segunda-feira, abril 14

Produtos naturais fora de controlo?

Os recentes casos de reacção alérgica e toxicidade do fígado por uso de um produto natural levantam velhas dúvidas sobre estes produtos.
A falta de regulamentação desde a venda até ao consumo, a escassez de investigação para comprovar níveis de qualidade e as diferenças metabólicas de cada pessoa são as principais explicações apontadas para efeitos secundários dos produtos naturais.
Alguns especialistas lembram, ainda, a necessidade de regulamentar as profissões desta área, como fitoterapeutas e naturopatas.
Afinal, que efeitos têm estes produtos na nossa saúde? Isto quando mais de metade das portuguesas estão em dieta e quando os suplementos naturais só em 2007 venderam 850 mil unidades. Todas as explicações no Sociedade Civil.

39 comentários:

Unknown disse...

Os culpados por esta situação é a falta de regulamentação nacional e comunitária sobre esta àrea, bem como dos seus profissionais.
Não se pode afirmar que um produto por ser natural pode ser consumido sem restrições, isso é errado, pois qualquer substância natural em excesso pode originar graves lesões ou até a morte, como qualquer medicamento convencional se tomado erradamente.

lady_blogger disse...

Algumas utilidades para os produtos naturais podem ser encontradas em 1001dicas

CC

Maria Mendes

Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência disse...

Concordo em absoluto que se deve controlar os produtos de saúde alternativos.
Mas acho que não se pode interpretar a procura de alternativas à medicina convencional como mera moda ou desejo de manter a linha. A procura de alternativas tem a ver sobretudo com o facto de a medicina convencional ter limites cada vez mais visíveis no tratamento e prevenção de doenças. A medicina convencional tem de se abrir às influências interessantes que vêm de outras culturas (como no caso de França, em que a homeopatia é uma prática integrada no sistema de saúde) e inverter o dogmatismo e prepotência que resultam de um encerramento a outros tipos de conhecimentos.
Conheço, inclusivamente, vários médicos que praticam medicinas alternativas de forma complementar.
Pergunta: porque existe tanto medo de legalizar e regulamentar as medicinas alternativas? Seria muito mais fácil controlar a sua qualidade, ou não?

Ludovico M. Alves disse...

Boa tarde à Fernanda e aos convidados. Toda a gente conhece as velhas mezinhas e chás, autêntico folclore e parte da nossa cultura e alimentação. No entanto, uma coisa é “medicina tradicional”, outra é vender, como é feito, como medicamento ou suplemente à saúde.
Numa visão, muito extremista e radical, algo que é vendido como medicamento – ou meramente como um relaxante, facilitador do metabolismo, redutor de colesterol – existem duas visões gerais:
1 - O “produto/suplemento/etc” não possui o efeito desejado e publicitado e é burla, ou outro crime adequado. E mesmo não sendo crime, é pura e simplesmente, algo irresponsável sem controlo.
2- O “produto/suplemento/etc” possui, de facto um efeito. Ora, se agem como “medicamento”, não fogem às regras dos metabolismos do corpo humano. Tal como um medicamento, possui um princípio activo. Possui metabolitos secundários. Se algo produz mesmo um efeito publicitado, anunciado, tem que ser documentado. Para um médico ou farmacêutico ou alguém com formação bioquímica da saúde, tem de se saber tudo. Princípio activo e metabolitos secundários, para os médicos/técnicos de saúde os poderem tratar como terapêuticas, sabendo assim como interagem com maleitas e outras medicações e tratamentos que se estão a realizar.
Em suma, qualquer uma das situações – que não há dúvida que há exemplos de ambos os casos. Na primeira opção, há a medida judicial e da legislação, na segunda, há que realizar e apresentar estudos. Qualquer medicamente envolve anos de testes, e sempre com uma margem de erro. É um perigo para a saúde pública andarem a circular como medicamentos algo sem controlo nenhum, acessível por um punhado de euros e o mínimo de controlo. É preciso apresentar estudos de citotoxicidade. Artigos. Literatura. Factos, principalmente, factos e não mero marketing.

Ludovico M. Alves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lady_blogger disse...

O maior erro é ingerir qualquer produto em excesso, mesmo os naturais, e isto porque pode de algum modo conter uma substância aditiva.

CC

Maria Mendes

Unknown disse...

A comunicação sobre estes produtos, tal como de quaisquer produtos alimentares funcionais, deve ser observada para não serem deseducativas, abusivas e/ou enganosas.
Esta semana vi numa loja de produtos naturais o seguinte teaser: "Continue a engordar, vai ver onde vai parar!" Não sei de qual produto se trata, mas considero abusivo e impróprio.

EviL disse...

Anda por aí uma marca norte-americana bem conhecida de produtos à base de plantas (é comum ver publicidade da mesma colada em carros).
Trata-se de um duvidoso esquema piramidal (leia-se: ilegal) onde o que interessa é vender ao máximo.
Seria bom legislar rápidamente sobretudo para impedir a venda maciça destes produtos à mesma pessoa.
Pois há sempre pessoas que não sabem quando parar, sobretudo quando é para emagrecer.
Pessoalmente penso que o problema está no excesso das pessoas e não nos produtos.
Haverá sempre alguns casos, óbviamente, de alergias e afins tanto com medicamentos como produtos à base de plantas...

Unknown disse...

Meu caro, isso de querer saber de medicina mais do que um médico é mesmo de fazer rir, se bem que alguns sejam fraquinhos, mas olhe que não é o caso da Doutora que está ao seu lado!

lady_blogger disse...

A ASAE tem algum controle sobre a comercialização dos produtos fitoterapêuticos?

CC

Maria Mendes

PRL disse...

Sou Farmacêutico. Terminei o curso à pouco tempo e é prática comum o doseamento e identificação de alguns produtos dietéticos escolhidos aleatoriamente. Pasmem-se quando muitas vezes o produto vendido nem é o produto inscrito na embalagem. Não existe nenhum controlo de qualidade nesta área... Para além de muitos actuarem simplesmente como placebos. Mesmo esta análise de eficácia para a sua introdução no mercado é insuficiente. Actualmente um medicamente para ser introduzideo, necessita, não só de estudos de eficácia, mas fundamentalmente de segurança! Todo o seu ciclo de vida se encontra muito bem controlado. Tal infelizmente não se verifica com os dietéticos. Já para não falar no grau de formação de muitos logistas que apenas têm a componente comercial em vista. Na minha opinião, à muito que esta área deveria ser regulamentada e apesar de não se apresentar tão exigente quanto a terapêutica, Deveria ser também considerada a vertente da segurança na sua implementação. Lembrem-se de casos como a talidomida e tantos outros, que por desconhecimento dos seus efeitos no organismo causaram verdadeiras catástrofes a nível mundial!

PJL

Unknown disse...

POR TERMOS O LOBBY FARMACÊUTICO É QUE NÃO QUEREMOS OUTRO LOBBY, O NATURAL, HAJA EQUILÍBRIO ENTRE AS DUAS.

sonharamar disse...

uma LARANJA não é um medicamento nem um suplemento alimentar e CURA o escurbuto. Qualquer substancia natural ou não se tomada em excesso pode-se tornar num veneno. agua em excesso pode matar.

Unknown disse...

Paulo, algumas coisas do que diz, concordo com elas, mas se calhar o meu amigo também já está a fazer lobby na sua àrea, com vista à defesa do seu posto de trabalho e da Associação Nacional de Farmâcias nas restantes.

Estarei certo ou errado???

Anónimo disse...

Os verdadeiros produtos naturais é aquilo que a natureza nos dá. Na verdade vos digo, é muito mais simples emagrecer do que engordar ao contrário do que as pessoas pensam! criou-se a ideia que para emagrecer é necessário a ingsetão de produtos naturais ou não, dietas rigorosas ou alimentação rígida! quando na relidade esquecemo-nos que os maiores segredos são sempre aqueles que estão diantes dos nossos olhos, sempre os mais simples! Complicamos tudo! O problema aqui não é se a culpa é de A ou B, se há falta de regulamentação ou não! O problema aqui é puramente, Hábitos e Educação! Água, Pão, Massas, Arroz, Peixe, Vegetais, Frutos, cereais. Está tudo na Natureza! Temos péssimos hábitos alimentares porque a ideia de que é preciso comer muito ao almoço e jantar ainda se mantém! E não me venham falar de metabolismo porque bem recentemente na rtp falou-se num documentário super hyper mega interessante sobre isso em que estudos comprovaram que duas pessoas com metabolismos diferentes não engordam uma mais do que outra pela simples diferença de metabolismo, engordam mais do que outro pelo tipo de ingredientes que comem e pela quantidade que comem ao dia!!! Pensem nisso ;) É tudo uma questão de hábitos, educação e sensiblização!
Beijos Fernanda
Admiro-te muito!
És muito bonita e inteligente!
A minha jornalisma favorita e dos poucos programas que vejo na TV!
Continua!
;)

lady_blogger disse...

E sobre os produtos da Herbalife? Que garantia de eficácia tem o consumidor?

CC

Maria Mendes

Unknown disse...

Luís Barreiros, o meu amigo devia ir fazer uma reciclagem para o quadro de mobilidade do Ministério, está a precisar.

Unknown disse...

Saltou a tampa ao homem...
ANDA TUDO À PROCURA DO MESMO (DINHEIRO), E OS PORTUGUESES CONTINUAM A COMER E CALAR.

CONCIDADÃOS ABRAM OS OLHOS.

Martins Lobo disse...

Boa tarde a todos.

Tanto a indústria farmacêutica como a indústria de produtos dietéticos são negócios. E parece-me ser importante termos este facto em consideração, porque, por vezes, tentam passar a ideia de que o que é feito em laboratório é “mau” e o que se vende na ervanária é “natural e bom”.

No entanto, quando um medicamento chega ao mercado tem atrás de si longos anos de investigação e de estudos, que visam aferir a sua eficácia e eventuais efeitos negativos. Mais: quando algo corre mal com um medicamento, o laboratório que o produz é fortemente penalizado – tanto nos tribunais, com pedidos de indemnização, como no mercado, se estiverem cotados, através da desvalorização da cotação das suas acções.

Aquilo que me preocupa nos produtos alegadamente naturais é o facto de não perceber quem realizou os estudos que garantem a inocuidade das substâncias que os compõem, nem entender quem se responsabiliza pelos efeitos negativos do seu consumo.

Concordo a Professora Isabel do Carmo quando afirma ser necessário regulamentar este sector, e parece-me ridículo insistir na designação “suplemento alimentar” para estes produtos, quando todos percebemos que o seu potencial de mercado reside precisamente no facto de serem percepcionados pelo público como medicamentos “naturais”.

Cumprimentos,
Maria Martins Lobo

Anónimo disse...

Boa Fernanda :) Estás a tocar num ponto interessante e o mais importante! Cada medicamente tem de ser receitado e doseado como se fazia antigamente mediante o organismo de cada um! Hoje não se faz isso por uma questão de economia! money money money :D

Anónimo disse...

HERBALIFE, Please Fernanda fala da Herbalife a essa "Doutora" Isso anda por aí a enganar meio Mundo! Please Please Please :P

Unknown disse...

Lady, o Herbalife é a marca que o Evil referiu.


A DOUTORA ISABEL DO CARMO TEM TODA A MINHA CONSIDERAÇÃO E DOS PORTUGUESES.


A todas as mulheres que têm excesso de peso só digo uma coisa, não se metam nessas porcarias só vos vai causar graves problemas de saúde, se não forem agora, mais tarde vão aparecer. Perder peso só de uma maneira, alimentação correcta e exercicio físico.

PRL disse...

Não me interessa qualquer lobby... Não sou proprietário nem exerco a actividade farmacêutico comunitário actualmente...
Estou -lhe simplesmente a dizer aquilo que verifiquei durante os longos anos de curso. É efectivamente uma aréa com menos propensão para desenvolver efeitos adversos. Mas apresenta-a de qualquer modo. Não é por uma reacção anafilática ter uma baixataxa de incidência, que deve ser desconsiderada. Mal de nós se tal se verificasse com todas as doenças orfãs então.
Nem afirmei que teria de ser regulado por farmacêuticos. Estou simplesmente a dizer que têm de ser controlados.
E se efectivamente apresentam principios activos, então devem ser tratados como tal!
PJL

Anónimo disse...

Ei Pessoal, Querem emagrecer? Mas mesmo a sério? Tenho aqui mesmo diante de mim o complemento naturalissimo perfeito! Uma boa salada de fruta de uva, morango, ananas e manga :D Uhmmmm :) Que Bom! Isto e uma sopinha de nabo e grelos e pão durante uma semana, é resultado garantido! E o melhor, tem um sabor delicioso! Produtos naturais? AH AH AH AH AH AH, É tudo um negócio! O melhor produto que um médico pode receitar a um paciente é aquele que não está nas farmácias ou numa hervanária tão pouco: como se fazia antigamente nos consultórios pois os meus avós bem me dizem:" Antigamente os médicos receitavam remédios caseiros, como: vá para casa deitar-se, tome um chazinho, coma fruta e depois venha cá, mas faça isto com regra..." Produtos Naturais = Natureza! LoL Tão simples quanto isso!
:)
Paz e Amor para todos :)

Anónimo disse...

"eles utilizam os complementos alimentares, para complementar a alimentação" in Sociedade Civil, 14-04-2008

LoL LoL

P.S. Iriam utilizar complementos alimentares para complementar o quê? a fome? LoL

Nuno disse...

De acordo com algumas autoridades internacionais (US Food and Drug Administration por exemplo) o típico café expresso terá entre 75mg a 150mg de cafeína.

Nuno Silva

lady_blogger disse...

Se querem produtos naturais, nem sempre precisam de os comprar, há quem os conheça e os seque para consumo posterior. É raro não se ter na família alguém que seque por exemplo malvas ou cidreira.

CC

Maria Mendes

Unknown disse...

A FERNANDA ESTÁ SEMPRE "NA ONDA" DAS TEMÁTICAS DA SOCIEDADE...PARABÉNS.

Nuno disse...

Veja-se por exemplo o rótulo deste produto para emagrecer (BURNER TANK):



- Cafeína - 600 mg.

Em: http://www.3fitness.com/4shopping/beverlyshopsupemagr.htm

lady_blogger disse...

Respondendo ao post do "j" das 15h 03m:

Eu calculei que o Evil estivesse a falar da referida marca, mas eu decidi "chamar os bois pelos nomes".
Até podia nem ter visto o post do Evil, pois não vejo de imediato todos os comentários.

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

As bebidas energéticas à venda nos hipermercados têm alguns aconselhamentos quanto à quantidade de toma diária?

CC

Maria Mendes

Anónimo disse...

Fernanda e todos os outros aqui presentes:
Se estão mesmo interessados em saber algumas das verdades sobre Medicinas alternativas e Produtos Naturais, vejam isto:

http://www.youtube.com/watch?v=rZDOPQRdxJM&feature=PlayList&p=B8F1819ABA163EF4&index=17

A. SILVA disse...

*

PRL disse...

Expliquem ao senhor que não quer considerar vitaminas como medicamentos, que as existem como tal, e até mesmo como medicamentos sujeitos a receita médica. Tal classificação é geralmente é condicionada pela concentração do próprio...

manucha disse...

Boas tardes!
mais uma vez a Dr.Maria do Rosario faz questão de confundir a opiniao publica, fico supreendida !

Anónimo disse...

Fernanda, pessoal, vejam isto:

http://www.youtube.com/watch?v=iM_E6sRQQAg&feature=related


Quem é que anda a enganar quem?

O Verdadeiro Poder está Dentro de Nós! :) Os Medicamentos estimulam! Estimulam os nosso Poderes Naturais!

Unknown disse...

Através desta associação podem estudar e sentir o verdadeiro poder das terapias alternativas e produtos naturais


A Sociedade Portuguesa de Naturalogia (S.P.N.) é uma associação sem fins lucrativos, reconhecida como Instituição de Utilidade Pública, que tem por fim promover a cultura integral da vida humana, ou seja, o desenvolvimento físico, mental e espiritual, através do Naturismo - do ideal aproveitamento dos bens da Natureza, da observância das Leis do equilíbrio ecológico e da sã profilaxia e cura da doença pelos princípios da Naturopatia e outras medicinas alternativas, incluindo uma alimentação sem sacrifício da vida animal.

http://spn.eco-gaia.net/

Unknown disse...

SPN link:

http://spn.eco-gaia.net/

Unknown disse...

Produtos verdadeiramente naturais são aqueles que a natureza produz de forma natural sem intervenção do Homem, em que na medida do possível, não são manipulados e transformados. Regra geral, são sempre muito melhores que medicamentos e produtos quimicos.



É uma infelicidade que Isabel do Carmo tenha sido novamente convidada para falar do que não sabe ou sabe pouco, devido ao que já se notou ser ou falta de informação ou mesmo o que parece ser algum tipo de preconceito, em relação a coisas que sejam produtos naturais, terapias alternativas, vegetarianismo.

Basta ver o péssimo serviço informativo que fez nas reportagens da sic ao falar de "ortorexia", coisa que não existe nem é reconhecido pela comunidade médica, e de vegetarianismo, afirmando que faz mal à saúde, o que é totalmente falso, tendo ainda por cima dito falsos factos no "debate" sobre o tema que houve na sic noticias.

Façam um favor à ciência e à verdade dos factos e não convidem mais essa senhora para falar de coisas do género.