ao mundo, e a si mesmo.


Vejam o "carne é fraca" no video.google.com

Pedro Santos disse...

- Finanças PENALIZAM habitações que recorrem a Energias Renováveis.

Talvez alguém do painel de convidados possa explicar porque é que, se é um compromisso do governo apostar em energias renováveis, as finanças ao realizarem as avaliações para imposto de IMI, penalizam as habitações que recorrem à (Modelo 1 do IMI, Quadro 62, ponto 27) "Utilização de técnicas ambientalmente sustentáveis, activas ou passivas" (como um painel solar, por exemplo).
Não se compreende como é que alguém que faça o esforço financeiro para adquiri um destes equipamentos, ainda veja o seu imposto de IMI agravado.

rafael disse...

um dia será realidade.

http://createinovate.blogspot.com/2008/02/o-futuro-hoje-carro-do-futuro-apenas-um.html

deixo este vídeo como um bom comentário.

rafael disse...

não sei se é possivel verem o video portanto deixo novamente.

http://www.5min.com/Video/The-Future-Car---Skateboard-6475583

é uma boa solução para o sector do transporte privado

radioactive woman disse...

Boa tarde,
a minha questão foge um pouco ao que tem sido falado durante o programa.
mas gostaria de saber a vossa opinião acerca da centrais nucleares de fissão? ( não confundir com fusão)
pelo que sei é uma fonte de energia inesgotável, não poluente, não perigosa! mas com um investimento enorme.... mas não seria algo a considerar?
obrigada

Teresa Duarte

Unknown disse...

Onde se pode obter informação disponivel on-line sobre mini-éolica, para produção própria e venda para a rede, com dados sobre custos, sustentabilidade do investimento, etc.

Miguel Batista disse...

Sou defensor convicto das energias renováveis, contudo tenho uma prestativa diferente no que diz respeito á sua aplicação. Defendo a ideia da arquitectura auto sustentável, que já é mais do que real, embora esta ideia seja boicotada pelos interesses capitalistas.
Contudo sou contra a implantação de enormes torres eólicas e grandes zonas de painéis solares visto que o preço a pagar é a destruição da nossa paisagem com tamanhas estruturas.

druncen disse...

Em relação a formas de armazenar a energia com origem em fontes renováveis, solar e eólica em particular.
Qual é a opinião do painel de convidados em relação ao Hidrogénio?

1 - É viável produzir Hidrogénio utilizando apenas energias renováveis e água como matéria-prima?
2 - Para quando prevêem que o hidrogénio se torne um combustível alternativo aos combustíveis fosseis?
3 - Se um dia todos os automóveis passarem a ser movidos a hidrogénio, o vapor de água produzido poderá trazer problemas ambientais?

Obrigado.

Carlos Almeida

Anjos disse...

BOA TARDE!
Pois a ideia de todos abandonarmos o transporte próprio e optar pelo colectivo é muito Bonita e floreada,só que na prática está muito longe de ser vantajosa,aplicável e possível.
Os horários de transportes colectivos em determinadas aldeias, vilas e cidades de Portugal obrigariam os portugueses a se deslocarem às 5h da manhã para começar a laborar às 9h30.E estou a falar de distâncias de 20 a 30 Km.E eu que sempre utilizei transportes colectivos falo por experiência própria.E tudo ainda se aguenta sem crianças.A partir daí é o caos.Não existem rampas que permitam acesso nem a carrinhos nem a deficientes na grande maioria dos autocarros públicos.Entrar com filhos pequenos,carrinhos e outros objectos é uma verdadeira aventura radical.Experimentem!

Deragnu disse...

Partem na maior parte de pressupostos errados. Francisco Ferreira tudo muito bem, mas porquê não come menos, sabe quando CO2 pouparia. Olhe, como estou desempregado por ter fechado o estabelecimento e ter 47 anos. Como não tenho dinheiro, poupo também na comida, não vou trabalhar poupo nos combustíveis, etc, etc, portanto sou um ecologista, aliás sempre fui. Aquecimento não, não há dinheiro, nem para lenha nem para electricidade.

O que eu quero dizer é quem polui e polui a sério são os ricos, aliás como costumo dizer ”poluir não é para quem quer é para quem pode”.

Etanol, muito bem, mas logo logo será agravado o seu preço parta o estado ter receitas para conseguir pagar ordenados obscenos, como dia um antigo ministro, (mas que não alterou nada.

Sabem que mais, fico por aqui, estou a lembrar-me do live earth (quando CO2 produzido?)

Anttónio
Bom fim de semana, e por favor não transpirem, olhem o metano)

Lembram-se o que escrevi ontem? Até a SEBES confirma.

Unknown disse...

Nuclear não obrigado. Temos vento, sol, mar e rios de borla e no futuro os transportes que consomem petróleo vai chegar a solução.

Deragnu disse...

Faltou "falar" sobre:

Porquê não se fala na energia atómica?
Porquê não se investe mais e a sério de forma não amadora na fusão nuclear, essa sim uma energia sem qualquer tipo de custos ambientais?
Alta tecnologia, não soluções de recurso, que não passam de "desenrrasques.

Anttónio

Unknown disse...

Já que as energias renováveis têm tantas vantagens e o nosso governo quer fazer "parecer" que é o futuro e há metas a atingir neste campo. Porque é que não deixam pequenas empresas ou particulares montar sistemas renováveis e vender essa energia ???
Porque só as grandes empresas é que têm sempre acesso a estes negócios ?
Talvez (como esse Sr. diz),o vento ou o sol custam 0 € .
E são sempre os mesmos a poder ganhar dinheiro neste país.

Obrigado

Rui Neves

Victor Alves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Victor Alves disse...

Já que hoje se fala de ambiente e sustentabilidade aqui fica o meu blog: Montesinho Natural - www.pnmontesinho.blogspot.com

Debate o tema da instalação de eólicas neste área protegida.

Boas tarde a todos